Moçambique/União Europeia e Governo lançam hoje projeto para a consolidação da paz
Bissau, 14 Out 21 (ANG) – A União Europeia e o Governo moçambicano lançam hoje, no centro de Moçambique, o projeto de Desenvolvimento Local para a Consolidação da Paz (Delpaz), uma iniciativa orçada em 26 milhões de euros, indica uma nota oficial.
O projeto visa “criar condições” para a pacificação, através do financiamento de atividades geradoras de rendimento, melhoria da governação a nível distrital, no âmbito dos apoios às comunidades afetadas pela guerra no centro de Moçambique.
“O
acto de lançamento será uma oportunidade para discussão sobre a importância da
melhoria das oportunidades socioeconómicas nas comunidades afetadas pelo
conflito, como forma de contribuir para um desenvolvimento mais inclusivo e
equitativo ao nível local e nacional”, refere a nota.
Além
da União Europeia, que vai financiar o projeto Delpaz, a iniciativa conta com o
apoio do Fundo das Nações Unidas para o Desenvolvimento de Capital (UNCDF), da
Agência Austríaca de Desenvolvimento e da Agência Italiana de Cooperação para o
Desenvolvimento.
A
iniciativa faz parte dos apoios da União Europeia à implementação do Acordo de
Paz e Reconciliação Nacional, assinado em agosto de 2019 entre o Presidente
moçambicano, Filipe Nyusi, e o líder da Resistência Nacional de Moçambique
(Renamo), Ossufo Momade.
O
Acordo de Paz e Reconciliação Nacional prevê, entre outros aspetos, o
Desarmamento, Desmobilização e Reintegração (DDR) do braço armado da Renamo,
tendo já abrangido mais de 2.600 guerrilheiros, de um total 5.000 membros
previstos.
O
entendimento foi o terceiro entre o governo da Frente de Libertação de
Moçambique (Frelimo) e a Renamo, principal partido de oposição, tendo os três
sido assinados na sequência de ciclos de violência armada entre as duas partes,
que afetaram principalmente o centro de Moçambique.
Em
junho deste ano, em entrevista à Lusa, o embaixador da União Europeia em Moçambique,
António Gaspar, avançou que de um total de 62 milhões de euros que a
organização pretende disponibilizar para a paz em Moçambique a maior parte é
destinada às comunidades afetadas pelos conflitos.
ANG/Inforpress/Lusa
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