terça-feira, 16 de maio de 2023

 

Legislativas antecipadas/ Guineenses pedem moderação de linguagem nos discursos de campanha

Bissau,16 Mai 23 (ANG) – Os guineenses pediram hoje  a moderação de linguagem aos líderes dos vinte partidos e  duas coligações concorrentes,  durante a campanha para as eleições  legislativas de 04 de Junho próximo.

Completam hoje quatro dias que os partidos estão no terreno para tentar convencer mais de 900 mil eleitores inscritos para votar nos seus respetivos programas eleitorais.

A propósito a ANG interpelou  alguns guineenses sobre o que  querem ouvir nos discursos e o que esperam do novo governo à sair destas eleições.

O funcionário público Jaime Nabangna diz esperar que o novo primeiro-ministro trabalhe para o alavancar o desenvolvimento do país, que tanto se espera dos governos.

“Embora se diz que várias eleições foram realizadas no país e até hoje não há nenhum avanço, mesmo assim temos de acreditar e continuarmos a fazer a nossa escolha através de eleições para que um dia encontrarmos um primeiro- ministro que pensa no povo e no país”, afirmou.

Para Nabangna  pensar o povo e o país passa por um investimento sério no setor da educação para assegurar o progresso académico necessário.”Nenhum país se consegue avançar sem recursos humanos qualificados e capazes”, disse.

Em Relação aos  discursos de líderes políticos durante a campanha, pediu a moderação de linguagem, defendeu a  transmissão  apenas de  ideias e projetos que possam resolver os vários problemas sociais, para, por exemplo, o  controlo do preço dos produtos da primeira necessidade no mercado nacional e funcionamento normal do ensino público guineense, afetado pelas greves dos sindicatos do setor.

O motorista Pascoal da Silva, diz esperar que   o novo governo seja mais atencioso relativamente aos problemas que o povo enfrenta de momento, nomeadamente o elevado custo de vida, motivado pelo aumento dos preço de produtos alimentícios.

Da Silva criticou o facto dos partidos que ganharam as eleições passadas na Guiné-Bissau não conseguirem executar os seus programas, por isso, defendeu que seja possibilitado ao partido vencedor das eleições a implementação do seu programa eleitoral.

Quanto aos discursos dos líderes dos partidos e coligações concorrentes pediu apresentação dos programas em vez de trocas de acusações.

O funcionário público Maiton Mendes defendeu que o novo primeiro-ministro seja capaz de cumprir as promessas eleitorais.

A título de exemplo, disse que, se o um partido se comprometer  a  estabilizar o funcionamento do ensino e melhorar o atendimento no sector da saúde que o faça, porque foram essas promessas que levaram o eleitorado a votar no partido.

Mendes pediu que governo criasse condições para estabelecimento de  parcerias com vista a compra da castanha de cajú, que hoje em dia, para além de ser considerado  “produto estratégico” é fonte de rendimento para muitas famílias guineenses.

Disse ainda que o partido vencedor deve pensar na construção de estabelecimentos sanitários e infraestruturas rodoviárias, porque  a maioria das estradas do país apresentam más condições, e há outras zonas da Guiné-Bissau que ainda não têm centro de saúde

Maiton Mendes lamentou a falta de emprego para os jovens, por isso exorta o novo governo a pensar no emprego juvenil, e recomenda apoio do governo ao setor privado.

A estudante Vilma Barbosa prespectiva que o novo executivo a sair destas eleições seja capaz de adquirir e oferecer materiais  didáticos aos alunos das escolas publicas e privados do país.

“A educação é muito cara, por isso quero que o novo governo resolva, de vez, a questão do ensino, pondo fim as sucessivas greves verificadas no ensino publico”, desejou Vilma Barbosa. ANG/LPG/ÂC//SG

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