Legislativas/Timor-Leste vai a eleições "com entusiasmo" e exigências por parte dos jovens
Bissau,
19 Mai 23 (ANG) - No dia 21 de Maio, um dia depois de celebrar o 21º
aniversário da independência do país, Timor-Leste vai a votos para escolher os
seus deputados e consequentemente o próximo Governo.
Espera-se uma grande afluência às urnas e a continuação do duelo entre Xanana Gusmão e Mari Alkatiri.
Trata-se de eleições legislativas que vão decorrer com 17 forças partidárias a concorrer e uma
grande polarização entre o CNRT, Congresso Nacional para a Reconstrução de
Timor Leste, de Xanana Gusmão e a FRETILIN, Frente Revolucionária de
Timor-Leste Independente, de Mari Alkatiri, com provavelmente nenhuma destas
forças a conseguir chegar à maioria absoluta, tendo assim de recorrer aos
partidos mais pequenos de forma a constituir governo.
"O duelo já começou em 2006,
depois da crise política e militar em Timor Leste. Nessa altura nasceu
o CNRT, Congresso Nacional para a Reconstrução de Timor Leste, de Xanana
Gusmão que se tornou oposição da FRETILIN, nesse momento começaram a surgir as
tensões políticas entre os dois partidos. Os outros partidos pequenos estão ao
lado deles para ver se se conseguem coligar já que nenhum dos dois tem força
para ganhar a maioria absoluta", disse Eduardo
Soares, director do jornal Diligente.
Em entrevista à RFI a partir de Díli, Eduardo Soares, director do
jornal Diligente, afirmou que os eleitores estão divididos, mas com um grande
entusiasmo para participar nas eleições onde pela primeira vez vão votar os
jovens nascidos já com Timor-Leste independente.
"Quem vota no CNRT está revoltado coma
governação do Governo actual e querem protestar. Querem esta rna campanha,
fazer campanha. Nas últimas legislativas de cerca de 800 mil eleitores
recenseados, votaram mais de 600 mil. Há muita participação política. O povo
está muito entusiasmado", declarou o jornalista.
Estas eleições são acompanhadas no terreno por mais de 250
observadores internacionais e vão levar às urnas cerca de 895 mil eleitores às
urnas, entre eles muitos jovens. A emigração é algo que seduz actualmente os
jovens timorenses, com muitos a reivindicarem melhores condições de vida,
incluindo saúde e educação, tal como geração de empregos, de forma a
construírem as suas vidas em Timor-Leste.
"Os jovens aqui querem que os líderes parem de
utilizar as histórias do passado para justificar os erros de hoje. Os jovens de
hoje querem um emprego, querem que o Governo desenvolva a educação para que
eles possam viver. Nos últimos tempos, não havia esta proecupação do
Governo então muito jovens querem sair do país para procurar uma boa vida.
Muitos ficaram revoltados com os actos dos líderes aqui porque parece que estão
numa oposição eterna que nunca defende o interesse comum e criar ocndições para
as gerações vindouras", concluiu. ANG/RFI
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