Cabo
Verde/"É
necessária uma segunda descolonização, que passa por descolonizar as
mentes"
Bissau, 22 Mai
23 (ANG) - O Presidente cabo-verdiano considera que só se consegue a plena
descolonização da África quando forem resolvidos os problemas da violência e do
racismo.
Aspectos que
segundo José Maria Neves têm impedido a realização do sonho da União Africana.
Na abertura de uma mesa redonda que marca
o início das comemorações do Dia da África, que se assinala a 25 de Maio, o
Presidente da República cabo-verdiano, José Maria Neves, afirmou que a África
conseguiu a libertação com muita luta que agora é necessária uma segunda
descolonização, que passa por descolonizar as mentes.
“Descolonizar as mentes é algo extraordinariamente difícil. É uma
relação de troca. Temos de descolonizar as nossas mentes e descolonizar as
mentes daqueles que nos colonizaram porque essa relação de troca é ainda
extraordinariamente difícil, esse intercâmbio é extraordinariamente desigual
ainda hoje, a nosso desfavor. Então, criou-se a União Africana, precisamente,
para realizar essa segunda descolonização. Para descolonizar, efectivamente, as relações entre os países do Mundo. E o que
aconteceu? Para sermos dominados, dois pilares foram essenciais: a violência e
o racismo. Só conseguiremos a plena descolonização quando
resolvermos o problema do racismo e o problema da violência”, sentenciou
o Chefe de Estado cabo-verdiano
Para marcar o início das celebrações do
Dia da África e os 60 anos da criação da União Africana, a Presidência da
República em parceria com a embaixada de Angola em Cabo Verde e a Plataforma
das Comunidades Imigradas em Cabo Verde realizou, na tarde de sábado, 20 de
Maio, no Palácio da Presidência uma mesa redonda versando os temas: “A
Paz, a estabilidade e o Desenvolvimento Sustentável em África” e
a “Identidade e preservação do património cultural e natural africano”.ANG/RFI
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