Finanças/Missão
Técnica do FMI estabelece acordo com governo
sobre as politicas económicas e financeiras
Bissau, 29 Mai 23
(ANG) – O chefe da Missão Técnica do Fundo Monetário Internacional (FMI) revelou
ter chegado a um acordo com as
autoridades nacionais sobre as politicas económicas financeiras capazes de
suportar a aprovação da segunda avaliação do programa de facilidade de crédito alargada
que será submetida ao Conselho Administração do Fundo em Agosto do corrente ano.
Em declarações a
imprensa, José Gijon disse que esta é segunda revisão trimestral do referido
programa e que depois da sua apreciação e aprovação pelo Conselho de Administração
do FMI, a Guiné-Bissau vai receber 3,2 milhões de dólares.
“Apesar de ter registado
um crescimento moderado em 4,2 por cento,
a subida de preço das matérias-primas associado a guerra na Ucrania, sobretudo
os géneros alimenticios e combustivel,
levou a inflação em cerca 7,9 por cento
e contribui no alargamento do atual
défice da conta corrente”, disse. Gijon.
Adiantou que, no
ambiente do contexto económico politico complexo, a avaliação focou-se na apreciação nos avanços
da implementação do programa.
“Os programas do FMI são das autoridades e apoiadas
pela instituição financeira internacional, por isso a missão apenas vai aconselhar
e explicar quais podem ser as politicas a adoptar para atingir os objectivos
desejados”disse José Gison.
Afirmou que o desempenho
nesta avaliação foi satisfatório, nomeadamente do lado das reformas estruturais
e nem todo no lado dos critérios quantintativos.
Segundo José Gijon, no
lado dos critérios quantintativos, três dos
cinco pontos não foram observados, nomeadamente, o piso da receita fiscal, por
uma pouca ligeira falta do desempenho das alfândegas e o tecto salarial que foi
ultrapassado por causa da reintegração de alguns funcionários suspendidos após
o resenseamento feito em 2022, mediante normas estatutárias.
Uma outra situação não
atingida, de acordo com o chefe da Missão Técnica do FMI, é o teto do saldo orçamental
primário, devido a menor receita fiscal, pesqueira, aumento das despesas
correntes estimado e o pagamento das
faturas devidas à empresa fornecedora da luz elétrica.
Quanto as reforma
estruturais, disse que foram satisfeitas
todas as referências desta segunda avaliação, assim como uma da terceira que
será feita em Setembro e da quarta a decorrer em Dezembro do ano em curso.
Recomendou as
autoridades nacionais a continua tamada de medidas adicionais para melhorar o saldo orçamental e
reduzir a dívida pública, alegando ser o obejectivo principal do programa apoiado
pela instituição financeira.
Pediu a conclução da instalação dos contadores pré-pagos para se aumentar a receita da empresa distribuidora da
corrente elétrica, assim como o aumento da transparência de contratação pública
e outras medidas chaves para melhorar a gestão das finanças publicas, que passa
pela contenção das despesas mobilização de mais receitas.
Gijon sustentou que o
sucesso na implementação de um programa continua a ser essencial e apoio dos
parceiros da comunidade internacional
mediante os donativos e empréstimos concessionais.
Agradeceu as
autoridades pela abertura e trocas de opiniões, aguardando com espectativa a
continuação de uma estreita cooperação no contexto das próximas avaliações do
mecanismo de crédito alargado.ANG/LPG/ÂC//SG
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