terça-feira, 11 de outubro de 2022

Desporto/Presidente da mesa de Assembleia-Geral do Clube Desportivo e Recreativo de Gabú coloca o seu cargo a disposição

Bissau, 11 Otu 22 (ANG) – O Presidente da mesa de Assembleia-Geral do Clube Desportivo e Recreativo de Gabu (CDRG), colocou no último-fim-de-semana o seu cargo a disposição, devido aos insultos e acusações feita por um grupo de jovens a sua pessoa por ter uma suposta influência aos árbitros no campeonato defeso local, a favor da equipa do “Diner FC”.

Segundo José Carlos Macedo, numa declaração a imprensa local e que à Agência de Notícias da Guiné (ANG) teve acesso, é com muita tristesa que anuncia públicamente que jamais fará parte do CDR de Gabú, e coloca o seu cargo a disposição da Direção.

Para José Carlos Macedo, a agressão de palavra dirigido a ele pela juventude de Gabú, é uma traição e desrespeito a sua pessoa encomendado por alguém.

“Fui jogador deste clube durante tês épocas e igualmente treinador que colocou a equipa de Gabú na primeira-liga guineense de futebol, e hoje a minha retribuição torna-se numa humilhação e desrespeito por pessoas instruídas a mando de alguém que nunca deu cara neste clube”, lamentou o responsável.

Defendeu por outro lado que, foi um mal-entendido a maneira como foi conectado a equipa do “Diner FC”.

“Foi a primeira equipa em que joguei desde que cheguei aqui, e fui o orientador da mesma por vários anos, portanto não vejo isso como traição a esta região e nem tão pouco ao clube de Gabu, até ao ponto de dirigir palavras de insultos a minha própria mãe perante o público”, concluiu Josè Carlos.ANG/LLA/ÂC

 

Justiça/Aumentam processos por crimes contra mulheres e crianças na Guiné-Bissau

Bissau,11 Out 22(ANG) - O Ministério Público registou um aumento do número de processos por crimes contra mulheres e crianças nos primeiros seis meses do ano, segundo um relatório hoje apresentado para assinalar a criação daquela instituição.

"Acho que esses crimes estão a crescer, incluindo a subtração de menores. Vimos que esses crimes estão a aumentar, é um bom sinal, a população está a ficar sensibilizada e estão a apresentar queixa", afirmou Domingos Sambu, coordenador da vara crime do Ministério Público.

Domingos Sambu salientou que ainda "há pessoas que continuam inibidas em relação a apresentar queixa", mas a população está a ficar sensibilizada, "principalmente as mulheres", a denunciar aqueles crimes.

"Tendo em conta a nossa tradição, as pessoas preferem resolver na família, mas de facto a solução em família tem consequências que nunca são atenuadas e as pessoas estão a perceber que recorrer à justiça é melhor e o volume está a crescer", sublinhou Domingos Sambu.

Segundo o relatório hoje apresentado, o Ministério Público abriu nos primeiros seis meses do ano 1.749 processos.

A burla e burla qualificada representam 227 casos, seguido de furto com 189 processos, e de 108 processos abertos por violência doméstica.

Além da violência doméstica, o Ministério Público abriu também 49 processos por abuso sexual, 20 por violação sexual, 22 por sequestro, 29 por tráfico de menores, 16 por casamento forçado, dois por rapto e 11 por infanticídio.


Durante a cerimónia, que decorreu no Palácio da Justiça, em Bissau, também foram atribuídos 12 diplomas de mérito a antigos procuradores-gerais da República da Guiné-Bissau.
ANG/Lusa

 

           Função pública/Greve geral nos sectores da Educação e Saúde

Bissau, 11 Out 22 (ANG) - Os funcionários dos sectores da Educação e Saúde observam desde ,  segunda-feira,  uma greve geral de cinco dias em reivindicação de, entre outras,o  pagamento dos salários em atraso.

Segundo o RFI, Yoyo João Correia, porta-voz da Frente Social que engloba os sindicatos da saúde e da educação, explicou que diante do silêncio do Governo a greve foi a única alternativa.

“Tentámos de tudo com o Governo, mas não querem alcançar um acordo connosco. Lamentavelmente hoje iniciámos mais uma greve nos dois setores”, disse.

No caderno de reivindicações da Frente Social consta o pagamento de sete meses de salários aos professores, mais de um ano aos funcionários do sector da Saúde, subsídios de vela e de isolamento.  São também exigidas garantias de segurança no trabalho, legislação que proteja os funcionários dos dois setores em caso de doença e a aplicação do Estatuto da Carreira Docente.

Os funcionários querem ainda que o Governo proceda à efectivação de todos os professores e técnicos do sector da Saúde contratados nos últimos anos, mas que actualmente são considerados como ilegais na Função Pública.

O movimento social impediu o arranque das aulas nas escolas públicas e no Hospital Simão Mendes apenas os casos graves estavam a ser atendidos.

A greve geral termina na sexta-feira, 14 de Outubro. ANG/RFI


Educação
/ Ministra da Educação promete  processo  de aprendizagem condigna e eficaz  para novo ano letivo

Bissau, 11 Out 22 (ANG) – A ministra da educação nacional Martina Moniz prometeu para o presente ano letivo 2022/2023  um processo  de aprendizagem condigna e eficaz, apesar da greve de quatro dias decretada pelos sindicatos dos sector da Educação numa frente conjunta com os do sector da saúde.  

A promessa da ministra foi feita, no  fim de semana, na abertura ofical do novo ano lectivo, mas as aulas não se iniciaram na segunda-feira devido a greve dos professores.

Martina Moniz disse que o Governo está a trabalhar para ultrapassar dificuldades ligadas ao plano do ambiente laboral, do Estado da conservação das infra-estruturas, escassez dos equipamentos, materiais pedagógicos para que possam proporcionar aos alunos um processo de aprendizagem de qualidade.

Em relação as exigências dos sindicatos, a ministra disse estar em curso diligências para  atender as reivindições dos sindicatos.

Acrescentou  que o combate ao  analfabetismo é uma tarefa do Estado, que segundo a ministra, vai  promover, gradualmente, o ensino gratuíto  aos cidadãos, em diversos níveis.

Martina Moniz pediu  a coalaboração dos professores, enquanto    agentes do “processo de transformação e do desenvolvimento social” em que todos devem estar  empenhados.

Presente na cerimónia e em declarações à impensa, o porta-voz da Frente Comum,  que integra o Sindicato Democrático dos Professores, Sindicato  Nacional de Enfermeiros, Técnicos de Saúde e Afins, Sindicato Nacional dos Quadros  Superiores da Saúde e Frente Nacional dos Professores, anunciou  o início de uma greve de quatro dias, contra a suspenção da colocação de novos ingressos no sectores  educação e de saúde por parte do Governo.

Seni Djassi acusou o Governo de fazer pouco para atender as suas reivindicações, ligadas a reintegração  de técnicos da saúde, professores novos ingressos e contratados.

Interrogado se já se sentaram à mesa com o Governo para negociações,  Djassi admite   que  o executivo só vai negociar se a paralisação tiver impacto.

Pediu a  adesão massiva  do pessoal da saúde e do professores,  e diz que,       caso contrário, os seus problemas nunca serão resolvidos.

O Presidente da Associação de Pais e Encarregados de Educação dos alunos, Abdu Indjai acusa o Governo de não colaborar para o apaziguamento e a paz social no sistema, ao decidir a  suspensão de professores de novos ingressos e contratados.

Sustenta  que as politicas e as medidas tomadas em relação a educação nos últimos anos desencorajam e até  “levam ao  descrédito do sistema do ensino”.

Abdu Indjai  criticou que o sistema do ensino entrou em colapso, a partir do ano lectivo 2020/ 2021  com o recrutamento massivo do pessoal sem nivel e sem minima preparação pedagógica para leccionar nos diferentes niveis do ensino,  e ainda devido às nomeações de diretores, para  todos os niveis do ensino, com base em filiação patidária. ANG/LPG//SG

 

  Segurança internacional/Coreia do Norte simula ataques "tácticos nucleares"

Bissau, 11 Out 22 (ANG) - A Coreia do Norte diz  segunda-feira ter simulado ataques "tácticos nucleares", nas últimas duas semanas, em resposta à "ameaça militar” que representam os Estados Unidos e os aliados na região.

Nas últimas duas semanas, o regime de Pyongyang disparou sete mísseis balísticos, incluindo um de alcance intermédio que sobrevoou o Japão, em resposta à “ameaça militar” que representam os Estados Unidos e os alisados na região.

A notícia é avançada pela agência de notícias estatal norte-coreana -KCNA- e o Rondong Sinmun, jornal oficial do Partido dos Trabalhadores da Coreia, partido liderado por Kim Jong-Un. A agência de notícias da Coreia do Norte refere que os testes simularam o ataque a instalações de comando militar da Coreia do Sul, bem como a portos e aeroportos com armas atómicas tácticas. A agência citou ainda Kim Jong-Un dizendo que "embora o inimigo continue a falar de diálogo e negociações, não temos nada para falar nem sentimos a necessidade de o fazer".

Em 2021, o líder norte-coreano fez da aquisição de armas nucleares tácticas a sua prioridade, prometendo desenvolver a forças nuclear do país "na maior velocidade possível".

No mês passado, Pyongyang restruturou a política nuclear do país, delineando um amplo espectro de cenários nos quais poderia usar armas nucleares, encerrando, desta forma, a possibilidade de negociações sobre o seu arsenal nuclear.

Diante dessa ameaça crescente, os Estados Unidos, a Coreia do Sul e o Japão intensificaram a cooperação militar, realizando extensos exercícios navais e aéreos junto da península coreana nas últimas semanas.

As manobras conjuntas são vistas por Pyongyang como um ensaio geral para uma invasão de território norte-coreano. ANG/RFI

 

      Rússia/ Putin promete "resposta dura contra ataques terroristas"

Bissau, 11 Out 22 (ANG) - O presidente russo, Vladimir Putin, ameaçou a Ucrânia com uma "resposta dura" caso persistam aquilo que considerou serem "ataques terroristas" contra a Rússia.

As declarações foram proferidas num discurso durante a reunião do Conselho de Segurança da Rússia, que foram difundidas na televisão nacional, citadas pelo The Guardian.

A posição surge horas depois das suas tropas terem levado a cabo ataques massivos sobre o território ucraniano, com Putin a assumir que esta se tratou de uma resposta ao facto da ponte de Kerch, que liga a Rússia à Crimeia, ter sido atingida no sábado.

Desta vez, Vladimir Putin voltou a culpar Kyiv pelo ataque sobre essa mesma infraestrutura na Crimeia, descrevendo-o como um "ataque terrorista que visava a destruição de infraestruturas civis críticas importantes da Rússia".

E avisou ainda: "Se os actos de terrorismo continuarem contra a Rússia, responderemos de uma forma muito dura. As respostas serão da mesma escala que as ameaças à Rússia. Ninguém deve ter quaisquer dúvidas a esse respeito". ANG/Angop

 

            UA/Comissária Sacko alerta para crise alimentar em África

Bissau, 11 Out 22 (ANG)- A Comissária da UA, Josefa Correia Sacko, d
estacou,  segunda-feira, a necessidade de o continente africano agir  com urgência para responder à crise de insegurança alimentar e nutricional, para evitar o sofrimento de mais de 278 mil milhões de pessoas.

A diplomata, que interveio na conferência  de alto nível  sobre segurança alimentar e nutricional, afirmou que são necessárias acções rápidas e decisivas para melhorar a situação de abordagem dos  principais desafios sistémicos deste fenónemo, aproveitando o tema do ano da União Africana 2022 sobre a construção de resiliência em nutrição e segurança alimentar.

Josefa Sacko disse que   África está, sem dúvida, a enfrentar uma das crises alimentares mais alarmantes em décadas, mesmo  antes da invasão da Ucrânia pela Rússia, devido a crescente frequência e gravidade dos choques climáticos e conflitos regionais  que  interromperam a produção e distribuição de alimentos.

Conforme a diplomata, a pandemia do Covid-19 causou o aumento da insegurança alimentar e da pobreza no continente e as medidas adoptadas para combater a pandemia e as consequências económicas afectaram profundamente todos os países africanos.

Neste particular, fez saber que  o corno de  África é  o mais afectado por esta  crise da fome, incluindo a  região  do Sahel  que enfrenta a sua pior crise alimentar em 10 anos, com mais de 27 milhões de pessoas passando fome.

 “De facto, podemos esperar não apenas fome, mas também agitação social em muitas partes de África, se não agirmos agora”, sustentou a comissária.

Josefa Sacko afirmou que uma catástrofe está a se desenrolar nesta região, que sofreu quatro episódios consecutivos de seca severa.

A Organização Meteorológica Mundial prevê uma quinta temporada chuvosa consecutiva falhada por causa das condições mais secas do que a média esperada para Outubro a Dezembro do corrente, agravando ainda mais a  crise.

“A Etiópia, Quénia e Somália representam 2% da população mundial, mas esses três países abrigam 70% da insegurança alimentar mais extrema do mundo. As equipas no terreno relatam que as pessoas já estão a morrer de fome”, lamentou.

Afirma que  o apoio de curto e médio prazo deve ser programado de forma a levar a uma transformação sustentável  da agricultura e dos sistemas alimentares para fortalecer a resiliência, reduzir as necessidades humanitárias e a dependência das importações, aumentar a produção local sustentável e diversificar as culturas.

De acordo com as últimas estatísticas da edição de 2022 do Estado da Insegurança Alimentar no Mundo (SOFI 2022), uma em cada dez pessoas no Mundo,  até 828 milhões, passa fome.

Estimativas recentes para a África mostram que a fome crónica afectou 278 milhões de pessoas, em 2021, correspondendo a 20% da população, em comparação com apenas 10% globalmente e um aumento de 50 milhões de pessoas desde 2019.

Os números comparáveis ​​para outros continentes são 9,1% na Ásia, 8,6% na América Latina e Caribe, 5,8% na Oceania e menos de 2,5% na América do Norte e Europa. O relatório também mostra que 80% dos africanos não podem pagar uma dieta saudável diariamente tendo a  prevalência de insegurança alimentar  maior entre as mulheres do que entre os homens.

A União Africana, como principal órgão intergovernamental de África, introduziu uma série de medidas para mitigar a crise,  além de prestar apoios financeiros, contando com  a parceria do Fundo Africano de Desenvolvimento Alimentar de Emergência de 1,5 mil milhões de dólares.

Entre os parceiros consta ainda a plataforma de intercâmbio comercial de África (ATEX), que vai contribuir com  4 mil milhões, o Banco de Importação de Exportação da África e o Programa de Resiliência de Sistemas Alimentares do Banco Mundial, com 2,3 mil milhões para a África Oriental e Austral.

A conferência está a ser organizado pela  União Africana, a Federação Internacional da Cruz Vermelha, o Banco Africano de Desenvolvimento e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura. ANG/Angop


                         França
/ Reiterado   apoio militar à Ucrânia

Bissau, 11 Out 22 (ANG) - O Presidente francês,Emamanuel Macron, em comunicado, diz estar “preocupado” com os bombardeamentos nas várias cidades ucranianas, ataques que fizeram já dezenas de vítimas civis e  sublinhou que a França vai continuar a apoiar a Ucrânia, nomeadamente em matéria de equipamento militar.

No twitter, o chefe de Estado da Ucrânia escreveu que, durante a conversa telefónica com Macron, falou da urgência da Europa e da comunidade internacional aumentarem a pressão sobre a Rússia.

Volodymyr Zelensky acusou a Rússia de ter lançado uma campanha de bombardeamentos das infraestruturas energéticas da Ucrânia, com recurso a armamento iraniano.

Na segunda-feira foram ouvidas várias explosões em Kiev. O presidente da Câmara Municipal Vitalii Klitchko, deu conta de várias explosões no bairro central da cidade de Shevchenko. Além de Kiev, foram registados ataques em Lviv, em Dnipro e em Zaporijjia.

Estes ataques ocorrem dois dias após a explosão na ponte Kerch que liga a Rússiaà Península da Crimeia. No sábado, a ponte colapsou, parcialmente, depois de uma violenta explosão, inicialmente atribuída à implosão de um camião.

O Alto Representante da União Europeia para a política Externa, Josep Borrell, já veio condenar os "incessantes" ataques russos contra a população civil ucraniana após o bombardeamento de um edifício residencial em Zaporíjia, que provocou pelo menos 17 mortos.

O Presidente russo reúne-se hoje com o Conselho de Segurança, onde a explosão da ponte Kerch será igualmente abordada. Vladimir Putin já veio acusar os serviços secretos ucranianos de "um acto de terrorismo".

Por sua vez, a Assembleia Geral da ONU analisa esta tarde uma resolução que condena a anexação de quatro regiões ucranianas pela Rússia. O ocidente espera mostrar o isolamento de Moscovo no cenário internacional. ANG/RFI

 

Prémiol/Americanos recebem Nobel de Economia pelo seu trabalho sobre crises financeiras

Bissau, 11 Out 22 (ANG) - O prémio Nobel de economia foi atribuido, segunda-feira, aos estudiosos americanos Douglas W. Diamond e Philip H. Dybvig e o antigo presidente da reserva federal americana entre 2006 e 2014 -durante a crise das subprime de 2008- Ben S. Bernanke, pelo seu trabalho sobre os bancos e as crises financeiras.

O prémio instituído pelo Banco Central da Suécia, denominado como o "Nobel" da economia, foi atribuído  segunda-feira aos estudiosos americanos pela "melhoria significativa da compreensão do papel dos bancos na economia, principalmente durante as crises financeiras", considerou  a Academia Sueca de Ciências destacando nomeadamente que "uma das conclusões do seu trabalho foi mostrar por que motivo é essencial evitar o colapso dos bancos."

Ainda a propósito do trabalho desenvolvido pelos estudiosos americanos, foi dado particular relevo ao contributo de Ben Bernanke que esteve na chefia da FED durante o período da crise financeira provocada pela falência do Banco de Investimentos Lehman Brothers em 2008. "Num artigo de 1983, Ben Bernanke mostrou, com base em análises estatísticas e fontes históricas, que os movimentos de pânico bancário levaram a falências bancárias e que este mecanismo transformou na década de 1930 uma recessão bastante comum numa depressão, a mais aparatosa e a mais grave que se viu na história moderna", salientou John Hassler, membro do comité do Prémio Nobel de Economia.

Reagindo à atribuição do Nobel de Economia a Douglas W. Diamond e Philip H. Dybvig e a Ben S. Bernanke, o estudioso de origem portuguesa Carlos Vinhas Pereira, professor de Finanças na Universidade Paris Dauphine considera que se trata de "é uma nomeação de circunstância porque muitos especialistas estão a prever uma recessão e uma nova crise financeira".

Para Carlos Vinhas Pereira "o trabalho que estas três pessoas fizeram está completamente adaptado ao que se pode passar" na medida em que foi precisamente desenvolvido em torno da "solidez dos bancos e da necessidade de reforçar ainda mais o ratio desses bancos para poder salvaguardar tanto os clientes como também as economias dos países onde eles estão sediados", pistas que acabaram por ser exploradas depois de 2008, com o estabelecimento de algumas regras mais estritas no funcionamento dos bancos.

Questionado sobre o risco de um novo período de crise, quando assistimos já às consequências da guerra na Ucrânia em termos de aumentos de preços, e quando assistimos igualmente às dificuldades do banco de investimento 'Crédit Suisse' que está perante uma restruturação que provoca nervosismo nos mercados financeiros, Carlos Vinhas Pereira prefere mostrar-se sereno.

"Estamos a assistir às dificuldades de um banco que pode depois ter um grande impacto sobre o resto dos bancos. Esperemos que não seja o caso mas é verdade que com esta subida das taxas, a crise ucraniana e a inflação é um conjuntura que não estava prevista e há uma grande probabilidade de termos uma crise", considera o universitário referindo contudo que "não terá a mesma importância que aquela das subprime porque aquilo era realmente activos tóxicos. Aqui não podemos falar de activos tóxicos".

Com a atribuição nesta segunda-feira do Prémio Nobel da Economia, fecha-se o período de atribuição destes importantes galardões para o ano de 2022. Na semana passada, o Nobel de medicina foi atribuído ao sueco Svante Pääbo, o prémio de física foi concedido ao francês Alain Aspect, ao americano John F. Clauser e ao austríaco Anton Zeilinger, o Nobel de química foi atribuído à americana Carolyn R. Bertozzi, ao seu compatriota K. Barry Sharpless e a Dane Morten Meldal.

Nos últimos dias, foram igualmente galardoados com o Prémio Nobel da Paz o activista bielorrusso Ales Bialiatski, assim como a ONG russa de Defesa dos Direitos Humanos 'Memorial' e o Centro Ucraniano para as liberdades civis. O Nobel de Literatura 2022, por seu turno, foi atribuído à escritora francesa Annie Ernaux. ANG/RFI

 

segunda-feira, 10 de outubro de 2022

Desporto/Juliano da Silva reeleito pela terceira vez consecutiva Presidente de Associação Guineense dos Jornalistas Desportivos

Bissau, 10 Otu 22 (ANG) – O Presidente cessante da Associação Guineense dos Jornalistas Desportivos (AGUIJOD) Juliano da Silva,foi reeleito no último fim-de-semana com 27 votos à favor, num universo de 28 delegados presentes na 3ª Assembleia Geral Ordinária da organização.

Ao presidir a cerimónia de abertura do evento, a secretária geral do Ministério da Comunicação Social, em representação do ministro da tutela, disse que, o sucesso da terceira Assembleia Geral de (AGJD), dependerá do empenho dos seus  delegados.

Acrescentou por outro lado que (AGUIJOD), é um espaço previlegiado de orientação sobre políticas de jornalismo, e assim como um lugar de demostração de todo o desenvolvimento da imprensa desportiva.

Por seu turno, em declarações à imprensa depois da sua reeleição, Juliano da Silva, único candidato para a sua própria sucessão, sustentou que devido a um bom trabalho que desenvolveu durante o período que esteve no comando da organização, fez com que os Associados renovassem votos de confiaça para o seu terceiro mandato.

“Apesar das dificuldades enfrentadas, conseguimos legalizar e criar uma conta bancária da Assocuação”, explicou Juliano da Silva.

Assegurou por outro lado que, o projecto que irá implementar para o seu novo mandato, será de inclusão sem a distinção de pessoas que votaram ou não no seu projecto.

Realçou ainda que, antes de inicio da próxima época desportiva a (AGUIJOD) promoverá uma acção de formação para capacitar os jornalistas desportivo, a fim de estarem munidos de feramentas que lhes permitem reorganizar os seus trabalhos.

Apelou por outro lado aos adversários que ontem entenderam que deviam abraçar outro projecto, para enterrar os seus “machado de guerra” e juntarem agora ao único projecto para juntos trabalharem para o desenvolvimento da Imprensa Desportiva Guineense.

“Já temos a nossa conta bancária, e através dela, vamos construir a nossa Sede, e equipa-la com ferramentas necessárias que futuramente irá ajudar os jornalistas Desportivos na maneira de executarem os seus trabalhos dentro de recinto do Estádio.

A Associação Guineense dos Jornalistas Desportivos (AGUIJOD) foi fundada no dia 16 de Janeiro de 2006, e pela terceira vez realizou a sua Assambleia Geral Ilectiva.

A terceira Assembleia Geral da AGUIJOD, foi marcada apenas pela realização do acto eleitoral, ficando os trabalhos da revisão dos estatutos e apresentação do relatório de actividades da direcção cessante para a próxima Assembleia Geral Extraórdinária numa data a anunciar. ANG/LLA/ÂC      


Tempo/
INM-GB prevé chuva fraca acompanhada de trovoada  para próximos 24 horas

Bissau, 10 Out  22 (ANG) - O Boletim Meteorológico previu a possibilidade da existência de ocorrência do Céu pouco nublado, chuva fraca acompanhada de trovoada e vento variável nos próximos 24 horas.

A informação consta no Boletim Meteorológico de Previsão do Tempo, elaborado no dia 09 de Outubro e válido até às 18 horas de hoje, a que ANG teve acesso.

No mesmo Boletim figura que, a velocidade do vento vai até 11 km/h no continente com rajadas que podem atingir 23 km/h e fraco de sudeste (SE) no mar até 16 km/h com visibilidade reduzída no momento da chuva.

“As temperaturas máximas nas zonas Centro, Norte e Leste variam de 33ºc em Bissau, Cacheu e Bissorã, a 34ºC em Farim, Bafata, Gabu Pirada, Buruntuma e Madina de Boé a 25ºc em Bissau”, segundo o Boletim.

O Boletim salienta que, nas zonas Sul e Ilhas as temperaturas máximas variam de 30ºc em Bubaque, a 34ºc em Buba e as mínimas variam de 23ºc em Buba, a 26ºc em Bolama e Bubaque.

“No periodo da manhã com as temperaturas minimas, Bissau terá 25ºc, Bolama 26 e Bafatá 23. Já no período da tarde com as temperaturas máximas Bissau terá 33ºc, Bolama 31 e Bafatá 34”, refere o mencionado documento.  

De acordo com o  Boletim Meteorológico, o mar estará num estado de pequenas ondulações de Sudeste até 1 metro de altura. ANG/AALS/ÂC

Educação/Especialista considera que o sistema de ensino público guineense vai de “mal a pior”

Bissau 10 Out 22 (ANG) – O especialista em educação, Lamine Sonco, considerou hoje de que o sistema do ensino público guineense  vai de “mal a pior”, uma vez que os sucessivos Governos não preocupam com este problema.

Vista do Liceu Nacional Kwameh Nkruma

Sonco citado pela Rádio Sol Mansi, onde abordava o inicío do ano lectivo e consequente ida a greve de 4 dias  por parte dos Sindicato da Educação e da Saúde, disse que nos últimos 15 anos a sistema educativo nacional tem vindo a deteriorar-se de uma forma progressiva uma vez que esta área não é prioridade para transformar pessoas e o país.

“E como é sabido a escola é o caminho para uma nação que quer consolidar a paz, ter uma sociedade sem violência e outros, mas infelizmente os governantes não têm dado atenção a este sector o que dá muita preocupação”, lamentou.

O também Mestre em Ciências de Educação, disse que as escolas públicas que deviam receber mais atenção, não têm tido esta sorte porque a maioria dos pais e encaregados de educação que colocam os seus filhos nas escolas do Estado são na sua maioria os que não possuem meios financeiros para suportar os estudos dos filhos nas escolas privadas.

Segundo ele, na lógica, as escolas públicas deviam ter mais previlégios em relação as privadas, frisando que o ano lectivo 20022/23 começou com greves e talvéz pode alastrar até Dezembro.

 “No meu ponto de vista, com as negociações entre o Governo e os sindicatos, op ano lectivo pode vir a iniciar só em Janeiro de 2023”, salientou.

O especialista  questionou sobre os conteúdos que os alunos vão receber para poderem estar preparados para avançar para outra fase dos estudos.

“Se passar nas escolas públicas e ver o número de alunos matriculados é imcomparável em relação a anos atrás ou seja uma turma de 30 ou 40 alunos, hoje possuem 5 ou 10 alunos e isso devia merecer a preocupação do próprio Ministério da Educação”, disse.

Lamine Sonco sublinhou que, não podemos continuar com essa indefinição no que concerne a abertura do ano lectivo.

O Governo anunciou no sábado a abertura oficial do ano lectivo 2022/2023 e que devia iniciar hoje, 10 de Outubro e que coincide com a greve de 4 dias decretada pelos  Sindicatos dos Sectores da Educação e Saúde agrupados numa Frente Comum.ANG/MSC/ÂC

 

 

Cultura/Músicos dos Tabanka Djaz não veem “luz ao fundo do túnel” na Guiné-Bissau

Bissau,10 Out 22(ANG) - Os membros da banda Tabanka Djaz, originários da Guiné-Bissau e que vivem em Portugal há 24 anos, admitem ter perdido a esperança de voltar um dia à sua terra natal, onde não veem “luz ao fundo do túnel”.

Daquilo que nós observamos, a médio e longo prazo, não vemos a luz ao fundo do túnel. E isto é grave quando se pensa assim, e quando nós não temos nenhuma esperança. Os nossos atores políticos são pessoas que pensam mais no seu umbigo do que no próprio país”, lamentou Micas Cabral, cantor e guitarrista do grupo.

Em entrevista à Lusa a propósito dos 30 anos de carreira da banda, que vão celebrar com um concerto no Coliseu dos Recreios, em Lisboa, em 18 de novembro, os músicos afirmaram acompanhar “com muita preocupação” a vida do seu país de origem.

Nós acompanhamos, obviamente com muita preocupação, pois é nossa terra, onde nós nascemos, onde nós crescemos. (…) E, sinceramente, digo que a Guiné não está num bom caminho. Como guineense que sou, para aquilo que eu conheço da Guiné-Bissau, e da Guiné até que eu deixei [em 1998], não é Guiné que temos hoje. Infelizmente, as coisas estão a seguir um caminho que (…) nos vai custar muito caro futuramente”, disse por seu lado o teclista Jânio Barbosa.

Os elementos da Banda saíram da Guiné-Bissau em 1998 porque concluíram que já não tinham como desenvolver a sua música, contou Jânio Barbosa, recordando que devido às dificuldades perderam muitos espetáculos fora do país.

Além disso, em 1998 começou a guerra civil desencadeada pelo golpe de Estado contra o então presidente João Bernardo “Nino” Vieira, o que ajudou a tomar a decisão: “Foi uma situação em que também acabámos por ver, na verdade, ‘desta temos de sair mesmo’", contou Jânio Barbosa.

Mais de 20 anos depois, Micas Cabral admite que um dia, quando puserem fim à sua carreira, gostariam de voltar a viver no seu país, mas é um sonho que está sempre adiado.

Damo-nos conta de que é algo que talvez já não poderemos viver (…). A Guiné vive uma instabilidade terrível”, lamentou Micas Cabral. Para o seu irmão e baixista da banda Juvenal Cabral, a Guiné-Bissau “parou no tempo completamente”.

O sistema educativo é praticamente nulo”, exemplificou, contando que a insatisfação dos professores motiva greves, os alunos não têm aulas e os anos letivos são cancelados. Para o músico, quem perde são os alunos, que são “os guineenses do futuro”.

São eles que vão ter que pegar no país daqui a 10, 15, 20 anos. Como é que eles vão fazer isso se não estão a ser preparados. Por isso é difícil ter esperança na Guiné”, lamentou.

Recordando a canção “Sperança”, que a banda lançou em 1996, o baixista afirmou que nessa altura ainda se podia ter esperança, “mas hoje essa esperança já ficou um bocado moribunda, como cantou Don Kikas em relação a Angola”.

Apesar disso, Micas Cabral não desiste: “Temos fé que um dia aparecerá um guineense que possa dar uma reviravolta nessa situação, para que possamos sentir-nos orgulhosos novamente de sermos guineenses”.

O grupo, que divulgou o ‘gumbé’, estilo musical da região de Bissau, e é uma banda ícone da ‘world music’ e da música lusófona, com concertos “pelos quatro cantos do mundo”, celebra em 18 de novembro os seus 30 anos de carreira com um concerto no Coliseu dos Recreios, em Lisboa.


Além de Micas Cabral, Juvenal Cabral e Jânio Barbosa, a banda atua em palco acompanhada por Lars Arens, no trombone, Rodrigo Bento, no saxofone, Cláudio Silva, no trompete, Paulinho Barbosa (teclas), Cau Paris (bateria), o percussionista Kabum e a dançarina Sheila Semedo.
ANG/Lusa

 

Justiça/STJ nega pedido de anotação da direcção do PAIGC liderada por Domingos Simões Pereira

Bissau, 10 Out 22(ANG) – O Supremo Tribunal de Justiça(STJ), negou o pedido de anotação e recondução da direcção do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC), liderada por  Domingos Simões Pereira com base numa resolução do Comité Central dos libertadores.

A informação consta num Despacho assinado pelo Presidente do Supremo Tribunal de Justiça(STJ), datado do dia 06 de Outubro, a que ANG teve acesso hoje,      no qual o STJ determina que não é autorizado o pedido de anotação, por “desnecessidade legal”.

Depois de dois adiamentos do Xº Congresso do PAIGC, o Comité Central aprovou por unanimidade a renovação da confiança política a direção cessante e manifestou o seu alinhamento com a manutenção em função, na sua plenitude, dos órgãos nacionais do partido eleitos no IXº congresso ordinário.

O Despacho do STJ informa que, os titulares dos órgãos centrais do PAIGC que nos termos do número 2, do artigo 123º  dos seus estatutos do partido mantêm o mandato, são aqueles cujo mandato findou pelo decurso do tempo, não podendo ser outros diferentes dos que saíram do IX Congresso, sem qualquer alteração.

“Os órgãos nacionais do PAIGC, saídos do IXº Congresso, foram reconhecidos pelo Despacho de 16 de fevereiro de 2018. Por isso, não seria preciso um requerimento para o efeito pretendido com a resolução do Comité Central de manter em funções os órgãos centrais cujo mandato findou pelo decurso do tempo”, explicou o despacho do STJ.

O Secretário Nacional do PAIGC requereu em 25 de agosto deste ano, a anotação da Resolução do Comité Central que consiste em aprovar por unanimidade a renovação da confiança política e manifestar o seu alinhamento com a manutenção em funções, na sua plenitude, dos órgãos nacionais do partido eleitos no IX Congresso Ordinário e respectivos titulares em particular seu presidente.

Refira-se que o Supremo Tribunal de Justiça, que também faz o papel de Tribunal Eleitoral e Constitucional, divulgou um despacho no dia 24 de setembro, no qual deu 30 dias aos partidos políticos para apresentarem documentos que provam, entre outros, a realização e a atualização dos órgãos, para anotação (reconhecimento) nos termos da Lei-Quadro dos partidos políticos.


As eleições legislativas antecipadas estão marcadas para 18 de dezembro próximo.
ANG/JD/ÂC

 

                 Península Coreana/Coreia do Norte simula ataques

Bissau, 10 Out 22(ANG) - A Coreia do Norte disse esta segunda-feira, que
simulou ataques "tácticos nucleares", nas últimas duas semanas, em resposta à "ameaça militar” que representam os Estados Unidos e os aliados na região.

Nas últimas duas semanas, o regime de Pyongyang disparou sete mísseis balísticos, incluindo um de alcance intermédio que sobrevoou o Japão, em resposta à “ameaça militar” que representam os Estados Unidos e os alisados na região.

A notícia é avançada pela agência de notícias estatal norte-coreana -KCNA- e o Rondong Sinmun, jornal oficial do Partido dos Trabalhadores da Coreia, partido liderado por Kim Jong-Un.

A agência de notícias da Coreia do Norte refere que os testes simularam o ataque a instalações de comando militar da Coreia do Sul, bem como a portos e aeroportos com armas atómicas tácticas. A agência citou ainda Kim Jong-Un dizendo que "embora o inimigo continue a falar de diálogo e negociações, não temos nada para falar nem sentimos a necessidade de o fazer".

Em 2021, o líder norte-coreano fez da aquisição de armas nucleares tácticas a sua prioridade, prometendo desenvolver a forças nuclear do país "na maior velocidade possível".

No mês passado, Pyongyang restruturou a política nuclear do país, delineando um amplo espectro de cenários nos quais poderia usar armas nucleares, encerrando, desta forma, a possibilidade de negociações sobre o seu arsenal nuclear.

Diante dessa ameaça crescente, os Estados Unidos, a Coreia do Sul e o Japão intensificaram a cooperação militar, realizando extensos exercícios navais e aéreos junto da península coreana nas últimas semanas.

As manobras conjuntas são vistas por Pyongyang como um ensaio geral para uma invasão de território norte-coreano.ANG/RFI

 


Ucrânia
/ Novos ataques mortais em Zaporíjia, reabertura da ponte da Crimeia

Bissau,10 Out 22(ANG) - Doze mísseis russos terão atingido a cidade de Zaporíjia durante a madrugada deste domingo, 9 de Outubro. Dezenas de habitações ficaram destruídas.

Os novos bombardeamentos, tiraram a vida a pelo menos 12 pessoas indicam relatórios. Os bombardeamentos acontecem três dias depois dos anteriores ataques, que mataram 17 nesta cidade no sul da Ucrânia.

"Depois de um ataque nocturno com mísseis em Zaporijjia (...), 17 pessoas morreram", avança um relatório inicial apresentado por Anatoliy Kourtev, secretário do conselho municipal da cidade.

Pelo menos 12 pessoas morreram e 49 ficaram feridas depois de um bombardeamento à cidade de Zaporíjia, durante a madrugada deste domingo.

Segundo as autoridades ucranianas, seis crianças estão entre os feridos internados. Os bombardeamentos atingiram casas e prédios de apartamentos de vários andares.

O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, por sua vez, declarou 12 mortos e 49 pessoas, incluindo seis crianças, que foram levadas ao hospital.

"Sem sentido. Mal absoluto. Terroristas e selvagens. De quem deu esta ordem a quem a executou. Todos têm uma responsabilidade. Perante a lei e perante o povo", acusou o Presidente ucraniano na conta no Telegram.

Um funcionário regional ucraniano, Oleksandr Starukh, também relatou 12 mortos, mas disse que outras vítimas ainda podem ser encontradas sob os escombros.

A cidade de Zaporijjia situa-se na região da central nuclear com o mesmo nome, centro de confrontos que se prolongam há vários meses. A central perdeu a sua fonte de energia externa devido a bombardeamentos e depende de geradores de emergência, alertou a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) este sábado.

Os novos ataques acontecem um dia depois de uma enorme explosão, atribuída por Moscovo a um camião cisterna, na ponte da Crimeia, uma infra-estrutura simbólica que liga a Rússia à Crimeia, península anexada em 2014 pelos russos.

Mergulhadores russos vão examinar a estrutura da ponte este domingo, anunciou o vice-primeiro-ministro russo Marat Khousnulline, com "primeiros resultados" esperados durante o dia.

O tráfego automóvel e ferroviário foi retomado ainda no sábado, poucas horas depois da explosão que fez cair ao mar um dos trilhos da ponte construída a grande custo, inaugurada por Vladimir Putin em 2018.

O Ministério dos Transportes da Rússia afirmou este domingo que os comboios de passageiros da Crimeia para a Rússia estavam "a decorrer com normalidade".

 As autoridades russas atribuíram a explosão, que matou três pessoas ontem de manhã, a um camião cisterna, que pertencia a um morador da região russa de Krasnodar. Ainda assim, Moscovo não culpou imediatamente a Ucrânia pelo ataque e as autoridades ucranianas não assumiram formalmente a responsabilidade.

No entanto, Kiev ameaçou, por várias vezes, atingir esta ponte símbolo da anexação da Crimeia em 2014, que também é usada para fornecer tropas russas na Ucrânia.ANG/RFI