Comunicação
social/ ONU
organiza workshop de formação para profissionais da comunicação social
Bissau, 16 Mai 23 (ANG) – O
Sistema das Nações Unidas na Guiné-Bissau vai organizar, no próximo dia 18, uma sessão de formação para os profissionais
da comunicação social sobre direitos humanos, prevenção do incitamento à
violência e ao ódio no contexto das eleições.
O workshop é organizado pelo
Gabinete do Coordenador Residente do Sistema das Nações Unidas no país, o Escritório
do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos em colaboração
com Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), Fundo das Nações
Unidas para a População (FNUAP) e pela Organização das Nações Unidas para
Educação, Ciência e Cultura /UNESCO).
Segundo um convite enviado à
ANG esta terça-feira, o referido workshop tem como objetivo capacitar e
desenvolver a capacidade técnica dos jornalistas do país sobre questões de direitos humanos que surgem em
contextos eleitorais, combate ao incitamento à violência e discurso do ódio,
incentivar os jornalistas a atuar de forma ética e a comunicar com
imparcialidade, respeitando os direitos humanos, criando assim, um ambiente
propício ao normal desenrolar das eleições.
O curso visa ainda sensibilizar
os profissionais da comunicação social para as questões de violência dos
direitos humanos que surgem em contextos eleitorais, e incentivar esses
profissionais a combater o discurso de ódio e a desinformação.
“O papel dos jornalistas
torna-se ainda mais importante, uma vez que fazem cobertura das campanhas eleitorais,
fornecem informações sobre os candidatos e os partidos, transmitem as agendas
políticas, ouvem e investigam os fatos das declarações dos candidatos políticos
e denunciam possíveis fraudes e violações eleitorais ao público eleitor”,
refere-se no convite.
Refere ainda que, com o desenvolvimento de tecnologias de
informação e o fácil acesso às redes sociais tem havido um aumento de
desinformações, registando também um aumento da produção e da propagação de
incitamento à violência e ao discurso de ódio.
Esses fenómenos, segundo os
organizadores da inciativa, têm conduzido à situações de desrespeito pelos
direitos humanos, prejudicando a unidade nacional e a paz social.
“Isto tem um impato negativo
na estabilidade, justiça e no
desenvolvimento do país, pois tem havido uma grande exploração política deste
fenómeno”, lê-se na missiva segundo a qual “todos esses fatores não são
favoráveis à profissão dos jornalistas a ao exercício da liberdade de expressão”.
Para que as eleições sejam
livres e justas, de acordo com a mesma nota da ONU, é imperativo que a
população possa fazer escolhas livres e informadas e que os princípios básicos
dos direitos humanos, tais como o respeito pelos direitos civis, políticos,
económicos, sociais e culturais sejam respeitados, e que a liberdade de
expressão base para o trabalho dos jornalistas seja sempre parte essencial de qualquer processo
eleitoral.
O workshop terá a duração de um dia e é destinado à 40 profissionais da comunicação social do país. ANG/DMG/ÂC//SG
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