terça-feira, 4 de abril de 2023

Saúde pública/Uma em cada seis pessoas no mundo sofre de infertilidade - OMS

Bissau,  04 Abr 23 (ANG) - Uma em cada seis pessoas no mundo sofre de infertilidade, estima um relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) hoje divulgado.

O relatório teve por base dados de mais de uma centena de estudos sobre a prevalência da infertilidade à escala global e regional, entre 1990 e 2021.

A infertilidade é a doença do sistema reprodutor masculino ou feminino que se traduz na incapacidade de conseguir uma gravidez após um ano ou mais de relações sexuais desprotegidas.

Segundo o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, citado em comunicado, "a proporção de pessoas afetadas" no mundo pela infertilidade revela "a necessidade de alargar o acesso aos tratamentos de fertilidade e garantir que o assunto não seja mais deixado de lado na investigação e nas políticas de saúde".

"Para que formas seguras, eficazes e acessíveis de obter a paternidade estejam disponíveis para aqueles que a procuram", sublinhou.

O relatório assinala que a prevalência da infertilidade atinge sem grandes variações tanto os países ricos como os países pobres.

Contudo, nos países mais pobres as pessoas gastam uma proporção maior do seu rendimento em tratamentos de fertilidade face às dos países mais ricos.

"Milhões de pessoas enfrentam custos catastróficos de saúde depois de procurarem tratamento para a infertilidade", alertou o diretor para a Investigação em Saúde Sexual e Reprodutiva da OMS, Pascale Allotey, considerando que "melhores políticas e financiamento público podem melhorar significativamente o acesso aos tratamentos e proteger as famílias mais pobres".

A OMS salienta que os elevados custos impedem frequentemente as pessoas de acederem a tratamentos ou deixam-nas depauperadas.

Num estudo separado, publicado na revista da especialidade Human Reproduction Open e financiado pela OMS, investigadores concluíram que os custos médicos pagos pelos doentes nos países de baixo e médio rendimento por um tratamento de fertilização 'in vitro' costumam ser mais altos face ao que ganham em média por ano. ANG/Lusa

 

Rússia/Kremlin promete “contramedidas” após adesão da Finlândia à NATO

Bissau,  04 Abr 23 (ANG) – O Kremlin prometeu hoje tomar “contramedidas” após a adesão da Finlândia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), considerando o alargamento da Aliança Atlântica como “um atentado à segurança” da Rússia.


“É um novo agravamento da situação. O alargamento da NATO é um atentado à nossa segurança e aos nossos interesses nacionais”, afirmou o porta-voz da Presidência russa, Dmitri Peskov, em declarações aos jornalistas.

“Isso obriga-nos a tomar contramedidas”, acrescentou Peskov, sem adiantar pormenores.

A adesão oficial da Finlândia à NATO, que se torna o 31.º Estado membro da organização, ocorre hoje em Bruxelas numa reunião dos chefes da diplomacia da Aliança Atlântica, entre eles o ministro português João Gomes Cravinho, em que será, paralelamente, discutido o apoio conjunto à Ucrânia.

Na segunda-feira, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, indicou que os Estados-membros vão discutir no encontro maneiras de fazer com que no futuro a Ucrânia seja um país mais autónomo na Defesa, agora que houve “uma transição” do armamento utilizado, numa referência ao material bélico enviado pelo Ocidente, que substituiu o do tempo da União Soviética.

No mesmo dia, Stoltenberg considerou que a nova adesão vai ser “um bom dia” para a aliança, uma vez que a Finlândia vai 'fechar' um dos flancos da Rússia, com quem partilha uma longa fronteira.

A Finlândia é um país que tem 1.340 quilómetros de linha de fronteira com a Rússia. Reúne um dos mais poderosos arsenais de peças de artilharia da Europa Ocidental.

Ao juntar-se à Aliança Atlântica em resposta à invasão russa na Ucrânia, a Finlândia deixa para trás a sua neutralidade militar.

Ao contrário da maioria dos países, Helsínquia continuou a investir na Defesa depois do período da Guerra Fria (1947 a 1991) e Stoltenberg fez questão de referir tal facto, repetindo que o Kremlin “queria menos NATO, mas vai ter, precisamente, o oposto”.

Ainda a aguardar a entrada na NATO fica a Suécia, que pediu formalmente a adesão em simultâneo com a Finlândia, processo que se mantém pendente da ratificação parlamentar pela Turquia e Hungria.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). ANG/Lusa

 

Bruxelas/UE atribuiu nove milhões de euros a refugiados do Burundi

Bissau, 04 Abr 23 (ANG) - A União Europeia (UE) atribuiu hoje uma verba de nove milhões de euros para ajudar os refugiados do Burundi e também os que já retornaram ao país, noticia a Lusa.

Segundo um comunicado da Comissão Europeia, dos nove milhões de euros, uma verba de 1,5 milhões destina-se a projectos de preparação de catástrofes (naturais e causadas pelo homem), sendo que mais de 75 mil habitantes do Burundi foram deslocados internamente em consequência de catástrofes naturais.

Desde 2020 que refugiados fugidos da violência desencadeada em 2015 começaram a regressar ao país, mas, em Fevereiro, mais de 300 mil pessoas estavam ainda na Tanzânia, República Democrática do Congo, Rwanda e Uganda, e muito dependentes de ajuda internacional para garantir as necessidades básicas como alimentação, saúde, água potável, saneamento, higiene, abrigo e educação. ANG/Angop

 

Cairo/Líderes do Egipto e da Arábia Saudita reúnem-se após meses de tensão

Bissau, 04 Abr 23 (ANG) - O presidente do Egipto, Abdel Fattah al-Sisi, visitou no domingo a Arábia Saudita depois de meses de tensão entre os dois países, divulgaram segunda-feira fontes oficiais, citado pela agência Lusa.


O governante egípcio e o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman, o líder de facto da Arábia Saudita, reuniram-se no domingo e conversaram sobre os laços entre os países, segundo o porta-voz presidencial egípcio, Ahmed Fahmy, citado hoje pelas agências internacionais.

Num comunicado, Fahmy indicou que os dois líderes "afirmaram preocupação mútua em promover a cooperação comum em todos os campos", concordando em continuar a "coordenação e consulta" sobre temas regionais e internacionais.

O encontro ocorreu num contexto de forte crise económica no Egipto, atribuída por críticos a má gestão do Governo.

"Afirmo a profundidade e a força das relações bilaterais entre o Egipto e o reino da Arábia Saudita", disse Abdel Fattah al-Sisi na rede social Twitter.

O príncipe herdeiro saudita recebeu o Presidente egípcio na cidade de Jeddah, no Mar Vermelho.

Também participaram na reunião outras autoridades dos dois países, como o chefe da Autoridade Geral dos Serviços de Informações do Egipto e o conselheiro de segurança nacional saudita.

A Arábia Saudita tem sido um dos principais fornecedores de ajuda financeira ao Governo egípcio.

Em 2022, Arábia Saudita, Qatar e os Emirados Árabes Unidos prometeram 22 mil milhões de dólares (o mesmo valor em euros ao câmbio actual) em depósitos e investimentos directos no Egipto, numa tentativa de estabilizar a economia do país, afectada pela guerra na Ucrânia.

No ano passado, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Governo do Egipto alcançaram um acordo preliminar que abriu a porta a um empréstimo de três mil milhões de dólares ao Estado árabe.

Nos últimos meses, a Arábia Saudita tem pedido ao Governo egípcio que leve a cabo reformas económicas.

"Precisamos de ver mudanças. Estamos a tributar o nosso povo. Esperamos também que outros façam o mesmo, que se esforcem. Queremos ajudar, mas também queremos que façam a vossa parte", afirmou o ministro das Finanças saudita, no encontro anual do Fórum Económico Mundial, em Janeiro. ANG/Angop

 

Uganda/PR  pede a África que salve mundo da "degeneração" da homossexualidade

Bissau, 04 Abr 23 (ANG) – O Presidente do Uganda, Yoweri Museveni, apelou aos países africanos que salvem o mundo da "degeneração" e "decadência" da homossexualidade, que visa "aniquilar toda a Humanidade à face da terra", informou segunda-feira a rádio estatal UBC.


“África deve proporcionar a liderança para salvar o mundo desta degeneração e decadência que é realmente muito perigosa para a Humanidade. Se pessoas do sexo oposto deixarem mutuamente de se apreciar, como é que a raça humana continuará”, questionou Musevini durante um discurso no domingo em Entebe.

Uma lei recentemente aprovada no Uganda que criminaliza a identidade de pessoas LGBT (Lésbicas, Gay, Bissexuais e Transgéneros), com penas que vão até à prisão perpétua e prevêem a pena de morte, legislação condenada por vários organismos da ONU.

O Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Volker Turk, afirmou que a legislação é “uma das piores do seu género no mundo”. Na sua opinião, seria uma “carta branca” para a “violação sistemática” dos direitos humanos e iria alimentar o ódio social.

As Nações Unidas já tinham detectado um aumento no discurso de ódio contra a população LGTB e fizeram eco de um estudo de um grupo da sociedade civil que relatou que, só em Fevereiro, houve mais de 110 incidentes contra esta comunidade, desde detenções a despejos, incluindo abuso sexual e assédio público.

Museveni salientou durante a conferência em Entebbe que “famílias desfeitas criam homossexuais” e que as uniões homossexuais não são genéticas ou hormonais, mas respondem a problemas “psicológicos” e que estas relações são “anti-humanas”.

“Devem ser proibidas na sua totalidade”, disse ele, questionando também a educação sexual.

“As crianças são crianças. Como ousam invadir a sua infância e começar a ensinar-lhes questões sobre a idade adulta”, disse, acrescentando que “uma pessoa que propõe casamentos entre pessoas do mesmo sexo procura aniquilar toda a Humanidade da face da terra”.

O Presidente ugandês felicitou também os deputados ugandeses por terem aprovado a lei anti-LGBT e prometeu não permitir “a promoção e publicidade da homossexualidade”, que não será “tolerada” no país.ANG/Angop

 

segunda-feira, 3 de abril de 2023

  Educação/ Nova ministra promete dar seu máximo para melhorar o setor

Bissau, 03 Abr 23 (ANG) - A nova ministra de Educação Nacional prometeu hoje trabalhar com empenho e dedicação para melhorar o sistema educativo da Guiné-Bissau.

Mónica Buaró da Costa fez esta promessa no ato de seu empossamento como nova ministra de Educação Nacional.

“É verdade que o Ministério de Educação é um setor bastante sensível e difícil. Mas com o apoio e coloboração dos quadros do mesmo ministério será possível desenvolver o sistema educativo do país”, disse a governante.

Questionado sobre o maior desafio para desenvolver o sistema educativo da Guiné-Bissau, Mónica Buaró respondeu que já passou pelo Ministério de Educação Nacional mas  na qualidade de chefe de gabinete e diz que vai dar preferência ao trabalho .

A nova ministra  conta reunir com diferentes técnicos afetos ao Ministéro de Educação para que juntos possam eleger as prioridades para o setor.

Mónica Buaro da Costa que desempenhava as funções de Secretária de Estado do Plano e Integação Regional desde Junho de 2022 substitui Martina Moniz, demitida dessas funções na sexta-feira.

As duas  são dirigentes do Partido da Renovação Social, um dos integrantes do governo de iniciativa presidencial em funções. ANG/AALS/ÂC//SG

Saúde/Lançada 1ª pedra para construção da unidade pediátrica e maternidade no hospital de Bafatá

Bissau,03 Abr 23(ANG) – A ministra dos Negócios Estrangeiros, Cooperação Internacional e das Comunidades, presidiu no sábado a cerimónia de lançamento da 1ª pedra para a construção da unidade pediátrica e maternidade no hospital regional de Bafatá, cujas obras serão financiadas pela CEDEAO.

Suzi Carla Barbosa esteve acompanhada pela vice-presidente da Comissão da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental(CEDEAO), Dantien Tchinchinbidja, e do ministro da Saúde Pública, Dionísio Cumba.

Na ocasião, a chefe da diplomaci
a guineense disse que o ato decorre no momento em que o governo e a CEDEAO com o apoio de parceiros levam a cabo algumas iniciativas que visam promover o desenvolvimento socioeconómico da Guiné-Bissau, sobretudo nas regiões de Bafatá, Gabu e Quinará.

“Reitero aqui o meu compromisso, enquanto governante, de promover e apoiar todas as iniciativas que visam melhorar as condições deste hospital. Um hospital com o qual tenho uma especial ligação, porque foi neste hospital que nasci há 50 anos” disse Suzi Barbosa.

Salientou que o lançamento da primeira pedra para a realização das dauelas infraestruturas reveste de  um significado importante para ela, dado que as obras serão feitas pelo fundo da CEDEAO, uma instituição que a Guiné-Bissau preside neste momento. 

Por sua vez, a vice-presidente da Comissão da CEDEAO, Damtien Tchinchinbidja, disse que a cerimónia marca o início de investimentos de fundo da organização sub-regional na Guiné-Bissau, com a construção do edifício para os serviços da maternidade e pediatria com a capacidade de 66 camas.

“Estou orgulhosa de vos anunciar que este fato, parte de investimento direto da Comissão da CEDEAO, testemunha  a importância aos cuidados de saúde que concedemos a nossa comunidade”, frisou.

Alertou que é preciso reforçar o sistema de saúde, a fim de cumprir com os objetivos da visão 2050, bem como atingir os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.

Anunciou que o início das obras está previsto para dentro de três meses, manifestando a vontade de voltar ao país para a inauguração do centro no final deste ano.

“A Comissão da CEDEAO  vai fornecer  equipamentos solares, máquinas de descasque de arroz, máquinas de fabricação de blocos para mulheres e jovens, orçados em 480 mil dólares norte-americanos”, disse.

O titular da pasta de Saúde Pública, Dionísio Cumba, salientou que a construção da maternidade é uma grande doação da CEDEAO à população guineense, particularmente ao povoado de Bafatá, e diz ser um sinal inequívoco da ação de solidariedade entre os povos da sub-região africana.

“Para nós, este gesto, além de contribuir para a redução de sofrimento das nossas mães, demonstra o interesse da CEDEAO no desenvolvimento da Guiné-Bissau”, disse.

As duas novas infraestruturas sanitárias deverão albergar  66 camas,  27 para a maternidade e 39 para a pediatria, uma sala de cirurgia, farmácia e sala de consultas médicas.

A obra realiza-se  no quadro do Fundo de Estabilização e Desenvolvimento Regional daquela organização sub-regional, que visa promover a resiliência e o desenvolvimento sustentável, através de investimento em infraestruturas socioeconômicas, bem como a criação de oportunidades económicas para os cidadãos, particularmente para  jovens e mulheres. ANG/ÂC//SG

 

Caju/Aberta a campanha de comercialização e exportação 2023

Bissau,03 Abr 23(ANG) – A campanha de comercialização e exportação da castanha de caju do ano em curso foi aberta oficialmente no dia 31 de Março, numa cerimónia restrita realizada na sala de reunião do Ministério do Comércio em Bissau.

O ato contou com as presenças do ministro do Comércio Abás Jaló, da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Botche Candé e do Secretário de Estado do Orçamento e Assuntos Fiscais, João Alberto Djata, para além dos responsáveis das diferentes associações ligadas a fileira de caju.

Na ocasião, o ministro do Comércio disse que a campanha de comercialização da castanha de caju do ano 2022, não obstante alguns percalços que poderiam comprometer a exportação, teve um desfecho aceitável, porque os objectivos em termos quantitativos foram alcançados.

“É importante sublinhar que para  2022, a estimativa de exportação de  200 mil toneladas está quase atingida com a exportação de  99 por cento do produto até a presente data”, disse o governante.

Adiantou que, aquando da adopção pelo Conselho de Ministros do Relatório Preliminar da campanha de comercialização e exportação da castanha 2022, os dados apontavam para uma exportação de 185 mil toneladas e um remanescente de 55 mil toneladas.

Segundo Abás Jaló, entre Janeiro e Fevereiro de 2023 foram exportadas 26,370 toneladas de castanha.

O ministro do Comércio disse que a fixação do preço mínimo de compra do caju junto ao produtor para  2023, à 375 francos CFA por quilograma foi uma decisão que talvez não seja favorável mas  necessário para se encontrar um ponto de equilíbrio que não penalizasse muito os produtores e que permitisse o sector privado ter uma certa margem.

“A realidade conjuntural exige de nós um certo sacrifício para garantir a paz social, condição indispensável para proporcional um ambiente de negócio propício e tranquilo”, referiu.

 Por sua vez, o Presidente da Associação Nacional de Agricultores da Guiné-Bissau (ANAG), exigiu que haja transparência nas cobranças de taxas a fazer durante a campanha de comercialização de castanha de caju no país.

Jaime Boles Gomes afirma que é urgente inverter o cenário tendo em conta a atual situação de velhice em que se encontram alguns pomares de caju no país.

“É urgente mesmo mudar o cenário porque estamos num período muito crítico e doloroso em que as estruturas de custos não estão a ser cumpridas, segundo  os fins indicados”, alertou.

Na mesma ocasião, o Secretário de Estado do Orçamento e Assuntos fiscais, João Alberto Djatá, em representação do ministro das Finanças, garantiu para este ano, uma boa gerência na campanha, superando os problemas do ano passado.

“Queremos garantir que vamos acentuar um dispositivo que vai permitir não só o seguimento da campanha, mas também nas coordenações para que a gerência deste ano seja melhor em relação ao ano anterior”, garantiu

O governo fixou em 375 francos CFA o preço mínimo para a comercialização da castanha de caju junto ao produtor .

O caju é o principal produto de exportação da Guiné-Bissau. ANG/ÂC//SG


Política/
Comissão Política de MADEM-G15 elege  Marciano Silva Barbeiro diretor nacional de campanha eleitoral

Bissau, 03 Abr 23(ANG) – A Comissão Política Nacional(CPN)  do partido Movimento para Alternância Democrática(MADEM-G15) aprovou, em votação unânime, no sábado, o 2º vice-coordenador nacional para as funções do Director Nacional de Campanha Eleitoral daquela formação política.

A informação consta no comunicado final da reunião da Comissão Política Nacional presidida pelo Coordenador Nacional do partido, Braima Camará  na presença de 113 dos 155 membros que compõem o órgão, onde todos votaram por unanimidade na pessoa de Marciano Silva Barbeiro, para as funções de  Director Nacional da Campanha Eleitoral do MADEM-G15.

 Segundo o documento, a CPN do partido remeteu ao Conselho Nacional a lista de candidatos à deputados para efeitos de aprovação.

O Coordenador Nacional informou a CPN sobre a adesão de novos  militantes, entre eles deputados e dirigentes  de outras formações políticas.

ANG/JD/ÂC//SG

 


Politica
/Comité Central do PAIGC aprova   lista de candidatos à deputados para as legislativas de 04 Junho  

Bissau, 03 Abri 23 (ANG) - O Comité Central(CC) do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde PAIGC aprovou no  fim de semana a lista dos candidatos efetivos e  suplentes à deputados, ao nível nacional e na diáspora África,  para  as próximas legislativas, previstas para 04 de Junho próximo.

A informação  consta nas resoluções finais saídas da reunião ordinária do Comité Central do partido,  segundo as quais esta lista foi aprovada com 463 votos, havendo quatro votos contra e duas abstenções.

O partido liderado por Domingos Simões Pereira participa nas próximas eleições em coligação pré-eleitoral estabelecida com a União Para a Mudança, o Partido da Convegência Democrática, o Movimento Democrático Guineense e o Partido Social-Democrata, cujo acordo foi aprovado nessa reunião do CC.

Trata-se de um  acordo de Coligação pré-Eleitoral entre formações políticas do chamado “Espaço de Concentração dos Partidos Democráticos”, criado há vários anos.

Quanto a  gestão e sustentabilidade da Coligação Eleitoral, as resoluções do Comité Central apontam que em caso da renúncia de um dos signatários, a coligação manter-se-á, no formato de “Bancada parlamentar”, não refletindo nas eventuais posições de dissidência que uma das partes poderá vir a assumir. 

Os membros do Comité Central ainda aprovaram uma moção de pesar em homenagem póstuma aos malogrados Camaradas Aramata Dembo Camará, Bacar Baldé, Fernando Té, Raul Plácido, José Biai, Malam Cissé e Quedjau Fofana.

Este órgão partidário mandatou a  direcção do partido para, junto de camaradas  descontentes com algumas decisões, encetar um diálogo apaziguador  que vise o reforço da  unidade e coesão interna do partido, “por forma a garantir os objectivos eleitorais e políticos da Coligação Eleitoral”.

Referindo-se aos  detalhes do Acordo, Carlos Pinto Pereira precisou que o mesmo irá vigorar durante toda a XI Legislatura, devendo a representatividade dos partidos signatários nas listas das candidaturas a deputado decorrer dos resultados dos votos expressos arrecadados por cada um dos Partidos nas Legislativas de Março de 2019.

Dos 541  membros do Comité Central convocados para esta reunião, participaram 463 .

A coligacão PAIGC-CE e todos os outros partidos concorrentes as legislativas antecipadas de 04 de Junho têm até terça-feira(04) para entregar a lista de candidatos à deputados no Supremo Tribunal de Justiça(STJ).

Uma fonte do STJ confirmou a ANG que até sexta-feira passada apenas o Partido de Trabalhadores da Guiné(PTG)cujo líder é Botche Candé, atual ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural havia entregue  a sua lista ao STJ.ANG/LPG/ÂC//SG

 

Politica/Lesmes Mutna Monteiro toma posse como Presidente do Partido Luz da Guiné-Bissau

Bissau, 03 Abr 23 (ANG) – Lesmes Mutna Monteiro foi empossado como Presidente do Partido Luz da Guiné-Bissau, após a sua eleição, no fim de semana, com 2298 votos a favor e dois  contra, num universo de 2300 delegados presentes no Iº Congresso Ordinário desta formação politica, que decorreu sob o lema “ “Ramos do mesmo tronco, olhos na mesma luz”.

No seu discurso na tomada de posse, o líder do partido Luz da Guiné-Bissau apontou a conquista de assentos no parlamento guineense como o seu primeiro objectivo, e segundo diz,” “para representar as aspirações da nova geração”.

 Mutna Monteiro ainda disse  que a sua maior ambição é  vencer as próximas eleições para implementação dos seus projetos.

“Ao nível de emprego formal, o Estado é o maior empregador, mas no entanto há muitos jovens que  trabalham no sector informal, que precisam de ser formalizado”, defendeu  Monteiro.

“Quando temos um Estado ou um Governo incapaz de atrair receitas, de formalizar actividades do sector informar para que estas pessoas possam pagar os seus respetivos impostos, continuaremos a ter um país mais pobre do mundo, ”, afirmou o líder do partido Luz da Guiné-Bissau.

Quanto a situação dos condutores de transportes urbanos, que segundo o Presidente do partido Luz, são vitimas de decisões unilaterais de despedimento  por parte   dos proprietários das viaturas, prometeu trabalhar para que os motoristas  de taxis e de toca-toca passassem a celebrar contratos de trabalho com os proprietários das viaturas.

O líder do Partido Lúz  defende a transformação local da castanha de caju, e diz que promove o emprego juvenil, ao invés de se contentar com exportações de 200 mil toneladas de castanhas. ANG/LPG/ÂC//SG

 

 

 

 

 

   

 

Rússia/ Governo confisca passaportes de altos funcionários de empresas estatais

Bissau, 03 Abr 23 (ANG) - Os serviços de segurança da Rússia estão a confiscar os
passaportes de altos funcionários e executivos de empresas estatais para impedir viagens ao exterior, avança o Financial Times.

Financial Times escreve que em causa está uma preocupação crescente em torno da divulgação de informações e deserções. 

O diário, que cita várias fontes familiarizadas com o assunto, refere que estas exigências dentro do sector estatal afectam algumas figuras proeminentes e também ex-funcionários, face às suspeitas crescentes no Kremlin e FSB em torno da lealdade da elite civil russa.

De realçar que muitos se opõem à guerra ou estão descontentes com o impacto do conflito no seu estilo de vida.

Ao Financial Times, o porta-voz do Kremlin (presidência), Dmity Peskov, confirmou que a Rússia reforçou as restrições às viagens ao exterior para pessoas que trabalha em áreas "sensíveis". 

Recorde-se que a Rússia invadiu a Ucrânia a 24 de Fevereiro do ano passado.

O presidente russo, Vladimir Putin, justifica a invasão com o objectivo de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. ANG/Angop

 

 EUA/Mega operação em Nova Iorque à espera que Donald Trump  se en
tregue

Bissau, 03 Abr 23 (ANG) - O ex-presidente norte-americano, Donald Trump, vai entregar-se às autoridades, que montaram uma mega operação de segurança em Nova Iorque, preparando-se para um acontecimento inédito na história do país.

No entanto, a Polícia de Nova Iorque e Serviços Secretos reuniram na sexta-feira para planificar a operação.

Donald Trump, acusado formalmente num caso que envolve o pagamento de suborno à actriz pornográfica Stormy Daniels para garantir o seu silêncio face a um caso extraconjugal, deverá voar ainda hoje para Nova Iorque, onde se espera que se entregue às autoridades no tribunal criminal de Manhattan, terça-feira.

Esta que é a primeira acusação de um ex-presidente na história dos Estados Unidos da América (EUA), que é também o candidato à Casa Branca em 2024 e acarretou grandes desafios de segurança, com as autoridades a prepararem-se para possíveis manifestações.

Ainda não são conhecidas as acusações que o ex-presidente republicano enfrentará, mas alguns dos seus aliados mais fiéis saíram em sua defesa, como é o caso da congressista Marjorie Taylor Greene, que anunciou que estará na terça-feira em Nova Iorque para protestar contra esta acusação.

Taylor Greene classificou de "caça às bruxas" e instou os seus mais de 600 mil seguidores na rede social Twitter a fazer o mesmo.

Nas últimas semanas, antecipando a sua acusação, Donald Trump tem exortado os seus apoiantes a protestarem, mas registaram-se poucas manifestações públicas de apoio pelo país.

Levantaram-se questões sobre se Trump, o candidato republicano líder na corrida presidencial de 2024 que mantém seguidores devotos, ainda tem o mesmo poder de mobilização como o que teve no ataque ao Capitólio de 06 de Janeiro de 2021.

Na passada sexta-feira, todos os 35.000 membros do Departamento de Polícia de Nova Iorque (NYPD, na sigla em inglês) foram chamados ao serviço e agentes do Serviço Secreto estiveram no tribunal criminal de Manhattan para determinar a forma como o ex-presidente entrará e sairá do edifício em segurança, na terça-feira.

Barreiras metálicas foram colocadas em frente à Trump Tower, um arranha-céus em Manhattan que tem atraído muita atenção nos últimos dias.

"Não existe um manual sobre como actuar em caso de acusação de um ex-presidente. Isto vai ser algo completamente novo", disse um ex-agente do FBI à rede televisiva ABC News.

O próprio ex-presidente alertou nas redes sociais para a possibilidade de "mortes e destruição" caso fosse acusado.

A segurança do procurador distrital de Manhattan, Alvin Bragg, responsável por liderar esta investigação contra Trump, também tem sido uma das prioridades das autoridades de Nova Iorque, uma vez que já recebeu pelo menos uma ameaça de morte.

Até ao momento, um dos poucos protestos agendados para terça-feira é o do 'New York Young Republican Club', que se juntará aos esforços de Marjorie Taylor Greene.

"A politização aberta de Alvin Bragg (...) ameaça todos os americanos. A caça às bruxas sem precedentes de vários anos contra o presidente Donald Trump aproxima-nos um passo de uma América irreconhecível.

Junte-se a nós e à congressista Marjorie Taylor Greene na terça-feira para protestar pacificamente contra a perseguição política, prisão e acusação de (...) Trump. Faça a sua voz ser ouvida. Lute pela América. Lute por Trump", convocou o grupo Republicano nas redes sociais.

O 'New York Young Republican Club' já tinha convocada um outro protesto em defesa de Trump, em 20 de Março, em frente ao tribunal criminal de Manhattan, mas na ocasião apenas cerca de 20 apoiantes compareceram.

Em contraste com a falta de apoio a Trump, dezenas de equipas de reportagem têm-se acumulado nas últimas semanas em frente às grades de metal instaladas pela Polícia de Nova Iorque ao redor do tribunal, evidenciando o grande interesse, nacional e internacional, que este caso tem despertado. ANG/Angop

 

 

Cabo Verde/Governo vai decretar luto nacional por mortes de militares em acidente de viação

Bissau, 03 Abr 23 (ANG) - O número de vítimas do acidente com a viatura das Forças Armadas a caminho da Serra da Malagueta, na ilha de Santiago, em Cabo Verde subiu para nove.

Ulisses Correia e Silva, disse que vão ser decretados dois dias de luto em memória das vítimas.

As vítimas mortais do acidente com a viatura das Forças Armadas a caminho da Serra da Malagueta, na ilha de Santiago, iam combater um incêndio. Além dos oito militares e um civil que morreram, há 11 feridos.

Em comunicado, o primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva, disse, no domingo, que vão ser decretados dois dias de luto em memória das vítimas. “Estou a acompanhar esta trágica situação, pelo que manifesto em nome do governo de Cabo Verde, a minha total solidariedade aos familiares e à instituição Forças Armadas. As nossas preocupações e desejos de recuperação para os feridos, alguns em estado grave, de entre os quais um colaborador do Ministério da Agricultura e Ambiente. O Governo presta total apoio aos familiares das vítimas”, afirmou.

O acidente com o camião das Forças Armadas aconteceu na estrada de Guindon, no município do Tarrafal. Vinte militares das Forças Armadas de Cabo Verde estavam no camião que se dirigia para prestar apoio no combate ao incêndio na Serra Malagueta, quando o veículo capotou.

O incêndio começou no sábado, na localidade da Serra Malagueta. De acordo com um comunicado do ministério da Agricultura e Ambiente, foi detido um suspeito de ter ateado o incêndio. Em comunicado, o ministério precisou que o fogo começou na zona de “Xinta Garça” e se alastrou na direcção Nordeste para as zonas de Curral de Asno, Locotano, Pedra Cumprida, Curral Velho, Monte Vermelho, Ponta Txada, Figueira das Naos e Fundura. Ainda segundo o comunicado, nenhuma casa foi afectada. As dificuldades no combate ao incêndio prendem-se com as dificuldades no acesso ao local, ao forte vento e às elevadas temperaturas que se registaram.

Este domingo, o Presidente da República, José Maria Neves lamentou, em comunicado, a morte dos militares que estavam a ser transportados para auxiliar no combate ao incêndio e expressou "a sua imensa consternação", afirmando que "todo país está perante uma enorme provação e uma profunda tristeza".

José Maria Neves transmitiu "as suas mais sentidas condolências às famílias das vítimas mortais" e saudou "os ingentes esforços que, desde muito cedo, vêm sendo consentidos em ordem a debelar este incêndio de proporções trágicas".

Por sua vez, o ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, lamentou a morte do mililtares no acidente e anunciou que as circunstâncias do acidente ainda estão por apurar. ANG/RFI

Burkina Faso/Autoridades militares expulsam jornalistas de Le Monde e Libération

Bissau, 03 Abr 23 (ANG) – As autoridades militares no poder no Burkina Faso expulsaram os correspondentes do Le Monde e Libération, avançaram os jornais no domingo, 2 de Abril.

 Esta é a mais recente medida da Junta militar contra os meios de comunicação franceses.

O Burkina Faso testemunhou dois golpes no ano passado e continua a lutar contra uma insurgência jihadista que se espalhou do vizinho Mali, em 2015.

“A nossa correspondente no Burkina Faso, Sophie Douce, foi expulsa do país… ao mesmo tempo que o colega do Libération, Agnes Faivre”, anunciou o vespertino Le Monde.

As autoridades convocaram as duas jornalistas na noite de sexta-feira e deram-lhes 24 horas para deixarem o país. As duas correspondentes francesas desembarcaram em Paris na manhã de domingo, disse.

Sophie Douce e Agnès Faivre receberam ordens de deixar Ouagadougou no sábado, 1 de Abril, sem serem notificadas de qualquer motivo para expulsão.

O jornal Le Monde condenou o que chamou de decisão arbitrária nos termos mais fortes e exigiu que as autoridades a rescindissem da decisão.

Libération “protesta vigorosamente contra estas expulsões absolutamente injustificadas” e sugeriu que estavam relacionadas com a uma investigação publicada no início da semana. “A publicação a 27 de Março de uma investigação do Libération sobre as circunstâncias em que um vídeo foi filmado, mostrando crianças e adolescentes a serem executados num quartel militar por um soldado não agradou a Junta no poder em Burkina Faso”, descreve o jornal.

Depois da publicação do artigo, o porta-voz do governo de transição, Jean-Emmanuel Ouedraogo, condenou “veementemente as manipulações disfarçadas de jornalismo para manchar a imagem do país”.

O investigador doutorando no Instituto de Estudos Políticos da Universidade de Bordéus, Régio Conrado, lembra que existe um sentimento crescente contra os órgãos de comunicação franceses. "Há um sentimento generalizado não só na Guiné-Bissau, no Mali, em países como a Guiné Conacri ou o Burkina Faso. A Junta militar considera que esses dois meios de comunicação sociais franceses produziam informações que não condiziam com os factos que ocorriam no terreno. Talvez tenhamos que aceitar que existe uma certa sensibilidade por parte de alguns Estados africanos em relação a narrativas produzidas por meios de comunicação ocidentais", afirma o investigador. ANG/RFI

      RÚSSIA/Grupo paramilitar  Wagner diz controlar Bakhmut, Kiev nega

Bissau,  03 Abr 23 (ANG) - O grupo paramilitar russo Wagner afirmou hoje ter tomado a cidade de Bakhmut, mas a Ucrânia disse que ainda detinha a cidade, no leste dos país, palco de combates nos últimos meses.

"No sentido legal, Bakhmut foi capturada. O inimigo está concentrado nas áreas ocidentais", disse o líder do Wagner, Yevgeny Prigozhin, na plataforma Telegram.

Num vídeo, que acompanhava a mensagem, Prigozhin hasteou uma bandeira russa com uma inscrição em honra de Vladlen Tatarsky, um 'blogger' militar russo e apoiante da ofensiva da Ucrânia, morto por uma explosão, no domingo. O ataque no centro histórico de São Petersburgo também deixou cerca de 30 pessoas feridas.

"Os comandantes das unidades que ocuparam a Câmara Municipal e todo o centro irão levantar esta bandeira", disse Prigozhin. "Esta é a empresa militar privada Wagner, estes são os tipos que tomaram Bakhmut". De um ponto de vista legal, é nossa", afirmou.

Algumas horas antes, a defesa ucraniana tinha afirmado o contrário: "o inimigo não deteve o assalto a Bakhmut. No entanto, os defensores ucranianos mantêm corajosamente a cidade, repelindo numerosos ataques inimigos", disse o estado-maior ucraniano na rede social Facebook, no domingo à noite.

Bakhmut, uma cidade de cerca de 70 mil habitantes antes da guerra, tem sido palco de combates durante meses. Devido à duração da batalha e às pesadas perdas sofridas por ambos os lados, a cidade tornou-se o símbolo da luta entre russos e ucranianos pelo controlo da região industrial de Donbass.

As tropas russas têm vindo a avançar a norte e a sul da cidade nos últimos meses, cortando várias rotas de abastecimento ucranianas, ao mesmo tempo que assumem o controlo da parte oriental. A 20 de março, Yevgeny Prigozhin afirmou que a Wagner controlava 70% de Bakhmut.

Apesar de vários aliados e analistas defenderem que as forças ucranianas deviam abandonar Bakhmut, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, recusa-se a entregar a cidade, que se tornou num símbolo da resistência à invasão russa, apesar de, no discurso de domingo à noite, ter reconhecido que a situação em Bakhmut era difícil para as tropas do país.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). ANG/Lusa