Irão/Prémio Nobel da Paz Narges Mohammadi condenada a nova pena no Irão
Bissau, 15 Jan 24 (ANG) - Um tribunal iraniano condenou a Prémio
Nobel da Paz Narges Mohammadi a mais 15 meses de prisão e a dois anos de exílio
de Teerão por "difundir propaganda" contra a República Islâmica.
"O Tribunal
Revolucionário condenou Narges Mohammadi a 15 meses de prisão; um exílio de
dois anos de Teerão e províncias vizinhas; uma proibição de viagem durante um
período de dois anos assim como fica impedida de participar em grupos políticos
e sociais e de usar telefones móveis durante dois anos", acrescentou a
família da activista num comunicado difundido através da rede social Instagram.
Mohammadi, 51 anos,
recusou-se a comparecer no julgamento invocando a "falta de independência
do poder judicial" e a "ilegalidade dos tribunais
revolucionários" do país.
A activista denunciou
nos últimos meses os tribunais revolucionários por emitirem sentenças de morte
contra jovens mencionando Mohsen Shekari, 23 anos, o primeiro manifestante a
ser executado por participar nos protestos desencadeados pela morte da jovem de
origem curda Mahsa Amini em 2022.
"A sentença parece
ser uma mensagem política para Narges Mohammadi, repetindo as acusações de que
ela reiteradamente incita e encoraja as pessoas a ter opiniões contra o regime
islâmico para provocar o caos e a agitação", refere o mesmo comunicado
emitido pela família.
A ativista está a
cumprir uma pena de 10 anos na prisão de Evin, Teerão, desde Novembro de 2021.
Esta é a quinta sentença
contra a ativista desde 2021, três das quais foram proferidas enquanto estava
presa, e a primeira desde que foi distinguida com o Prémio Nobel da Paz em
Outubro do ano passado.
Mohammadi foi condenada
a um total de 12 anos e três meses de prisão e 154 chicotadas, entre outras
penas.
O Comité Nobel norueguês
atribuiu o prémio a Mohammadi "pela luta contra a opressão das mulheres no
Irão e pela promoção dos direitos humanos e da liberdade".
O prémio foi recebido pelos filhos no passado dia 10 de Dezembro, numa cerimónia em Oslo, na qual a ativista apelou, através da família, ao apoio internacional para pôr fim a um regime (..) que atingiu o nível mais baixo de legitimidade e apoio popular". ANG/Angop
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