Legislativas antecipadas/Presidente da República aconselha militares para se manterem equidistantes dos políticos
Bissau, 24 Mai 23
(ANG) – O Presidente da República aconselhou esta terça- feira aos militares a
manterem-se equidistantes dos políticos durante o processo das eleições legislativas
antecipadas de 04 de Junho.
Em declarações à
imprensa, no final da visita às
instalações do Estado-maior General das Forças Armadas,em Bissau, Umaro Sissoco
Embaló referiu que as crises que o país registou
até aqui envolveram sempre os militares, com implicações de políticos.
“O país avança para mais um ciclo eleitoral, estou aqui para
alertar ao Chefe de Estado-maior General das Forças Armadas sobre a necessidade
de preservar a paz e estabilidade e de incumbi-lo
a responsabilidade de trabalhar para que o processo decorra com normalidade”, afirmou
o chefe de Estado guineense.
Disse que a única
coisa que os militares podem fazer é participar no ato de votação como manda a
Constituição da República e mais nada até a tomada de posse do novo governo.
Instado a falar sobre
o seu alegado envolvimento na campanha, Umaro Sissoco Embalo disse que não anda
com camisola de nenhum partido e que em
nenhum momento pediu voto a favor de uma determinada formação política.
“A política não se faz com desordem e nem com bagunça,
eu disse que a minha geração tem de constituir nova geração de políticos, que terá compromissos com o país, com responsabilidade
de responder a justiça quando é
necessário, independentemente das funções que desempenha no momento”, advertiu.
O chefe de Estado pede
aos órgãos de Comunicação Social para
exercerem com responsabilidades a missão de cobertura eleitoral e pede para não
se difundir discursos “incendiários”, porque “o país precisa de paz”.
Diz que o escrutínio do dia 04 de Junho será, como
sempre, livre, justas, transparente e quem perder saberá respeitar a vontade da
maioria.
Por sua vez, o Chefe
de Estado-maior General das Forças Armadas prometeu assegurar a tranquilidade necessária ao processo.
“Queremos
paz para a Guiné-Bissau, por isso as Forças Armadas estão determinadas não
só em garantir estabilidade, mas também em assegurar para que o processo
eleitoral possa decorrer num clima de
tranquilidade”, afirmou Biaguê Na Ntan.
Sustentou que sem a
paz não haverá qualquer tipo de desenvolvimento e que nenhum empresário estará
interessado em investir no país, razão
pela qual estão ao lado do chefe de Estado para que haja paz e estabilidade no
país. ANG/LPG/ÂC//SG
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