Burquina Faso/Novo ataque mata 15 civis, a maioria pastores
Bissau, 23 mai 23 (ANG) - O Burkina Faso voltou a ser palco de
violência no domingo, quando alegados elementos mataram 15 civis, na sua
maioria pastores, no leste do país, perto do Togo e do Benim, disseram hoje
fontes locais e de segurança.
No total, cerca de 70
civis morreram na última semana em vários ataques que tiveram como alvo várias
regiões do país.
No domingo, "várias
dezenas de terroristas atacaram os arredores de Kompienga", a capital da
província com o mesmo nome, matando pelo menos "15 pessoas", disse um
habitante local à agência AFP.
"Os atacantes
enterraram 15 corpos e feriram muitos outros", disse outro habitante,
acrescentando que "as vítimas eram sobretudo pastores que foram executados
pelos atacantes, que levaram consigo o seu gado".
"Uma segunda
incursão de homens armados ocorreu também ao fim da tarde, por volta das 18:00 ,
provocando a partida em massa de alguns habitantes que fugiam dos tiros",
continuou a mesma fonte.
Confirmando o ataque,
mas sem mencionar o número de mortos, uma fonte de segurança contactada pela
AFP disse que foi lançada uma resposta "ao fim da tarde na zona de
Kompienga, permitindo a neutralização de várias dezenas de terroristas".
"As operações
terrestres e aéreas permitiram igualmente desmantelar bases terroristas noutras
localidades próximas", disse a fonte.
Os ataques violentos contra
civis aumentaram nos últimos dias em várias partes do Burkina Faso. Na
sexta-feira, uma dezena de pessoas foram mortas num ataque que visou uma
localidade no oeste do país, perto do Mali.
No dia anterior, pelo
menos 20 pessoas foram mortas num ataque a várias aldeias no norte do Burkina
Faso, segundo fontes locais.
Na segunda e na
quarta-feira, cerca de 20 civis foram mortos em dois ataques de presumíveis
terroristas, 400 km mais a sul, na região centro-leste, na fronteira com o Togo
e o Gana.
Em 13 de Maio, 33 civis
foram mortos num ataque na aldeia de Youlou, na região de Boucle du Mouhoun, na
fronteira com o Mali.
O Burkina, palco de dois
golpes de Estado militares em 2022, foi apanhado, desde 2015, numa espiral de
violência que começou no Mali e no Níger alguns anos antes e que se estendeu
para além das suas fronteiras.
A violência causou a
morte de mais de 10.000 civis e soldados nos últimos oito anos, obrigando mais
de dois milhões de pessoas a deslocarem-se internamente. ANG/Angop
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