quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

Parlamento da CEDEAO/Presidente das mulheres parlamentares diz que   integração da mulher na política passa pela promoção da estabilidade

Bissau, 03 Fev 23 (ANG) - A Presidente da Rede das Mulheres Parlamentares, da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) disse  que a integração da mulher na política e no empreendedorismo passa essencialmente pela promoção da estabilidade, da igualdade e equidade de género na sociedade em que ela se encontra inserida.

Isabel Gássimo Gomes falava,quarta-feira, na cerimónia de abertura do Simpósio de Mulheres e da Liderança Juvenil no espaço CEDEAO, sob o lema”Libertar o Potencial das Mulheres e dos Jovens na Política e no Empreendedorismo”, realizado a margem da primeira Sessão Extraordinária do Parlamento da CEDEAO que decorreu entre os dias 30 de Janeiro e 01 de Fevereiro, em Bissau.

“As  mulheres ainda enfrentam muitos obstáculos para se afirmarem na sociedade como empreendedoras e políticas. E isso, passa pelo investimento no setor de educação e qualificação das mulheres, sem esquecer da criação de condições para a emancipação financeira das mesmas”, disse aquela responsável.

A Presidente das Mulheres Parlamentares da CEDEAO referiu que, nas últimas décadas, registou-se um crescimento considerável da participação da mulher na esfera política e nas tomadas de decisão e diz que isso se deve  ao fato de a sociedade ter ganho a consciência sobre a importância das mulheres e  ao esforço e “elevado grau de compromisso” com as suas causas públicas.

 “Devo dizer a esse respeito que, a nós mulheres, não nos falta capacidade técnica, profissionalismo, nem dinamismo e sentido de responsabilidade para desempenhar com zelo todas as atividades de relevo, visando assim o desenvolvimento dos países membros da CEDEAO. Mas, infelizmente, o que falta são as oportunidades para demonstrar as qualidades e capacidades”, disse.

Isabel Gássimo Gomes explicou que, na Guiné-Bissau,  as eleições de 2014  demonstraram, tanto no âmbito político como no administrativo, a consolidação da luta pela igualdade de género, uma vez que, segundo ela, pela primeira vez na história democrática do  país, as mulheres obtiveram a percentagem mais elevada em eleições para Assembleia Nacional Popular (ANP).

 “Toda essa evolução veio a culminar com a aprovação em 2018 da Lei de paridade que veio a fixar uma quota de 36 por cento das mulheres na composição das listas às eleições para ANP”, referiu a Presidente das Mulheres Parlamentares da CEDEAO.

 Isabel Gássimo Gomes disse que as conquistas femininas ainda são apresentadas como consequência do amadurecimento da sociedade e que na verdade, as mulheres são frutas da sua própria luta, tendo acrescentado que, indubitavelmente, as mulheres guineenses são agentes de mudança da sua história e da política do país.

“A cada dia, o poder está mais próximo a mulher, por isso, as democracias modernas não se concretizam nem tão bem se constroem sem a participação das mulheres, em todas as esferas sociais, políticas, económicas e culturais”, considerou a Presidente. ANG/AALS/ÀC//SG

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