sexta-feira, 19 de maio de 2023

      Japão/Líderes do G7 anunciam novas sanções contra a Rússia

Bissau, 19 Mai 23 (ANG) - Os líderes do G7 anunciaram, esta sexta-feira, um novo pacote de sanções contra a Rússia, durante a cimeira que começou em Hiroshima, no Japão.

Objectivo é "privar a Rússia de tecnologias, equipamento industrial e serviços do G7 que apoiam o seu empreendimento bélico" e restringir a exportação de bens “essenciais para a Rússia no campo de batalha”.


Os chefes de Estado e de governo do G7, reunidos em Hiroshima, anunciaram, hoje, novas sanções para privar a Rússia de meios que a ajudem na guerra contra a Ucrânia. “Hoje, tomamos novas medidas para garantir que a agressão ilegal da Rússia contra o Estado soberano da Ucrânia termine e para apoiar o povo ucraniano na sua busca de paz dentro do respeito do direito internacional”, pode ler-se no comunicado conjunto.

As novas medidas visam “privar a Rússia de tecnologias, equipamento industrial e serviços do G7 que apoiam o seu empreendimento bélico” na guerra contra a Ucrânia. Há restrições à exportação de bens “essenciais para a Rússia no campo de batalha”, bem como a identificação de entidades acusadas de transportar equipamento para a linha da frente em nome de Moscovo.

Os líderes dos sete países-membros do grupo (Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá) reiteraram, ainda, o seu apoio à Ucrânia e comprometeram-se em certificar que Kiev tenha o apoio orçamental necessário até ao início de 2024. O Presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, deverá participar na cimeira no domingo, dia do encerramento.

Entretanto, o presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, anunciou que a União Europeia vai impor restrições sobre a venda de diamantes russos. Por sua vez, o governo britânico declarou que vai oficializar um embargo sobre os diamantes russos e proibir a importação de metais russos, como o cobre e o alumínio. Londres já tinha anunciado, em comunicado, que vai sancionar 86 pessoas e entidades ligadas ao que chamou de roubo e revenda dos cereais ucranianos.

A cimeira decorre num local altamente simbólico, perante a ameaça recorrente russa de uma escalada nuclear. O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, disse que escolheu acolher a cimeira em Hiroshima para sublinhar a importância do controlo do armamento, tendo em conta que esta foi a primeira cidade da história a ser visada por uma bomba nuclear. De notar que o G7 junta aquelas que são consideradas como as sete democracias mais industrializadas do mundo e, entre elas, há várias potências nucleares. Esta manhã, os trabalhos começaram, por isso, no Parque Memorial da Paz, com uma homenagem às vítimas da bomba nuclear em 1945.

A cimeira do G7 é presidida pelo primeiro-ministro japonês porque o Japão exerce actualmente a presidência rotativa do bloco. Além da guerra da Rússia contra a Ucrânia, o G7 também vai abordar temas como o conflito entre a China e Taiwan, segurança económica, clima, energia, ambiente, alimentação, saúde, desenvolvimento, desarmamento nuclear e não-proliferação.

No encontro, vão, ainda, participar os presidentes dos Estados Unidos e de França, assim como os chefes dos governos alemão, canadiano, italiano e britânico. A União Europeia está representada pelos presidentes do Conselho Europeu, Charles Michel, e da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. Este ano, o Brasil, a Índia, a Indonésia, a Coreia do Sul, a Austrália, as Ilhas Cook e o Vietname são países convidados, bem como diversas organizações, como a ONU, o Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional e a Agência Internacional de Energia Atómica.ANG/RFI

 

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