Covid-19/Farmacêutica Moderna pede uso de emergência de vacina
a reguladores nos EUA e Europa
Bissau, 01 Dez 20 (ANG)
– A farmacêutica norte-americana Moderna anunciou segunda-feira o pedido de
utilização de emergência da sua vacina para a covid-19 aos reguladores do
medicamento europeu e norte-americano.
A empresa revelou ainda
que os resultados finais dos testes clínicos da vacina contra o novo
coronavírus indicam uma eficácia de 94,1 por cento.
A eficácia e a segurança
demonstrada pela vacina – que suscitou efeitos secundários temporários
semelhantes a sintomas de gripe – cumprem os requisitos da agência
norte-americana, a FDA, para uma autorização de uso de emergência ainda antes
de toda a fase de testes estar concluída.
A Agência Europeia do
Medicamento também já manifestou abertura para autorizar o uso do fármaco.
Em comunicado, a Moderna
aponta que a análise primária de eficácia incluiu 196 pessoas que adoeceram – 30
das quais gravemente -, mas 185 estavam no grupo que tomou o placebo, ou seja,
não tomaram a vacina mRNA-1273.
Assim, a Moderna conta
pedir hoje uma autorização de uso de emergência à FDA e uma autorização de
introdução no mercado condicional à Agência Europeia do Medicamento.
Além disso, vai
apresentar à Organização Mundial de Saúde um procedimento acelerado de registo
da vacina.
Caso obtenha autorização
da FDA, a Moderna espera ter prontas 20 milhões de doses da vacina no fim do
ano para os Estados Unidos.
Como a vacina precisa de
duas doses, isso significa que dez milhões de pessoas poderão ser imunizadas.
Fora dos Estados Unidos,
a empresa já afirmou que poderá uma quantidade significante de vacina na Europa
no primeiro trimestre de 2021.
A vacina da Moderna, tal
como a da Pfizer, usa uma parte do código genético de uma proteína que reveste
o novo coronavírus.
Quando introduzido no
corpo humano, leva-o a produzir essa proteína, treinando o sistema imunitário
para reagir e reconhecê-la se entrar em contacto com o vírus.
A vacina não precisa de
temperaturas negativas de 70 graus, como é o caso da Pfizer, possibilitando
transporte e armazenamento mais baratos e acessíveis para áreas rurais ou
economias em desenvolvimento.
A pandemia de covid-19
provocou pelo menos 1.460.018 mortos resultantes de mais de 62,7 milhões de
casos de infecção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência
francesa AFP.
Em Portugal, morreram
4.427 pessoas dos 294.799 casos de infecção confirmados, de acordo com o
boletim mais recente da Direcção-geral da Saúde.
A doença é transmitida
por um novo coronavírus detectado no final de Dezembro de 2019, em Wuhan, uma
cidade do centro da China.ANG/Inforpress/Lusa
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