terça-feira, 9 de setembro de 2014



Campanha agrícola

Ministério da Agricultura alerta que várias culturas poderão não ter ciclo vegetativo completo

Bissau, 09 Set 14 (ANG) -O Serviço Meteorológico Nacional (SMN) prevê melhorias na queda das chuvas para o período entre Agosto e Outubro apesar desta perspectiva admite-se que   várias culturas poderão ter dificuldades na conclusão do ciclo vegetativo.

 Segundo um boletim informativo enviado à ANG pelo Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural conclui-se que a chegada tardia das chuvas e sua má distribuição nos meses de Junho e Julho levaram muitos agricultores a perderam sementes lançadas na terra logo no início da época chuvosa.

 “Este ano muitos agricultores abandonaram a lavoura com recurso aos tractores porque os solos estavam secos e não tinham a certeza que haverá boa pluviometria,” refere o boletim elaborado pelo Grupo de Trabalho Pluridisciplinar (GTP).
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O GTP  refere  entretanto que nem tudo esta perdida e pede que se aguarde pelo comportamento das chuvas até finais de Outubro.

O grupo admite que poderá ainda haver agricultores que voltarão a semear o feijão, a mandioca e mesmo o arroz de bas fonds (pequenos vales) e de mangrove.

 O GTP  recomenda aos agricultores a  apoiarem-se em sementes  alternativas com vista a melhorar a presente campanha agrícola tais como culturas de benó(sésamo) Feijão de ciclo curto, Mandioca e  arroz irrigado.

Ainda recomenda a prática de culturas hortícolas e criação de animais de ciclo curto como alternativas à situação da instabilidade dos rendimentos agrícola.
  
Os técnicos que elaboraram o boletim Informativo mensal referente a campanha agrícola 2014/2015 consideraram urgente o apoio aos serviços de protecção vegetal com meios de combate às pragas e para a continuidade das actividades de seguimento da campanha agrícola.

Este  Boletim Informativo  mensal do Ministério da Agricultura e Desenvolvimento Rural relata os resultados da  primeira missão no terreno realizado de O1 a 07 de Agostos pelo GTP durante a qual procedeu a analise do registo pluviométrico, da situação das culturas, da situação fitossanitária, da sanidade animal, e dos mercados.
ANG/JD/SG

Ébola




União Africana pede que restrições de viagens sejam suspensas

Bissau, 9 Set 14 (ANG)-Os representantes da União Africana pediram que os países do continente suspendam as restrições de viagens à Guiné-Conacry,  Libéria,  Serra Leoa e  Nigéria para lutar contra a epidemia.
O pedido foi formulado numa reunião realizada segunda-feira em Addis Abeba.
De acordo com o bloco, esta é a única maneira de “favorecer as atividades econômicas”.
 
Segundo a presidente da Comissão da União Africana, Nkosazana Dlamini-Zuma, caso a suspensão ocorra de fato, deverão ser adotados mecanismos de vigilância nas fronteiras terrestres, marítimas e aéreas. Na abertura do encontro, ela pediu uma resposta "completa e coletiva "e insistiu na necessidade de travar uma batalha "que não conduza ao isolamento e a estigmatização das vítimas, das comunidades e dos países".
"Devemos prestar atenção para não adotar medidas que teriam um impacto social e econômico superior ao da própria doença", acrescentou. "Se é necessário agir para evitar a propagação da doença, devemos também ajudar o setor agrícola e os comerciantes".
De acordo com dados da OMS (Organização Mundial de Saúde), mais de 4 mil pessoas foram infectadas pelo Ébola desde o início do ano, sendo que 2 mil morreram. Os países mais atingidos são a Guiné-Conacry,  Serra Leoa e a Libéria, mas uma pessoa também morreu na Nigéria e uma infecção foi confirmada no Senegal.
Vários países fecharam suas fronteiras com países atingidos, proibindo a entrada de viajantes. Diversas companhias aéreas também suspenderam suas correspondências nas regiões afetadas pela epidemia.
Mais de 22 milhões pessoas vivem em regiões africanas onde existe um risco de transmissão do vírus Ebola do animal para o homem.
De acordo com um levantamento dos pesquisadores da universidade de Oxford, cerca de 20 países estão nessa situação, em razão, principalmente, de fatores ambientais. O número é bem maior do que o esperado, segundo os pesquisadores.
O objetivo é prevenir futuras epidemias. O vírus, que tem cinco cepas diferentes, chegou ao homem através do contato com um animal infectado. 

Angop
 

Ébola /formação





Participantes declarados aptos para cuidar de eventuais pacientes

Bissau, 09 Set 14 (ANG) - A formação sub-regional de dois dias sobre a consciencialização, prevenção e gestão do Ébola terminou domingo em Bissau com os organizadores a considerarem os participantes totalmente aptos para cuidarem de eventuais pacientes.
Segundo um comuniocado à imprensa à que a Agência de Noticias da Guiné-ANG teve acesso, o Chefe do pessoal da missão da ONU na Guiné-Bissau, Berhanemeskel Nega, que presidiu à cerimónia de encerramento da formação de formadores  afirmou  que a superação dos desafios colocados pelo vírus de Ébola ainda vai demorar muito tempo, mas a batalha será finalmente ganha com os esforços concertados de todas as partes interessadas aos níveis nacional, regional e internacional.
Para a médica Gladys George, Chefe dos Serviços Clínicos da ONU na Guiné-Bissau, "a formação certificou os formadores que irão ensinar os outros a terem a noção da doença do vírus de Ébola, de como a prevenir e controlar".
“A iniciativa representou a  necessidade de organizar regularmente formações regionais para pessoal clínico das Nações Unidas, que deve estar ao corrente das melhores práticas, e não atuar apenas quando há crise”, disse Gladys.
 A formação foi ministrada por três especialistas do Hospital John Hopkins, em Baltimore, Maryland, nos Estados Unidos de América.
Falando no final da formação, Trexler Polly,  Director de Operações do Hospital John Hopkins, destacou que os  participantes foram muito receptivos e constituíram uma equipa fantástica.
“ Tivemos dois dias completos de formação, fizemos demonstrações e explorámos competências ensinamos conceitos e, em seguida, todos foram obrigados a provar de novo a sua capacitação, para vermos se realmente tinham percebido os conceitos”, referiu.
. Polly acrescentou: “praticamos numerosas vezes como vestir e tirar os equipamentos de protecção, como desinfectar adequadamente o meio ambiente e, finalmente, no último dia da formação, fizemos um teste para garantir que todos os participantes tinham entendido os conceitos, através de teste em que deviam alcançar mais de 85%, para poderem ser certificados nas suas competências".
 
No seu discurso de abertura, um dia antes, o Representante Especial do Secretário-Geral da ONU para a Guiné-Bissau (RESG) e Chefe do Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz no país (UNIOGBIS), Miguel Trovoada, sublinhou que na Guiné-Bissau não se registou ainda nenhum caso de Ébola.
 "O país acaba de retornar à ordem constitucional após as últimas eleições democráticas e está a mobilizar apoios para lidar com um sem fim de desafios, incluindo o da saúde.
Neste contexto, as consequências seriam devastadoras para o país se houvesse um surto de Ébola. É por isso que a ONU tem estado na vanguarda dos esforços destinados a ajudar as autoridades nacionais no sentido de apostarem na prevenção e nos mecanismos de intervenção ", explicou.
Sob o tema "Prevenção e Controle do vírus de Ébola ", o evento reuniu 35 técnicos de saúde de missões da ONU e escritórios de seis países da África Ocidental, bem como o pessoal médico do Ministério da Saúde da Guiné-Bissau e da Missão Militar da CEDEAO em Bissau (ECOMIB). Foi organizado pela Divisão de Serviços Médicos das Nações Unidas e apoiado pelo UNIOGBIS.

ANG/SG






Ébola

 Ministra da Educação apela à população para não consumir carne de caça

Bissau,09 Set (ANG) - A ministra da Educação da Guiné-Bissau, Odete Semedo, apelou  segunda-feira à população guineense para deixar de consumir carne de caça como forma de evitar a infecção por vírus de Ébola.

Odete Semedo falava aos jornalistas à margem das comemorações do Dia Mundial da Alfabetização que se assinaladia 8 de Setembro e que na Guiné-Bissau está a ser dedicado à prevenção do Ébola.
  
Perante jovens da comunidade do bairro de Antula, arredores de Bissau, a ministra lamentou  "ter havido resistência" da população aos apelos das autoridades no que toca à suspensão temporária do consumo de carne de animais de caça.
  
 "Ainda temos notícias de gente que está a consumir carne de caça, dizendo que há muito que come porco do mato, gazela e nada acontece", afirmou Odete Semedo. 
  
Para já, o Governo apenas vai reforçar a sensibilização contra essas práticas, mas no futuro pretende tomar "medidas drásticas", disse Odete Semedo. 
  
A ministra da Educação guineense também criticou o comportamento da população que tem vindo a "lançar falsos alarmes" de pessoas infectadas com Ébola supostamente vindas da Guiné-Conakry, país onde a doença já matou mais de 500 pessoas.
  
O Governo disponibilizou dois números de telefone gratuitos para a denúncia de casos suspeitos mas, de acordo com Odete Semedo, algumas pessoas têm estado a ligar para esses números lançando "falsos alarmes" pondo em pânico os agentes de saúde.
  
"É uma brincadeira de mau gosto diante de um problema que está a ceifar vidas", notou a ministra da Educação. ANG/Angop

segunda-feira, 8 de setembro de 2014



Ébola

OMS oferece termómetros de detecçäo de febre

Bissau, 8 Set 14 (ANG) - O Ministério da Saúde P
ública recebeu hoje 49 termómetros de deteção a distância de pessoas com febre originada pelos vírus da Ébola, doados pela OMS.


Segundo o Director de Prevenção de Saúde, Nicolau Almeida os referidos materiais serão enviados as diferentes pontos do pais onde funcionam equipas de vigilância criadas no quadro da prevenção do ébola.
 
Almeida disse ainda que foram lançados ao terreno equipas de intervenção rápidas formadas pela organização Médicos sem Fronteira.

Até então não há registo de qualquer caso de infecçäo por vírus de ébola no pais mas oito pessoas em Gabu  e três em Bafatá, cidades do Leste se encontram em quarentena.

A Guiné-Bissau faz fronteira com a Guiné-Conacry onde o vírus do ébola já provocou mais de 500 vítimas mortais. ANG/SG