quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Presidenciais 2014


                            Hélder Vaz promete refundar o Estado guineense

Bissau, 26 Fev. 14 (ANG) – O antigo Director-Geral da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), Hélder Vaz procedeu a entrega da sua candidatura ao Supremo Tribunal de Justiça, com vista a eleição presidencial de 13 de Abril.

Hélder Vaz apoiado pelo partido Resistência da Guiné-Bissau (RGB-MB), disse que com a refundação do Estado estarão criadas condições para levar a cabo reformas nas Forças Armadas, Justiça, Administração Pública, descentralização e realização das autarquias entre outros.

“Mas tudo isso passa primeiramente pela restituição do poder do povo. Nós tivemos o privilégio de ter lutado pela democracia, de 1974 até 1991. Fui um dos fundadores da democracia guineense e para tal tenho a responsabilidade de restaura-la hoje”, salientou.

O líder da RGB declarou que a democracia só se constrói, com “quem a conhece, que lutou por ela, que a ama, a estima e que sofreu imenso por ela”.

Perguntado sobre quais serão suas prioridades se vier a ser escolhido pelo povo e ocupar a cadeira de Presidente da República, Hélder Vaz respondeu que são imensas e é difícil indicar uma.

Para justificar essa afirmação classificou que o país se encontra num estado de caos absoluto, pelo que a primeira coisa a fazer é refundar o próprio Estado, ou seja, reerguer os seus valores.

O Presidente da Resistência da Guiné-Bissau frisou que o Estado que foi criado sobre o valor da soberania e da liberdade colectiva do povo guineense em 24 de Setembro de 1974, encontra-se hoje frustrado e estatelado no chão, falido e sem credibilidade. “Quase que não existe”.

“É preciso refundar o Estado sobre os valores de aspirações que unem todos os guineenses nomeadamente a paz, a estabilidade, a unidade nacional, a coesão interna, a reconciliação nacional na base da verdade e da justiça”, vincou.

Vaz sublinhou que pretende um Estado fundado sob os valores da projecção do bem-estar das famílias, a criação e distribuição das riquezas, promoção da educação, saúde, emprego, etc.

ANG/ÂC
 



terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Carnaval 2014




POP mobiliza 1338 agentes para assegurar festejos  

Bissau, 25 Fev. 014 (ANG) - O Chefe de Operações da Polícia de Ordem Pública (POP) afirmou terem mobilizado cerca de 1400 agentes para garantir segurança durante os festejos do carnaval 2014, a nível de todo o território nacional.

Bernardo Vieira João da Silva em declarações a ANG disse que a POP dispõe de um plano estratégico, que inclui a colocação de 938 agentes no Sector Autónomo de Bissau e 400 outros distribuídos nas oito regiões do país.

O responsável das operações do POP explicou que, para a execução deste plano, a corporação dispõe de número suficiente de homens e viaturas.

“As festividades do carnaval deste ano devem ocorrer na base de civismo, sem perturbação ou intimidações”, desejou.

Bernardo da Silva admitiu que pela experiencia vivida nos eventos anteriores e de acordo com o plano estratégicos, o grosso do contingente policial do numero acima indicado será colocado em lugares mais vulneráveis e susceptíveis a pratica de crimes.

Este ano a POP dispõe de número suficiente de viaturas e de agentes para levar a bom termo a operação carnaval, ao contrário do que se verificou nas edições anteriores, elogiou Bernardo da Silva.

O Comandante apelou aos foliões no sentido de preservarem o civismo durante as manifestações, pois a POP será implacável contra qualquer tipo de perturbação durante os festejos. 

“Catanas, laminas, facas, garrafas de vidro e outros materiais cortantes são proibidos durante as manifestações” advertiu em tom severo o responsável das operações do POP, que esclarece que o infractor será punido sumariamente no local e depois liberto.

ANG/AI/JAM

CPLP



Comunidade lusófona quer evitar dupla tributação


Bissau, 24 Fev 14 (ANG)- Os Estados-membros da CPLP decidiram relançar as negociações de convenções bilaterais para evitar a dupla tributação na comunidade e acelerar os investimentos e promover o crescimento económico.

A decisão foi tomada na reunião dos ministros das Finanças da comunidade, que discutiu, recentemente em Maputo, a “Crise Financeira Mundial: Opções de Investimento Público e Privado para a Promoção do Crescimento Económico na CPLP” e “Gestão Sustentável de Recursos Naturais, seu impacto na Receita do Estado”.

Os países querem evitar, por exemplo, que uma empresa registada em Angola e que invista em Cabo Verde tenha de pagar o mesmo imposto nos dois países. “Foram tomadas decisões que vão concorrer para a uniformização de normas e procedimentos nos diferentes serviços que compõe a esfera das finanças, designadamente as Alfândegas e a Supervisão de Seguros”, avançou o secretário de Estado das Relações Exteriores, no Aeroporto 4 de Fevereiro, no momento em que regressava de Maputo. 

O relatório da presidência de Angola foi muito elogiado e adoptado como modelo para futuros relatórios da organização. 

O encontro seguiu-se à reunião do Conselho de Ministros, que recomendou à próxima Cimeira dos chefes de Estado a adesão da Guiné Equatorial, como membro de pleno direito da organização.

Na abertura do encontro, o secretário executivo da CPLP, Murade Murargy, defendeu a transformação das economias para criar oportunidades de emprego para as pessoas, negócios para as empresas e canalizar uma parcela dos ganhos, através de políticas públicas, para melhorar as condições de vida da população, que deve fazer parte do crescimento. 

“Esta realidade vai traduzir-se, a prazo, em melhores níveis de desenvolvimento humano, minorando as desigualdades, o que, por sua vez, vai permitir acelerar o ritmo de transformação económica, no quadro de um círculo virtuoso de crescimento e desenvolvimento”, disse Murade Murargy, apontando ainda como ganho a aceleração da inovação, com a utilização de novas tecnologias, e induzir saltos qualitativos no desenvolvimento social e económico dos países. 

O secretário executivo      defendeu a melhoria da acessibilidade aos mercados, através da integração regional, estruturação e organização do mercado interno, para gerar novas oportunidades a empresários e consumidores. Pediu, ainda, a criação ou consolidação de quadros legais ou normativos, para permitir uma gestão correcta das terras, sistemas fiscais eficazes e mecanismos e incentivos que acelerem e diversifiquem o crescimento no sector primário. 

Por exemplo, disse o diplomata, para melhorar a produtividade agrícola é preciso criar uma boa rede de transportes e promover a utilização de fertilizantes e de sementes de mais qualidade. “Isto pode alavancar o aproveitamento do potencial em África, por exemplo, onde estão 24 por cento das terras aráveis, apesar de o continente só contribuir com nove por cento da produção mundial do sector”, explicou.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) aconselharam, por unanimidade, a entrada da Guiné Equatorial na organização, sob a forma de uma recomendação à cimeira dos Chefes de Estado e de Governo que se realiza em Díli, em Julho. 

“Depois de analisarmos o relatório e acompanharmos o cumprimento do roteiro que tinha sido estabelecido para a Guiné Equatorial, após várias discussões, os ministros decidiram recomendar à próxima Cimeira a adesão da Guiné como membro de pleno direito”, informou o secretário de Estado, Manuel Augusto. 

Os ministros registaram como muito positiva a declaração feita pelo ministro dos Negócios Estrangeiros da Guiné Equatorial, Agapito Mba Mokuy, que anunciou que vigorava no seu país um “dispositivo legal” que responde às exigências que a CPLP impõe quanto ao estabelecimento de uma moratória sobre a pena de morte. 

Manuel Augusto disse que o processo levou quatro anos, desde a Cimeira de Luanda, em 2010, e teve um epílogo feliz, porque a Guiné Equatorial fez esforços significativos para o cumprimento das exigências e requisitos da organização.

Os ministros concluíram que a situação política na Guiné-Bissau continua a inspirar “forte preocupação” e denunciaram que “incidentes graves” e a “contínua impunidade” demonstram a fragilidade das instituições guineenses e do Estado de Direito no país.

Apesar disso, saudaram a conclusão do recenseamento eleitoral, que constitui um passo importante para a realização das eleições e, consequente, a normalização política, social e institucional do país. 

O Conselho de Ministros instou as forças vivas da Guiné-Bissau a envidar todos os esforços para a realização das eleições. Os ministros congratularam-se com o início de funções do representante especial da CPLP na Guiné-Bissau, tomou nota do seu relatório e do relato verbal do representante da União Africana na Guiné-Bissau e do relatório do representante especial do Secretário-Geral das Nações Unidas para a Guiné-Bissau, que dão conta dos avanços registados no processo eleitoral e das dificuldades que persistem.

(Jornal de Angola).

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

PAIGC


Militantes do PAIGC intentam Previdência Cautelar contra presidente do partido

Bissau, 24 Fev. 14 (ANG) – Um grupo de 12 militantes do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC), prometeram avançar com uma Providência Cautelar no Tribunal de Bissau contra aquilo que consideram de “atrocidades” que estão sendo cometidas pelo actual Presidente do partido, Domingos Simões Pereira.

Secuna Coté, um dos militantes inconformados, disse em conferência de imprensa que o candidato derrotado no VIII Congresso, Braima Camará, teria remetido ao novo presidente eleito o nome de 25 dos seus apoiantes para constarem na lista do Comité Central, mas que entretanto, Simões pereira terá “pura e simplesmente” ignorado.

“Temos exemplo da Sra. Cumba Mané que é Presidente da Comissão Política do Círculo 25 e por inerência devia ter assento no Comité Central, mas que viu seu nome riscado”, denunciou.

Secuna Coté informou ainda de Constantino Có, Presidente da Comissão Política do Sector de São Domingos, que pelo facto de ter apoiado a lista de Braima Camará foi sancionado.

“Temos a Sra. Palmira que é a 1ª Secretária da UDEMU de Cacheu. Temos Mamadú Baldé, Coordenador da Juventude em Cacheu, os quais foram ignorados por terem apoiado a lista contrária no congresso do partido”, prosseguiu ainda Secuna Coté.

Sublinhou que, existe um caso mais flagrante na região de Biombo, em que valendo-se da sua influência como Presidente do partido, Domingos Simões Pereira teria recomendado o nome da sua cunhada Valentina Mendes Djaló que passou a constar na lista dos membros do Bureau Político, em substituição do Vice-presidente da Comissão Política daquela região, Jaimentino Có.

 “Quando foram anunciados os nomes das pessoas que iriam integrar o Comité Central no Congresso, muitos militantes pediram a palavra para protestar e a Presidente da Mesa do evento, Cármen Pereira recusou, afirmando que só deveriam falar daqui há quatros anos no próximo Congresso”, frisou.

Coté prometeu continuar a luta no partido até que as suas reivindicações sejam atendidas.

ANG/ÂC


Presidenciais



PAIGC escolhe seu candidato a PR próximo fim-de-semana

Bissau, 24.02.14 (ANG) O Partido Africano para Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC) vai escolher o seu candidato as eleições presidenciais de Abril, este fim-de-semana.

A possibilidade foi admitida a ANG hoje pelo Presidente do Conselho de Jurisdição dos libertadores, Luís Melo ao ser convidado a indicar as personalidades desta formação política que manifestaram a intenção de concorrer as “primárias”, com vista a disputa presidencial.

De acordo com este responsável, até ao dia 23, data limite da entrega de intenções de candidaturas, dez militantes teriam já formalizado as mesmas e, segundo Luís Melo, neste momento, está em curso o processo de análises para precisar as suas conformidades com as normas estatutárias do partido.

Entretanto, em conversa com o repórter de ANG na sede do PAIGC, um alto membro e deputado desta formação política confidenciou que perfilam-se na corrida, entre outros, o deposto Primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior, Mário Cabral, Manuel dos Santos e Luís Oliveira Sanca, ambos combatentes de liberdade de pátria, o Ministro das Pescas, Mário Lopes da Rosa e o antigo Ministro da Finanças, João Mário Vaz.

ANG/QC