sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

Solidariedade social/Governo doa arroz e óleo alimentar à casas de acolhimento de crianças em Bissau

Bissau,14 Jan 22(ANG) – O Governo, através do Ministério da Mulher, Família e Solidariedade Social doou hoje 300 sacos de arroz e 42 caixas de óleo alimentar à seis casas de acolhimento de crianças da capital Bissau.

As instituições beneficiárias são, Lar Betel, Casa Francisco Assis, AGRICE, Casa Samory, AMIC e Casa Sampeiro em que cada um recebeu 50 sacos de arroz e 7 caixas de óleo alimentar respectivamente.

No acto da entrega do referido donativo, a ministra da Mulher, Família e Solidariedade Social disse que as instituições beneficiárias desempenham  o papel de complemento ao Governo no que diz respeito ao acolhimento das crianças mais carenciadas, em diferentes situações, dentre as quais órfãos, raparigas vitimas de violência, que fogem de casamento forçados entre outros males.

Maria da Conceição Évora  sublinhou que o Governo tem o componente de lhes prestar apoio de forma a poderem continuar a ajudar as pessoas que acolhem.

“Todos sabemos que até agora o Governo da Guiné-Bissau não tem um centro de acolhimento, mas dispõe de parceiros que têm Casas de Acolhimento”, disse.

A governante afirmou que neste quadro estão cientes das dificuldades com que as mesmas se deparam e agravadas com o período da pandemia que assola o país há dois anos e que acrescem as suas dificuldades.

Perguntada  se o donativo não será alargado para as regiões do país, Maria da Conceição Évora explicou que iniciaram com as Casas de Acolhimento cuja maioria se encontra em Bissau mas que,  posteriormente, vão alargar para as outras existentes no interior,e ainda para  as populações mais carenciadas.


Por sua vez, o Presidente da Associação Guineense de Reabilitação de Cegos(AGRICE), em nome dos beneficiários, disse que ficaram com uma sensação de satisfação.

Pedro Cabral salientou que ter um Lar de Acolhimento que vai oferecer de comer, assistência médica e educação, é uma tarefa bastante complicada, acrescentando que o  gesto governamental vai minimizar os seus esforços em termos de estruturas de custos.

“Para nós é um grande gesto e por isso louvamos o Governo através do Ministério da Mulher, Família e Solidariedade Social que tem apoiado a camada mais vulnerável da população.ANG/ÂC//SG

Covid-19/ Número recorde de infecções diárias no mundo, mas curva de mortalidade mantém-se

Bissau, 14 Jan 22(ANG) – O número de novos contágios pelo coronavírus SARS-CoV-2 atingiu hoje um máximo mundial diário de 3,4 milhões, mas a curva das mortes atribuídas à covid-19 continua estável, segundo dados provisórios da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Com a variante Ómicron do SARS-CoV-2 a dominar as novas infecções, o total diário de mortes atribuídas à doença em todo o mundo nas últimas 24 horas ascende a 7.700, cerca da média diária de 7.000 que se tem verificado.

A OMS insistiu que apesar de a maior parte dos casos não ser grave na vaga actual, não se deve subestimar a capacidade de a variante Ómicron provocar problemas, sobretudo por pressão sobre os sistemas de saúde, e considerou que não será a última “variante preocupante” do SARS-CoV-2, mas não fez nenhuma previsão sobre a maior ou menor gravidade de mutações futuras.

A Ómicron, detectada na África do Sul no princípio de Novembro de 2021, está presente em 58,5 por cento das análises feitas na rede global de laboratórios GISAID, superando o domínio que a variante Delta manteve durante a maior parte de 2021.

A vaga de contágios com a variante Ómicron, que começou em África e se estendeu aos continentes europeu e americano, é assinalável em todas as regiões estudadas pela OMS, com subidas quase verticais das curvas de contágios, como na Ásia, em que o número de novos casos quintuplicou na semana passada.

A covid-19 provocou 5.503.347 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Em Portugal, desde Março de 2020, morreram 19.181 pessoas com a doença e foram contabilizados 1.734.343 casos de infecção, segundo a última atualização da Direcção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detectado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

ANG/Inforpress/Lusa


Cumprimentos ano novo
/CEMGFA exorta Forças Armadas a preservarem estabilidade do país

Bissau, 14 Jan 22 (ANG) – O Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas(CEMGFA), exortou hoje a classe castrense para tudo fazer para preservar a paz e estabilidade conseguida na Guiné-Bissau.

Biagué Na Ntan falava no habitual cumprimentos de  Ano Novo  de diferentes ramos que compõem as Forças Armadas, disse que não é por acaso que sempre apela a união no seio dos militares.

 “Digo isto porque nenhuma força pode obter vitória separada e só com a colaboração é que se ganha, por isso, agradeço à todos pelo trabalho feito ou seja esta paz que se vive no  país”, disse.

Biaguê Na Ntan disse que ele não é o principal obreiro dessa paz, e que todos contribuiram, acrescentando que  o passo seguinte é preservá-la para não escapar, criando  estabilidade definitiva no país.

Segundo o CEMGFA a estabilidade vivida no país já está a dar frutos no seio da classe castrense, uma vez que estão recebendo convites para missões internacionais de paz, nomeadamente  em Moçambique e na República Centro Africana e bolsas de estudos para França, Portugal e outros países.

Disse que o objectivo maior  este ano é a  criaçao de uma Escola Militar em Cumeré para formação e capacitação dos militares e Guarda Nacional.

Segundo ele, com estas portas que estão a abrir é preciso preparar a casa para poder estar à altura de responder  os compromissos que a globalização impõe.

Disse que a criação desta Escola em Cumeré vai ajudar aos jovens militares a estudar e posteriormente ir especializar-se no estrangeiros, tais como os  que estão actualmente  na Russia e Marrocos.

Em nome do colectivo dos oficiais das Forças Armadas, Alberto António Cuma elogiou o trabalho feito pelo Biague Na Ntan a frente dos militares durante os 08 anos como chefe máximo da hierarquia militar guineense.

Sustenta que apesar das dificuldades Na Ntan  conseguiu implementar muitos projectos internos, a  começar pelo respeito à Constituição do país e demais leis.

Segundo Cuma, Na Ntan colocou na prática a reorganização e restruturação das Forças Armadas, bem como a formação dos jovens quadros  e cumpriu a promessa de afastar os militares da política activa, reabilitação das infraestruturas militares, construção do Hospital Militar, criação dos Tribunais Militares nas Zonas Leste e Sul, entre outras  ações com a colaboração do Governo e os parceiros.

“Durante os seus oito anos a frente das Forças Armadas, o país conseguiu estabilizar e repôr a sua confiança perante a comunidade internacional, facto que permitiu a Guiné-Bissau reconquistar a sua credibilidade politica e económica  e social perante os parceiros e amigos. Por isso, o colectivo dos oficiais das FARP deseja-lhe um bom ano 2022, com saude e longa vida a nossa frente”, frisou Cuma.

Para o representante do Ministério do Interior, Arafan Mané, os trabalhos feitos sob a orientação do CEMGFA deixa marcas posítivas na vida dos guineenses. Mané pede à todos para seguirem o exemplo de Biagué Na Ntan tal como este o fez em relação a Cabral, Nino Vieira e outros, tendo pedido as Forças de Ordem e Segurança a se afastarem da politica activa.

“Por isso, peço ao Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas a dar mais impulso ao problema dos antigos combatentes para que possam ter uma reforma condigna, dando lugar aos mais jovens, uma vez que a idade não perdoa”, salientou. ANG/MSC/ÂC//SG

 

Reino Unido/Futuro político de Boris Johnson em questão depois do "partygate"

Bissau, 14 Jan 22(ANG) - O primeiro-ministro britânico Boris Johnson está a ser alvo, nos últimos dias, de apelos à demissão depois de se terem tornado públicas no final do ano passado informações sobre uma série de festas organizadas nos círculos do poder, nomeadamente uma em Maio do ano passado em que o próprio terá participado, numa altura em que o país estava em pleno confinamento e os britânicos não tinham sequer possibilidade de se despedir dos seus entes próximos em final de vida. 

"Partygate" é o novo escândalo que vem juntar-se às acusações de favoritismo e corrupção que pesam sobre Boris Johnson e o seu gabinete. 

No final do ano passado, a imprensa britânica revelou que o primeiro-ministro tinha participado numa festa dada nos jardins da sua residência oficial no passado dia 20 de Maio, um evento para o qual o seu secretário pessoal tinha convidado uma centena de pessoas com a recomendação de trazerem a sua própria garrafa, isto em pleno confinamento num país particularmente flagelado pela pandemia.

Instado a prestar contas na quarta-feira perante os parlamentares, Boris Johnson pediu desculpa pelo sucedido. 

Só que entretanto, o jornal 'The Telegraph' acaba de dar conta de outra festa organizada no subsolo de Downing Street no dia 17 de Abril de 2021 em pleno período de luto nacional, em vésperas do funeral do Príncipe Philip, esposo da rainha de Inglaterra. Esta festa na qual, de acordo com um porta-voz citado pelo jornal, o chefe do governo não terá participado, reuniu cerca de 30 pessoas numa altura em que os encontros em espaços fechados eram proibidos.

Downing Street apresentou esta sexta-feira o seu pedido de desculpas à rainha pela ocorrência, numa nova tentativa de apagar o incêndio.

Estas revelações têm levado os partidos de oposição, designadamente os trabalhistas, a reclamarem a demissão de Boris Johnson. Apesar de ter sido pedido um inquérito interno cujos resultados devem ser conhecidos dentro de uma semana, algumas vozes entre os conservadores consideram que a postura do primeiro-ministro é insustentável. 

"É o partido conservador senão mesmo o primeiro-ministro que devem tomar esta decisão" declarou publicamente o deputado conservador William Wragg evocando uma possivel demissão de Boris Johnson. Por seu turno, o ministro das finanças, Rishi Sunak, considerado como um potencial candidato ao posto de chefe do governo, demorou várias horas antes de dar um muito reservado apoio público àquele que é já considerado por alguns como "morto-vivo".

Este último, alegando ser caso contacto covid, cancelou ontem uma visita num centro de vacinação no norte do país e evitou prestar declarações. ANG/RFI

 Política/Candidatos  a liderança do PRS dados como derrotados prometem reações

Bissau, 14 Jan 22 (ANG) -  A promessa de reação dos candidatos à presidência do Partido da Renovação Social(PRS) derrotados à luz dos resultados divulgados, em dois momentos, pela comissão eleitoral continua por cumprir.

Ainda esta sexta-feira, nenhum dos sete candidatos se disponibilizou a declarar  à ANG se concorda ou não com os resultados apresentados, quinta-feira, pela comissão eleitoral criada para o efeito.

Na sua primeira comunicação, a referida comisão divulgou resultados que indicavam que o declarado vencedor Alberto Nambeia obteve 404 votos contra 110 do segundo mais votado, Mário Siano Fambé.

Após confirmação de   que os 404 votos não seriam suficientes para se honrar o artigo terceiro do  estatutos do partido,segundo o qual o presidente do partido só é eleito se obtiver 50 % +1 voto dos 806 delegados votantes, a comissão eleitoral reapareceu e anunciou que os votos de Nambeia já não seriam 404 mas sim 405 e que os delegados seriam agora 807.

Apesar de insistência por parte da repórter da ANG, o presidente da comissão eleitoral, Carlos Biague não aceitou esclarecer  a origem do voto adicional.

Os candidatos declarados como derrotados igualmente não prestaram declarações à imprensa em jeito de reação aos resultados divulgados e prometem fazê-lo mais tarde.

Entretanto nas redes sociais, passam notícias de que Mário Sambé, 2º mais votado, não terá concordado com os resultados e que preparou uma carta de protestos, que entretanto não foi  apresentado à comissão eleitoral, com alegações de que Nambeia não terá obtido os 50%+1 determinado pelos estatutos  para a eleição de presidente do partido.

A referida carta terá sido dirigida ao Presidente Interino do PRS, Nicolau dos Santos por Tibna Sambe na Uana, mandatário de Mário Sambé.

Prevê-se que o congresso seja encerrado esta sexta-feira, ao que tudo indica com a confirmação da reeleição de Alberto Mbunhe Nambeia como presidente do partido, para um mandato de quatro anos. Em estado doentio e  em tratamento no exterior, Nambeia veio, “exclusivamente”, para participar do congresso.

Ainda na quinta-feira os delegados ao VI congresso do PRS procederam a indigitação dos elementos que irão formar o Conselho de Jurisdição com sete membros efetivos e a Comissão Nacional  de Fiscalização Económica e Financeira igualmente com sete membros.

O PRS completa esta sexta-feira, 30  anos da sua fundação. ANG/JD//SG

       Cabo Verde/Ministério Público acusado de atacar a liberdade imprensa

Bissau,14 Jan 22 (ANG) - Jornalistas acusaram o Ministério Público de estar a atacar a liberdade de imprensa em Cabo Verde depois de um um jornal ter sido constituído arguido por alegadamente violar o segredo de justiça.

A Associação Sindical dos Jornalistas de Cabo Verde denuncia um ataque à liberdade de imprensa no país. Isto depois do jornal online SANTIAGO ter sido constituído arguido pelo Ministério Público em processo sobre violação de segredo de justiça.

Na sequência da publicação a 28 de Dezembro do ano passado pelo jornal online Santiago Magazine da notícia de que o Ministério Público está a investigar o ministro da administração Interna, Paulo Rocha, por homicídio agravado, o referido jornal e o seu redactor, Herminio Silves foram constituídos arguidos alegadamente por violar o segredo de justiça.

O caso publicado pelo diário digital Santiago Magazine remonta a 2014, quando o actual ministro da administração Interna era diretor-adjunto da polícia judiciária e o cidadão Zezinho Denti D’Oru, suposto assassínio da mãe de uma inspectora da polícia judiciária que investigava o caso de narcotráfico – Lancha Voadora foi morto numa operação da PJ.

O Presidente da Associação Sindical dos Jornalistas de Cabo Verde, Geremias Furtado, em conferência de imprensa, acusou o Ministério Público de estar a atacar a liberdade de imprensa.

“Estamos perante um verdadeiro ataque à liberdade de imprensa em Cabo Verde e nós, enquanto sindicato que luta pela defesa dos jornalistas e da liberdade de imprensa, vamos lançar um pedido internacional de socorro, fazendo chegar estes episódios aos Repórteres Sem Fronteiras, à Federação Internacional dos Jornalistas e a todas as entidades que forem necessárias, por entendermos que a liberdade de imprensa é indispensável à Democracia e que não se deve aceitar que a mesma seja posta em causa, ainda mais por quem tem o dever e a obrigação de a defender” disse Geremias Furtado.

O presidente da Ajoc, afirmou que “o Ministério Público pretende colocar uma mordaça nos jornalistas, limitando as suas acções e o próprio jornalismo de investigação em Cabo Verde”.

Na quarta-feira, ao ser abordado pelos jornalistas sobre a constituição do jornal online Santiago Magazine arguido pelo Ministério Público, por alegadamente violar o segredo de justiça, o Presidente da República, José Maria Neves, disse que a imprensa não comete qualquer crime quando tem acesso aos dados e os publica.ANG/RFI

quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

 Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara. Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)

VI Congresso do PRS/Alberto Nambeia reeleito para um novo mandato de quatro anos

Bissau,13 jan 22(ANG) – O Presidente cessante do Partido da Renovação Social(PRS), Alberto Nambeia foi reeleito para o terceiro mandato consecutivo na liderança dos renovadores, durante o  VI Congresso realizado entre os dias 10 à 13 do corrente mês, na vila de Gardete, sector de Prabis, região de Biombo.

Segundo os resultados definitivos divulgados pela Comissão Eleitoral, Alberto Nambeia obteve 405 votos, num universo total de 806 votantes, seguido de Mário Siano Fambé com 110, Dionísio Cabi 101, Florentino Mendes Pereira 80, António Artur Sanha 54, Certório Biote 30, Augusto Poquena 16 e Sori Djaló 2 votos respectivamente.

O segundo dia do VI° Congresso Ordinário do Partido da Renovação Social (PRS) ficou marcado com a revisão pontual dos estatutos dos renovadores.

Nos estatutos revistos e aprovados na terça-feira, 11 de janeiro de 2022, por mais de dois terços dos delegados, consta que, doravante o secretário-geral do PRS é indigitado pelo Presidente do partido.

Com essa alteração, os dois candidatos ao cargo do secretário-geral, Ancelmo Mendes e Lucas Na Sanha, que tinham manifestado a intenção de candidatar-se para as funções do secretário geral viram as suas pretenções chumbadas.

No VI° Congresso do PRS que decorreu sob o lema: “Legado político do Dr. Koumba Yalá face aos desafios de Desenvolvimento”, concorreram oito candidatos para a liderança do partido.ANG/ÂC//SG

Saúde/Ministro perspetiva transformar o Hospital de Bubaque num centro de referencia regional

Bissau, 13 Jan 22 (ANG) – O ministro de Saúde Pública disse perspetivar para este ano a transformação do Hospital de Bubaque num centro de referência regional, para  dar  maior resposta as necessidade de assistência sanitária às ilhas de Bijagós.

Dionísio Cumba que falava,  quarta-feira, à ANG das perspetivas do  Ministério para o ano em curso,  disse ainda que,  Caravela, por ser uma ilha isolada mas com potencial turístico, precisa mudar de categoria, neste caso, de tipo C para A, para assim ter  maior número de camas e até de um bloco operatório.

“Nas zonas onde temos centros de saúde que devem sair da categoria C para A, são zonas insulares que devem ser integradas nas acções de sustentablidade do turismo na área”, disse.

O governante salientou que não se pode ter uma zona onde os turistas fequentam sempre e não dispõe de hospital adequado, adiantando que,  Caravela precisa sair do centro tipo C diretamente para A e de Bubaque para Hospital Regional.

Explicou que hospitais tipo C são centros de saúde que têm pouco internamento e que atende apenas  casos de observação.

Ao nível nacional, segundo o ministro, mais  centros  de saúde serão abrangidos por essas mudanças de categorias.

Na lista de mudança de C para A figuram os centros de Bolama, Cossé, Sonaco, Bissorã e Quebo,que passam a ter bloco operatório, dado o número de população que têm,  que  exige que sejam feitas estas alterações.

Dioníso Cumba reiterou  que o Ministério está a trabalhar para poder melhorar a situação de assistência sanitária nas ilhas, à luz do último comunicado da cadeia privada da televisão americana (CNN) que escolheu os Bijagós como meta turística a ser visitado este ano.

O governante defende que  é preciso que todos os técnicos entendam que o país tem  dificuldades e seus problemas, e  que existem há muitos anos, pelo que é preciso  trabalhar para ultrapassar essas dificuldades com o esforço de todos.

“Devemos ser pagos sim, mas devemos saber que o salário atrasado pode ser recompensado a qualquer momento, mas a vida perdida não se pode recuperar. Por isso, é bom ponderarmos as vezes as nossas decisões. Sei que o desespero, muitas vezes, nos leva a fazer algo, mas se sentarmos e refletir podemos encontrar soluções”, sublinhou.

Em relação às máscaras oferecidas pela Associação dos Leigos de Guimarães à Guiné-Bissau, aquele responsável disse que já foi instruída uma comissão que vai trabalhar para evitar com que essas máscaras fossem parar em mãos alheias desviando do destino  da sua doação que é o Povo da Guiné-Bissau.

“Já falei  com COES(Centro de Operação e Emergência em Saúde) e vamos ter uma reunião na próxima terça-feira onde vamos delinear uma estratégia de distribuição dessas máscaras e acho, por bem, que temos que fazer uma semana de prevenção”, disse.

Informou que, esta semana de prevenção deve ser acompanhada com vacinação, na qual, haverá pessoas que vão distribuir  máscaras a todos os cidadãos que estão no mercado ou em sítios de aglomerações, de uma forma continuada.

Cumba defendeu a necessidade de haver  um cerco sanitário forte em Bissau para poder cortar a cadeia de transmissão, que segundo ele, está a subir após o período de festividade. ANG/DMG/ÀC//SG   

Maláwi/Líderes regionais aprovam prorrogação da missão militar em Cabo Delgado

Bissau,13 Jan 22(ANG) - A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) aprovou quarta-feira a prorrogação da missão militar que apoia Moçambique no combate a grupos rebeldes em Cabo Delgado, indica um comunicado emitido no final da cimeira extraordinária que decorreu no Maláwi.

"A cimeira aprovou o quadro de apoio à República de Moçambique no combate ao terrorismo que delineia, entre outras, acções para consolidação da paz, segurança e recuperação socioeconómica da província de Cabo Delgado", refere a nota emitida a partir de Lilongwe, embora sem avançar detalhes específicos sobre o prazo da permanência das forças estrangeiras em Moçambique.

No total, a prorrogação foi aprovada por cinco chefes de Estado, quatro vice-presidentes e cinco membros do Governo de países-membros da região, numa cimeira presidida pelo chefe de Estado do Maláwi, Lazarus Chakwera, actualmente presidente em exercício da SADC.

"A cimeira notou progressos alcançados desde a implementação da missão da SADC em Moçambique e alargou o seu mandato, o que tem implicações orçamentais", frisa o documento, sem, no entanto, avançar os custos das operações.

Os chefes de Estado da SADC aproveitaram para endereçar condolências às famílias dos soldados dos países-membros abatidos durante as operações militares em Cabo Delgado, destacando o compromisso da organização para com a estabilidade regional.

Por outro lado, acrescenta o documento, os líderes regionais encorajaram Moçambique a prosseguir com o plano de realizar uma conferência internacional para apoiar a reconstrução das zonas afectadas pelo terrorismo em Cabo Delgado.

"A cimeira reconheceu a expressão de gratidão à SADC do Governo da República de Moçambique pela continuação do apoio regional face aos actos de terrorismo e extremismo violento em alguns distritos da província de Cabo Delgado, apesar dos recursos limitados e os desafios actuais impostos pela pandemia", acrescenta a nota.

O evento de hoje foi antecedido, na terça-feira, pela cimeira extraordinária da 'troika' de Cooperação nas Áreas de Política e Defesa da SADC, presidida pelo chefe de Estado sul-africano, Cyril Ramaphosa, que é presidente do órgão, que também defendeu a prorrogação do mandato das forças estrangeiras em Cabo Delgado.

A província de Cabo Delgado é rica em gás natural, mas aterrorizada desde 2017 por rebeldes armados, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

O conflito já provocou mais de 3.100 mortes, segundo o projecto de registo de conflitos ACLED, e mais de 817 mil deslocados, de acordo com as autoridades moçambicanas.

Desde Julho, uma ofensiva das tropas governamentais com apoio do Ruanda a que se juntou depois a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral permitiu aumentar a segurança, recuperando várias zonas aos rebeldes, nomeadamente a vila de Mocímboa da Praia, que estava ocupada desde agosto de 2020.ANG/Angop

Cooperação/Guiné-Bissau e Congo pretendem cooperar em diferentes sectores

Bissau,13 jan 22(ANG) – A Guiné-Bissau e a República do Congo vão cooperar nos domínios de  agricultura, pescas, no turismo,  energia e no domínio de infra-estruturas.

Um Acordo Quadro de Cooperação para o efeito foi assinado terça-feira(11), em Bissau pela  ministra dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e da Comunidades da Guiné-Bissau,Suzy Carla Barbosa e o seu homólogo do Congo, Denis Christel Sassou Nguessou que se encontra de visita de dois dias ao país.

Na ocasião, Suzi Barbosa afirmou que é uma assinatura histórica, embora os dois países já mantinham  boas relações, há mais de quarenta anos, mas nunca  oficializada como agora.

A governante disse que, com a assinatura desse Acordo Quadro, a Guiné-Bissau e a República do Congo dispõem de um instrumento legal para desenvolver a cooperação em diferentes áreas.

Segundo a ministra, já identificaram os setores onde este país amigo vai intervir nos próximos tempos, nomeadamente no setor de turismo, energia, finanças, comércio entre outros.

Suzi Barbosa informou que neste momento está-se a ultimar contactos com o Ministério das Finanças do Congo para auxiliar a Direção-Geral das Alfândegas no programa “sidónia Word” com vista a modernizar o sistema aduaneiro nacional.

Para o efeito, segundo a ministra,  vai ser  organizado um seminário de capacitação para os técnicos alfandegários sobre aplicação deste dispositivo no controlo e na arrecadação de receitas.

Por sua vez, o ministro da Cooperação Internacional e Promoção de Parcerias Público-Privado da República do Congo, Denis Christel Sassou Nguessou, em declarações à imprensa,  informou que identificaram cerca de 17 setores nos quais  poderão vir a intervir no âmbito do acordo de cooperação assinado, nomeadamente agricultura, pesca, turismo, energias entre outros, mas também não descartaram as possiblidades de  investir no domínio de infra-estruturas.


“Dentro em breve virá uma equipa técnica que vai dar seguimento e preparar vários documentos, em diferentes setores, para que possamos ter a primeira reunião da comissão mista, com a
 finalidade de pôr na prática o Acordo Quadro. Estamos esperançosos de que, no quadro dessa cooperação, vamos  reforçar mais a nossa cooperação”, disse.ANG/ÂC//SG

França/UE prepara sanções semelhantes àquelas que a CEDEAO adoptou contra o Mali

Bissau, 13 Jan 22(ANG) - Os ministros dos Negócios Estrangeiros dos 27 reúnem-se hoje em Brest, no noroeste da França, designadamente para afinar a posição a tomar face à junta militar do Mali, depois de a CEDEAO ter decretado sanções contra os militares no poder em Bamako por terem decidido não realizar eleições no próximo dia 27 de Fevereiro, conforme tinha sido estabelecido em 2020, logo depois do seu primeiro golpe.

Segundo o chefe da diplomacia francesa, a União Europeia prepara-se para seguir o caminho da CEDEAO.

Antes mesmo da reunião desta quinta-feira que se realiza em Brest no âmbito da presidência rotativa da França, o presidente francês disse na terça-feira que o seu país apoiava as "sanções inéditas" decididas pela CEDEAO.

Nesta senda, Jean-Yves le Drian anunciou ontem que a França iria propor hoje aos seus parceiros europeus que a União Europeia adopte sanções semelhantes àquelas que foram decididas no Domingo pela CEDEAO. "A situação no Mali e no Sahel é um assunto africano e europeu, não é mais um assunto franco-maliano", disse o chefe da diplomacia francesa referindo-se à participação de 10 países europeus no grupo de forças especiais destacadas Takuba que combate o jihadismo no Sahel.

No passado fim-de-semana, os países-membros da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental decretaram o encerramento das suas fronteiras com o Mali bem como um embargo comercial e financeiro para marcar a sua rejeição do plano da junta de continuar a dirigir o país durante vários anos. Em resposta, a junta maliana decretou igualmente o encerramento das suas fronteiras com o exterior e na passada terça-feira, ao mesmo tempo que se disse aberta ao diálogo, também apelou a população a manifestar contra as sanções amanhã.

Neste contexto, além dos líderes oeste-africanos e dos europeus, a vizinha Argélia também incitou a junta militar maliana a “tomar uma atitude responsável e constructiva”. Uma posição saudada ontem por Jean-Yves le Drian que recordou pela mesma ocasião que deve decorrer nas próximas semanas uma reunião dos cerca de 60 membros da Coligação para o Sahel "no intuito de tomar uma posição colectiva".

Entretanto e desde já, depois de a França tomar abertamente posição a favor das sanções da CEDEAO, a companhia aérea Air France anunciou ontem a suspensão das suas ligações com o Mali "com efeito imediato" "até nova ordem".

Estas sanções em catadupa acontecem numa altura em que a França tem estado a acusar a junta militar de "estar a tentar enganar todos os seus parceiros", Paris tendo nomeadamente apontado o dedo a Bamako sobre a presença de mercenários russos que, a seu ver, se encontram no país apenas no intuito de ajudar os golpistas a manter-se no poder.

Nos últimos meses, a França que tem milhares de soldados mobilizados contra os jihadistas no Sahel, tentou sem sucesso dissuadir Bamako de recorrer à empresa de segurança privada Wagner, próxima do Kremlin. Segundo responsáveis militares malianos, vários instructores russos foram destacados para o país, nomeadamente Tombuctu, no norte do Mali.

Ao fim de quase uma década de presença no Mali, a França anunciou no ano passado que pretendia reorganizar a sua missão militar, abandonando as suas três bases mais a norte (Tessalit, Kidal e Tombuctu) para se concentrar em Gao e Ménaka junto das fronteiras com o Niger e o Burkina Faso, a França prevendo igualmente fazer passar os seus efectivos dos actuais 5.000 homens para cerca de 2.500/3.000 até 2023. Uma decisão que gerou alguma crispação entre a França e as autoridades malianas. ANG/RFI

quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

 Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara. Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)

Infraestruturas/Projecto de construção da “Nova Cidade” no Sul do país aguarda, há très anos, aval das autoridades competentes para arranque das obras

Bissau,12 Jan 22(ANG) – O Projecto de construção da “Nova Cidade” no sul do país, concretamente nas regiões de Quinara e Tombali  aguarda, há cerca de três anos, o aval das autoridades competentes para a sua implementação prática.

A revelação é do administrador da Agência África Lusófona para a Cooperação e Desenvolvimento Económica e das Infraestruturas Económicas(ALDECI), sedeada em França, em entrevista exclusiva hoje à ANG.

Feliciano de Carvalho Andrelino disse que chegou ao país no dia 20 de Fevereiro de 2019 à convite oficial do Presidente da Assembleia Nacional Popular, Cipriano Cassamá com vista a apresentação do projecto de construção da “Nova Cidade”, às autoridades guineenses.

Informou que o projecto é estimado num montante global de 800 à 900 milhões de dólares e cuja primeira tranche será assegurada pelo Presidente francês Emanuel Macron e o Banco Mundial.

Disse que durante a sua estadia no país, manteve vários encontros com as autoridades do país, nomeadamente o Presidente da ANP, ministros de anteriores executivos e o actual Presidente da República Umaro Sissoco Embaló.

Feliciano de Carvalho explicou inclusive, que tinha já assinado um Memorando de Entendimento com o ex. ministro das Obras Públicas, António Óscar Barbosa no executivo de Aristides Gomes para a implementação prática do referido projecto.

Adiantou que, foi igualmente recebido em audiência pelo Presidente da República Umaro Sissoco Embaló a quem apresentou o projecto, frisando que este por sua vez, ficou satisfeito, tendo lhe afirmado que isso faria parte da sua agenda presidencial.

Informou que o chefe de Estado deu instruções ao Vice Primeiro-ministro Soares Sambú no sentido de fazer demarches para a sua implementação prática.

“Soares Sambú pediu-me para fazer uma carta de pedido de integração do projecto no Plano Nacional de Desenvolvimento e para submetè-la ao seu gabinete e a carta já foi entregue há mais de cinco meses sem uma resposta”, explicou.

Salientou que o projecto só  não iniciou devido à vários constrangimentos de ordem borucrática da parte das autoridades competentes guineenses.

Segundo Andrelino, emigrante guineense formado no domínio das pescas em França, o projecto prevê a construção de infraestrutruras habitacionais, centros administrativos, saneamento, estradas, portos incluindo uma ponte que liga Bissau à Enxudé numa distância de 12 quilómetros.

Aquele responsável informou que o projecto é patrocinado pelo Presidente Francês Emanuel Macron e conta com participações de vários gabinetes de consultores de Singapura.ANG/ÂC//SG

Saúde/Ministro prevê para este ano criação de Centro de Hemodiálise no país

Bissau, 12 Jan 22 (ANG) – O ministro de Saúde Pública, Dionísio Cumba disse prevê para este ano a  criação  de um  Centro de Hemodiálise, até então inexistente na Guné-Bissau.

Em entrevista à Agência de Notícias da Guiné, esta quarta-feira, Cumba afirmou que o hemodiálise é um dos grandes problemas que o país tem, acrescentando que o seu Ministério já está a negociar para que esta situação seja resolvida.

“Pensamos melhorar algumas infraestruturas e como também introduzir novas situações, por exemplo, hemodiálise que é um dos grandes problemas que o país tem. Estamos a negociar para podermos ter um Centro de Hemodiálise para permitir não só os nossos concidadãos que estão fora e turistas que fazem hemodiálise constante”, informou, sustentando que quem faz hemodiálise constante não pode vir ao país porque corre risco de vida visto que a Guiné-Bissau não dispõe de um centro para o efeito.

Dionísio Cumba informou ainda que, em breve, chegará ao país uma fábrica de oxigénio que o Governo mandou comprar em Portugal, com capacidade de produzir 106 garrafas por dia.

Disse  que  vai permitir o país  enfrentar melhor a situação da Covid-19 que ceifou a vida de muitas pessoas por falta de oxigénio, adiantando que vão ser instaladas outras fábricas de oxigénio com dimensões menores,  nas regiões, nomeadamente, Bijagós, Sul, Norte e Leste, a fim de poder resolver problemas locais.

Aquele responsável acrescentou que ainda está no seu plano de ação a recuperação do Hospital 3 de Agosto e a construção de infraestruturas de saúde .

“Depois das minhas visitas às regiões o Governo  me deu o aval de avançar com esse plano. E dentro desse plano está também novas  infraestruturas  que devemos construir: hospitais provinciais-2 e a recuperação do Hospital 3 de Agosto”, frisou.

Cumba sublinhou que o mais importante é a formação de quadros de saúde, explicando que nesse momento estão a trabalhar num programa de fromação local que possivelmente vai ser apoiado pela Itália, e  que vai permitir a especialização de médicos guineenses.

 “No final deste mês vai chegar uma equipa para este objetivo. Num total de 16 médicos escolhidos como prioritários para o país, cada um vai escolher a área onde pretende se especializar, e dentro de 4,5 ou 6 anos vão ser certificados como especialistas. Acho que isso é a melhor forma de dar assistência ao país”, disse.

De acordo com Dionísio, a equipa médica nigeriana que está no país, no Hospital Nacional Simão Mendes, por serem  todos especialistas,  no exercício das suas missões   vão dar orientações aos jovens médicos nacionais que os acompanham.

Em relação aos novos ingressos que reclamam  12 meses de salários em atraso, Dionísio Cumba disse que nesse momento estão a negociar com o Ministério das Finanças para resolver os problemas dos novos ingressos, que diz, entrarem no sistema sem antes existir verbas para eles, o que terá dificultado os seus pagamentos atempados pelo  Tesouro Público.

“Foi esse  o motivo que levou os novos ingressos a ficarem 10 meses sem salários. Estamos, com o Ministério das Finanças, a buscar uma forma de lhes pagar e mais tarde  organizar os seus ingressos na  Função Pública, senão vai ser sempre a mesma situação. Não se pode introduzir grande quantidade de pessoas no sistema  sem ter capacidades de lhes pagar”,disse Dionísio Cumba. ANG/DMG/ÂC//SG   

Angola/José Maria Neves reconhece que “há muitos” cabo-verdianos em situação de vulnerabilidade 

Bissau,12 Jan 22(ANG) – O Presidente da República de Cabo Verde, José Maria Neves, reconheceu terça-feira que “há muitos” cabo-verdianos em situação de vulnerabilidade em Angola, defendendo que a documentação dos mesmos poderá contribuir para que haja um alívio da situação.

Este reconhecimento foi feito em declarações à imprensa depois de um encontro com a comunidade cabo-verdiana em Luanda, onde o Chefe de Estado ouviu as preocupações dos filhos das ilhas radicados em Angola, tendo sido a questão da pobreza e da falta de documentação dominante.

José Maria Neves disse, depois de ouvir os cabo-verdianos residentes em Angola, que há um esforço comum entre Cabo Verde e Angola no sentido de buscar soluções para os problemas que se colocam relativamente à documentação.

“O governo angolano poderá tomar novas medidas para permitir e facilitar o acesso à documentação por parte dos cabo-verdianos que já estão aqui desde a década de 40, ou antes, e, precisamente por isso, nas próximas oportunidades, o governo angolano irá anunciar os limites desta decisão”, acrescentou.

Prosseguindo, José Maria Neves reconheceu que “há muitos” cabo-verdianos em situação de vulnerabilidade em Angola, afirmando que alguns já recebem um complemento de pensão da parte do governo cabo-verdiano.

“É o esforço que o governo faz no sentido de apoiar aqueles que são mais vulneráveis. Alguns aqui, tendo acesso à documentação, também podem melhorar a sua condição de vida porque podem ter acesso a apoios e outras contribuições e prestações da parte do governo angolano”, acrescentou.

Quanto à outra preocupação levantada pelos integrantes da comunidade, que tem que ver com o facto de Angola ter, há mais de 15 anos, cedido um terreno a Cabo Verde e que ainda nem sequer há um projecto para se trabalhar o mesmo, José Maria Neves, citando a ministra da Defesa e da Coesão Territorial, Janine Lélis, que também participou no encontro, afirmou que o terreno já foi regularizado que a ideia é o Governo, o mais rapidamente quanto possível, mandar uma missão aqui para definitivamente resolver essa questão e pôr o terreno a produzir.

“Tem enormes potencialidades para a agricultura e para a pecuária”, ressaltou.

Outra preocupação levantada tem que ver com a ligação aérea entre Angola e Cabo Verde, tendo José Maria Neves frisado que os dois governos estão a fazer um esforço para ver se haverá a retoma dessa ligação tão logo seja possível.

José Maria Neves iniciou no domingo uma visita de Estado a Angola que termina amanhã, quarta-feira, 12. Da delegação fazem parte membros do Governo, representantes dos partidos políticos e das câmaras de comércio.

Da agenda da primeira visita oficial do Chefe de Estado constaram pontos como um encontro com o Presidente João Lourenço, na segunda-feira, no Palácio Presidencial, a que se seguiu uma declaração conjunta à comunicação social, onde os dois presidentes manifestaram-se interessados na elevação das “excelentes relações de amizade e cooperação” ao patamar de “parceria estratégica”.

Ainda na segunda-feira, José Maria Neves discursou na Assembleia Nacional, momento aproveitado para se dirigir “ao povo angolano”, como afirmou.

Angola é o primeiro país a ser visitado pelo Presidente de Cabo Verde, desde que tomou posse a 9 de Novembro de 2021. O convite foi feito por João Lourenço quando assistiu à posse de José Maria Neves. ANG/Inforpress


Artesanato
/Diretor-geral perspectiva criação de Câmara Nacional de Artes e Ofícios no país

Bissau, 12 Jan 22 (ANG) – O Diretor-geral de Artesanato disse prespestivar para o ano a criação de uma Câmara Nacional de Artes e Ofícios da Guiné-Bissau, uma vez que o país está a perder o seu espaço a nivel da concertação regional, nomeadamente da UEMOA.

Fodé Darame fazia , esta quarta-feira , para a  ANG o balanço do ano findo que considerou do positivo por, criar, em cinco regiões administrativas, Antenas Regionais, que permitiu melhor  organização da classe artesã guineense.

ʺEnquanto não temos aquela estrutura sólida que é a Câmara Nacional de Artes e Ofícios, o país vai continuar a reboque e a ficar ao Deus  dará. O Governo está a criar condições para a modernização da Feira de Artesanato, actualmente instalado nos Coqueiros, em Bissau”, disse.

Disse que a Feira de Artesanato deve entretanto ser transferida para outro local, concretamente em frente à Direção Geral das Alfândegas de Bissau, em cumprimento de uma decisão do Conselho de Ministros, tomada em 2017.

Para aquele responsável, o desenvolvimento do artesanato não deve se limitar a modernização da Feira Artesanal, mais sim abranger todas as oficinas de atividade artesanal que existem na Guiné-Bissau, para estrem em condições de fazer produções internas e sua comercialização.

ʺCriada a Câmara de Artes e Oficios, vai no faltar a aprovação de  dois instrumentos fundamentais, nomeadamente o Regime Jurídico do Artesão e Estatutos de Empresas Artesanais, ao nível do Conselho de Ministros”, salientou.

Segundo Darame, a aprovação desses documentos   vai permitir o regresso de ofícios cujo o exercício é cobrado  por uma instituição que diz não querer revelar, mas que  afirma não ter competência para fazer as cobranças que tem estado a fazer.

“A estruturação destes documentos vai poder vedar a referida instituição de atos de combrança que realiza junto dos seus contribuintes, nomeadamente ferreiros, pedreiros, seralheiros, cabelereiros, mecânicos, sapateiros entre outros oficios que estão debaixo da tutela da Direção Geral do Artesanato”. referiu. 

Disse que, 2022 vai ser o ano em a sua instituição vai trabalhar de mãos dadas com duas ONGs parceiras, nomeadamente IANDA GUINÉ e  Ação para Desenvolvimento (AD) para permitir a realização de várias  ações de formação no domínio do artesanato. ANG/MI/ÂC//SG