quarta-feira, 12 de janeiro de 2022

Covid-19/Vacinas aprovadas na UE dão “elevado nível de protecção” contra Ómicron – EMA

Bissau, 12 Jan 22(ANG) – As vacinas contra a covid-19 aprovadas na União Europeia (UE) fornecem “elevado nível de proteção” – 70% após duas doses e 90% após reforço – contra a variante Ómicron, divulgou terça-feira a Agência Europeia de Medicamentos, falando numa variante menos grave.

Em comunicado, o regulador da UE assinala que estudos recentes “mostram que a vacinação continua a proporcionar um elevado nível de protecção contra doença grave e hospitalização ligadas à variante [de preocupação] Ómicron” do coronavírus SARS-CoV-2.

“As últimas evidências (provas), que incluem dados de eficácia no mundo real, sugerem também que as pessoas que tiveram uma dose de reforço estão mais bem protegidas do que aquelas que apenas receberam o seu curso primário” de vacinação, especifica a Agência Europeia de Medicamentos (EMA).

De acordo com o organismo, estudos clínicos realizados na África do Sul indicam que as pessoas que receberam duas doses de vacina contra a covid-19 (como as quatro aprovadas na UE: Pfizer/BioNTech, Moderna, AstraZeneca e J&J) têm “até 70% de protecção para a hospitalização” em casos de infecção relacionados com a variante Ómicron.

Resultados semelhantes vêm de estudos clínicos realizados no Reino Unido, que dão conta de uma perda da proteção “alguns meses após a vacinação”, que pode ser colmatada com a dose de reforço, que faz subir esta percentagem para os 90%, acrescenta a EMA.

No que toca à gravidade da variante, “embora a Ómicron pareça ser mais infecciosa do que outras variantes, estudos da África do Sul, Reino Unido e alguns países da UE mostram um risco menor de ser hospitalizado após a infecção”, pelo que “o risco é atualmente estimado entre um terço e metade do risco associado à variante Delta”, caracteriza a EMA.

Ainda assim, “resultados de estudos recentemente publicados mostram que a eficácia das vacinas contra a doença sintomática é menor para a Ómicron do que para outras variantes e tende a diminuir com o tempo”, segundo a agência europeia.

Por essa razão, a EMA insiste que “a vacinação continua a ser uma parte essencial da abordagem para combater a pandemia em curso”, exortando à administração de doses de reforço para quem já tem o ciclo primário completo e ao início do esquema vacinal para os que ainda não foram inoculados.

“A EMA continuará a rever os dados sobre a eficácia das vacinas e a gravidade da doença, bem como o panorama em evolução em termos de variantes em circulação e exposição natural à Ómicron, à medida que estas se tornarem disponíveis”, conclui o regulador europeu.

A posição da EMA surge numa altura de elevado ressurgimento de casos de infecção com o SARS-CoV-2, que ainda assim não se traduz em mais internamentos ou mortes.

A contribuir para o elevado número de casos, que batem máximos, está a elevada transmissibilidade da variante Ómicron.

A covid-19 provocou 5.494.101 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detectado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

A Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde, foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em Novembro, foram notificadas infecções em pelo menos 110 países, sendo dominante em Portugal. ANG/Inforpress/Lusa

 

 

ExpoDubai/ Caju e biodiversidade são as atrações  da Guiné-Bissau

Bissau,12 Jan 22(ANG) - O caju e a biodiversidade constituem as principais atrações    da Guiné-Bissau na Expo 2020 Dubai, que assinala esta, quarta-feira, o dia nacional do país, noticiou a  Lusa citando a  comissária guineense no evento, Francisca "Zinha" Vaz.

Os Emirados Árabes Unidos disponibilizaram à Guiné-Bissau um pavilhão, que construíram de raiz, no qual estão expostas informações sobre as potencialidades do país com destaque para o caju, "ouro da Guiné-Bissau", e as vantagens em termos de biodiversidade, disse Zinha Vaz.

"A Guiné-Bissau é um país de mil rios", defendeu Zinha Vaz, aludindo a um conceito que é possível encontrar no pavilhão do país.

A comissária guineense, que já vai na terceira Expo (depois de Xangai e Milão), afirmou que recebe "muitas visitas" de pessoas interessadas em conhecer e "quem sabe um dia investir" na Guiné-Bissau, a partir de informações expostas no pavilhão.

"Estamos a mostrar que a Guiné-Bissau está aberta ao mundo e tem grandes potencialidades em termos de biodiversidade e do seu caju, que é o ouro da Guiné-Bissau", observou Zinha Vaz, que espera ter um balanço positivo em março, quando terminar a exposição mundial.

A comissária guineense saudou o tema da exposição do Dubai, "Conectar espíritos para construir o futuro", e disse serem pertinentes os subtemas do certame: "Oportunidade, mobilidade e durabilidade".

A Guiné-Bissau escolheu estar no espaço oportunidade com a visão de permitir que todos libertem o seu potencial na construção do seu país e no caso guineense tendo a educação com enfoque, notou Zinha Vaz.

No pavilhão da Guiné-Bissau é possível encontrar, além de informações em texto e vídeo sobre o caju e a biodiversidade, documentos sobre o que tem sido feito no país em termos de melhoramento do setor da educação, precisou Vaz.

Na quarta-feira, o Presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló, que se deslocou para o Dubai na segunda-feira, à frente de uma comitiva de ministros do Governo, deverá visitar o pavilhão do país, onde fará um discurso.

No mesmo dia, haverá um encontro entre elementos do Governo guineense e empresários presentes na Expo para recolha de informações sobre as potencialidades do país e ainda uma atuação de músicos.

Em fevereiro, a representação guineense na Expo Dubai promoverá um fórum de investimentos e em março será a vez de as mulheres do país participarem num encontro mundial dedicado às questões femininas.

Francisca Vaz disse à Lusa que todo o trabalho tem sido dificultado devido à pandemia da covid-19, que já atingiu elementos da delegação guineense.

"Não tem sido fácil, alguns pavilhões tiveram mesmo de fechar", notou a comissária guineense.ANG/Lusa

 

Economia mundial/Banco Mundial revê em baixa o crescimento  para 4,1% este ano

Bissau, 12 Jan 22(ANG) – O Banco Mundial (BM) reviu terça-feira em baixa o crescimento da economia mundial, para 4,1% este ano, desacelerando da forte retoma de 5,5% em 2021, e melhorou as previsões para 3,2% em 2023.

De acordo com o relatório “Perspectivas Económicas Globais”, divulgado hoje, o desacelerar ao longo do horizonte de projecção reflecte o dissipar da procura reprimida e a retirada dos apoios orçamentais e monetários a nível global.

A instituição com sede em Washington cortou assim ligeiramente as perspectivas de crescimento face aos 5,6% para 2021 previstos no relatório de Junho, bem como aos 4,3% projectados para 2022. Por outro lado, melhorou em 0,1 pontos percentuais a projecção para 2023 face aos 3,1% previstos anteriormente.

Depois da forte recuperação em 2021, o BM explica que o crescimento da economia global está a entrar numa “desaceleração acentuada” face a novas ameaças das variantes da covid-19 e a um aumento da inflação, dívida e desigualdade de rendimentos.

No relatório, alerta que estes riscos podem colocar em causa a recuperação das economias emergentes e em desenvolvimento.

“A economia mundial está a enfrentar simultaneamente a covid-19, a inflação e a incerteza política, com gastos governamentais e políticas monetárias em território desconhecido. O aumento da desigualdade e os desafios de segurança são particularmente prejudiciais para os países em desenvolvimento”, disse o presidente do Grupo Banco Mundial, David Malpass, em comunicado.

Segundo o responsável, “colocar mais países num caminho de crescimento favorável requer uma acção internacional concertada e um conjunto abrangente de respostas políticas nacionais”, acrescentou.

O BM adverte que a rápida disseminação da variante Ómicron indica que a pandemia provavelmente irá continuar a ter um impacto negativo na actividade económica no curto prazo. Além disso, uma desaceleração notória nas principais economias – incluindo os Estados Unidos e a China – irá ter impacto na procura externa nas economias emergentes e em desenvolvimento.ANG/Inforpress/Lusa

 

terça-feira, 11 de janeiro de 2022

  Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara. Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)


Saúde pública
/Forças de Ordem impedem realização de protestos de técnicos do sector sanitário

Bissau ,11 Jan 22 (ANG) - As Forças de Ordem impediram hoje uma marcha pacífica do colectivo de técnicos novos ingressos da área da saúde,que reivindicam o pagamento de 12  meses de salários em atraso .

Citado pela Rádio Sol Mansi, reagindo ao impedimento da marcha, o porta-voz do referido colectivo disse que já tinham informado as entidades competentes, nomeadamente a Câmara Municipal de Bissau, Direcção Geral de Viação e Transportes Terrestres e o Ministério de Transporte  sobre a data, hora e etinerário da marcha.

Densio Francisco Yé responsabilizou o Ministério do Interior pelo impedimento da marcha de protesto, considerando o acto de imposição por parte do titular da pasta do Interior, uma vez que, segundo diz, na segunda-feira,  os responsáveis desse ministério foram informados sobre a intensão de realização da referida marcha.

“O Ministério em causa não é a entidade que autoriza a marcha, mas deve ser informado para poder garantir a segurança da mesma.Surpreendentemente assistimos todo esse aparato policial para impedir a marcha com a justificação de que não têm conhecimento sobrea iniciativa”,disse.

Este técnico acusou ainda o Ministério da Saúde de não estar interessado em resolver os seus problemas, tendo ameaçado voltar na próxima quinta-feira as ruas para mais uma tentativa de marcha.

O colectivo de técnicos novos ingressos da área da saúde exigem o pagamento de 12 meses de salário, que havia sido acordado com o Ministério de tutela, durante as negociações promovidas no ano passado.

O itinerário da marcha seria Penha/Palácio do Governo.ANG/MSC/ÂC//SG

 

 

Ucrânia/Moscovo assegura não ter “qualquer intenção de atacar” país vizinho

Bissau, 11 Jan 22(ANG) – Negociadores da Rússia e dos Estados Unidos abordaram hoje em Genebra a situação na Ucrânia, com Moscovo a assegurar não ter “qualquer intenção de atacar” o país vizinho e Washington a reiterar advertências sobre uma eventual invasão.

O negociador russo indicou que os EUA não devem “subestimar” o risco de um confronto, e assegurou que os norte-americanos “levam muito a sério” os avisos emitidos por Moscovo, em particular sobre as consequências de um eventual alargamento da NATO em direção a leste.

Por sua vez, a parte norte-americana assinalou que a política de “portas abertas” da NATO vai prosseguir, apesar de manifestar disposição para o diálogo com a Rússia, incluindo sobre controlo recíproco de armamento e manobras militares.ANG/Inforpress/Lusa

 


VI Congresso do PRS
/Presidente de Comissão Organizadora acredita que o evento será de “grandes consensos”

Bissau, 11 Jan 22 (ANG) – O Presidente de Comissão Organizadora do VI Congresso Ordinário do Partido da Renovação Social (PRS), manifestou confiante de que o evento, trará “grandes consensos” no seio dos renovadores.

Orlando Mendes Viegas que discursava segunda-feira durante o acto de abertura do referido evento, na presença dos 10 candidatos à líderança do partido, 901 delegados vindos de diferentes localidades, do corpo diplomático acreditado no país, representantes de diferentes formações partidárias, advertiu  que os choques de posições podem prejudicar os grandes consensos, capazes de mover o partido nas trilhas de mudança. 

“A alternância afirma-se como regra de jogo democrático, enquanto que a legitimidade política confirma-se pelos resultados obtidos na urna. Estes  são principios adotados por todos os partidos políticos aos quais o PRS não pode ficar indiferente”, disse Orlando Viegas.

Acrescentou  que a legitimidade e alternância de poder, constituem princípios fundamentais da democracia.

Orlando Viegas reiterou que  assumiu o cargo de forma distante e que colocou de lado  as relações com todas as candidaturas.

Na ocasião, o Presidente cessante do partido, e candidato  a sua sucessão, Alberto Nambeia, disse que o VI Congresso dos renovadores vai trazer mais força ao partido, em vez da divisão que diz acreditar que muitos estão a aguardar.

 “Aproveito este momento para apelar a união entre todos os renovadores, e declaro que perdoei à todos que me fizeram mal ao longo do percurso em que eu estive a frente do partido. De igual modo  peço perdão àqueles que magoei durante esta caminha. Vamos unir para juntos trabalhamos para o bem da democracia da Guiné-Bissau”, disse Nambeia na sua curta intervenção.

O primeiro dia do congresso ficou marcado  com a apresentação de felicitações à direção do PRS por representantes de diferentes formações politicas e  das organizações da sociedade civil .

O VI Congresso do PRS decorre na vila de Gardete, sector de Prabis, região de Biombo, de 10 à 13 do corrente mês, sob o lema, “Legado Político de Kumba Yalá”.

Esta reunião magna do partido servirá para a eleição de novos corpos sociais do partido inclusvé novo presidente e secretário geral, entre 10 candidatos, sendo dois para as funções de secretário-geral e as restantes para presidente do partido. ANG/LLA/ÂC//SG

       

  

    
  Tunísia
/Presidente defende prisão para "algumas" personalidades

Bissau, 11 Jan 22 (ANG) - O Presidente da Tunísia defendeu hoje (terça-feira) que "algumas" personalidades políticas em regime de prisão domiciliária deveriam estar na cadeia por terem cometido "traições e conspirações com países estrangeiros", delitos que, sustentou, poderiam ser punidos com pena perpétua.

Segundo a imprensa tunisina, Kais Saied disse, numa reunião com a primeira-ministra, Nedjla Bouden, que as autoridades de Tunes "têm documentos que provam" o envolvimento de algumas personalidades "em vários delitos", sobretudo em "atos de falsificação e atribuição de passaportes" a pessoas que constam de "listas de grupos terroristas"

No encontro, realizado na noite de segunda-feira no palácio de Cartago, Saied referiu-se, sem mencionar o nome, ao ex-ministro da Justiça e vice-presidente do partido de inspiração islâmica Ennahdha, Noureddine Bhiri, detido a 31 de Dezembro último por alegadas suspeitas de terrorismo e branqueamento de capitais.

Bhiri está hospitalizado desde 02 deste mês na sequência de uma greve de fome para protestar contra a sua prisão.

Um ex-funcionário do Ministério do Interior tunisino, Fathi Beldi, 55 anos, foi preso no mesmo dia que o "homem forte" do Ennahdha por acusações semelhantes e levado para um local desconhecido onde ainda não teve acesso à sua defesa, segundo organizações de direitos humanos.

A Human Rights Watch (HRW) denunciou, entretanto, que os dois responsáveis, "que não têm actualmente quaisquer cargos oficiais", não foram alvo de qualquer processo judicial e que estão a ser julgados por actos cometidos presumivelmente há nove anos, pelo que pediu às autoridades tunisinas que os libertem "de imediato".

No entanto, para Saied, "ninguém foi condenado por ter emitido uma opinião ou por ter manifestado qualquer posição" contra as autoridades tunisinas.

"As organizações internacionais estão indignadas com a prisão domiciliária, enquanto outros estão no hospital, rodeados de médicos e a beneficiar de um tratamento humano", disse o chefe de Estado tunisino.

"Podem ser condenados à morte, mas não vamos chegar lá", acrescentou.

Saied também garantiu que há acusações contra Bhiri desde 2013, mas que não foram investigadas devido à ausência de uma justiça "independente". 

A comissão de defesa de Bhiri indicou ter apresentado uma queixa contra o ministro do Interior tunisino, Taoufik Charfeddine, e contra o próprio Presidente, a quem acusa de "sequestro" e de "instrumentalizar" a justiça.

Após declarar o estado de excepção a 25 de Julho, que incluiu também a exoneração do primeiro-ministro Hichem Mechichi, o Presidente tunisino suspendeu a quase totalidade da Constituição de 2014 e muniu-se de plenos poderes para "recuperar a paz social". O Parlamento, que o Ennahdha controlou nos últimos 10 anos, ficou suspenso.

Saied e outros responsáveis políticos tunisinos alegam que as medidas constituem uma "rectificação" à revolução de 2011, que pôs termo a duas décadas do regime ditatorial de Zin el-Abidine Ben Ali.

A oposição, por seu lado, considera a decisão de Saied um "golpe de Estado" ANG/Angop.

 

 

 

Covid-19/Variante Ómicron e Gama já circulam na Guiné-Bissau

Bissau,11 Jan 22)ANG) – O secretário do Alto Comissariado para a Covid-19, disse que os resultados preliminares dão indicações da existência da variante Omicron, mas continuam a ter a outras variantes identificadas em outros exercícios de sequenciação, nomeadamente a Delta.

 De acordo com o médico Plácido Cardoso, os estudos de sequenciação do genoma estão a ser realizados pelo laboratório da Universidade Jean Piaget e pelo laboratório NoLab, em colaboração com o Instituto Pasteur, em Dacar.

"Mas um elemento novo, para além da Ómicron, é a identificação nestes resultados preliminares da presença da variante Gama, que é a variante brasileira, e é a primeira vez que é identificada", explicou Plácido Cardoso.

Os novos casos de covid-19 na Guiné-Bissau  sextuplicaram na última semana, com o país a registar entre 03 e 09 de janeiro 218 casos, para um total acumulado de 6.173, contra os 33 registados na última semana de 2021.

A taxa de positividade, segundo os dados, subiu de 3,3% para 5,9%. A covid-19 provocou 5.478.486 mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.

Segundo os dados divulgados, entre 03 e 09 de janeiro a Guiné-Bissau registou 218 novos casos para um total acumulado de 6.173 casos, contra os 33 registados na semana anterior.

"Definitivamente, estamos na quarta vaga", afirmou o secretário do Alto-Comissariado para a Covid-19, o médico guineense Plácido Cardoso.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.

Uma nova variante, a Ómicron, considerada preocupante e muito contagiosa pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, em novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 110 países.ANG/LUSA

 

  Uganda/Tribunal processa escritor por "perturbar" família presidencial

Bissau, 11 Jan 22 (ANG) -Um tribunal do Uganda processou hoje (terça-feira) um escritor e crítico do Governo do país por "perturbar" o Presidente, Yoweri Museveni, e o seu filho, de quem escarneceu nas redes sociais.

Kakwenza Rukirabashaija, com 33 anos, foi acusado de "linguagem ofensiva" contra os dois homens e permanecerá detido até 21 de Janeiro, anunciou Charles Twine, porta-voz do departamento de investigação criminal da polícia ugandesa.

Rukirabashaija é o autor do romance satírico "The Greedy Barbarian" (O Bárbaro Ganancioso), que descreve um país imaginário atormentado pela corrupção.

Rukirabashaija, que ganhou em 2021 um prémio internacional atribuído a autores perseguidos, foi detido em 28 de Dezembro na sua casa, na capital do país, Kampala, depois de ter criticado o filho do presidente, Muhoozi Kainerugaba, nas redes sociais.

Recentemente, o escritor intensificou as suas críticas a Kainerugaba, um general que muitos vêem como o sucessor do seu pai, actualmente com 77 anos, chamando-lhe "gordo" e "resmungão".

De acordo com um documento divulgado pelo tribunal de Kampala, os procuradores acusam o autor de, "intencional e repetidamente", ter utilizado a sua conta na rede social Twitter para "perturbar a paz de sua Excelência [Yoweri Museveni], sem um propósito legítimo de comunicação".

Rukirabashaija é acusado do mesmo em relação a Kainerugaba. A advogada do escritor, Eron Kiiza, confirmou através de uma breve mensagem através do Twitter a dupla acusação, que segundo a lei ugandesa pode ser punida com até um ano de prisão.

O Governo já contestou uma primeira decisão judicial, que determinou a libertação "incondicional" do autor.

Os Estados Unidos e a União Europeia, entre outros, apelaram à libertação de Rukirabashaija.

Preso várias vezes desde a publicação de "The Greedy Barbarian", Kakwenza Rukirabashaija afirmou ter sido torturado durante os interrogatórios sobre o seu livro.

Visto como reformador quando tomou o poder em 1986, Museveni tem desde então reprimido sistematicamente a dissidência política no Uganda e alterou a Constituição do país, que lhe permite hoje ser reeleito sem quaisquer restrições.ANG/Angop

segunda-feira, 10 de janeiro de 2022

 Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara. Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)

Caju/Presidente da ANAG considera campanha de castanha 2021 de “insignificante” para  produtores

Bissau, 10 Jan 22 (ANG) – O Presidente da Associação Nacional dos Agricultores da Guiné-Bissau(ANAG) considerou a campanha de comercialização da castanha de caju do ano passado de “insignificante” para os produtores, porque quem ganhou são  os exportadores,  apesar de a exportação atingir  230 mil toneladas.

Em entrevista exclusiva à ANG, Jaimes Boles Gomes referiu que a abertura da campanha só foi possivel na época da chuva, altura em que  a maioria dos produtores não tem meios para conservar suas castanhas, pelo que  foram obrigados a vendê-los à  preços que variam entre 200 à 300 francos  CFA por quilograma.

Afirmou que as  mulheres realizaram a colheita da castanha até Abril, mas que por não  houver o lançamento oficial, nem anúncio de preço de referência, nem abertura da campanha, instaurou a dúvida no seio de algumas que se retiraram das campas com receio de trabalharem por nada.

Acrescentou que devido afalta de controle de tudo, os comerciantes acabaram por ditar o preço que lhes convém no mercado, o que, segundo diz, terá prejudicado  os produtores.

Jaime Boles Gomes  pede ao Ministério do Comércio e Indústria para fiscalizar rigorosamente a campanha deste ano, não só aos intermédiarios, comerciantes ou empresários , mas também o cumprimento dos  preços e a qualidade dos  produtos da primeira necessidade a ser vendido ou trocado pelas castanhas.

A castanha de caju, segundo Boles,enquanto maior produto de exportação da Guiné-Bissau, merece  uma atenção especial do governo,  para ser lucrativa para os produtores, a fim de poderem diversificar seus investimentos, “porque o país não possui nenhum banco de investimento”. ANG/JD/ÂC//SG

Expo Dubai/Presidente da República desloca-se aos Emirados Árabes Unidos para participar nas celebrações do dia da Guiné-Bissau

Bissau,10 Jan 22(ANG) – O Presidente da República deslocou-se hoje aos Emiratos Árabes Unidos, para participar na Expo Dubai de 10 à 13 de Janeiro.

De acordo com uma Nota Informativa do Gabinete de Comunicação e Relações Públicas da Presidência da República enviada hoje a ANG, a Guiné-Bissau estará representada no evento pelo chefe de Estado Umaro Sissoco Embaló, sendo o dia 12 do corrente mês dedicado ao país.

A gigante exposição mundial, que arrancou no passado dia 1 de Outubro de 2021, no Dubai, está a reunir, pela primeira vez, a essência de 191 países.distribuídos por centenas de pavilhões.

O lema do evento, é “Ligando Mentes, Criando Futuros”.ANG/ÂC//SG



Política/Nambeia regressa ao país para participar no VI Congresso do PRS pós seis meses no exterior


Bissau,10 Jan 22(ANG) - O presidente cessante do Partido da Renovação Social (PRS), Alberto Mbunhe Nambeia, já se encontra no país para participar no VI° congresso ordinário do partido que inicia hoje,segunda-feira, 10 de janeiro de 2022.

Segundo o jornal O Democrata, Nambeia chegou a Bissau num voo comercial.

“Comunicaram-nos para não permitir a entrada de jornalistas nem permitir que sejam tiradas fotografias. Conversei com dois jornalistas que estavam aqui, compreenderam e foram-se embora. Neste momento, ele [Nambeia] está no salão de honra com a sua comitiva)”, avançou, informando que “veio com a sua comitiva no avião da companhia Sky”.

Uma outra fonte contou que Nambeia terá saído de Portugal [onde se encontrava em tratamento, há mais de seis meses] para Dakar, capital do Senegal, e seguiu-se  para Bissau.

Nambeia concorre à sua própria sucessão no VI° congresso do partido a iniciar hoje, 10 de janeiro, em Gardete, nos arredores de Bissau, sob o lema “Legados de Dr. Kumba Yalá face aos desafios de Desenvolvimento”.

Vão participar no encontro magno dos renovadores 901 delegados provenientes de diferentes regiões do país, incluindo a diáspora.

Concorrem para a liderança do PRS 10 candidatos e 2 ao cargo de secretário geral.ANG/O Democrata

 

Cabo Verde/Primeiro-ministro  não cede e mantém ministro da Administração Interna

Bissau, 10 Jan 22(ANG) - O PAICV, partido da oposição, pede a suspensão do ministro da Administração Interna de Cabo Verde, Paulo Rocha por suposto envolvimento na morte de um traficante de droga, na sequência de uma operação policial, ocorrida em 2014, mas o primeiro-ministro cabo-verdiano não cede e mantém Paulo Rocha no governo.

Nos últimos dias, o maior partido da oposição em Cabo Verde, o PAICV tem insistido para que o ministro da administração interna seja suspenso suas funções, pelo menos até que se apure o alegado envolvimento do governante no caso do assassinato de um traficante de droga, ocorrido em 2014, na cidade da Praia.

Em declarações à imprensa, o ministro da Administração Interna, Paulo Rocha, negou todas as acusações e disse que não se demite.

Também, o primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva ao ser abordado sobre o caso reiterou total confiança no ministro da Administração Interna.

“O ministro da Administração Interna tem estado a fazer um bom trabalho, é uma pessoa que dá confiança e não há nenhum motivo para pensarmos diferente e para mudarmos de posição em relação a confiança que estabelecemos e mantemos no Paulo Rocha como ministro  da Administração Interna”, disse Ulisses Correia e Silva, garantindo que não vai ceder às pressões mantendo o foco na segurança como prioridade.

O Ministério Público, em comunicado, esclareceu que não constituiu ninguém arguido nem notificou o actual ministro da Administração Interna, que na altura dos acontecimentos desempenhava funções de director da PJ para prestar qualquer declaração nos referidos autos, nem mesmo na qualidade de testemunha. ANG/RFI

Finanças/Presidente do BOAD felicita desempneho do Governo  e a retoma do pagamento das obrigações perante a organização

Bissau,10 jan 22(ANG) - O Presidente do Banco Oeste Africano de Desenvolvimento (BOAD), Serge Ekué felicitou  Domingo a Guiné-Bissau pela "boa performance" e a retoma do "pagamento das obrigações" com o banco.

De acordo com a página do Ministério das Finanças no facebook, a satisfação foi expressa durante uma audiência que Sr. Ekué manteve com o Presidente da República, General Umaro Sissoco Embaló à margem da Cimeira dos Chefes de Estado da CEDEAO e da Conferência de Chefes de Estado da UEMOA, em Acra, Gana.

O Banco de Desenvolvimento da África Ocidental (BOAD) é um dos principais parceiros multilaterais da Guiné-Bissau, tendo financiado vários projectos de infraestruturas rodoviárias no país, destacando a estrada que liga Buba/Catió, em mais de 48 biliões de francos.

O projecto de infraestrutura rodoviária, Buba-Catió gerou mais abertura da região sul da Guiné-Bissau e facilita sobremaneira o intercâmbio económico e social na zona.

Segundo o  ministro das Finanças, João Ajaje Fadia, desde a ascenção ao poder do governo liderado por Nuno Gomes Nabiam, o ministério  tem cumprido rigorosamente o pagamento das obrigações  da Guiné-Bissau perante  parceiros financeiros multilaterais.ANG/ÂC//SG

 

                            Mali/CEDEAO impõe duras sanções ao país

Bissau, 10 Jan 22(ANG) - A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) anunciou  domingo, 9 de Janeiro, que vai impor novas sanções contra o Mali, uma vez que a Junta Militar que lidera o país recusou realizar eleições a 27 de Fevereiro deste ano e, consequentemente, devolver o poder aos civis.

Assim sendo e como forma de represália, a CEDEAO decidiu adoptar duras sanções contra este país africano.

A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental ordenou a retirada de todos os embaixadores das 15 nações africanas de Bamako, capital maliana e o congelamento das contas dos membros da Junta Militar.

Para além disso, vai existir ainda a suspensão de todas as transacções comerciais com o Mali, à excepção de produtos básicos e medicamentos e também o fecho de fronteiras terrestres e aéreas com o país, conforme deu conta o presidente da Comissão da Comunidade económica dos Estados da África ocidental, Jean-Claude Kassi Brou.

"Estas sanções dizem respeito ao encerramento das fronteiras terrestres e aéreas entre todos os países da CEDEAO e o Mali. Trata-se também da suspensão de todas as transacções comerciais e financeiras entre os países membros da CEDEAO e o Mali, com excepção dos produtos alimentares de consumo em larga escala, de medicamentos, de equipamentos e materiais de luta contra a Covid-19, de produtos petrolíferos e da electricidade", começou por referir o Presidente da CEDEAO.

Jean-Claude Kassi Brou falou ainda das restantes sanções adoptadas pela Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental.

"Trata-se também do congelamento dos valores da República do Mali em todos os bancos centrais dos países membros da CEDEAO, do congelamento dos bens do Estado maliano e das empresas do Estado e a ele afiliadas em todos os bancos comerciais da CEDEAO. Os chefes de Estado decidiriam retirar todos os embaixadores dos países membros da CEDEAO do Mali", acrescentou.

Estas decisões foram tomadas numa reunião extraordinária da CEDEAO que decorreu em Acra, capital do Gana, após o governo interino do Mali ter apresentado um cronograma com datas muito longínquas ( de 6 meses a 5 anos) para a realização de eleições.

Os golpistas utilizaram como argumento a insegurança que se vive no país, nomeadamente, em matéria de terrorismo, com a presença de vários grupos "jihadistas" em terreno maliano.

A CEDEAO considerou esta data completamente desproporcional e alegou que este prazo temporal é “inaceitável”.

Estas sanções começaram a ser aplicadas ontem, "com efeito imediato" e só "serão suspensas após a finalização de um cronograma satisfatório", disse a CEDEAO, em comunicado.

As autoridades do Mali já reagiram às sanções impostas pela CEDEAO e condenaram "veementemente" estas medidas, que consideram "ilegais" e "desumanas".

"O governo do Mali deplora o carácter desumano destas medidas que vêm afectar as populações já severamente atingidas pela crise sanitária, nomeadamente a da Covid-19. O governo do Mali convida a população à calma e à contenção face a qualquer eventualidade da mobilização de forças estrangeiras contra o nosso país", começou por dizer Abdoulaye Maiga, porta-voz do governo maliano.

Depois, o representante dos golpistas deixou um apelo às forças de segurança e também à população: "O governo do Mali apela às forças de defesa e segurança, bem como à população a redobrar de vigilância e a manterem-se mobilizadas".

"O governo do Mali apela à solidariedade e ao acompanhamento de países e instituições amigos. Doravante, na base da reciprocidade, o Mali decide retirar os seus embaixadores acreditados junto dos Estados membros da CEDEAO e decide encerrar as suas fronteiras terrestres e aéreas com os países em causa", acrescentou ainda.

Para além disso, a Junta Militar tentou tranquilizar a população, garantindo que o abastecimento normal dos bens de primeira necessidade será garantido.

"O governo do Mali faz questão em tranquilizar a opinião nacional que foram tomadas medidas visando garantir o normal abastecimento do país por todos os meios apropriados", reiterou ainda Abdoulaye Maiga.

No final do mês de Maio, a CEDEAO já tinha avançado com algumas sanções, nomeadamente, a suspensão do Mali de todas as instituições comunitárias. Em causa, o duplo golpe de Estado perpetrado pelos militares em Agosto de 2020 e em 24 de Maio de 2021. ANG/RFI

 

 

 

Covid-19/”Aumento de casos na Guiné-Bissau é "preocupante", diz SG do Alto Comissariado

Bissau,10 Jan 22(ANG) -  O Alto Comissariado para a Covid-19, considerou  "preocupante" o aumento de novos casos da doença provocada pelo novo coronavírus no país, que ultrapassaram os 100 em três dias.

"É preocupante e já estamos tecnicamente a acompanhar a situação", disse à Lusa o médico Plácido Cardoso, secretário do Alto Comissariado para a Covid-19, organismo que gere o combate à doença no país.

Entre segunda e quarta-feira, a Guiné-Bissau registou 103 novos casos de covid-19, segundo os dados diários divulgados pelo Alto Comissariado.

Na segunda-feira foram registados 15 novos casos, na terça-feira 32 e na quarta-feira 66 para um total acumulado de 6.612. Na semana entre 27 de dezembro e 02 de janeiro, o Alto Comissariado tinha registado 33 novos casos.

Desde o início da pandemia, em Março de 2020, a Guiné-Bissau, que tem cerca de dois milhões de habitantes, registou 149 vítimas mortais.

"Existe já uma proposta submetida ao Governo e que será analisada no Conselho de Ministros", afirmou o médico, referindo-se a eventuais medidas de controlo para tentar evitar novas infeções.

O Governo decretou a 28 de outubro o estado de alerta na saúde pública até 29 de janeiro e impôs a obrigatoriedade de vacinação para professores, funcionários públicos e estudantes do ensino superior e para circulação nos transportes públicos rodoviários e fluviais.

No decreto, as autoridades mantiveram o uso obrigatório da máscara na via públicas e nos espaços fechados de acesso ao público e o Governo voltou a permitir a prática de desportos coletivos.

As reuniões e manifestações voltam também a ser permitidas, bem como os eventos sociais, culturais e a realização de atividades político-partidárias e o funcionamento de discotecas, salas de festa e outros locais de diversão, mediante o cumprimento de regras de higienização das mãos, uso correto da máscara e de distanciamento físico. ANG/LUSA