quinta-feira, 2 de fevereiro de 2023

Ucrânia/Lavrov diz que armas ocidentais vão fortalecer presença russa

Bissau, 02 Fev 23(ANG) – O ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia, Serguei Lavrov, afirmou hoje que o envio de armas ocidentais para Kiev vai fazer com que as forças russas mantenham a presença no país para afastarem as tropas ucranianas da zona de fronteira.

“Se neste momento tratamos de afastar a artilharia das Forças Armadas da Ucrânia para uma distância que não constitua uma ameaça para os nossos territórios, quanto maior for o alcance do armamento que (vão) enviar para o regime de Kiev, mais empenhamento haverá para afastar os soldados ucranianos das nossas fronteiras”, disse hoje Lavrov à agência RIA Novosti e à cadeia de televisão Rossia-24. O chefe da diplomacia da Rússia acrescentou que o Ocidente está a afundar-se num pântano “com cada passo que dá, na Ucrânia”.

“Vai ser uma bola de neve”, disse Lavrov referindo-se às consequências – do ponto de vista de Moscovo – da presença do armamento estrangeiro que vai ser enviado para Kiev.

Lavrov disse ainda que a Rússia se encontra no centro de uma “batalha geo política” e que os militares russos que se encontram na primeira linha da frente “são heróis” empenhados no futuro da humanidade contra a “hegemonia total dos Estados Unidos”.

Por outro lado, o chefe da diplomacia da Rússia acusou hoje o Ocidente de estar a apoiar a Ucrânia para pôr fim ao que chamou “questão russa”, criticando directamente a visita da presidente da Comissão Europeia a Kiev.

Ursula von der Leyen “declarou que o resultado da guerra deve ser a derrota russa, e uma derrota de tal forma que não volte a levantar-se durante décadas”, disse Lavrov numa entrevista transmitida pelas televisões da Rússia.

Um total de 15 comissários europeus, incluindo os vice-presidentes Margrethe Vestager e Valdis Dombrovskis, chegaram hoje a Kiev.

A delegação é chefiada pela presidente da Comissão, Ursula von der Leyen, que vai manter uma série de reuniões com o Governo ucraniano.

Por motivos de segurança, só hoje de manhã é que foi tornada pública a informação sobre a deslocação da delegação da União Europeia à Ucrânia.

ANG/Inforpress/Lusa

 

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