quinta-feira, 18 de maio de 2023


     Cereais
/Rússia e Ucrânia chegam a acordo para prolongar exportação

Bissau, 18 Mai 23 (ANG) - O Presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, anunciou o prolongamento por dois meses do acordo de exportação de cereais a partir da Ucrânia, conseguindo o acordo da Rússia para continuar a retirar esta matéria prima essencial através dos portos ucranianos no Mar Negro.

O acordo para a exportação dos cereais foi novamente prolongado por mais dois meses, através da mediação do presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, assim como a intervenção de António Guterres, secretário-geral da Nações Unidas. O Presidente turco, que vai enfrentar a segunda volta das eleições presidenciais daqui a uma semana, agradeceu tanto a Vladimir Putin como a Volodymyr Zelensky a disponibilidade em negociar uma causa que é "benéfica para todas as partes".

"Estes acordos contribuem para a segurança alimentar a nível global, já que os produtos russos e ucranianos alimentam o Mundo", assegurou António Guterres.

O secretário-geral da ONU defendeu que deverá ser encontrado no futuro um acordo a longo-prazo, mas que a Rússia terá encontra "disparidades" na implementação destas negociações que deverão "ser corrigidas o mais brevemente possível".

Desde o início da guerra, este acordo já permitiu retirar da Ucrânia mais de 30 milhões de toneladas de cereais, embora periodicamente seja ameaçado já que tem sido negociado com prazos muito curtos, entre 60 a 120 dias de cada vez.

Na semana passada, em negociações que decorreram em Istambul, as autoridades russas disseram que o acordo não estava a ser cumprido à letra já que a exportação de amoníaco continua bloqueada a nível internacional. Esta é um produto importante para a economia russa, já que se trata de um importante componente dos fertilizantes utilizados na agricultura.

A alternativa de exportação dos cereais ucranianos por terra, em vez do Mar Negro, tem causado protestos por parte dos países europeus que fazem fronteira com a Ucrânia, com os agricultores em países como a Roménia ou a Polónia a queixarem-se da concorrência desleal dos seus vizinhos.ANNG/RFI

 

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