sexta-feira, 12 de agosto de 2022

         África de Sul/Violação colectiva gera protestos contra imigração

Bissau,12 ago 22(ANG) - As autoridades da África do Sul e de Moçambique vão-se reunir em Maputo, a 22 e 23 de Agosto, para discutir a imigração ilegal, na sequência de uma violação colectiva em que seis imigrantes moçambicanos estão entre as 14 pessoas acusadas formalmente.

O julgamento está marcado para 28 de Agosto. O caso originou uma onda de violentos protestos populares.

O combate à mineração ilegal na África do Sul foi debatido,  quinta-feira, no Parlamento sul-africano. Dados oficiais apresentados na assembleia indicam que as autoridades sul-africanas prenderam mais de 4.000 pessoas por mineração ilegal no país desde 2019.

O tema voltou à tona depois da violação colectiva de oito mulheres numa mina abandonada na área mineira de Krugersdorp, a oeste de Joanesburgo. De acordo com uma fonte do Ministério Público sul-africano, seis dos imigrantes moçambicanos - incluindo um menor de 16 anos - encontram-se entre os 14 indivíduos acusados formalmente pela alegada violação colectiva. 

Os 14 enfrentam acusações de violação, assédio sexual, roubo em circunstância agravada e violação da lei de imigração relacionadas com o caso que chocou o país. No total, pelo menos 43 moçambicanos foram detidos na sequência da alegada violação coletiva, segundo fonte da polícia sul-africana.

O caso originou uma onda de violentos protestos populares em que centenas de moradores se juntaram às forças policiais ao acusar os trabalhadores mineiros ilegais – conhecidos localmente por « Zama Zama » -, pelo elevado nível de criminalidade na província.

O julgamento foi adiado para 28 de Agosto para novas investigações.

Entretanto, as autoridades da África do Sul e de Moçambique vão reunir-se em Maputo, a 22 e 23 de Agosto, para discutir a imigração ilegal oriunda do país vizinho. Centenas de pessoas que se dedicam à exploração ilegal de minas abandonadas na África do Sul são imigrantes ilegais oriundos do Zimbábue, Moçambique e Lesoto.ANG/RFI

 


Ensino Superior
/ Rede Nacional dos Jovens Quadros “para uma Guiné Bissau emergente” beneficia de 300 bolsas de estudos

Bissau,12 Ago 22 (ANG) – A Rede Nacional dos Jovens Quadros “para uma Guiné-Bissau emergente” beneficia de 300 bolsas de estudos, 100 dos quais  atribuídas pelo Instituto Superior de Gestão da Guiné-Bissau e os restantes pelo Instituto Superior de Comércio e de Gestão de Ziguinchor.

Os  acordos para o efeito foram assinados hoje, em Bissau, pelo Presidente da Rede Nacional de Jovens Quadros para uma Guiné Bissau Emergente, Juelson António Mache Tavares e o Presidente do Instituto Superior de Gestão, Saido Embaló e  o Director do Instituto Superior de Comércio e de Gestão de Ziguinchor, Assane Diata.

Os cursos disponibilizados pelo  Instituto Superior de Gestão abrangem as  áreas de Auditoria e controlo de Gestão, Banco, Seguro e Finanças, Economia e Gestão, Comércio Internacional e Marketing, Serviço Social, Administração Pública e Autarquia, Ciências de Educação, Alfândegas e Transporte logística, Gestão Turistica e Hoteleira e Gestão dos Recusos Humanos.

 O Instituto Superior de Comércio e de Gestão  de Ziguinchor disponibilizou vagas para formação nas áreas de  Gestão de Empresas, Gestão dos Recursos Humanos, Gestão de Projectos, Marketing e Comunicação, Contabilidade, Gestão, Bancos, Seguro e Finanças e Gestão Informática .

Na ocasião, o ministro do Ensino Superior e Investigação Ciêntifica, Timóteo Saba M´bundé  felicitou as duas instituições pela disponibilização  deste número segnificativo de  bolsas de estudos na Guiné-Bissau e no exterior, que no seu entender  representa um esforço da Rede, no sentido  de colmatar as necessidades do acesso ao ensino superior.

M`Bundé sublinhou que o Governo por si só  não conseguirá alcançar os objectivos pretendidos ao nivel da formação superior, por isso conta com instituições académicas para o efeito.

“Não podemos trilhar um caminho frutífero sem contar com os parceiros, pois o Governo, isoladamente, não conseguirá produzir os resultados esperados ao nível do conhecimento académico”, acrescentou.

Timóteo Saba M´bundé  disse  que testemunhou um acto de sinergia entre o Governo e as instituições académicas do país e do Senegal, através do Instituto Superior de Ziguinchor para promover a formação dos jovens guineenses.

 O Presidente do Instituto Superior de Gestão, Saido Embaló disse que o acto visa dois objectivos, e que o primeiro  reflete os principios da criação da instituição que é de apoiar os jovens com dificuldades de acesso à uma formação académica.

Outro objectivo, de acordo com Saido Embaló, tem a ver com a responsabilidade social de permitir que pessoas que vêm de qualquer parte do país pudessem  ter acesso ao ensino superior.

O  Director do Instituto Superior de Comércio e de Gestão de Ziguinchor,  Assane Diata agradeceu do Presidente da Rede de Nacional de Jovens Quadros, Juelson Tavares pelo o engajamento a favor da educação dos jovens da Guiné-Bissau.

Defendeu  que a educação e formação devem estar  entre as acções prioritárias de todos os dias.

Assane Diata convidou as autoridades nacionais para apoiarem a iniciativa da Rede dos Jovens, porque “o país e  o continente africano é que ganham.

Segundo o Presidente da Rede Nacional de Jovens Quadros para uma Guiné Bissau Emergente, Juelson António Mche Tavares o acordo de parceria de 100 bolsas de estudo com o Instituto Superior de Gestão da Guiné-Bissau, prevê  a redução de 50 por cento do custo mensal da propina, que varia entre 25 à 30 mil francos CFA.

“No mesmo quadro,  assinamos um outro acordo  com o Instituto Superior de Comèrcio e de Gestão de Ziguinchor, com 200 bolsas de estudo, dos quais 150 com redução de 50 por cento custo mensal e 50 grátis.

Os dois acordos, com duração de quato anos, renováveis, segundo o Presidente da Rede,  vai permitir  apoiar os jovens que concluiram o 12ª ano, mas não tem condições de  continuar com estudo superior, poderem  ter acesso a uma formação académica. ANG/LPG/ÂC//SG

Eleições Senegal/Coligação presidencial venceu legislativas com maioria absoluta

Bissau, 12 Ago 22(ANG) – A coligação presidencial no Senegal venceu com margem ligeira as eleições legislativas de 31 de Julho, de acordo com os resultados finais, mantendo uma maioria absoluta na Assembleia Nacional, obtida graças a um apoio pós-eleitoral.


Dos 165 lugares da Assembleia, a coligação do Presidente Macky Sall tem agora 82 deputados, contra os 125 conseguidos em 2017, disse o Conselho Constitucional na noite de quinta-feira, confirmando os números provisórios anunciados a 04 de Agosto pela Comissão Nacional do Recenseamento dos Votos (CNRV).

Ainda assim, esta força ganhou uma maioria absoluta de 83 deputados, contra 82 para a oposição, com a contabilização de um deputado da oposição, Pape Diop, antigo presidente da Assembleia Nacional e do Senado.

Diop anunciou na quinta-feira, durante uma conferência de imprensa, que tinha “tomado a decisão de aderir” à coligação presidencial para evitar “um bloqueio no funcionamento das instituições” no Senegal.

E adiantou que dada a natureza presidencial do sistema político senegalês, uma Assembleia Nacional sob o controlo da oposição conduziria inevitavelmente a uma crise institucional, que estaria repleta de “todo o tipo de perigos”.

A Assembleia Nacional tornar-se-ia então, “não um contrapoder, mas sim um estrangulamento à acção do Presidente da República e do seu governo”, disse Pape Diop.

A aliança da oposição ganhou 80 lugares no Parlamento, incluindo 56 para a coligação “Yewwi Askan Wi”, liderada pelo principal opositor Ousmane Sonko, e 24 para “Wallu Senegal”, liderada pelo ex-presidente Abdoulaye Wade (2000-2012), de acordo com o Conselho Constitucional.

Os outros dois deputados da oposição provêm das fileiras de duas outras pequenas coligações de partidos.

A aliança da oposição tinha anunciado que não iria recorrer ao Conselho Constitucional, por falta de confiança no tribunal.

Yewwi Askan wi também se tinha queixado, a 04 de Agosto, sobre a “recusa” do CNRV de o deixar “verificar” as actas das votações em quatro localidades do norte do país, num bastião do Presidente Sall.

A oposição tinha anunciado que pretendia uma vitória nas eleições legislativas para impor uma coabitação ao Presidente Sall e pressioná-lo a desistir do seu plano de concorrer novamente nas eleições presidenciais de 2024.

O Presidente Sall, eleito em 2012 por sete anos e reeleito em 2019 por cinco anos, permanece vago quanto às suas intenções.

Prometeu que nomearia um primeiro-ministro – um cargo que aboliu em 2019 e repôs em Dezembro de 2021 – do partido vencedor nas eleições.ANGInforpress/Lusa

 


Tempo
/Instituto Nacional da Meteorologia prevé chuva fraca e ventos com velocidade de até 15 km/h para as próximas 24 horas

Bissau, 12 Ago 22 (ANG) – O Instituto Nacional da Meteorologia(INM) aponta a fraca chuva à moderada por vezes fortes, acompanhadas de trovadas, vento fraco de quadrante Sul com velocidade de até 15 km/h no continente e moderado no mar até 30 km/h para as próximas 24 horas.

A informação vem expressa no Boletim Meteorológico de previsão do tempo numéro 221/2022 do Instituto Nacional da Meteorologia, elaborado quinta-feira, 11 de Agosto, à que a ANG teve acesso hoje.

Segundo o boletim, a visibilidade do tempo será boa (igual ou superior a 10 km) mas reduzida no momento da chuva (inferior a 6 km).

As temperaturas máximas nas zonas Centro, Norte e Leste vão variar de 27° C (em Bissau) à 29° C ( em Farim, Bafatá, Gabu e Buruntuma).

As temperaturas mínimas, de acordo com as previsões do INM, é de 23° C (em Bissorã, Farim, Bafatá, Gabú e Buruntuma e Madina de Boé e 24° C (em Bissau, Cacheu e Pirada).

Nas zonas Sul e Ilhas as temperaturas apontam para as máximas de 27° C (em Bolama, Buba, Cacine e Bubaque) e as mínimas vão variar  entre 23° C (em Buba) e 26° C (em Bubaque). ANG/MI/ÂC//SG

     Coreia de Sul/Catorze mortos devido às chuvas mais fortes em 80 anos

Bissau, 12 Ago 22(ANG) – O número de mortos devido às inundações causadas pelas chuvas mais fortes a atingir o norte da Coreia do Sul em 80 anos, subiu para 14 e há ainda seis pessoas desaparecidas, disseram hoje autoridades locais.

Os serviços de socorro encontraram na quinta-feira os corpos de dois moradores da capital, Seul, dentro de um esgoto, avançou a agência noticiosa sul-coreana Yonhap.

As inundações deixaram até agora oito mortos em Seul, três no resto da província ocidental de Gyeonggi e outros três na província oriental de Gangwon, sendo que estão ainda desaparecidas seis pessoas na capital.

Mais de seis mil pessoas e quase três mil famílias tiveram de ser retiradas das suas casas em 46 cidades, vilas e aldeias, incluindo a capital. Muitas dessas pessoas vivem em caves inundadas pela chuva.

Metade das pessoas que perderam a vida nos últimos dias viviam neste tipo de habitação. Em Seul existem cerca de 200 mil habitações em caves, albergando 5% de todas as famílias na capital, avançou a Yonhap.

Segundo a agência, as autoridades da capital anunciaram que irão pedir ao Governo para rever a lei de construção urbana para proibir a utilização de caves para fins habitacionais.

Seul dará ainda aos proprietários de edifícios um período de 20 anos para converter essas caves para usos não residenciais, como armazéns ou estacionamentos, assim como apoio aos arrendatários para se mudarem para habitação pública.

Partes de Seul, bem como da cidade portuária de Inchon e da província de Gyeonggi, registaram fortes chuvas de mais de 100 milímetros (mm) durante várias horas consecutivas na terça-feira.

A precipitação excedeu os 140 milímetros (mm) numa hora no distrito de Dongjak de Seul, a chuva mais forte registada em 60 minutos desde 1942.

As fortes chuvas provocaram inundações de casas, veículos, edifícios e estações subterrâneas, de acordo com a Yonhap.

As chuvas atingiram também a Coreia do Norte, onde as autoridades emitiram alertas para o sul e oeste do país, avançou na terça-feira a televisão estatal KCTV.

O jornal oficial Rodong Sinmun descreveu as chuvas fortes como potencialmente “desastrosas” e apelou a medidas para proteger terras agrícolas e impedir inundações causadas pelo rio Taedong, que passa pela capital, Pyongyang.ANG/Inforpress/Lusa

 


Guerra na Ucrânia
/Agência Internacional de Energia Atómica qualifica a situação em Zaporija como "grave"

Bissau,12 Ago 22(ANG) - O director-geral da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, disse quinta –feira a noite ao Conselho de Segurança da ONU, em Nova Iorque, que as actuais manobras militares junto à central nuclear de Zaporija, na Ucrânia, podem ter "sérias consequências", com Moscovo e Kiev a acusarem-se mutuamente dos ataques que têm fustigado esta estrutura nos últimos dias.

Rafael Grossi alertou que a situação na maior central nuclear da Europa é "grave" e pode ter sérias consequências.

O director-geral da Agência Internacional de Energia Atómica pediu ainda perante o Conselho de Segurança que se reuniu nesta noite em Nova Iorque que uma missão da agência que dirige tenha acesso "o quanto antes" ao local de modo a avaliar as condições de segurança.

Apesar de todos os membros do Conselho de Segurança terem apoiado esta missão, não há, por enquanto acordo, para a intervenção da Agência Internacional de Energia Atómica. Os Estados Unidos defenderam a criação de uma zona desmilitarizada à volta da central nuclear.

Estas acções perto de uma central nuclear tão grande podem ter sérias consequências, alertou Rafael Grossi.

Nos últimos dias, Zaporija foi fustigada com pelo menos cinco ataques relatados tanto por Moscovo como por Kiev, com os dois lados a culparem-se mutuamente pelos ataques nesta região. Zaporija tem seis reatores nucleares, gera quase metade da energia da Ucrânia e está entre as 10 maiores centrais nucleares do Mundo.

Do seu lado, o Presidente Volodymyr Zelensky disse que a Ucrânia e o Mundo estão a sofrer uma "chantagem nuclear russa". Segundo as autoridades ucranianas, os combates continuam a apenas 100 quilómetros de Zaporija, havendo relatos de mortos e feridos devido aos bombardeamentos russos.ANG/RFI

 

           Finanças/Bissau acolhe reunião da Inspecção Anual da UEMOA

 Bissau,12 ago 22(ANG) – A cidade de Bissau acolhe entre os dias 11 e 12 do corrente mês, a reunião da Inspecção Anual da União Económica e Monetária Oeste Africana(UEMOA), na qual  serão passados em revista as reformas políticas, programas e projectos comunitários.

Ao presidir na quinta-feira a abertura do evento, o ministro das Finanças, Ilídio Vieira Té reafirmou o engajamento do Governo na implementação das reformas, políticas, projectos e programas comunitários, tendentes a melhorar a competitividade da economia e o potencial de crescimento.

"É certo que continuamos a progredir de ano para ano, se olharmos os cinco pontos percentuais comparativamente com o exercício de  2020", referiu o títular da pasta das Finanças, tendo reconhecido que o país possui  indicadores inferiores ao resto dos países do espaço da União.

O titular da pasta das Finanças traçou um quadro promissor na perspectiva de superar a média fixada pela UEMOA, mas afirmou que "vai ser uma tarefa árdua", devido os desafios relacionados  aos efeitos da Pandemia da COVID-19 e a Guerra na Ucrânia.

Não obstante esses desafios, Ilídio Vieira Té reiterou a determinação do Governo a proceder à execução cabal das directivas da UEMOA, bem como dos "Regulamentos e Decisões comunitários."

Neste particular, o Representante Residente da UEMOA na Guiné-Bissau, Félix Bertin reconheceu o engajamento das autoridades de Bissau  na execução das directivas da UEMOA, tendo falado de alguns atrasos
entretanto
 registados.ANG/AC//SG

quinta-feira, 11 de agosto de 2022

  RDC/Sobe para 11 número de mortos do ataque à prisão de Kakwangura

Bissau, 11 Ago 22 (ANG) - Subiu para 11 o número de mortes após um grupo armado ter atacado uma prisão no nordeste da República Democrática do Congo (RDC) esta quinta-feira, levando à fuga de mais de 800 reclusos.


Segundo o mais recente relatório das autoridades congolesas, durante o assalto à prisão de Kakwangura, na cidade de Butembo (província do Kivu Norte), morreram dois polícias, cinco membros do grupo armado e um miliciano.

Três outros membros do grupo que atacou a prisão morreram depois de serem linchados por habitantes da cidade de Mumole, situada 35 quilómetros a sudeste da prisão, segundo o portal de notícias congolês Actualite.

Inicialmente, o exército atribui o ataque ao grupo Mai-Mai, um nome que abrange dezenas de milícias armadas que operam na área há décadas, formadas por camponeses e outros civis armados para se defenderem de outros rebeldes e até do próprio exército congolês.

Mais tarde, o exército recuou e disse que o ataque foi organizado e realizado por combatentes dos rebeldes das Forças Democráticas Aliadas (ADF, na sigla em inglês), com o apoio de milicianos local, de acordo com a Rádio Okapi.

Segundo a rádio congolesa Okapi, as forças armadas revelaram que o grupo de mais de 80 membros conseguiu em 15 minutos arrombar a porta principal da prisão e retirar 817 prisioneiros - incluindo 12 mulheres, membros das ADF -, sendo que 115 já foram recapturados.

Desde 1998, o leste do país tem sido palco de um conflito alimentado por milícias rebeldes e ataques de soldados do exército, apesar da presença da missão da ONU (Monusco), com mais de 14.000 soldados destacados. ANG/Angop

 


Desporto
/MCJD promete  combater  dificuldades que os funcionários dos estádios Nacional 24 de Setembro e Lino Correia enfrentam

Bissau, 11 Ago 22 (ANG) – O ministro da Cultura, Juventude  e Desportos (MCJD), Augusto Gomes prometeu , terça-feira,  sanear as dificuldades que atravessam os funcionários dos dois maiores empreendimentos de futebol do país, o 24 de Setembro e o Lino Correia.

Sgundo o “Site” do Gabinete de Comunicação do Ministério da Cultura, Juventude e Desportos (MCJD),   Augusto Gomes falava  no âmbito de uma visita efectuada aos dois estádios.

A visita, segundo o governante, serviu para se inteirar das condições em que trabalham os funcionários dos respectivos estádios,  e saber ainda como funciona a casa, logisticamente.

De acordo com Gomes, o Presidente da República Umaro Sissoco Embaló, o Governo  e a própria Federação de Futebol da Guiné-Bissau (FFGB)  estão todos determinados a trabalhar para a requalificação dos dois estádios.

“Pretendemos adapta-los aos padrões internacionais, sobretudo o Estádio 24 de Setembro, para o acolhimento dos jogos internacionais, actividades religiosas e espetáculos, depois de colocação das placas de proteção do relvado”, disse Augusto Gomes.

Nesta visita realiza aos dois maiores empreendimentos de futebol do país, e acompanhado por Secretário de Estado da Juventude e Formação Profissional (SEJFP) Agostinho Intate Djú, o ministro  Augusto Gomes ainda se  inteirou das dificuldades para o  saneamento básico dos referidos estádios, e da insufiência  de funcionários com que se deparam.

O ministro disse que foi informado de que  os funcionários do Estádio Lino Correia não beneficiam de subsídios resultantes dos espetáculos promovidos há anos no Estádio.

“É triste o que constatamos. Vamos lutar para acabar com as dificuldades encontradas e vou criar condições para que os recursos humanos possam responder às necessidades dos dois estádios”, prometeu.

Augusto Gomes diisse que o adiamento do encontro da Seleção Nacional de Futebol da Guiné-Bissau com a sua congénere da Nigéria, para Março de 2023, permitirá que as obras de reabilitação do relvado do Estádio Nacional 24 de Setembro possam ser efetuadas com mais calma , assim como os trabalhos do interior e exterior do Estádio.ANG/LLA/ÂC//SG

  

    

 

       Afeganistão/Violação de direitos humanos marca poder dos talibãs

Bissau, 11 Ago 22 (ANG)Cabul - A ONG Human Rights Watch (HRW) acusou hoje, quinta-feira, os talibãs de terem quebrado múltiplas promessas de direitos humanos, sobretudo, o das mulheres, informou a Lusa.

Há um ano no poder no Afeganistão, isto é, recuperarem Cabul a 15 de Agosto de 2021, as autoridades talibãs impuseram severas restrições aos direitos das mulheres e de raparigas, reprimiram os meios de comunicação social.

E detiveram, torturaram e executaram sumariamente críticos e adversários, entre outros abusos, afirmou a HRW em comunicado.

"A economia entrou em colapso, em grande parte porque os governos da comunidade internacional cortaram a assistência estrangeira e restringiram as transacções económicas internacionais. Mais de 90% dos afegãos vivem em insegurança alimentar há quase um ano”, anunciaram.

Fazendo com que milhões de crianças sofram de subnutrição aguda e ameaçam graves problemas de saúde a longo prazo, pode ler-se na mesma nota.

Ou seja, "o povo afegão vive um pesadelo de direitos humanos, vítima tanto da crueldade talibã como da apatia internacional", disse a investigadora afegã da HRW, Fereshta Abbasi, sustentando que o futuro do país "permanecerá sombrio, a menos que governos estrangeiros se envolvam mais activamente". ANG/Angop

 

Migração e Fronteiras/Operativos recebem superação sobre aplicação da Livre circulação de pessoas e bens na CEDEAO

Bissau,11 Ago 22(ANG) – Cerca de 50 agentes operativos dos Serviços de Migração e Fronteiras estão reunidos num ateliê sobre a Livre Circulação de Pessoas ne Bens no espaço da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental(CEDEAO).


Ao presidir a abertura do evento, o Inspetor-geral do Ministério do Interior, em representação do ministro da tutela, disse que só com essas ações de formação é que poderão assegurar o controle de entrada e saída de pessoas nas linhas fronteiriças.

Armando Marna alertou aos formandos sobre a necessidade de realizarem um bom desempenho nas linhas fronteiriças, tendo em conta que os Serviços de Migração é um espelho do país e deve ser capitalizado, moralizado para que possa estar à altura de desempenhar a sua missão.

Segundo Aicha Injai Ferreira, que   representou o Diretor-geral dos Serviços de Migração e Fronteiras no evento, a iniciativa conta com o patrocínio da representação da CEDEAO no país, e visa o reforço das capacidades dos agentes operativos daquela instituição, em matéria de legislação sobre a  livre circulação de pessoas e bens no espaço comunitário.

“Hoje mais do que nunca, estamos confrontados com fenómenos de terrorismo, tráfico de seres humanos entre outros, em que todos os cuidados são poucos”, avisou.

Aquela responsável apelou aos formandos para que durante os dois dias do ateliê capitalizassem, no máximo, os ensinamentos que lhes serão ministrados.

Sob o lema” Conhecer para Mudar a forma de pensar e agir da administração pública”, o ateliê em que participam agentes operativos vindos de todas as estruturas de Migração e Fronteiras do país, vai abordar , a Sobreposição das Normas da CEDEAO sobre as Leis dos Estados membros, a Problemática da implementação da Política da CEDEAO, Histórias, Natureza jurídica, objetivos e importância desta organização,  o enquadramento administrativo do Ministério do Interior e da Direção Geral de Migração e Fronteiras, entre outros assuntos. ANG/ÂC//SG

 

      Mali/Três dias de luto após ataques que mataram dezenas de militares

Bissau, 11 Ago 22 (ANG)- As autoridades malianas decretaram três dias de luto nacional, a partir de hoje, depois de dois ataques terroristas terem morto dezenas de militares e polícias em todo país da África Ocidental.

O Exército disse que um ataque no domingo na região norte de Gao matou 42 soldados.

Num comunicado, o exército adianta que o ataque foi realizado por extremistas islâmicos que usaram drones, artilharia e viaturas armadilhadas.

Também no mesmo dia, cinco polícias foram mortos no sul do país, quando radicais atacaram uma esquadra perto da fronteira com o Burkina Faso.

Três outros agentes continuam desaparecidos, após a ofensiva à esquadra da polícia da fronteira de Sona, disse o director-geral da polícia nacional, Soulaimane Traore.

Na segunda-feira, terroristas do Grupo de Apoio ao Islão e aos Muçulmanos (GSIM, JNIM em árabe), filiado na organização Estado Islâmico, reivindicaram a responsabilidade dos ataques.

O Mali e os seus parceiros internacionais têm lutado contra extremistas islâmicos há quase uma década, e a situação revelou sinais de deterioração depois de a França ter começado a retirar as suas tropas, após uma série de disputas com o Governo maliano.

Em 2013, a França liderou uma operação militar para expulsar militantes islâmicos do poder nas principais cidades do norte do Mali.

Mas, os “jihadistas” reagiram e começaram a realizar ataques no sul contra os militares e as forças de paz da ONU.

O plano de retirada francês surgiu depois de uma junta liderada pelo coronel Assimi Goïta ter executado dois golpes num período de nove meses em 2020 e 2021 e da presença no país do grupo para-militar russo Wagner. ANG/Angop

 

Caso 01 de Fevereiro/“Militares detidos correm perigo de vida”, diz o Advogado Ntupé

Bissau, 11 Ago 22(ANG) -  O advogado dos militares detidos na sequência de tentativa de golpe de Estado, ocorrida no passado dia 01 de Fevereiro, disse que os seus constituintes  correm perigo  de vida, devido a más condições das prisões.

Marcelino Ntupé que falava hoje em conferência de imprensa sobre a situação em que se encontram os militares em causa, disse que  alguns  precisam da assistência médica porque se encontram doentes.

Afirmou que o Ministério Público depois de concluir a investigação sobre a tentativa de golpe de Estado produziu um despacho que ordena a libertação de todos os presos não acusados e aqueles que foram acusados, no sentido de guardarem o julgamente em liberdade.

Depois disto, advogados de outros detidos recorreram à Juíza de Instrução Criminal e esta por sua vez “ teve a coragem” de produzir um despacho que ilibou os  que foram acusados de serem autores morais e financiadores da tentativa.

Marcelino Ntupe  lamentou o incumprimento do Despacho do Ministèrio Público, assim como o da Juíza de Instrução criminal mas preferiu não identificar quem não está a cumprir essas ordens.

Afirmou que as autoridades nacionais têm receio de submeter o processo ao julgamento, porque ninguém vai ser condenado por este caso, por “falta de elementos juridicos” para o efeito.

Por isso, disse que os  militares  estão “sequestrados, porque não estão perante  uma prisão preventiva.

Ntupé revelou que o Ministério Público está a ser pressionado para transferir o processo para o Tribunal Militar, mas  não identificou  quem exerce essa pressão.

Acrescentou  que o recém nomeado Presidente do Tribunal Militar está igualmente a pressionar os magistrados no sentido de julgarem o processo em conformidade com as “ orientações recebidas”.

Criticou o que diz ser “silêncio” da União Europeia e das Nações Unidas em relação ao processo, e sustenta que apesar de ser um assunto interno estas organizações deviam pronunciar sobre o incumprimento das decisões judiciais, pois o não cumprimento das decisões constitui uma violação dos direitos.

Os dois Despachos, segundo Ntupé, deveriam ser objecto da discussão e de constestação por parte das organizações da sociedade civil nacionais e internacionais, mas diz que,infelizmente, continuam a não falar do assunto.

Um grupo de homens armados, dispararam vários tiros no passado dia 01 de Fevereiro do ano em curso, junto ao Palácio do Governo onde decorria um Conselho de Ministros, com a presença do Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló, e do primeiro-ministro, Nuno Nabiam.

O ataque provocou pelo menos oito mortos e quatro feridos, segundo fontes  médicas.ANG/LPG/ÂC//SG

 

ONU/Conselho de Segurança alerta sobre a progressão do grupo Estado Islâmico nomeadamente em África

Bissau, 11 Ago 22 (ANG) - A ONU alertou quarta-feira numa reunião do Conselho de Segurança que apesar de ter sofrido derrotas nomeadamente na Síria e no Iraque, o grupo Estado Islâmico continua a representar uma ameaça à segurança global,  referindo que Daesh tem vindo a progredir nestes últimos meses em algumas regiões, nomeadamente em África.

De acordo com Vladimir Voronkov, responsável do gabinete da ONU de luta contra o terrorismo, que apresentou  no Conselho de Segurança o seu mais recente  relatório sobre a questão, apesar de em  Fevereiro, o até então líder da organização Abu Ibrahim al Hashimi al Qurashi, ter sido morto na Síria, e apesar também de vários comandantes do grupo terem sido abatidos ou capturados nestes últimos meses, a organização tem vindo a registar progressos durante o primeiro semestre deste ano.

Na óptica do perito da ONU, a “estrutura descentralizada” do grupo terrorista deu-lhe a possibilidade de continuar as suas ofensivas até mesmo em terrenos onde tem perdido força. A título de exemplo, Vladimir Voronkov estima que 6 mil a 10 mil homens continuem mobilizados no Iraque e na Síria.

No respeitante ao continente africano, o relatório da ONU dá conta da sua preocupação perante as acções levadas a cabo pelo grupo jihadista no Sahel, em vários estados costeiros do Golfo da Guiné, no Uganda e em Moçambique.

Ainda segundo as Nações Unidas, noutro ponto do globo, no Afeganistão, onde os Talibã retomaram o poder há um ano, o Estado Islâmico tem vindo a ganhar influência, à medida que outra organização terrorista poderosa na região, a Al Qaeda, tem vindo a sofrer derrotas, nomeadamente a recente perda do seu líder, assassinado há dias em Cabul, durante uma operação americana.

À propósito a  RFI entrevistou José Manuel Anes, especialista em terrorismo e segurança ligado à Universidade Lusíada em Lisboa, para quem a cooperação e a troca de informações é essencial na luta contra o grupo Estado Islâmico.

RFI: Qual é a força que tem actualmente Daesh em comparação com Al Qaeda no Afeganistão e Paquistão?

José Manuel Anes: Claro que o Estado Islâmico é o grande rival da Al Qaeda, rival senão mesmo inimigo. Enquanto a Al Qaeda teve agora essa derrota com o assassinato do seu líder Ayman Al Zawahari em Cabul, a verdade é que o Estado Islâmico não tendo um grande líder com um nome conhecido, tem uma capacidade operacional muito grande. Ali naquela zona do globo, no Afeganistão, no Paquistão, o Estado Islâmico do Khorassan, demonstrou há um ano no aeroporto de Cabul quando estavam imensas pessoas a tentar embarcar em aviões para saírem daquele país, eles cometeram um atentado que matou várias dezenas de civis e 13 soldados norte-americanos. Portanto, o Estado Islâmico, apesar de não ter aquela capacidade que tinha na Síria e no Iraque, ao descentralizar-se, manteve e desenvolveu a sua capacidade operacional em várias partes do globo.

RFI: Há uns anos atrás, o grupo Estado Islâmico parecia estar bastante activo na Europa, tendo havido uma série de ataques em várias cidades europeias, nomeadamente em Paris. O Estado Islâmico continua activo ou há acções mais eficazes de luta contra o terrorismo na Europa?

José Manuel Anes: As duas coisas. Continua activo, espreita sempre oportunidades. Das últimas vezes que atacou, até foi com arma branca, porque o transporte de armas de fogo ou de explosivos é mais problemático nesta fase em que os serviços de informação e as polícias antiterroristas desenvolveram uma capacidade de observação destes fenómenos, eles preferem atacar com arma branca. Mesmo assim matam. Na catedral de Nice (no dia 29 de Outubro de 2020), foram duas ou três pessoas que mataram. Por um lado, os serviços de informação e a polícia antiterrorista estão a trabalhar cada vez melhor e a permuta de informações entre os diversos países é fundamental mas eles também não têm aquela visibilidade nem o "descaramento" que tinham e que, por exemplo, levou ao atentado do Bataclan em Paris (13 de Novembro de 2015). Portanto, actualmente o Estado Islâmico está mais contido, mas não podemos deitar foguetes. Sempre que têm uma oportunidade, atacam.

RFI: No seu mais recente relatório, a ONU diz que, em compensação, no continente africano, o Estado Islâmico tem vindo a progredir nomeadamente em toda a zona do Sahel. A que se deve este fenómeno a seu ver?

José Manuel Anes: A verdade é que no Sahel, quem mandava lá sob o ponto de vista do terrorismo, era a AQMI (Al Qaeda do Magrebe Islâmico) que estava no Mali. Mas depois, o Estado Islâmico foi ganhando força progressivamente nessa zona, em todo o Sahel, e agora também tem presença em Moçambique. Aqueles 'Shebabs' de Moçambique não têm nada a ver com os 'Shebabs' da Somália, esses são ligados à Al Qaeda desde sempre. Os 'Shebabs' de Moçambique são um ramo do Estado Islâmico da África Central e que vão para sul e têm uma presença forte, têm feito vários ataques e isto é altamente preocupante.

RFI: Precisamente, um dos aspectos apontados nesse relatório da ONU sobre o grupo Estado Islâmico é que deveria haver uma maior cooperação a nível das regiões afectadas por esse fenómeno. Julga que efectivamente este poderá ser o calcanhar de Aquiles?

José Manuel Anes: De facto, no começo das acções do grupo Estado Islâmico em Cabo Delgado, no norte de Moçambique, a verdade que o país teve uma certa reticência em buscar aliados. Agora, tem agora o conjunto de países da SADC, da África do Sul, que estão a trabalhar bem e de alguma maneira já se começam a ver alguns efeitos dessa cooperação. Tem havido alguma reticência por parte da Tanzânia, mas o resto dos países estão a trabalhar bem, a ajudar Moçambique nessa luta antiterrorista que é fundamental. Esperemos que esta cooperação internacional continue porque doutra maneira não conseguimos e corremos o risco de que o Estado Islâmico tenha ali uma zona de influência e de acção que será depois muito mais difícil de neutralizar.

RFI: E no caso do Sahel? Há uma série de países que têm conhecido situações de instabilidade política e tem também havido uma série de 'mexidas' no campo da segurança, nomeadamente com a retirada da União Europeia e da França do Mali, e vários questionamentos sobre a estratégia regional de combate ao terrorismo.

José Manuel Anes: Pois. A atitude do governo do Mali nos últimos tempos tem sido lamentável. Desde logo, as reticências e mesmo um distanciamento relativamente à acção antiterrorista que a França teve durante muitos anos com a operação Serval, com a operação Barkhane, coisas extremamente importantes e úteis, porque se o terrorismo vingar naquela zona do Sahel, desde o Mali, o Chade, Níger, Burkina Faso, isso vai ser um perigo depois para o norte de África e consequentemente para a Europa. Temos que ser muito sérios e encarar isto como uma grande ameaça. Lamento dizer que o governo do Mali tem sido bastante reticente em relação à cooperação francesa de luta antiterrorista, mas esperemos que eles se compenetrem de que efectivamente se não houver um auxílio dos países ocidentais, nesse caso concreto da França, eles vão ter problemas com Estado Islâmico e com a Al Qaeda também.

RFI: A ONU apontou como um dos factores que poderão contribuir para o reforço do grupo Estado Islâmico, nomeadamente no continente africano, as falhas que tem havido a nível de abastecimento de alimentos provocadas pelo conflito na Ucrânia, que potenciariam movimentos de revolta no seio das populações mais expostas.

José Manuel Anes: Sem dúvida nenhuma. Eles são hábeis em aproveitar essas crises e o Estado Islâmico tem uma categoria ideológica muito forte, mais forte do que a Al Qaeda. Mas de qualquer modo, aproveita sempre os problemas que existem nas infra-estruturas socioeconómicas, isto é evidente. Agora, mesmo quando o Estado Islâmico quase que desapareceu na Síria e no Iraque, a ideologia continuava a circular na internet e a contaminar as mentes mais frágeis. A verdade é que as infra-estruturas também colocam problemas e isso, o Estado Islâmico é hábil em aproveitar isso. No caso de Cabo Delgado é outro exemplo. Também aproveitam todas as carências, algumas que são provocadas por eles, mas depois naturalmente aparecem como os salvadores. De facto, essa crise de alimentos e todos os problemas que assolam aquelas populações, o Estado Islâmico vem aproveitar.

RFI: Há também a questão do financiamento. Como é que até agora não se conseguiu travar a acção desse grupo ao nível do seu 'motor'?

José Manuel Anes: O financiamento, eles conseguem através do aproveitamento de matérias-primas locais, eles conseguem arranjar o dinheiro e há sempre alguém dessas correntes extremistas que está pronto a dar dinheiro. Mas a verdade é eles chegam a uma zona e começam a vender os recursos naturais e assim recolhem financiamento para as suas operações terroristas.

RFI: De um modo global, quais seriam eventualmente as suas recomendações?

José Manuel Anes: De um modo geral, é evidente que nós precisamos de muita cooperação internacional a nível de antiterrorismo. Assim como há países que não têm o mais pequeno problema em colaborar internacionalmente com países mesmo ocidentais na luta antiterrorista, felizmente que há e em África há bastantes, mas há também outros que têm reticências e espero que não se venham a arrepender. Portanto, (as prioridades são) cooperação internacional e permuta de informações entre os serviços de informação dos diversos países são essenciais e unidades de antiterrorismo que existem em África e que têm que ter a sua acção não entravada.

ANG/RFI

 

 

Transporte terrestres/Federação  de Motoristas diz que está a boicotar  serviços de transporte público “por incumprimento do memorando assinado com o Governo em 2018”

Bissau, 11 Ago 22 (ANG) - O Presidente da Federação Nacional das Associações dos Transportadores da Guiné-Bissau disse hoje que a sua organização está a boicotar o tansporte público a nível nacional por causa do “incumprimento do acordo assinado com o Governo em 2018”.

Caram Cassamá, em declarações exclusivas hoje a ANG, em jeito de reação à “Operação Stop” hoje iniciada pelas entidades de segurança rodoviária,  disse que desde o mês passado que o Governo está a planear fazer uma “Operação Stop” que segundo ele, tem como objectivo “roubar” o dinheiro aos condutores e proprietários das viaturas.

“Na quarta-feira, tivemos  informações que hoje, vão iniciar a Operação Stop e neste momento o pessoal de Serviços de Viação estão em todas as arterias de Bisssau por isso, orientamos os nossos associados a pararem as suas viaturas”, disse Cassamá.

Segundo disse, o Memorando do Entendimento assinado em 2018 com o governo contém 17 pontos e  prevê a  realização conjunta de  operações stop, redução de postos de controle nas estradas, proibição de emissão de todos os documentos.

Caram Cassamá disse que nada foi cumprido apesar de ser o próprio executivo o actor das propostas constantes no documento assinado com a Federação.

“Por isso digo que nos 17 pontos do acordo nenhum foi cumprido correctamente, uma vez que já estão a recolocar os postos de controle, já extintos, ou seja, o que estão a fazer é abuso por isso demos a orientação aos nossos associados para parrarem as suas viaturas, em casa, porque não vamos dar o nosso dinheiro à ninguém de uma forma desorganizada”, disse  Cassamá.

Aquele responsável afirmou  que o boicote vai prevalecer enquanto o  Governo não retirar  os agentes de Viação nas estradas.

O Presidente da Federação Nacional das Associações dos Transportadores da Guiné-Bissau disse que já não há nada para negociar com o Governo uma vez que o executivo só deve cumprir o que está no papel.

Entretanto, a ANG constatou que   motoristas com a documentação em dia estão a circular normalmente. ANG/MSC/ÂC//SG