Greve na CMB/Sindicato de base ameaça bloquear todos serviços da institução na segunda fase da paralização
Bissau,06 dez 23
(ANG) – O porta-voz do Sindicato da Câmara Municipal de Bissau ameaça bloquear todos os serviços da instituição na segunda
fase da greve, prevista para decorrer entre 11 e 15 deste mês, caso as suas exigências não
forem atendidas.
Em declarações à ANG, Baba Vieira disse que, em causa está o pagamento de salário, de
segurança social e apresentação do dinheiro da quota que os trabalhadores
descontam para o fundo do sindicato de base da Câmara Municipal de Bissau.
“Exigimos do
patronato o pagamento de três meses de salários aos funcionários ativos, 19
meses de segurança social, e a apresentação do dinheiro da quota descontado diretamente aos
trabalhadores para o sindicato, há mais
de três meses mas que não sabemos do seu paradeiro, entre outros pontos”,
informou.
O porta-voz do
sindicato disse que estão em greve desde segunda-feira mas que até então não foram chamados pela direção da Câmara para
negociação, apesar de o sindicato estar
aberto para o efeito.
“Se chegarmos à
segunda fase de paralização vamos bloquear todos os serviços da Câmara, aliás
neste momento não há combrança nos mercados nacionais”,disse Baba Vieira,
pedindo a intervenção dos responsáveis para solucionar problemas caso que se
aconteça.
Pede aos vendedores para não pagarem senhas diárias
da Câmara, por haver o risco de serem enganados por pessoas que podem se aproveitar
da greve.
Instado a confirmar se não chegarem de sentar-se a mesa com a
direção da CMB para se evitar a greve, disse que teveram um encontro negocial, sob a liderança
do ministro da Administração Territorial e Poder Local, mas que não
foi concluído, devido a queda do Governo determinada pelo Decreto presidencial ,na segunda-feira.
O Porta-voz do
Sindicato de base da CMB critica a atitude da direção de proibir os
trabalhadores de fazer pedido de empréstimo de dinheiro até ao ponto de alguns funcionários
perderam vida, por falta de condições financeiras para suportar o tratamento médico
e medicamentosa.
Disse que a Direção
da Câmara está a contactar pessoas, com
subsídio de três mil francos CFA, mas diz que não tem dinheiro para pagar os atrasados salariais
e nem para ajudar os funcionários
doentes.
Perguntado sobre a
prestação do serviço mínimo no decurso da greve, disse que no momento, o serviço minimo não está
a ser observado, porque o patronato não solicitou.
A ANG tentou ouvir a
reação da Direção da CMB mas todas as
entidades contactadas alegam ser inoportunas falar sobre essa greve.
Em consequência dessa
greve os lixos estão a
multiplicar-se nos mercados e algumas
artérias de Bissau.ANG/LPG/ÂC//SG
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