Coreia do Norte/Pyongyang ameaça responder a Seul e Washington com “acção ofensiva”
Bissau, 06 Abr 23(ANG) – A Coreia do Norte ameaçou hoje responder à intensificação dos exercícios militares dos Estados Unidos e da Coreia do Sul com uma “acção ofensiva”, informou a agência de notícias oficial do país, KCNA.
A ameaça foi feita um
dia depois de os Estados Unidos terem enviado bombardeiros B-52, com capacidade
nuclear, para a península coreana, para exercícios aéreos conjuntos com aviões
de guerra sul-coreanos, na mais recente demonstração de força contra Pyongyang.
A tensão aumentou nas
últimas semanas, com a intensificação dos exercícios militares de Washington e
Seul.
A KCNA disse que os
exercícios militares dos Estados Unidos e da Coreia do Sul, tal como o
destacamento de meios militares avançados norte-americanos, transformaram a
península numa “enorme mina de pólvora que pode explodir a qualquer momento”.
“As provocações
militares dos belicistas, liderados pelos EUA, ultrapassaram o limite da
tolerância. Essa realidade aguarda uma posição e resposta mais explícitas das
capacidades de defesa [da Coreia do Norte]”, disse a KCNA num comentário
atribuído a um académico.
“A Coreia do Norte vai
continuar a mostrar responsabilidade e confiança na missão crucial de dissuasão
da guerra, através de acção ofensiva”, afirmou.
O representante especial
dos EUA para a Coreia do Norte, Sung Kim, inicia durante o dia, em Seul,
conversações com as autoridades sul-coreanas e japonesas, de forma a coordenar
uma resposta à intensificação do desenvolvimento de armas norte-coreanas e
ameaças de conflito nuclear.
Após encontros previstos
com o ministro dos Negócios Estrangeiros sul-coreano, Park Jin, e outras
autoridades do país, Kim vai participar, na sexta-feira, numa reunião com os
enviados nucleares sul-coreanos e japoneses, de acordo com o Governo
sul-coreano.
Só em Março, Pyongyang
disparou quase 20 mísseis em sete eventos distintos, incluindo um míssil
balístico intercontinental, com potencial para alcançar território
norte-americano, e várias armas de alcance mais curto, projectadas para
realizar ataques nucleares contra alvos sul-coreanos. ANG/Inforpress/Lusa
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