terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Sociedade/"Profissão de mecânica é minha paixão e aprendi vendendo sumo nas oficinas", diz Nanucha  Na Mone

Bissau, 30 Jan 24 (ANG) – A jovem mecânica na Empresa Sociedade de Transportes da Guiné-Bissau (STGB) disse que a mecânica é a sua paíxão e que sempre gostou da profissão.

Nanucha  Na Mone, de 21 anos de idade, em entrevista exclusiva à ANG, conta que nunca frequentou aulas sobre mecânica e que apreendeu sobre a profissão graças a sua curiosidade.

Disse que,  quando vendia sumo nas oficinas sempre perguntava sobre o trabalho de mecânico, do nome das peças e para que serviam, até que um dia um jovem da empresa onde trabalha agora lhe viu e perguntou porquê é que não vai trabalhar como mecânica, ao em vez de ficar assim, uma vez que conhece toda a peça de carro e consegue discobrir qualquer avaria.

A jovem disse que respondeu  que nunca foi as aulas de mecânica e  que só ficava  a agendar coisas que lhe contavam sobre a profissão e que depois da conversa com o jovem, ele mesmo  a convidou para ir na empresa apreender mais sobre a profissão, e diz que daí começou a trabalhar e a gostar cada vez mais.

Para aquela jovem rapariga, trabalhar de mecânica não tem nada de difícil, sobretudo nos dias de hoje, em que tudo se faz a base das máquínas e sem necessidade de uso de forças para mover algo, porque existe guincho e outras ferramentas.

Apelou todas as mulheres que gostam deste trabalho para se seguirem em frente, porque não tem nada de difícil, referindo que mesmo sendo a única mulher a trabalhar como mecânica com homens na empresa STGB, não sofre de nenhuma forma de discriminação.

"Me sinto bem e muito à vontade, trabalhando como mecânica, porque é um trabalho como outro qualquer”,  disse.

A Nanucha é   orientada por um  mestre mecânico de nome Mamadu Turé vulgo “Djaló” .

Contou a ANG que, sem  vínculo efetivo com a Sociedade de Transporte da Guiné-Bissau (STGB) Nanucha  trabalha  como ajudante na área mecânica, e que esforça no trabalho e está a aprender bem.

“A Direcção da STGB não se responsabiliza pela Nanucha eu é que lhe oferece dinheiro as vezes, porque ela tem as suas necessidades e está a estudar”, disse Djaló.

Mamadu Turé sublinhou que, se no caso ela veio a dicidir concluir os estudos liceais e  ficar na área mecânica , com certeza deverá ser contratada pela direcção da STGB.

Questionado se existe algo entre eles além da relação profissional e de amizade? Respondeu que não, referindo  que as mulheres também têm capacidade de fazer diferentes tipos de trabalho caso queiram fazé-los.  ANG/MI/ ÂC/AALS//SG

 

Economia/Preços das moedas para terça-feira, 30 de janeiro de 2024

MOEDA

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OFERTA

Euro

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655.957

dólares americanos

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Yen japonês

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4.145

Libra esterlina

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772.750

Franco suíço

700.750

706.750

Dólar canadense

448.500

455.500

Yuan chinês

83.500

85.250

Dirham dos Emirados Árabes Unidos

163.500

166.500

  Fonte : BCEAO

Nigéria/CEDEAO diz-se determinada em encontrar solução para Burkina Faso, Mali e Níger

Bissau, 30 Jan 24 (ANG) – A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) sublinhou no domingo que “continua determinada a encontrar uma solução negociada para o impasse político” no Burkina Faso, no Mali e no Níger.

Horas antes, as juntas militares não reconhecidas internacionalmente que governam os três países decidiram retirar-se, com efeitos imediatos, da organização que tinha até agora agido como principal mediador numa tentativa de regresso à ordem constitucional.

Num comunicado, a CEDEAO indicou que “ainda não” recebeu diretamente uma notificação formal dos três Estados-membros “sobre a sua intenção de se retirarem da organização”.

No entanto, a organização admitiu que “continua ciente da situação e fará mais declarações mais tarde dependendo da evolução da situação”.

A CEDEAO defendeu o seu trabalho, afirmando que, “de acordo com as instruções recebidas da Assembleia de Chefes de Estado e de Governo, a Comissão da CEDEAO tem trabalhado arduamente com os países envolvidos com vista a restaurar a ordem constitucional”.

No domingo, num comunicado conjunto, os governos do Burkina Faso, Mali e Níger justificaram a saída da organização sub-regional com as sanções impostas e com a condenação dos golpes de Estado.

As juntas militares, “assumindo plenamente as suas responsabilidades perante a história e respondendo às expectativas, preocupações e aspirações das suas populações, decidiram, em plena soberania, retirar sem demora o Burkina Faso, o Mali e o Níger” da CEDEAO, refere o comunicado, que foi lido nos órgãos de comunicação social estatais dos três países.

Os golpes de Estado no Mali (24 de maio de 2021), Níger (26 de julho de 2023), Burkina Faso (06 de agosto de 2023) derrubaram governos eleitos democraticamente e conduziram ao poder juntas militares que acusaram as forças ocidentais, em particular a antiga potência colonial, a França, de ingerência.

Em setembro, os três países, que formaram a Aliança dos Estados do Sahel, acordaram reforçar a cooperação e negociaram acordos de auxílio militar, em caso de intervenção externa.

As juntas militares alegam também estar sob ataque de grupos extremistas islâmicos e acusaram os governos anteriores de terem falhado no combate a este grupo.

As tropas francesas foram expulsas do Burkina Faso, Mali e Níger e tem havido notícias sobre a presença de elementos do grupo de mercenários russo Wagner no terreno.

A CEDEAO tem criticado os governos dos três países e vários governantes admitiram a possibilidade de ações militares no terreno para repor a ordem democrática.

Até há dois anos, Portugal teve militares no Mali, no quadro da cooperação internacional. ANG/Inforpress/Lusa

 

Alemanha/Guiné-Bissau sobe e é 40.º país mais corrupto de África – Transparência Internacional

Bissau, 30 Jan 24(ANG) – A Guiné-Bissau subiu um lugar e é o 40.º país mais corrupto entre os 49 países da África subsaariana analisados no Índice de Percepção da Corrupção (CPI, na sigla em inglês), elaborado pela organização não-governamental (ONG) Transparência Internacional.

No índice global, o país subiu para 160.º – entre 180 países e territórios, alcançando 22 pontos numa escala que vai dos zero aos 100, segundo o relatório da organização hoje divulgado.

A tendência da Guiné-Bissau nos últimos cinco anos traduziu-se numa subida de quatro pontos mas considerando os últimos 11 anos perdeu três.

O CPI foi criado pela Transparência Internacional em 1995 e é, desde então, uma referência na análise do fenómeno da corrupção, a partir da percepção de especialistas e executivos de negócios sobre os níveis de corrupção no setor público.

Trata-se de um índice composto, ou seja, resulta da combinação de fontes de análise de corrupção desenvolvidas por outras organizações independentes, e classifica de zero (percepcionado como muito corrupto) a 100 pontos (muito transparente) 180 países e territórios.

Em 2012, a organização reviu a metodologia usada para construir o índice, de forma a permitir a comparação das pontuações de um ano para o seguinte.

ANG/Inforpress/Lusa

Itália/Governo investe 5,5 mil milhões em nova estratégia de cooperação com África

Bissau, 30 Jan 24 (ANG) – O Governo italiano reuniu 5,5 mil milhões de euros para lançar uma nova estratégia de cooperação com África que ajude a controlar os fluxos migratórios para Itália e para a Europa, anunciou segunda-feira a primeira-ministra, Giorgia Meloni.

O “Plano Mattei” – nome da estratégia em homenagem a Enrico Mattei, fundador da Eni (o gigante estatal italiano da energia), que nos anos 50 defendeu uma relação de cooperação com os países africanos, que passava por ajudá-los a desenvolver os seus recursos naturais – “pode contar com 5,5 mil milhões de euros entre créditos, doações e garantias”, disse Meloni.

Este valor total soma “cerca de 3,0 mil milhões do Fundo Italiano para o Clima e 2,5 mil milhões do Fundo de Cooperação para o Desenvolvimento”, detalhou a a chefe do Governo de Itália.

A chefe do Executivo italiano falava na abertura de uma cimeira que reúne 22 chefes de Estado e de governo africanos, líderes da União Africana (UA), da União Europeia (UE) e das principais organizações multilaterais durante o dia de hoje no Palazzo Madama, sede do Senado italiano, em Roma.

Um grande centro de formação profissional para as energias renováveis em Marrocos, projetos de educação na Tunísia e de acessibilidade sanitária na Costa do Marfim são exemplos de “alguns dos projetos-piloto” do “Plano Mattei”, de acordo com Meloni.

“A partilha é um dos princípios fundamentais do ‘Plano Mattei’ e o trabalho desta cimeira será decisivo para enriquecer esse caminho”, explicou a chefe do Governo de extrema-direita, que mencionou ainda existência de projetos na Argélia, Moçambique, Egito, República do Congo, Etiópia e no Quénia.

A proposta da Itália é “tornar-se um centro natural para o abastecimento energético de toda a Europa”, um “objetivo que, segundo Meloni, pode ser alcançado se a energia for utilizada “como uma chave para o desenvolvimento de todos”.

“O interesse da Itália é ajudar as nações africanas interessadas em produzir energia suficiente para as suas necessidades e exportar o excedente para a Europa, combinando duas necessidades: a necessidade africana de explorar esta produção e gerar riqueza, e a necessidade europeia de garantir novas rotas de abastecimento energético”, esclareceu.

O objetivo do “Plano Mattei” é construir uma nova parceria entre a Itália e o continente africano que se estenda à UE, dando a Roma uma maior influência internacional, nomeadamente na zona do Mediterrâneo, permitindo-lhe um maior controlo da imigração.

A líder de extrema-direita, que durante a campanha eleitoral que a levou ao poder em outubro de 2022 prometeu cortar o fluxo de desembarques em Itália de migrantes provenientes do norte de África, estabeleceu como um dos objetivos do seu mandato reduzir a pressão migratória, que em 2023 estabeleceu um novo recorde, com mais de 157.000 pessoas a chegarem às costas italianas.

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) das Nações Unidas – que enviou a Roma a sua diretora-geral, Amy Pope – fez hoje saber, em Genebra, que o número de mortes e desaparecidos nas rotas migratórias do Mediterrâneo central e oriental desde o início de 2024 está já perto de uma centena.

Este número representa o dobro do registado no mesmo período em 2023, um dos anos com mais mortes e desaparecimentos no Mediterrâneo na última década.

O número de mortos e desaparecidos no Mediterrâneo disparou de 2.048 em 2021 para 2.411 em 2022 e 3.041 no ano passado.

Nas últimas seis semanas, três embarcações que transportavam um total de 158 pessoas da Líbia, do Líbano e da Tunísia terão naufragado, e a OIM contabilizou até agora 73 dessas pessoas como desaparecidas.

O problema da migração ocupou o centro do discurso da presidente da Comissão Europeia no Palazzo Madama. Ursula Von der Leyen sublinhou a necessidade de se “travar a trágica perda de vidas ao longo das rotas migratórias”, para o que é essencial “oferecer melhores oportunidades aos jovens” neste momento de “intensa e renovada cooperação entre África e Europa”.

“Não é apenas a geografia que nos une, mas também o compromisso de trazer benefícios mútuos a todos os nossos povos”, afirmou Von der Leyen na abertura desta cimeira Itália-África, em que participa com o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, e com a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsuola. ANG/Inforpress/Lusa


África do Sul/Congresso Nacional Africano suspende antigo presidente Jacob Zuma

Bissau, 30 Jan 24 (ANG) - O antigo presidente da África do Sul, Jacob Zuma, foi suspenso pelo Congresso Nacional Africano (ANC), partido que em tempos liderou, após ter rejeitado votar a favor da estrutura nas eleições gerais de 2024.

Zuma, que foi destituído em 2018 por suspeitas de corrupção, e que enfrenta ainda problemas com a justiça, fundou, de seguida, um novo partido: o uMkhonto we Sizwe (MK), que significa "lança da nação", segundo a BBC.

"Zuma e outros cuja conduta esteja em conflito com os nossos valores e princípios, encontrar-se-ão fora do CNA", disse o secretário-geral do partido, Fikile Mbalula.

Cyril Ramaphosa substituiu Zuma em 2018 na presidência do governo, prometendo uma luta contra a corrupção. Lidera, neste momento, o ANC, num clima de alta tensão antevendo as eleições gerais deste ano.

Zuma, de 81 anos, garantiu, em Dezembro do ano passado, que vai "morrer como membro do ANC", mas não votará no partido nas próximas eleições, acusando alguns dos seus líderes de agir de maneira "não-ANC". O antigo presidente sul-africano, recorde-se, uniu-se ao partido quando tinha apenas 17 anos, representando uma das suas figuras mais históricas.

A BBC afirma, ainda, que as eleições deste ano são vistas por muitos como as mais competitivas desde que o ANC chegou ao poder no país, em 1994.

Nas próximas eleições na África do Sul, que deverão realizar-se entre Maio e Agosto, o ANC poderá perder pela primeira vez na sua história a maioria parlamentar e também a presidência do país, de acordo com peritos em sondagens citados pela agência Lusa.

Em Agosto, Zuma recebeu um "perdão especial" presidencial que lhe permitiu evitar ser reencarcerado para cumprir uma pena de prisão de 15 meses, como anunciou na altura o governo sul-africano.

Em Julho de 2021, a África do Sul viveu uma onda de violência durante mais de uma semana no seguimento da detenção do ex-presidente, que causou mais de 300 mortos e originou mais de 2.500 detenções, segundo a Presidência sul-africana.

Esta foi a primeira vez na história da África do Sul que um ex-presidente foi condenado a uma pena de prisão. ANG/Angop


   Médio Oriente/Violências em Gaza, na Cisjordânia, na Síria e na Jordânia

Bissau, 30 Jan 24 (ANG) - Enquanto Israel continua a bombardear massivamente o sul da Faixa de Gaza, as autoridades palestinianas dando igualmente conta de mortos na Cisjordânia ocupada, paralelamente, a Síria e a Jordânia foram igualmente palco de ataques.

Continuam os combates na faixa de Gaza, com 140 mortos nestas últimas 24 horas e um balanço total de 26.637 mortos desde Outubro, segundo o Hamas que controla o enclave.

A situação humanitária naquela zona continua também mais do nunca a suscitar preocupação, depois de Israel acusar no final semana passada funcionários da Agência da ONU para os Refugiados Palestinianos de estarem envolvidos nos massacres do 7 de Outubro.

Apesar de o Secretário-Geral da ONU e de a OMS apelarem os países doadores a continuar a garantir o seu apoio, vários países suspenderam a sua ajuda, nomeadamente os Estados Unidos, o Canadá, a Finlândia, o Japão ou ainda a Alemanha. Uma situação perante a qual a União Europeia reclamou uma auditoria à agência onusiana colocada em acusação.

Na Cisjordânia, cinco palestinianos foram mortos por balas israelitas e numerosos outros foram feridos durante várias operações militares israelitas nesta segunda-feira, indicou o Ministério palestiniano da Saúde. Desde o começo da guerra em Gaza em Outubro, mais de 360 pessoas foram mortas na Cisjordânia ocupada, afirmam as autoridades palestinianas.

O conflito, entretanto, tende a alastrar noutros territórios. Na Síria, registaram-se 7 mortos, entre os quais figuram combatentes pró-iranianos em bombardeamentos israelitas contra uma base do Hezbollah e dos Guardiões da Revolução iranianos no sul de Damasco, nesta segunda-feira, indicaram o Observatório Sírio de Direitos Humanos, bem como órgãos de comunicação sírios.

Noutra frente, Joe Biden prometeu uma resposta"consequente" ao ataque ontem na Jordânia que provocou a morte de três soldados americanos e feriu mais de 30 outros. O Presidente americano acusou o Irão de estar por detrás do sucedido, o que Teerão desmentiu argumentando "não desejar a expansão do conflito".

Refira-se ainda que as autoridades iranianas anunciaram ter executado esta manhã por enforcamento 4 homens que tinham sido considerados culpados de cooperação com os serviços de espionagem israelitas num projeto de sabotagem de uma instalação de defesa iraniana. ANG/RFI

      Bruxelas/UE renova sanções contra Rússia por mais seis meses

Bissau, 30 Jan 24 (ANG) - O Conselho da União Europeia (UE) renovou hoje por mais seis meses as sanções impostas contra a Rússia por causa da invasão à Ucrânia, que começou há praticamente dois anos.

Em comunicado, o Conselho da UE anunciou que renovou o regime de sanções contra a Federação Russa até 31 de Julho de 2024, informando igualmente que fará nova avaliação para reavaliar uma possível prorrogação.

Bruxelas introduziu as sanções em 2014 em resposta à anexação da península da Crimeia, manobra encarada por vários analistas como um "ensaio" para o conflito alargado a praticamente todo o território ucraniano em Fevereiro de 2022.

"Atualmente as sanções abrangem diversos sectores, incluindo restrições ao comércio, finanças, tecnologia, indústria, transportes e bens de luxo", referiu o órgão do bloco europeu.

As sanções incluem também a proibição de importar ou transferir petróleo e produtos derivados desde a Rússia para a UE e a suspensão das atividades com os bancos russos, assim como o bloqueio de todos os órgãos de comunicação que na óptica de Bruxelas propagam "desinformação do Kremlin (Presidência russa)".

A estas medidas sancionatórias acrescem todas as que a UE foi aprovando nos últimos 12 pacotes de sanções desde 24 de Fevereiro de 2022, dia em que teve início a ofensiva militar russa.

A ofensiva militar russa no território ucraniano mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). ANG/Angop

segunda-feira, 29 de janeiro de 2024

Ordem Pública/Ministro Botche  deu uma semana ao Secretário de Estado ,Inspertor e Comandante de Guarda Nacional para provarem a existência de “muita droga” denunciada por Nuno Nabiam

Bissau, 29 Jan 24 (ANG) – O ministro do Interior deu uma semana ao Secretário de Estado da Ordem Pública,   Inspector e Comandante da Guarda Nacional para apresentarem provas sobre a suposta existência de “sinais de muita droga no país” denunciada pelo líder da APU-PDGB,Nuno Nabiam.

Botche Candé que falava, hoje, em conferencia de imprensa, em jeito de reação à denuncia feita por  Nuno Gomes Nabiam, num comício em Bissorã, segundo a qual “há sinais de muita droga no país e se não se esforçar para lutar contra o trafico de estupefaciente, a Guiné-Bissau passará a ser o palco de tráfico de drogas”.

Para além de criticar as denúncias do líder  da Assembleia do Povo Unido-Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) Botche Candé pediu também a colaboração do denunciante para se encontrar a droga, que diz existir no país.

Disse que Nuno Gomes Nabiam devia transmitir  o assunto ao Presidente da República,  Primeiro-ministro ou  ao ministro do Interiror, em vez de o fazer num comício popular, porque é membro do Conselho de Estado e Conselheiro do Presidente da Republica da Guiné-Bissau.

Candé referiu  que Nuno Gomes tinha dito que o aeronave estacionado no aeroporto carregava drogas e armamento e que pedira a intervenção da comunidade internacional para a abertura de uma investigação ao avião mas que concluida os trabalhos  de inspecção nada ficou confirmado.

O Secretário de Estado da Ordem Publica, José Carlos Macedo disse que Nuno Gomes Nabiam não uma pessoa qualquer, devido as funções que desempenhou no aparelho de Estado guineense.

Por isso, diz esperar que Nabiam seja notificado pelo Ministério Público  para se obter  mais informações sobre a denuncia que fez em relação a susposta “existência de sinais de muita droga no país”, até ao ponto de pedir a Comunidade Internacional  para ajudar a Guiné-Bissau a combater o tráfico de drogas.

“Estas declarações de Nuno Gomes Nabiam denegriram  a imagem do país e do Presidente da República que tanto trabalhou para combater o trafico de drogas”, afirmou José Carlos Macedo.

Num comício popular organizado pelo APU-PDGB e o PRS, no sábado(27) no quadro de uma aliança firmada recentemente entre as duas formações, o antigo Primeiro-ministro e atual conselheiro do Presidente da República falou da existência de “muita droga” introduzida no país e pede a comunidade internacional para ajudar no combate ao tráfico de drogas.

ANG/LPG//SG

 Roma/Papa admite resistência cultural em África a bênção de casais homossexuais

Bissau, 29 Jan 24 (ANG)- O Papa Francisco admite que há uma resistência particular em África à bênção de casais do mesmo sexo, por questões culturais, mas diz confiar que, “pouco a pouco”, todos se apercebam da importância da inclusão e não haja um cisma.

Numa entrevista ao jornal italiano La Stampa, hoje publicada, quando questionado sobre se a abertura da Igreja a todos é o grande desafio do seu pontificado, depois de ter declarado no verão passado em Lisboa, por ocasião das Jornadas Mundiais da Juventude, que a Igreja é para "todos, todos, todos", o Papa assumiu que essa é "a chave para compreender Jesus", pois "Cristo chama toda a gente", mas admitiu que tem sido confrontado com muitas questões "nos últimos tempos".

Recorrendo a uma parábola da bíblia, a de um banquete de casamento a que ninguém comparece, o que leva o rei a enviar servos a chamar todos os que encontrarem para as bodas, o Papa Francisco apontou que "o Filho de Deus quer deixar claro que não quer um grupo seleto, uma elite", e, "depois, talvez alguém seja 'introduzido clandestinamente', mas nessa altura é Deus que se encarrega disso, que indica o caminho".

"Quando me perguntam: 'Mas essas pessoas que estão numa situação moral tão imprópria também podem entrar?', eu asseguro-lhes: 'Todos, o Senhor assim o disse'. Perguntas como esta surgem-me sobretudo nos últimos tempos, depois de algumas das minhas decisões", declarou.

Questionado em concreto sobre a bênção de "casais irregulares e do mesmo sexo", que sugeriu no ano passado, o Papa Francisco confirmou que lhe perguntam "como é possível", ao que responde que "o Evangelho é para santificar toda a gente, desde que haja, claro, boa vontade", sublinhando que "não se abençoa a união, mas as pessoas".

Ao ser questionado sobre como está a lidar com a resistência de parte da Igreja à sua sugestão, depois de ter falado, numa recente entrevista televisiva em Itália, do "preço da solidão que se tem de pagar depois de um passo como este", o Papa Francisco apontou então o caso particular de África.

"Os que protestam com veemência pertencem a pequenos grupos ideológicos. Um exemplo disso são os africanos: para eles, a homossexualidade é algo 'feio' do ponto de vista cultural, não a toleram", declarou.

"Mas, de um modo geral, confio que, a pouco e pouco, todos se vão apercebendo do espírito da declaração "Fiducia supplicans" do Dicastério para a Doutrina da Fé: quer incluir, não dividir. Convida as pessoas a acolher e depois a confiar-se a Deus", completou.

Questionado sobre se receia um cisma, o Papa Francisco respondeu que não, observando que "sempre houve na Igreja pequenos grupos que manifestaram pensamentos cismáticos", mas há que "olhar em frente".

"Os que protestam com veemência pertencem a pequenos grupos ideológicos. Um exemplo disso são os africanos: para eles, a homossexualidade é algo 'feio' do ponto de vista cultural, não a toleram", declarou.

"Mas, de um modo geral, confio que, a pouco e pouco, todos se vão apercebendo do espírito da declaração "Fiducia supplicans" do Dicastério para a Doutrina da Fé: quer incluir, não dividir. Convida as pessoas a acolher e depois a confiar-se a Deus", completou.

Questionado sobre se receia um cisma, o Papa Francisco respondeu que não, observando que "sempre houve na Igreja pequenos grupos que manifestaram pensamentos cismáticos", mas há que "olhar em frente".

O comunicado da CEAST reagiu assim à recente sugestão do Papa Francisco de se de dar a bênção a casais do mesmo sexo, sem transmitir "a concepção errada do casamento", afirmando ainda que os padres não se podem tornar juízes.

Segundo a CEAST, a sua posição tem como suporte a declaração 'Fiducia Supplicans', que consideram suficiente para orientar o discernimento prudente e paterno dos ministros ordenados" no que respeita às bênçãos dos casais do mesmo sexo, argumentando ainda que "o documento não impõe qualquer linha unif


Economia
/Preço das moedas para segunda-feira, 29 de Janeiro de  2024

Divisas

Compra

VENda

Euro

655,957

655,957

Dollar us

601,250

608,250

Yen japonais

4,060

4,120

Livre sterling

765,500

772,500

Franc suisse

698,500

704,500

Dollar canadien

446,750

453,750

Yuan chinois

83,500

85,000

Dirham Emirats Arabes Unis

163,250

166,000

Fonte: BCEAO


Setor privado/
Mama Samba Embaló legitimado na presidência da CCIAS

Bissau, 29 jan 24 (ANG) – A Presidência da Câmara do Comércio Indústria e Serviços que Mama Samba Embaló exercia, interinamente, foi, sábado, legitimado numa assembleia-geral de associados da organização, com 267 votos a favor e para um mandato de quatro anos.

Samba Embaló apontou a reconciliação do setor  empresarial  e relançamento das empresas guineenses como principais prioridades de seu mandato.

Mama Samba Emabaló foi eleito Presidente da CCIAS, no sábado(27), na Assembleia Geral Extraordinária da organização,  com 267 votos a favor, contra 104 votos de Ibraima Djaló e 08 votos de Antônio Barbosa, seus adversários.

Segundo, o jornal “O Democrata” que cita  os dados da mesa da Assembleia Geral realizada no ilhéu de Gardete, setor de Prábis, região de Biombo, registou-se no total 82 abstenções, 04 votos nulos e 02 votos em branco no universo de 467 delegados vindos das diferentes regiões do país.

Após a divulgação dos resultados, o candidato eleito, Mama Samba Embaló, afirmou que o grande vencedor é o setor privado guineense, que saiu mais reforçado.

Apontou a reconciliação do setor empresarial guineense como uma meta a atingir, por forma a resgatar o setor privado guineense da situação de falência em que se encontra.

Mama Samba prometeu  que durante os quatro anos de mandato, a sua direção vai apostar em empreendedorismo juvenil e  das mulheres. Acrescentou que a Câmara do Comércio, Indústria, Agricultura e Serviços é membro da Câmara Consular Regional da União Económica e Monetária Oeste Africana (UEMOA) e a Guiné-Bissau irá presidir aquela organização, razão pela qual era urgente realizar a Assembleia Geral extraordinária para legitimar a direção da Câmara.

Embaló disse que, com a renovação dos órgãos sociais daquela organização, os responsáveis vão começar a trabalhar para que haja uma boa campanha de comercialização da castanha de caju, a fim de poder satisfazer a população guineense, em particular os agricultores.

Questionado para quando o alargamento das estruturas da CCIAS às regiões, Mama Samba Embaló disse que isso não aconteceu no passado devido à falta de capacidades e de recursos materiais, tendo em conta a conjuntura do país, mas diz que estão a fazer de tudo para alargar as estruturas para as regiões, para agrupar todos os empresários e entidades que trabalham neste setor importante para o desenvolvimento da Guiné-Bissau.

“Neste mandato também vamos apostar na formação dos associados e apoiá-los em termos de organização, dando seguimento para que possamos andar no mesmo caminho. Vamos ainda trabalhar com o governo numa parceria público-privada para o bem da economia nacional e o desenvolvimento almejado”, sublinhou.

O candidato derrotado, Antônio Barbosa disse que o resultado da votação é justo, mas que o mais importante é que saíram do afogamento dos botes de governação e dos tribunais.

Disse que  qualquer atividade que pretendiam fazer sempre era invocada a questão da legitimação dos órgãos sociais, caduca desde 2015.

 “O setor privado guineense está em condições de iniciar embates para o bem do setor, e estou disponível para colaborar com o novo presidente para trabalhar e organizar a organização”, declarou Barbosa..ANG/ O Democratagb

 

Turismo/”Hotel “DAKOSTA Eco Retreat” no Arquipélago dos Bijagós  promove a cultura e gastronomia local

Bissau,29 Jan 24(ANG) – O empresário guineense Adelino da Kosta, proprietário de um dos maiores emprendimentos hoteleiros nas Ilhas Bijagós denominado “DAKOSTA Eco Retreat”, defende  que aquele empreendimento  contribui na sensiblização e promoção da cultura e gastronomia local.

Em entrevista exclusiva concedida hoje à ANG,  Adelino da Kosta disse que, aquele empreendimento hoteleiro oferece aos turistas que ali frequentam  refeições tipicamente locais.

Disse que  praticam o modelo de turismo que passa por dar aos clientes o que não existe nos seus países de origem, ou melhor fazer-lhes viver a África e as suas ricas tradições.

“A título de exemplo, se um africano visitar hotéis na China, é-lhe oferecido a gastronomia local e a mesma coisa acontece em Itália e noutros países europeis. Nós aqui no DAKOSTA Eco Retreat decidimos fazer a mesma coisa, para promover  os produtos africanos em particular os da Guiné-Bissau”, afirmou.

Segundo Adelino da Costa, os quartos do  hotel do DAKosta Eco Retreat estão decorados com peças e estatuetas tradicionais, não só da etnia bijagós como de outras etnias do país, o  que divulga as potencialidades culturais do país.

“Um turista estrangeiro não deve visitar o nosso hotel e ser lhe  exibido vídeos com conteúdos produzidos na Europa, não. Se for assim  não vale a pena receber os turistas porque não vão levar nada em contrapartida”, salientou.

Perguntado sobre como foi parar ao sector turístico no país, ele que foi boxista, Adelino da Kosta revelou que  aquando do seu regresso  ao país, em  2005,  percorreu as diferentes ilhas para se inteirar das suas potencialidades.

Disse que na companhia da família deixou a Guiné-Bissau em 1988, tendo se emigrado  para Portugal em busca de melhores condições de vida.

Disse que, na altura tinha apenas 9 anos e quando chegaram a Portugal habitavam no bairro das Marianas, em Carcavelos onde trabalhava na Construção Civil.

Adelino da Kosta disse que de Portugal emigrou para os Estados Unidos de América onde prossegiu as suas atividades de boxe.

“Na altura para qualquer praticante desta modalidade nos EUA, a primeira coisa a fazer é ingressar no maior Ginásio de Boxe, denominado de Broklin , aliás por onde passa todos os campeões do mundo, porque se quizer testar a sua capacidade tem que ir onde estão os melhores”, frisou.

“Fui campeão  desta competição  e passei para a fase seguinte que é a eliminatória para os Jogos Olímpicos 2004, onde fui eliminado na quarta posição”, contou Adelino da Kosta.

Adiantou que, depois de deixar de competir, iniciou a fase de formação dos lutadores em técnicas de dar socos e pontapés, tendo em conta que na altua só existiam  lutadores da modalidade de “Jijuds”, ou seja deitar os adversários no chão, através de apertos nas gargantas, mãos e pés.

Informou que, por isso, precisavam de um formador com conhecimentos de técnicas de combate em termos de socos e pontapés, acrescentando que, foi daí que começou a treiná-los nos ginásios onde tinha muitos clientes.

“Então notei que podia aproveitar os clientes de boxe que tinha nos Estados Unidos, que normalmente passavam as suas férias e outros retiros de repouso no Vietnam, Cambodja, Filipinas entre outros, e que nunca tinham o privilégio de chegar um local tão maravilhoso e virgem como  o Arquipélago de Bijagós”, frisou.

 Disse que apartir  daí, convidou dois dos seus clientes que tinham nos Estados Unidos para virem conhecer o Arquipélago de Bijagós, com um programa de treinos, que seria de duas vezes por dia e onde desfrutavam das comidas tradicionais”, explicou.

Sustenta que, por exemplo, na Europa, as pessoas consomem comidas e certos produtos fora do seu tempo, ou seja comem  mangas que são conservadas por muito tempo, acrescentando que na Guiné-Bissau, as frutas são consumidas dentro do seu período normal , o que ajuda muito na saúde.

“Então os turistas que têm muito dinheiro e que querem mais longividade de vida, entendem que não existe melhor lugar, onde podem desfrutar de comidas no seu próprio tempo, para além de respirar um ar puro debaixo de árvores grandes e onde existe total tranquilidade e sentido da noite e com luzes acesas como nas grandes cidades”, frisou.

O empresário afirmou que o foram os primeiros grupos que trouxe para a Guiné-Bissau , que começaram a sensibilizar os seus colegas de que existe um paraíso na Guiné-Bissau, com apenas seis horas de voo para os Estados Unidos.

Adelino da Kosta frisou que, dentro do programa de treinos constava a parte física, ou seja levantar-se de manhã, fazer as caminhadas descalço para sentir aquele magnésio e força da terra, fazer exercícios dentro da água e depois seguida da parte espiritual, onde abordam a parte mística da vida, tais como  como surgiram os homens na terra.

“Ainda penetramos com os homens grandes nas matas onde fazemos as cerimónias tradicionais e desintoxicação do organismo através de banhos com raízes e folhas das plantas”, disse.

Da Kosta sublinhou que essa ligação entre o mundo físico e espiritual, quando se sacrifica uma galinha nos lugares sagrados, constitue uma riqueza enorme que a África tem, em particular a Guiné-Bissau.

“Então foi isso o turismo que praticamos no Arquipélago dos Bijagós, através de transmissão da experiência que temos e foi por isso que recebemos muitos turistas que ainda apreciam muito as nossas comidas tradicionais acompanhadas de vinho de palma doce e fresca, que admiram muito”, explicou.

O DAKOSTA Eco Retreat conta com 33 quartos e emprega cerca de 30 pessoas.ANG/ÂC