Japão/Sobe para 64 o número de mortos após terramoto
Bissau, 03 jan 24 (ANG) – As
autoridades japonesas elevaram para 64 o número de mortos no terramoto que
atingiu o centro-oeste do país na segunda-feira, sublinhando que as equipas de
socorro estão a enfrentar uma meteorologia desfavorável para o resgate das
vítimas.
Anteriormente, um
funcionário da autarquia de Ishikawa, que não se quis identificar, falou à
agência de notícias France-Presse (AFP) em "62 mortos" e disse que
mais de 300 pessoas ficaram feridas, 20 das quais com gravidade.
Ao longo das estradas, muito
danificadas ou bloqueadas pela queda de árvores, grandes placas alertam para
possíveis deslizamentos de terra.
As autoridades pedem cautela
devido às fortes chuvas que estão a cair hoje e às suas consequências em toda a
península de Noto, na província de Ishikawa, uma longa e estreita faixa de
terra que se estende até ao Mar do Japão.
“Estejam atentos a
deslizamentos de terra até hoje à noite”, alertou a Agência Meteorológica do
Japão (JMA).
Algumas áreas ficaram
instáveis devido ao terramoto que ocorreu na segunda-feira às 16:10, no horário
local (07:10 em Lisboa), que atingiu uma magnitude de 7,5 na escala de Richter
segundo o Instituto de Geofísica dos Estados Unidos (USGS) e 7,6 de acordo com
a JMA.
A região centro-oeste do
país, nomeadamente a província de Ishikawa, foi atingida por várias centenas de
réplicas - algumas também fortes - desde este terramoto e o tsunami que se
seguiu na segunda-feira, que provocou ondas de mais de um metro que varreram
muitos barcos, encalhados nos cais, ou as estradas à beira-mar.
Milhares de edifícios na
península de Noto foram total ou parcialmente destruídos pelo desastre e ainda
podem ser destruídos por tremores secundários, tornando as operações de resgate
delicadas. A cada alerta, as equipas de resgate devem se retirar dos escombros
com urgência.
O número de vítimas poderá
ainda aumentar, uma vez que as buscas deverão durar mais alguns dias nas zonas
rurais e em aldeias de difícil acesso.
Mais de 31.800 pessoas
refugiaram-se em centros de alojamento instalados em diferentes aldeias,
segundo as autoridades japonesas, e quase 34.000 casas ainda estão sem
eletricidade na província de Ishikawa.
Mais de 115 mil casas em
Ishikawa e em outras duas províncias também estão privadas de água, informou
hoje o Governo japonês.
Localizado no Anel de Fogo
do Pacífico, o Japão é um dos países com sismos mais frequentes no mundo.ANG/Lusa
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