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 Egipto/Quase 100 mulheres  se tornaram primeiras juízas do Conselho de Estado

Bissau, 20 Out 21(ANG) – Cerca de 100 mulheres egípcias foram empossadas, tornando-se, na terça-feira, as primeiras juízas a fazer parte do Conselho de Estado do Egipto, um dos mais altos órgãos judiciais do país.

De acordo com o programa lançado pelo Egipto para permitir que as mulheres se envolvam mais no sector da justiça, o presidente Abdel-Fattah al-Sisi, em Março, pediu ao Conselho de Estado e à promotoria, dois órgãos judiciais anteriormente reservados a juízes homens, que nomeassem mulheres entre eles.

O primeiro grupo de mulheres membros do Conselho de Estado inclui 48 juízas com o estatuto de conselheiras suplentes e outras 50 com o estatuto de vice-conselheiras.

“Esta decisão é um presente precioso para as mulheres egípcias”, disse Taha Karsoua, vice-presidente do Conselho de Estado.

O Sr. Karsoua disse que esta decisão visa implementar as directrizes do Presidente Al-Sisi e que as novas juízas terão as mesmas funções que os juízes homens no exercício da justiça e na resolução de conflitos nos tribunais municipais.

O Conselho de Estado, criado em 1946, é um órgão judicial independente responsável por decidir sobre litígios administrativos, processos disciplinares e recursos e litígios relativos às suas próprias decisões.

“Tenho orgulho de ser nomeado juíza do Conselho de Estado. É uma honra participar da justiça administrativa”, disse Reem Moussa, uma das novas juízas empossadas.

Ela disse que uma vez acreditou que era impossível para uma mulher se tornar uma juíza no Conselho, já que este órgão nunca teve mulheres em 75 anos.

“Hoje é uma vitória para as mulheres egípcias e constitui a implementação de artigos da Constituição que estipulam a igualdade entre homens e mulheres no emprego”, disse ela à Xinhua, repetindo que isso encorajaria todas as mulheres a terem sucesso em todos os empregos.

O Conselho Nacional de Mulheres do Egipto (NCW) aplaudiu a nomeação dessas juízas para o Conselho de Estado, dizendo que o evento era uma prova da vontade política dos líderes egípcios de emancipar as mulheres no país.

“Os sonhos das gerações anteriores de mulheres estão finalmente se tornando realidade”, disse Maya Mursi, directora do NCW, declarando-se feliz em participar deste momento histórico pela causa das mulheres egípcias.ANG/Inforpress/Xinhua