ONU/Moçambique promete ser a voz
de África no Conselho de Segurança
Bissau, 10 Jun 22 (ANG) - Moçambique foi, quinta-feira, eleito membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, sendo a primeira vez que Maputo ocupa o lugar e recebeu a totalidade dos 192 votos possíveis.
Num discurso à nação, em reacção ao
anúncio dos resultados da votação, o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi
prometeu ser “a
voz dos países africanos que procuram edificar um futuro pacífico e próspero
para todos”.
O chefe de Estado moçambicano assegurou
que, durante os dois anos de mandato, Maputo não vai poupar esforços na defesa
do diálogo e multilateralismo para a paz no mundo.
“Encoraja-nos o facto de que ao longo da construção da nossa nação e da
edificação das bases da nossa política externa tenhamos, sempre, pautado por
princípios que privilegiam, entre outros, a defesa do interesse nacional, o
respeito pela soberania e integridade territorial dos estados, o primado da
política de paz e de solução pacífica de conflitos, assim como a advocacia do
multilateralismo. Princípios e regras angulares que se encontram plasmados, de
forma clara, tanto na nossa Constituição, quanto na Carta das Nações Unidas e
que serão sempre objecto de respeito pelos moçambicanos. Esta é a postura que
serve e sempre servirá de bússola para a nossa equipa nas deliberações e
negociações de que farão parte nos próximos dois anos no Conselho de Segurança”.
No seu discurso, Nyuse lembrou a
experiência nacional na resolução pacífica de conflitos, através do diálogo: “O nosso país tem
história, tem cadastro, experiência em defender medidas de mitigação de
conflitos e acima de tudo de promover soluções negociadas para a paz. Neste
sentido o nosso empenho mantém-se inabalável. Moçambique está numa posição
única, uma vez que traz consigo a sua própria experiência de construção da paz
e segurança. Isto é, a cultura de diálogo. O Acordo de Paz e Reconciliação
Nacional é um exemplo recente de como se pode alcançar a paz através de
apropriação nacional, de processos e do diálogo”.
É a primeira vez que Moçambique ocupa o lugar de membro
não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas. O país recebeu a
totalidade dos 192 votos possíveis.
A eleição coloca o país “no mapa da diplomacia mundial e eleva para altos patamares, o bom nome e reputação internacional de Moçambique e dos moçambicanos”, acrescentou Nyusi.ANG/RFI
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