Dissolução do Parlamento/Pai-Terra Ranka considera dissolução do parlamento “ Golpe de Estado Institucional”
Bissau 06 Dez 23 (ANG) – A Coligação Plataforma de Aliança Inclusiva-Terra Ranka, vencedora das últimas eleições legislativas
condenou , terça-feira, a decisão do Presidente da República de dissolver o
Parlamento, tendo considerado o ato de “grave tentativa de Golpe de Estado Institucional”
.
De acordo com uma nota, a Coligação sustenta que o ato deve ser
condenado por consubstanciar uma violação flagrante do artigo 94 da
Constituição da República, que, de forma
expressa e imperativa, proíbe a dissolução da Assembleia Nacional Popular nos
12 meses posteriores a sua eleição.
Segundo a nota, a decisão do
Chefe de Estado acontece num momento em que o país começava a sentir os
beneficios da estabilidade política e institucional, resultante do esforço coletivo
dos principais atores politicos nacionais, da sociedade civil e dos parceiros internacionais
da Guiné-Bissau.
No comunicado, a PAI-Terra
Ranka denuncia a acupação da sede da
Assembleia Nacional Popular, por forças militares estranhas a instituição, impedindo
que os deputados da Nação dessem continuidade aos trabalhos das Sessões da XI Legislatura.
A coligação PAI-Terra Ranka considera
o decreto presidencial que dissolve o parlamento
de “inócuo e sem efeito”, uma vez, que o Estado subordina-se a
Constituição da República, pelo que a
validade dos seus atos está dependente da sua conformidade com as regras e
princípios nelas previstos.
A Coligação vencedora das
legislativas de 04 de Junho passado exorta ao Governo a assumir a plenitude das
suas funções, enquanto orgão constitucional de soberania, resultante na escolha
legítima do povo da Guiné-Bissau, cujo o programa foi amplamente aprovado pela
Assembleia Nacional Popular .
A Coligação vem ainda
denunciar o assalto à Sede Nacional do PAIGC, no dia 05 do mês em curso, o que
considera de uma “tentativa de silenciar” as vozes democráticas e de instauração,
no país, de um regime autoritário e ditatorial.
Na nota, a Coligação PAI-Terra
Ranka declara que reitera o seu compromisso com o povo guineense a sua firme
determinação de lutar, intransigentemente pela manutenção e consolidação de um
verdadeiro Estado de Direito na Guiné-Bissau.
O Presidente da República Umaro Sissoco Embaló, anunciou segunda-feira a
dissolução do parlamento, justificando a decisão com a grave crise
institucional no país, na sequência de confrontos entre forças de segurança,
que considerou "um golpe de Estado".ANG/MSC/ÂC//SG
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