terça-feira, 15 de abril de 2025

Saúde Pública/“Doentes mentais na Guiné-Bissau ainda vivem níveis brutais de rejeição", diz presidente da FPDGB

 

Bissau, 15 Abr 25 (ANG) - A Guiné-Bissau conta apenas com um centro público de saúde mental, o Centro Osvaldo Vieira, integrado na Faculdade de Medicina. 

Trata-se de um centro ambulatório, que não tem serviço de internamento. Para além desse local, existem duas clínicas privadas, nos arredores de Bissau.

Sendo clínicas privadas, coloca-se inevitavelmente a questão dos recursos financeiros que podem deixar de lado grande parte da populaçãogerando ainda outro nível de desigualdade, desta vez no acesso ao tratamento. 

"Se o guineense já luta diariamente para poder garantir o pão na mesa, como é que podemos imaginar que o guineense seria capaz de investir num membro da estrutura familiar que tenha problemas de saúde mental", questiona Pedro Cabral.

Presidente da Federação das Pessoas com Deficiência na Guiné-Bissau(FPDGB), é com ele que abordamos estas questões. 

As estratégias políticas para tratamento da saúde mental são "inexistentes" no país, até porque "o próprio Estado considera que as doenças mentais e deficiências físicas são transmissíveis", aponta o também sociólogo.

Fora da esfera política, é no núcleo famíliar que a exclusão agrava o percurso de vida do paciente. 

"Certas famílias consideram que uma pessoa com deficiência terá menos utilidade do que uma pessoa sem deficiência. A família é a origem de tudo, a origem de tudo. E os níveis de rejeição brutais que se vive na Guiné-Bissau enquanto deficiente mental ou físico têm génese na estrutura familiar. O estereótipo começa dentro da própria família", analisa Pedro Cabral. 

Existe também influência das práticas religiosas e culturais na percepção dos guineenses relativamente à doença mental e física. Testemunhando com a sua própria experiência, Pedro Cabral nota que se diz dos cegos "que, caso não morram cedo, são feiticeiros ou têm bruxaria".

A pessoa com deficiência tem dupla limitação: limitação natural decorrente da deficiência e limitação decorrente rejeição da sociedade.

Ficam no entanto algumas notas positivas: o progresso tecnológico facilita a vida das pessoas em causa e, é verdade, nota-se maior tolerância e compreensão do fenómeno graças ao trabalho dos actores da sensibilização (associações, ONG, etc). 

Por exemplo, Pedro Cabral com quem falámos, portador de deficiência visual, tirou um curso na Universidade Lusófona de Bissau e mestrado na Faculdade de Direito; responde às mensagens do telemóvel graças a uma aplicação e é hoje um exemplo encorajador para muitos jovens na mesma situação. 

Falta agora a implementação de políticas a nível do Estado para que o progresso dos direitos das pessoas com deficiência seja efectivo. ANG/RFI

 

Etiópia/União Africana felicita Gabão pela "boa organização" das Presidenciais

Bissau, 15 Abr 25 (ANG) - O presidente da Comissão da União Africana (UA), Mahmoud Ali Youssouf, felicitou hoje as autoridades gabonesas pelo "sucesso" e "boa organização" das eleições presidenciais realizadas em 12 de abril, nas quais Brice Nguema foi eleito.

 

Youssouf felicita as autoridades gabonesas pela boa organização destas eleições e toma nota dos resultados provisórios (...) que confirmam a vitória na primeira volta do candidato Brice Clotaire Oligui Nguema, presidente de transição, com 90,35% dos votos", afirmou a UA num comunicado divulgado através de uma rede social.

Brice Oligui Nguema é o líder da junta militar que governa o país desde o golpe de Estado de agosto de 2023.

De acordo com os resultados provisórios divulgados no domingo pelo Ministério do Interior, Nguema obteve uma vitória muito à frente do principal rival, o ex-primeiro-ministro Alain-Claude Bilie-By-Nze, que ficou em segundo lugar com 3,02% dos votos, enquanto os outros seis candidatos receberam não mais que 1%.

Youssouf também pediu aos atores políticos e ao povo gabonês que "permaneçam calmos e serenos" enquanto aguardam o anúncio dos resultados finais pelo Tribunal Constitucional do país.

No entanto, Bilie-By-Nze denunciou na segunda-feira que os resultados foram obtidos de forma "opaca e duvidosa" e que houve várias irregularidades durante a votação, embora anunciando tenha dito que não iria recorrer ao Tribunal Constitucional porque não tem confiança na independência judicial do país.

"Nunca, desde que entrei na política, assisti a uma tal apropriação indevida de todos os recursos do Estado, tamanha orquestração de falsidades, tamanha (...) apropriação em todos os níveis", disse Bilie-By-Nze numa coletiva de imprensa na capital do Gabão, Libreville, sem dar mais detalhes.

Pouco mais de 920.000 eleitores --- de uma população total de cerca de 2,5 milhões de pessoas --- foram chamados às urnas numa eleição crucial para a transição democrática no Gabão, que é uma potência petrolífera na África subsaariana.

A taxa de participação foi de 70,04%, contra 56,65% nas disputadas eleições presidenciais de agosto de 2023, que levaram ao golpe de Estado que pôs fim à dinastia da família Bongo, que governava o país desde 1967.

Dos cinco países da África Ocidental e Central que sofreram golpes desde 2020 (Mali, Níger, Burkina Faso, Guiné-Conacri), o Gabão é o único que deve retornar ao governo civil em breve e que mantém relações estreitas com sua antiga potência colonial, a França.

Nos próximos meses, deverão também realizar-se eleições legislativas e autárquicas para completar a transição.ANG/Lusa

   Sudão/Dois anos de guerra civil  com milhares de mortos e sem solução à vista

Bissau, 15 Abr 25 (ANG) - A guerra civil que devasta o Sudão desde 15 de Abril de 2023 entrou nesta terça-feira no seu terceiro ano, sem solução à vista, depois de ter causado dezenas de milhares de mortos, obrigado 13 milhões de pessoas a abandonar as suas zonas e ter causado aquela que é considera pela ONU a pior crise humanitária actualmente vigente a nível mundial.

No Sudão, milhões de civis "continuam a pagar o preço do desprezo dos dois lados pela vida humana", disse ontem o secretário-geral da ONU, António Guterres, em véspera do segundo aniversário do início da guerra civil que opõe dois campos outrora aliados quando se tratou de retirar do poder o antigo Presidente Omar el Bechir, em Abril de 2019, após mais de trinta anos a dirigir o Sudão.

Acusado de Crimes de Guerra e Crimes contra a Humanidade pelo Tribunal Penal Internacional em 2009, o antigo chefe de Estado foi abandonado e detido pelo exército na sequência de largas semanas de forte contestação popular perante o aumento do custo de vida e a violência do regime.

O general Abdel Fattah al-Burhane, chefe das forças armadas e o seu então aliado e adjunto, o general Mohamed Hamdane Daglo, tomam o poder, mas longe de garantirem a estabilidade do país, as suas crescentes rivalidades conduzem o país à guerra civil quatro anos depois, a 15 de Abril de 2023.

Liderando os paramilitares das Forças de Apoio Rápido (FSR), o general Mohamed Hamdane Daglo, apodera-se de algumas zonas do país, nomeadamente Cartum, a capital, só recuperada pelo exército regular no passado mês de Março, sendo que o Darfur, no oeste, continua actualmente a ser um dos epicentros do conflito.

Ainda no passado domingo, os paramilitares anunciaram ter tomado o controlo do campo de deslocados de Zamzam, perto de El-Facher, durante um ataque no qual morreram pelo menos 400 pessoas, segundo a ONU.

Em dois anos de conflito em que ambos os campos foram acusados de graves violações dos Direitos Humanos, saques, violências sexuais e torturas, o balanço segundo a ONU é de mais de 150 mil mortos, 13 milhões de deslocados internos mas também refugiados que fogem para países por vezes com fracos meios para os acolher, como é o caso do Chade ou ainda o Egipto, onde se encontram mais de 1,5 milhão de refugiados.

A esta situação já por si considerada pela ONU como sendo "catastrófica", acresce a grave crise humanitária que submete neste momento 25 milhões de sudaneses a uma situação de insegurança alimentar sendo que oito milhões estão à beira da fome, apesar dos inúmeros recursos que o país tem.

Rico em terras aráveis, recursos naturais, mão-de-obra jovem e oportunidades agrícolas, o Sudão tem também vastas reservas de incluindo gás natural, ouro, prata, zinco, ferro, chumbo, urânio, cobre, cobalto, granito, níquel, estanho e alumínio. Produtos que interessam os parceiros internacionais do país, colocando-se a questão de eventuais participações indirectas no conflito.

Ontem, o secretário-geral da ONU António Guterres lançou um apelo para que se acabe com "o apoio externo e o fluxo de armas" que alimentam a guerra, sem mencionar o nome de nenhum país. Na semana passada, o Sudão acusou os Emirados Árabes Unidos de apoiarem os paramilitares entregando-lhes armas. Algo que tanto as Forças de Apoio Rápido como este país do Golfo desmentiram. ANG/RFI

  Saara Ocidental/ Paris reafirma posição "inabalável" de apoio a Marrocos

Bissau, 15 Abr 25 (ANG) - A França reafirmou na noite de segunda-feira o apoio à soberania marroquina do Saara Ocidental, contrariando novamente a Frente Polisário, que exige a realização de um referendo de autodeterminação definido em 1991, noticiaram hoje as agências noticiosas internacionais.

 

Esta posição, segundo um comunicado divulgada hoje pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros francês, foi reiterada numa reunião em Paris entre o chefe da diplomacia francesa, Jean-Noel Barrot, e o homólogo marroquino, Nasser Bourita, num contexto de crise político-diplomática entre Paris e a Argélia, que apoia a Frente Polisário e os rebeldes sarauís que querem a independência do território.

Para Barrot, o futuro do Saara Ocidental, tema de discórdia entre a Argélia e Marrocos há várias décadas, inscreve-se "no quadro da soberania marroquina", tendo o chefe da diplomacia francesa reafirmado a "posição inabalável" de França, país que preside este mês ao Conselho de Segurança da ONU.

Segundo Paris, "o presente e o futuro do Saara Ocidental inscrevem-se no quadro da soberania marroquina", razão pela qual exclui a hipótese de um referendo de independência.

"O apoio de França ao plano de autonomia proposto por Marrocos em 2007, que reúne um consenso internacional cada vez mais amplo, é claro e constante. Este constitui a única base para alcançar uma solução política justa e duradoura", referiu o comunicado da diplomacia francesa.

A questão deste antigo território colonial espanhol opõe, há décadas, Marrocos -- que controla 80% do território e propõe um plano de autonomia sob a sua soberania -- ao movimento de libertação liderado pela Polisário, apoiada pela Argélia, que reclama a realização de um referendo de autodeterminação sob a égide da ONU, tal como todas as partes definiram em 1991.

Nesse sentido, o Ministério dos Negócios Estrangeiros manifestou também "o apoio de França aos esforços" do secretário-geral da ONU e do seu enviado especial, Staffan De Mistura, para esta crise, apelando "a todas as partes que se reúnam em torno de uma solução política, que está ao alcance".

Além desta posição -- que visa afastar as iniciativas também apoiadas pelas Nações Unidas para a organização do referendo de autodeterminação --, o gabinete de Barrot sublinhou que o ministro reiterou ao homólogo marroquino "o compromisso de França em acompanhar os esforços de Marrocos a favor do desenvolvimento económico e social dessas regiões, em benefício das populações locais".

O apoio total do Presidente francês, Emmanuel Macron, ao plano marroquino provocou, há oito meses, uma crise diplomática profunda entre Paris e Argel, que tem vindo a agravar-se, apesar de uma tentativa de apaziguamento no final de março e da visita de Barrot a Argel, no início de abril, durante a qual se reuniu com o chefe de Estado argelino, Abdelmadjid Tebboune.

A tensão voltou a aumentar nos últimos dias, após a decisão das autoridades argelinas de expulsar 12 funcionários franceses, em resposta à detenção em França de um agente consular argelino, acusado, juntamente com mais dois homens, de associação criminosa com fins terroristas.

Durante o encontro realizado na segunda-feira à noite, Barrot e Bourita "congratularam-se com o dinamismo sem precedentes da relação bilateral franco-marroquina" e manifestaram a vontade de reforçar o "parceria privilegiada reforçada" entre os dois países, de acordo com o mesmo comunicado.

A reunião entre os chefes da diplomacia de França e de Marrocos aconteceu no mesmo dia em que Staffan De Mistura apresentou ao Conselho de Segurança da ONU o relatório sobre o ponto de situação na região, depois de um périplo em que se encontrou com todos os responsáveis envolvidos no diferendo.

Segundo a agência noticiosa Sahara Press Servisse (SPS), na apresentação, que decorreu à porta fechada, falou também Alexander Ivanko, chefe da Missão das Nações Unidas para o Referendo no Saara Ocidental (MINURSO).

A SPS indicou que vários Estados-membros reiteraram a necessidade de alcançar uma solução pacífica, justa e duradoura, que consagre a autodeterminação do povo do Saara Ocidental, com base nas resoluções relevantes das Nações Unidas.

Nesse sentido, relatou ainda a SPS, os Estados-membros presentes reafirmaram ainda que a única forma de concluir o processo de descolonização do território passa pelo exercício, por parte do povo sarauí, do "direito inalienável à autodeterminação e à independência".

A SPS salientou que o Presidente da República Árabe Sarauí Democrática (RASD), Brahim Ghali, tinha garantido ao enviado da ONU que o povo sarauí "jamais abdicará das suas legítimas aspirações".

Ghali expressou também a De Mistura o apoio da parte sarauí aos esforços das Nações Unidas e da União Africana para concluir o processo de descolonização do Saara Ocidental, reiterando o compromisso do direito à resistência legítima.ANG/Lusa

 

Israel/Netanyahu manifesta a Macron "firme oposição" a um Estado palestiniano

Bissau, 15 Abr 25 (ANG) - O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, manifestou hoje ao Presidente francês, Emmanuel Macron, a sua "firme oposição" à criação de um Estado palestiniano, considerando que isso "constituiria uma enorme recompensa para o terrorismo".


Depois de uma conversa entre os dois líderes, o gabinete de Netanyahu afirmou em comunicado que o israelita transmitiu a Macron que na Autoridade Nacional Palestiniana (ANP) "as crianças são educadas para destruir Israel e são dadas recompensas financeiras aos assassinos de judeus".

Um Estado palestiniano estabelecido a minutos de distância das cidades israelitas seria um "bastião do terrorismo iraniano", segundo a mesma fonte.

Os dois líderes conversaram depois de Macron ter publicado uma mensagem no domingo a favor do reconhecimento da Palestina e de ter falado hoje com o dirigente da ANP Mahmoud Abbas, a quem transmitiu a necessidade de reformar a autoridade para construir o futuro.

De acordo com a mesma nota do gabinete de Netanyahu, foi recordado ainda ao chefe de Estado francês que a ANP não condenou o ataque do grupo islamita Hamas de 07 de outubro de 2023, que matou 1200 pessoas e fez cerca de 250 reféns, nos territórios israelitas, segundo o balanço de Telavive.

No domingo, Macron escreveu na rede social X que a posição da França "é clara" a favor da paz e de "um Estado palestiniano sem o Hamas", ao que o filho de Netanyahu, Yair, respondeu na mesma rede com a seguinte mensagem: "Vai-te lixar! Sim à independência da Nova Caledónia! Sim à independência da Polinésia Francesa!".

Na sequência da mensagem do filho, o primeiro-ministro israelita respondeu com outra mensagem no X, afirmando que o tom do texto do filho foi inaceitável, ao mesmo tempo que sublinhava que o Presidente francês estava "gravemente enganado" ao propor uma solução de dois Estados e o reconhecimento da Palestina.

O ataque de outubro esteve na origem de uma ofensiva israelita em Gaza, que provocou mais de 50 mil mortos, segundo as autoridades locais.ANG/Lusa

 

Sudão/Amnistia acusa o mundo de atitude vergonhosa perante conflito neste país

Bissau, 15 Abr 25 (ANG) - A Amnistia Internacional acusou hoje o mundo de ter permanecido impassível perante o conflito do Sudão, que dura há dois anos, uma atitude que qualificou de vergonhosa.

diretora da Amnistia Internacional para a Investigação, Defesa, Políticas e Campanhas, Erika Guevara Rosas, afirmou que o dia de hoje, que marca o segundo aniversário do início da guerra entre o exército sudanês e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês), é "um dia de vergonha", tanto para "os perpetradores de ambos os lados deste terrível conflito, que infligiram um sofrimento inimaginável à população civil", como para "o mundo por virar as costas enquanto o Sudão arde" e também para os países que "continuam a deitar achas para a fogueira".

"O mundo optou em grande medida por permanecer impassível", declarou Rosas, em um comunicado, acrescentando que "é alarmante o facto de o Conselho de Segurança das Nações Unidas não ter implementado um embargo de armas abrangente ao Sudão para pôr fim ao fluxo constante de armas que alimenta estes crimes hediondos",

Na semana passada, a Amnistia Internacional divulgou uma nova investigação que conclui que as RSF cometeram uma violência sexual generalizada, incluindo violações, violações coletivas e escravatura sexual, que constituem possíveis crimes contra a humanidade.

"Nos últimos dois anos, as Forças Armadas Sudanesas [SAF, na sigla em inglês], as RSF e os seus aliados cometeram crimes hediondos, incluindo violência sexual contra mulheres e raparigas, torturaram e mataram à fome civis, prenderam e mataram pessoas e bombardearam mercados, campos de deslocados e hospitais", sendo que "estas atrocidades constituem crimes de guerra", afirmou Rosas.

Rosas recordou que o mundo falhou no apoio às vítimas da guerra no Sudão, fornecendo apenas "6,6% dos fundos necessários para fazer face à catástrofe humanitária no país", salientando que os cortes drásticos do Presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, à USAID são "a mais recente facada cruel contra a população civil sudanesa que, sem culpa própria, se encontra no momento de maior necessidade", apelando ao mundo para que deixe de ignorar o Sudão.

O Sudão enfrenta atualmente a pior insegurança alimentar da sua história, com milhões de pessoas em risco de fome, estimando-se que 25 milhões de pessoas, mais de metade da população, enfrentem fome extrema, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU).

A guerra no Sudão matou dezenas de milhares de pessoas e forçou mais de 12 milhões a fugir das suas casas no país, enquanto cerca de quatro milhões procuraram refúgio nos países vizinhos.ANG/Lusa

 

 
Política/Presidente da República anuncia taxa aduaneira de 10% na importação dos EUA

Bissau, 15 Abr 25(ANG) - O Presidente  Umaro Sisssoco Embaló, anunciou segunda-feira que o país vai assumir "o princípio de reciprocidade" e fixar também uma tarifa aduaneira de 10% aos produtos importados dos Estados Unidos de América com quem admite "conversar depois".

"Já disse que não existem Estados pequenos, existem países pequenos", observou Umaro Sissoco Embaló, à margem de uma visita às obras de construção de um "novo hospital de referência", em Bissau, financiado pelos Emirados Árabes Unidos.

A administração do presidente norte-americano, Donald Trump fixou uma taxa de 10% aos produtos provenientes da Guiné-Bissau, uma medida que Umaro Sissoco Embaló considera normal.

"Nós também vamos fixar-lhes as tarifas. É vice-versa (...). Trump é presidente dos Estados Unidos, Umaro Sissoco Embaló é presidente da Guiné-Bissau", defendeu Embaló.

Na comitiva presidencial que visitou as obras do futuro novo hospital, se encontrava o ministro da Economia, Soares Sambú, a quem Umaro Sissoco Embaló pediu que identificasse os produtos importados dos Estados Unidos para serem taxados em 10%.

 "Depois conversamos", disse Umaro Sissoco Embaló e lembrou ter dado a mesma resposta quando os Estados Unidos sancionaram o país, em 2023, alegando falhas no combate ao tráfico de seres humanos.

"É como quando nos sancionaram, nós também produzimos um decreto e sancionar os Estados Unidos. Simples. Depois conversamos, entendemos que foi um erro (da parte dos Estados Unidos) e nós também retiramos as nossas sanções (contra eles), tudo isso sempre numa dinâmica de que não existe Estado pequeno", sublinhou o presidente guineense.

No passado dia 18 de março e à saída de uma audiência com Sissoco Embaló, em Bissau, o embaixador norte-americano para o Senegal e Guiné-Bissau, Michael Raynor desmentiu que o seu país tenha imposto alguma sanção à Guiné-Bissau.

"Quero agradecer a oportunidade de esclarecer que nunca houve sanções impostas à Guiné-Bissau sobre o tráfico de pessoas ou outras quaisquer", afirmou Raynor para acrescentar que "houve sim restrições nas relações e parcerias".

O diplomata norte-americano observou que as restrições foram levantadas em 2024 devido aos esforços no combate ao tráfico de pessoas, fazendo com que a Guiné-Bissau fosse retirada da categoria menor nessa luta.ANG/Lusa

 

     
      Regiões
/ Administrador  de Farim  pede jangada ao Presidente da República

Oio, 15 Abr 25 (ANG)  - O administrador de sector de Farim, região de Oio norte do país, Adji Só pediu apoio do Presidente da República Umaro Sissoco Embalo para aquisição de uma jangada que assegurasse a travessia do rio  Farim por viaturas, bens e pessoas.

Só fez o pedido em declarações ao Correspondente da ANG na Região de Oio sobre diligências em curso para recuperação da jangada avariada que assegurava a travessia do rio.

“Perante está situação, eu enquanto o administrador do sector, estou preocupado com o não funcionamento da barcaça de transporte colocado no rio Farim, que liga o sector de Farim ao resto do país”, disse.

Adji Só disse que a jangada não está a funcionar, por causa do corte do cabo que permite a sua deslocação.ANG/AD/ÂC//SG

segunda-feira, 14 de abril de 2025

Dia Mundial de Café/”O consumo moderado do café está associado a redução de riscos de doenças cardiovasculares”, diz nutricionista Elizângela

Bissau, 14 Abr 25(ANG) – A nutricionista Elizângela Alfredo disse hoje que a recomendação de consumo moderado de café está a associado a redução de riscos de doenças cardíacas.

A nutricionista falava hoje em entrevista exclusiva à ANG, sobre os benefícios e prejuízos do café, no âmbito do Dia Mundial desta segunda bebida mais consumida depois da água, que se assinala hoje, 14 de Abril.

O Dia Mundial do Café, foi instituído em 2015, pela Organização Internacional do Café (OIC) para homenagear não só os produtores, mas também para mostrar a sua importância na economia mundial.

 “Quando falamos dos benefícios do café é por ser bebida energética, porque aumenta o desempenho físico, alivia stresse, auxilia na digestão, reduz dores de cabeça, previne o câncer,  aumenta capacidade de concentração, provoca insónia, evita mau humor, se for tomada nas quantidades certas”, afirmou a nutricionista.

Segundo Elizângela Alfredo,   o café atua como um antidepressivo e anti diabetes  tipo 2,  consumir uma à duas chávenas por dia é suficiente para diminuir as possibilidades de se ter prolemas
 cardíacas.

Disse que apesar destes benefícios, o café possui igualmente aspectos negativos se for consumida de uma forma excessiva, levando a efeitos colaterais como o riscos de desenvolver doenças cardiovasculares e problemas de sono.

Os viciados do café, refere, queixam-se de dores de cabeça, enjoo e outras doenças.

Por isso, recomenda o consumo moderado do café como forma de evitar os problemas de saúde .

A nutricionista Elizângela Alfredo exorta os guineenses o consumo ,  no máximo, de  uma chavena do café por dia.

Em relação a venda do café em carinhos de mão, em quase  todas as ruas e Avenidas de Bissau, Elizangela Alfredo disse que é uma situação nova para os guineenses, porque não era  hábito dos guineenses tomar uma chavena do café na rua como acontece agora, mas mesmo assim recomenda o seu consumo moderado.ANG/LPG/ÂC//SG 

Sudão/ Cerca de 30 milhões de civis precisam ajuda humanitária e são ignorados - MSF

Bissau, 14 Abr 25 (ANG)  - Os Médicos Sem Fronteiras (MSF) alertaram que quase 30 milhões de sudaneses precisam de assistência humanitária e lamentam que a população continue ignorada, a ser bombardeada, sem alimentos e cuidados médicos, ao assinalarem hoje dois anos de guerra.


A guerra no Sudão entre as Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês) e as Forças Armadas Sudanesas (SAF, na sigla em inglês) entra no seu terceiro ano esta terça-feira e, assinala a MSF, as pessoas continuam "sem ser vistas, bombardeadas, deslocadas e privadas de alimentos, cuidados médicos e serviços básicos de salvamento".

De acordo com dados das Nações Unidas (ONU), citados em comunicado, 60% dos 50 milhões de habitantes do país - cerca de 30 milhões - precisam de assistência humanitária e as pessoas estão a enfrentar crises sanitárias simultâneas e um acesso limitado aos cuidados de saúde pública.

Por isso, os MSF reiteram o seu apelo às partes beligerantes, e aos seus aliados, para que garantam a proteção dos civis e pessoal que presta ajuda humanitária e que sejam eliminadas todas as restrições à circulação de material e pessoal, "especialmente à medida que se aproxima a estação das chuvas".

"Onde quer que se olhe no Sudão, encontram-se necessidades - esmagadoras, urgentes e não atendidas. Milhões de pessoas não estão a receber quase nenhuma assistência humanitária, as instalações médicas e o pessoal continuam a ser atacados e o sistema humanitário global não está a conseguir fornecer nem uma fração do que é necessário", lamentou a coordenadora de emergência dos MSF, Claire San Filippo, citada no comunicado.

"Durante os últimos dois anos, ambas as partes beligerantes bombardearam repetida e indiscriminadamente zonas densamente povoadas", frisa a organização médico-humanitária internacional.

Em particular as RSF e os seus aliados "desencadearam uma campanha de brutalidade, incluindo violência sexual sistemática, raptos, assassínios em massa, pilhagem de ajuda, destruição de bairros civis e ocupação de instalações médicas. Mas ambas as partes cercaram cidades, destruíram infraestruturas vitais e bloquearam a ajuda humanitária", denuncia.

O Sudão está a enfrentar a guerra e múltiplas emergências de saúde, que se sobrepõem, como "lesões traumáticas diretamente resultantes de ataques violentos" e surtos de sarampo, cólera e difteria.

Segundo o testemunho do médico Hanan Ismail Othman, dado aos MSF, a guerra provocou o aumento dos casos de ansiedade, stress pós-traumático, depressão e perturbações de sono.

Para o médico, estes foram os piores dois anos da sua vida, pois "toda a gente perdeu alguém ou, pelo menos, conhece alguém que perdeu".

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 70% das instalações de saúde em áreas afectadas pelo conflito estão pouco operacionais ou completamente fechadas. 

"O povo do Sudão já suportou este horror durante dois anos a mais, não pode nem deve esperar mais", reiteraram os MSF que atualmente apoiam mais de 33 instalações de saúde em dez estados do país. ANG/Inforpress/Lusa

 

Sociedade/CCD exorta o Estado à investigar denuncia de invasão contra residência do Presidente da LGDH

Bissau, 14 Abr 25 (ANG) - O Consórcio da Casa dos Direitos exorta o Estado da Guiné-Bissau e em particular o Governo a investigação da denúncia da invasão feita por familiares do presidente da LGDH, Bubacar Turé, segundo as quais indivíduos que se apresentaram como agentes de justiça terão invadido a residência de Bubacar Turé.

A exortação foi feita através de um Comunicado à Imprensa do  Consórcio da Casa dos Direitos, que congrega Associação para Cooperação Entre os Povos ACEP, Ação Para Desenvolvimento AD, Associação dos Amigos das Crianças AMIC, Associação das Mulheres Profissionais de Comunicação Social AMPROCS, Liga Guineense dos Direitos Humanos LGDH, Mindjeris di Guiné Nô Lanta MIGUILAN, Rede Nacional das Associações Juvenis RENAJ, Rede Nacional das Rádios Comunitárias RENARC, Rede Nacional de Luta Contra Violência Baseada no Género RENLUV e TINIGUENA.

"Nós, membros do Consórcio da Casa dos Direitos, manifestamos a nossa profunda solidariedade ao Bubacar Turé, e a toda a sua família pela perseguição e invasão de privacidade”, lê-se no comunicado.

Os membros do Consórcio da Casa dos Direitos, dizem ter tomado  conhecimento da situação através de familiares do Presidente da LGDH, Bubacar Turé, segundo os quais , no dia 12, às 09 horas, seis homens não identificados invadiram a sua residência familiar para “buscas ilegais”.

Segundo o comunicado, os homens alegaram ser agentes de justiça sem no entanto exibir qualquer uma notificação ou mandado judicial, e  insistiram em notificar o presidente da Liga, e entrar, sem permissão, na sua residência .

"A confirmarem-se estes factos, em particular as alegações destes homens de serem agentes da justiça, a sua atuação decorreu à margem de todas as prerrogativas legais e configura um atropelo aos direitos fundamentais do cidadão Bubacar Turé, com o objetivo de o intimidar, silenciar e reprimir a liberdade de expressão na Guiné-Bissau", refere o comunicado.

O Consórcio alega que é necessário assegurar que quaisquer suspeitas que recaiam sobre o Presidente da Liga dos Direitos Humanos sejam investigadas nos termos da Lei, respeitando o devido processo legal  com a máxima transparência, garantir à todos os cidadãos e em particular ao Presidente da Liga dos Direitos Humanos, o pleno gozo dos seus direitos de liberdade de expressão e de mobilidade.

A organização apela o respeito aos Direitos Humanos consagrados na Constituição e demais legislação, em todas as suas atuações.

E acusa que se trata de “mais uma vil investida do regime autoritário de Bissau” contra os defensores dos direitos humanos, com o propósito de “silenciar todas as vozes que procuram trazer à luz as várias e sucessivas violações dos Direitos Humanos”.

O Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), Bubacar Turé, denunciou, quinta-feira passada, que praticamente todos os pacientes submetidos ao tratamento de hemodiálise no Hospital Nacional "Simão Mendes" acabaram por falecer, mas as autoridades sanitárias que regiram de imediato, negam que tenha havido mortes entre  os 11 pacientes que atualmente são submetidos ao tratamento de hemodiálise, em Bissau, e pediram uma investigação judicial para que Bubacar Turé seja responsabilizado criminalmente por alegada “falsa denúncia” ANG/MI/ÂC//SG

Desporto-futebol/Benfica sofre 1ª derrota no campeonato diante de Pefine

Bissau, 14 Abr 25(ANG) - O campeão nacional, o Sport Bissau e Benfica sofreu no sábado (12), a primeira derrota no Campeonato Nacional da primeira divisão, a “Liga-Orange” ao ser derrotado por 2-1, frente ao Flamengo de Pefine, de Bissau.

Os comandados de Romualdo José da Silva (Aldo) foram surpreendidos pelo Rubro-negros de Penafiel ,no Estádio Lino Correia, no primeiro jogo da segunda volta do campeonato para as ambas equipas.

Com este resultado, o Flamengo de Pefine chega aos 24 pontos, e Sport Bissau e Benfica, com 37 pontos, ainda comanda isolado a tabela classificativa com 37 pontos, seguida pela UDIB com 34 pontos.

Na primeira volta do Campeonato Nacional da primeira divisão, em 15 partidas, O Sport Bissau e benfica registou 11 vitórias, 4 empates e 0 derrotas.

As restantes partidas produziram os seguintes resultados: UDIB-3/FC Pelundo-3, CDR.Gabú-0/Portos de Bissau-1, Nuno Tristão Futebol Clube de Bula-1/FC.Canchungo-2, FC.Sonaco-0/Arados Futebol Clube de Nhacra-0, Hafia de Bafatá-1/FC.Cumura-2, Tigres de São Domingos-1/Sporting Clube da GuinéBissau-0, FC.Cuntum-2/Balantas de Mansoa-1.

Eis a tabela classificativa, apôs a 16ª jornada de 2ª volta da maior prova de futebol nacional.

1º-Sport Bissau e Benfica-37 pts              9º- SC. da Guiné-Bissa-22 pts

 2º-UDIB-34 pts                                           10º-FC.Canchungo-22 pts

 3º-Os Balantas de Mansoa-27 pts           11º-FC. Cuntum-21pts

 4º-CDR.Gabú-25 pts                                12º-Háfia de Bafatá-18 pts

5º-Portos de Bissau-24 pts                       13º-Tigres de São Domingos-16 pts

6º-Flamengo de Pefine-24 pts                  14º-NTFC.Bula-13 pts

7º-FC.Cumura-23 pts                                15º-FC.Pelundo-13 pts

8º-HFC.Nhacra-22 pts                              16º-FC.Sonaco-08 pts

Para os encontros da 17ª jornada estão previstos os seguintes encontros: Sport Bissau e Benfica/Nuno Tristão de Bula, FC.Cumura/Tigres de São Domingos, FC.Canchungo/Portos de Bissau, Arados FC. Nhacra/UDIB, Os Balantas de Mansoa/Flamengo de Pefine, Sporting Clube da Guiné-Bissau/FC.Sonaco, FC.Pelundo/FC.Cuntum.
.ANG/LLA/ÂC

 

 

 

Regiões/ Rede Plus recomenda maior  participação das comunidades  nas questões ambientais no Arquipélago dos Bijagós

Bolama, 14 Abr 25(ANG) – A  Rede Plus recomendou no último fim de semana a  promoção e participação massiva de elementos da comunidade nos  assuntos ambientais do Arquipélago de Bijagós.

De acordo com o despacho do  Correspondente da ANG na Região de Bolama/ Bijagós, essa recomendação saiu de um workshop realizado no passado dia 12 pelo projeto REDE PLUS, na lha de Bubaque.

Os participantes desse seminário ainda  recomendaram o reforço de campanhas de sensibilização dos atores implicados na exploração dos recursos marinhos e florestais, e o cumprimento da lei da Pesca Artesanal que proíbe a existência de acampamentos de pescadores.

A promoção de uma campanha de Lobby e advocacia junto das autoridades regionais e central, para criação de um gabinete de elaboração de projetos que promovem o desenvolvimento sustentável da Ilha, o reforço de capacidades dos membros da rede das associações de base sobre técnicas de elaboração de projeto e mobilização de fundos, foram outros pontos constantes nas recomendações desse encontro de trabalho.

O Secretário Regional Administrativo de Bolama/Bijagós, Queba Sanhá ,em representação do governador , agradeceu, no ato de abertura, aos responsáveis do projeto pela inclusão da região nas áreas de atuação do projeto , por estar a enfrentar os efeitos das mudanças climáticas .

Sanhá  pediu aos participantes do workshop para serem interlocutores nas suas comunidades, a fim de sensibilizar mais elementos da comunidade  sobre questões de  alterações  climáticas, “porque é a  própria ação do homem que contribui para essas alterações .

Sanhá deu maior ênfase às associações de base na sensibilização e mudança de comportamento nas comunidades e reconheceu que essas são parceiras do Governo.

Sublinhou que não é possível ter uma boa agricultura e boa colheita sem ter um bom ambiente para isso, e defende que as questões ambientais devem merecer a preocupação de todos os cidadãos da Guiné-Bissau.

Segundo o Responsável do programa  do Fundo das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação FAO, Mário Filinto dos Reis, a REDE faz parte de um dos compromissos que o país assumiu no  âmbito do Acordo de Paris, que  abrange  cinco países da sub-região.

Reis  disse  que é importante que a Guiné-Bissau mude  o seu sistema de produção devido à mudanças climáticas, porque  “tem  todas as condições para consumir o que produziu ao invés de importar  produtos agrícolas”.

Lamentou a  falta do engajamento do Estado no  setor agrícola,  e chama a atenção de que quando se pretende  transformar o sistema de produção não se  deve mexer com o meio ambiente.

“A preocupação de FAO é  aumentar a produção  sem prejudicar o meio ambiente”, disse, acrescentando que “para   se ter uma vida condigna  deve-se passar pela  utilização  sustentável dos  recursos marinhos assim como florestais”.

O projeto REDE PLUS é financiado pelo Fundo Verde de Clima e  opera em cinco países da África nomeadamente: Guiné-Bissau, Benim, Gâmbia, Guiné Conacri e Serra Leoa, e tem a duração de  29 meses, e está a ser implementado pelo Ministério do Ambiente, Biodiversidade e Ação Climática sob coordenação da  FAO.ANG/SC/JD/ÂC//SG

 

China/Vietname/ Presidente Jinping inicia périplo apostado em diminuir impacto das taxas aduaneiras

Bissau, 14 Abr 25 (ANG) – O presidente chinês começou nesta segunda-feira no Vietname um périplo pelo sudeste asiático que o levará, em seguida, à Malásia e ao Camboja. Xi Jinping pretende compensar o impacto dos elevados direitos aduaneiros decretados pelo presidente norte-americano contra produtos chineses.

"O protecionismo não leva a lugar nenhum e nenhum vencedor sairá daqui !"

Foi, em substância, o que afirmou Xi Jinping, citado pela agência China nova.

Pequim realça a grande importância deste périplo asiático.

A China pretende compensar o impacto dos direitos alfandegários proibitivos que o presidente norte-americano decretou contra os produtos chineses.

Pequim pretende assumir-se como parceiro estável junto do Vietname, da Malásia e do Camboja. E isto contrariamente aos Estados Unidos que anunciaram direitos alfandegários à escala mundial.

A Asean, bloco de integração do sudeste asiático, é capital para as exportações chinesas: trata-se da primeira região do mundo a importar produtos da China com um total de 586, 5 mil milhões de dólares no ano passado.

O Vietname destaca-se no grupo com 161,9 mil milhões de dólares e a Malásia contabiliza 101,5 mil milhões.

Pequim e Hanói têm relações económicas estreitas, mas o Vietname mantém, ainda assim, boas relações com os Estados Unidos. ANG/RFI