Justiça/Amnistia Internacional exorta Irão a anular
execução de jovem
Bissau, 12 Out 21(ANG) – A Amnistia Internacional (AI) exortou segunda-feira o Irão a renunciar à execução de um jovem detido aos 17 anos e condenado à morte num processo qualificado pela organização de direitos humanos como “grosseiramente injusto”.
Arman
Abdolali foi colocado em isolamento na prisão de Karaj, oeste de Teerão, e com
a execução prevista para quarta-feira, indicou em comunicado a organização de
direitos humanos (ONG) com sede em Londres.
“O
tempo escasseia, as autoridades iranianas devem interromper imediatamente o
processo de execução de Arman Abdolali”, sublinhou Diana Eltahawy, diretora
adjunta da AI para o Médio Oriente África do Norte.
“O
recurso à pena de morte contra os menores no momento onde o crime foi cometido
é proibido pelo direito internacional e constitui uma odiosa violação dos
direitos da criança”, afirmou em comunicado.
Arman
Abdolali foi condenado à morte em 2015 após ter sido reconhecido culpado pela
morte da sua namorada no decurso de um processo “grosseiramente injusto”,
“baseado em ‘confissões’ obtidas sob tortura”, indicou a Amnistia, que apela à
anulação do veredito.
Abdolali
foi de novo condenado à pena capital em 2020 no decurso de um novo processo,
com o tribunal a considerar impossível estabelecer a “maturidade” do
adolescente no momento dos factos, e que era responsável na ausência de provas
em contrário, relatou a AI.
A sua
execução já foi planeada por duas vezes, em janeiro de 2020 e fevereiro de
2021, mas a aplicação da sentença capital foi interrompida após mobilizações
internacionais, precisou a organização.
“Pressionamos
a comunidade internacional, incluindo as Nações Unidas, a intervirem muito
rapidamente”, acrescentou a ONG.
ANG/Inforpress/Lusa
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