quinta-feira, 30 de março de 2023

Bélgica/Sete detidos suspeitos de planear ataque terrorista

Bissau, 30 Mar 23 (ANG) – Sete pessoas, cinco de nacionalidade belga, um turco e um búlgaro, foram quarta-feira detidas na Bélgica, em duas investigações sobre “possíveis ataques terroristas”, adiantou o Ministério Público federal.


Os suspeitos, a maioria na casa dos 20 anos, foram detidos na madrugada de segunda-feira, durante uma operação contra movimentos ‘jihadistas’ que visou jovens radicalizados.

O Ministério Público Federal anunciou oito detenções na terça-feira de manhã, sendo que um dos suspeitos foi libertado.

As detenções ocorreram no contexto de duas investigações em andamento em Bruxelas e na Antuérpia, que têm “ligações entre elas”, e depois de suspeitas de planeamento de um ataque, referiu a procuradoria.

Os alvos potenciais destes terroristas não foram determinados nesta fase, noticiou a agência France-Presse (AFP).

O juiz de instrução na investigação realizada em Antuérpia determinou hoje quatro mandados de detenção.

Estes tiveram como alvo Elias E.A., nascido em 2003, de nacionalidade belga, Sebastian B. (2003, belga) Harun C. (1987, turco) e Vanessa B. (1999, belga)", detalhou a procuradoria em comunicado.

Os quatro foram acusados de "participar em atividades de um grupo terrorista", "preparar um crime terrorista", "divulgar uma mensagem com a intenção de incitar à prática de um crime terrorista" e "tentativa de homicídio num contexto terrorista", acrescentou a mesma fonte.

No caso investigado em Bruxelas, três outros suspeitos foram detidos: Adam D., nascido em 2004, de nacionalidade belga, Karim H. (2000, belga) e Sergey R. (2003, búlgaro)".

Sergey R. e Karim H. são acusados de uma única acusação de "participação nas atividades de um grupo terrorista", indica ainda a acusação.

Adam D. também é acusado de "preparar um crime terrorista" e "divulgar uma mensagem com a intenção de incitar a cometer um crime terrorista".

Na investigação em Bruxelas, os três suspeitos foram detidos em Molenbeek, Schaerbeek (dois municípios da capital belga) e em Zaventem, próximo de Bruxelas.

Já no caso investigado em Antuérpia, um dos cinco suspeitos detidos na madrugada de segunda-feira foi libertado.

Os sete suspeitos detidos vão comparecer na segunda-feira perante o tribunal responsável pela fiscalização da prisão preventiva. ANG/Lusa

 

Guerra/Zelensky pede mais apoio internacional para vencer guerra e defender democracia

Bissau, 30 Mar 23 (ANG) – O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu quarta-feira mais apoio internacional para o que designou como uma “guerra contra a democracia” no seu país.


Numa intervenção em formato virtual na 2.ª Cimeira das Democracias do mundo, evento patrocinado pelos Estados Unidos, Zelensky assinalou que “a defesa pela democracia” no seu país deve contar com “todas as armas” para garantir a vitória sobre a Rússia.

“Quanto mais restrições forem impostas à defesa, mas baixas e destruição se produzirão”, assegurou.

Zelensky também advertiu os países participantes na cimeira que a Rússia também está em guerra com esses Estados e “desde há muito tempo”.

“Luta através da desinformação, da ingerência nas eleições, da espionagem (…) e de tentar desencadear uma crise energética”, defendeu o chefe de Estado ucraniano.

A intervenção de Zelensky surge um dia depois do ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, ter pedido na mesma cimeira apoio ao plano de paz de Kiev para pôr termo ao conflito.

O chefe da diplomacia ucraniana recordou os dez pontos da proposta de Kiev, onde se incluem a segurança nuclear, a libertação dos presos ucranianos, a retirada das tropas russas e a restauração da soberania da Ucrânia.

Diversos líderes políticos participaram nesta iniciativa, a maioria através de discursos pré-gravados e de diversas áreas políticas, desde a chefe do Governo italiano, Giorgia Meloni, ao Presidente da Colômbia, Gustavo Petro.

O primeiro-ministro português, António Costa, o Presidente francês, Emmanuel Macron, o chanceler alemão, Olaf Scholz, e os chefes dos Governos britânico e israelita, Rishi Sunak e Benjamin Netanyahu, respetivamente, também participaram no evento.

A cimeira termina na sexta-feira com a intervenção do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, do secretário de Segurança nacional, Alejandro Mayorkas, e de outros funcionários norte-americanos.

Além dos Estados Unidos, os outros anfitriões desta segunda edição da cimeira são a Costa Rica, a Coreia do Sul, a Zâmbia e os Países Baixos.

A guerra na Ucrânia é um dos principais temas da cimeira, juntamente com debates sobre economia, corrupção e luta contra o autoritarismo, entre outros.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas. ANG/Lusa

 

Vaticano/Papa Francisco passou primeira noite hospitalizado

Bissau, 30 Mar 23 (ANG) - O Papa Francisco, hospitalizado desde 29 de Março em Roma, no hospital Gemelli, por problemas respiratórios,, passou a sua primeira noite internado, alguns dias antes do início da Semana Santa.


O Sumo Pontífice passou uma noite calma, segundo o representante do Vaticano, Matteo Bruni, após a sua hospitalização com problemas respiratórios. Três dias antes do início da Semana Santa, ainda não se sabe se o chefe dos católicos vai poder presidir às cerimónias, que começarão no domingo 2 de Abril com a Missa dos Ramos.

O chefe de Estado do Vaticano, de 86 anos de idade, foi hospitalizado na quarta-feira com uma infeção respiratória. O Papa tem sofrido problemas desta ordem desde que parte de um pulmão foi removido quando tinha 21 anos na Argentina.

A poucos dias da Semana Santa, é impossível dizer se o Bispo de Roma poderá presidir todas as cerimónias até ao  Domingo de Páscoa, dia 9 de Abril. Se Francisco não for capaz de o fazer, um cardeal será nomeado para o efeito.

Papa Francisco repousou bem durante a noite. O quadro clínico é em progressivo melhoramento e prossegue o tratamento programado. Depois do café da manhã, leu alguns jornais e retomou o trabalho. Antes do almoço, se recolheu em oração e recebeu a eucaristia na capela do seu quarto. ANG/RFI

 

Nova Iorque/Tribunal da ONU vai pronunciar-se sobre “obrigações” dos países no clima

Bissau, 30 Mar 23 (ANG) – A Assembleia Geral da ONU aprovou quarta-feira, com aplausos, uma resolução “histórica” para que o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) esclareça as “obrigações” dos Estados na luta contra as alterações climáticas.


A resolução, copatrocinada por mais de 130 países, pede ao TIJ para se pronunciar sobre a questão das “obrigações que cabem aos Estados” na proteção do clima “para as gerações presentes e futuras”.

Segundo o texto, trata-se de “um desafio inédito de importância civilizacional”.

“Juntos, estão a escrever a História”, disse o secretário-geral da ONU, António Guterres, considerando que, embora não seja vinculativo, o futuro parecer do órgão judicial das Nações Unidas pode ajudar os líderes a “tomar as medidas climáticas mais corajosas e importantes de que o mundo tanto necessita”.

O governo do Vanuatu lançou esta “iniciativa histórica” em 2021, após uma campanha iniciada dois anos antes por estudantes de uma universidade das Fiji, outro país insular localizado no Oceano Pacífico.

É “uma mensagem clara e consistente para todo o mundo e para o futuro, que, neste dia, os povos das Nações Unidas (…) tenham decidido deixar de lado as diferenças e trabalhar em conjunto para enfrentar o principal desafio do nosso tempo, as alterações climáticas”, declarou o primeiro-ministro do Vanuatu, Ishmael Kalsakau.

Na semana passada, um relatório dos peritos do Painel Intergovernamental contra as Alterações Climáticas (IPCC) da ONU advertiu que o mundo necessita de reduzir para metade as emissões de gases com efeito de estufa até 2030, para limitar o aquecimento global a 1,5 grau celsius neste século.

O texto, que sintetiza nove anos de trabalho do IPCC, lembra a necessidade de a humanidade agir de modo radical durante esta década crucial para garantir "um futuro habitável".

Apesar de os pareceres do TIJ não serem vinculativos, têm um peso legal e moral significativo, sendo muitos vezes tidos em conta pelos tribunais nacionais.

ANG/Lusa

 

quarta-feira, 29 de março de 2023


Ensino
/Presidente da CONAEGUIB pede ao governo  revogação do despacho que proíbe ingresso na Função Pública

Bissau, 29 Mar 23(ANG) – A  Presidente da Confederação Nacional das Associações Estudantis da Guiné-Bissau(CONAEGUIB) pediu, terça-feira, ao   governo que revogue o despacho do Primeiro-ministro que proíbe ingressos na Função Pública.

Rosália Djedjú que falava à imprensa após o encontro com Presidente da República, disse tratar-se de uma decisão exclusiva do  gabinete do Primeiro-ministro, que  impede  a contratação dos novos ingressos  na Adminstração Pública.

“Esta situação está  a afetar o funcionamento do ensino superior que neste momento se deparam com a falta de professores, e as escolas não  estão a funcionar em pleno”, sustentou.

Djedjú levou ao  Presidente da República informações sobre  o Manifesto  Estudantil denominado “ Escola I Nô Fiança”, produzido recentemente na sequência de uma reunião em que foram analisados o funcionamento do ensino médio e superior e seus constrangimentos.

Djedjú disse que diligências para se encontrar soluções para a situação do ensino no motivaram igualmente reuniões  com o Primeiro-ministro, ministro do Ensino Superior e Investigação Científica .

Disse que as escolas do Ensino Superior como Tchico Té, 17 de Fevereiro, a Escola Nacional de Administração, a Universidade Amílcar Cabral e a Escola de Formação de Professores “Amílcar Cabral”  de Bolama estão todas com falta de  professores efetivos.ANG/JD/ÂC//SG

 

 

Justiça/"PJ persegue ministro Botche Candé”, diz  director de gabinete

Bissau,29 Mar 23(ANG) - O Diretor de Gabinete do ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural(MADR), Braima Tcham acusa a Polícia Judiciária de “perseguição ao ministro Botché Candé”.

Segundo o jornal O Democrata,Tcham acusa esta corporação judicial de estar a fazer trabalho parcial sobre uma investigação criminal em curso, “para denigrir a imagem do líder do Partido dos Trabalhadores Guineenses(PTG).

Em conferência de imprensa, na terça-feira, Braima Tcham declarou  que o gabinete do ministro não vai admitir o que diz serem “atos de difamação, intriga e calúnia” contra a pessoa de Botche Candé,  e admite o recurso à uma queixa-crime contra a PJ.

As investigações da PJ deverão estar relacionadas a gestão de oferta de cinco mil toneladas de adubos feita pelas autoridades senegalesas ao Governo da Guiné-Bissau.

“Quando chegamos aqui, no Ministério de Agricultura, constatamos que os dois últimos ministros, Marciano Silva Barbeiro e Sandji Fati, contraíram uma dívida de mais de 700 milhões de francos CFA à empresa SOCOVEN PROAGRE SARL, que fornecia materiais agrícolas ao ministério”, refeiu Tcham.

Acrescentou  que quando o MADR recebeu várias toneladas de adubo, a SOCOVEN PROAGE SARL propôs que se fizesse  um encontro de contas.

“Informamos à todas as instituições e fizemos tal e qual foi acordado. Demos 71.280 sacos de adubo a essa empresa ” revelou, afirmando que se a PJ quiser investigar o caso das cinco mil toneladas de adubo doadas ao país, que interpele os dois últimos ministros, porque foram eles que assinaram o contrato com essa empresa. Que a PJ deixe de nos perseguir. Somos perseguidos até aos locais onde tomamos café. Somos guineenses, não merecemos ser tratados desta forma. Não sabemos as motivações das difamações, perseguições e calúnias. Talvez haja alguém por detrás disso. Mas é bom que essas pessoas nos confrontem” insistiu Braima Tcham.

Ainda sobre o mesmo assunto o assessor de imprensa do Ministro da Agricultura, Aliu Maquilo Baio diz que  o ministro da Agricultura está sob “perseguição forte sem fundamentos e sem provas” da parte da Polícia Judiciária”.

“Se quiserem investigar o contrato com a empresa SOCOVEN PROAGRE SARL, que interpelem os ex-ministros Marciano Silva Barbeiro e Sandji Fati, na qualidade de assinantes. As pessoas estão a ser instrumentalizadas, mas estamos tranquilos” , disse Maquilo Baio. ANG/O Democrata

 

Saúde/Presidente da República promete  ajuda para realização do Expo-Saúde no país

Bissau, 29 Mar 23 ANG - O Presidente da República, Umaro Sissoco Embaló prometeu apoiar a  realização de um evento denominado Expo-Saúde no país, de iniciativa de um grupo de profissionais de saúde  adventistas provenientes de Portugal.

A revelação foi feita pelo Pastor da Igreja Evangélica da Guiné-Bissau, na terça- feira , à saída do encontro com o chefe de Estado Sisssoco Embaló.

"Queremos agradecer esta oportunidade e foi uma honra termos sido recebidos pelo Presidente da República”, disse.

De acordo com o Pastor, foi  uma visita de trabalho, de cortésia ao mesmo tempo e também para levar ao conhecimento do Presidente da República  a pretensão da realização de um grande evento que vai ter lugar no país entre os dias 10 e 12 de Abril, denominado Expo-Saúde que será realizado pelos profissionais de saúde adventistas  provenientes de Portugal.

O Pastor Bobo Có disse acreditar que o referido evento vai trazer bênçãos para o país, porque os conselhos que serão dados serão muito úteis e benéficos e de grande ajuda para a população. ANG/MI/ÂC//SG

Religão/Organização da Cooperação Islâmica(OCI) visita a Guiné-Bissau entre 07 e 10 de Abril

Bissau, 29 Mar 23 (ANG) – Uma delegação da Organização da Cooperação Islâmica(OCI) visita a Guiné-Bissau entre 07 e 10 de Abril estando previstas várias doações à instituições religiosas do país e concessão  de bolsas de estudo à membros da Juventude Islâmica da Guiné-Bissau.

“O objetivo da delegação que será chefiada pelo Presidente da OCI,  é de se inteirar da situação da juventude e  realizar algumas ações, nomeadamente uma conferência na atual Escola Nacional de Administração (ENA) sob o tema Juventude e Emprego, também está previsto a concepção de bolsas interna à cinco estudantes da ENA”, disse o porta-voz da Comunidade da Juventude Islâmica da Guiné-Bissau, Queba Coma, a saída da audiência com o PR.

Coma acrescentou que, no dia seguinte, a mesma delegação fará uma conferência na Escola Attadamu, sob  o tema  “Juventude, Religião e Modernismo” e diz que também serão atruibuídas 10 bolsas interna aos estudantes da mesma escola.

O porta-voz revelou que a delegação de OCI ainda prevê  visita às  escolas corânicas do país, as quais deverá fazer  ofertas de arroz e açucar, para além de deslocações à  quatro instituições de Ensino Àrabe e religioso, e dois internatos de memoralização do Alcorão.

Coma disse que, a delegação de OCI vai visitar escolas corânicas na qual pretendem propor que os estudantes que estiveram fora dos internatos corânicos, passarão a benefiaciar de pagamento de propina mensal. Tendo salientado que, se possível o pagamento de propinas anual será ainda melhor.

No âmbito dessa visita a Comunidade Nacional da Juventude Islâmica irá propor quatro projetos, sendo três  projetos pilotos e um será na área das pescas para a redução da pobreza.

Coma adiantou que, um dos três projetos pilotos será na área de agricultura e que será  destinada à 50  mulheres, em todo o país.

Disse  que o outro projeto piloto será de  capacitação da juventude nas áreas de ciências exatas, como por exemplo, nas áreas de  engenharia e de medicina, ou seja, áreas que entenderam  que o país tem carência de quadros.

Informou que, o terceiro e último projeto piloto que vão propor à delegação da OCI tem que ver com a construção de um Complexo Social para albergar a sede da Juventude Islâmica da Guiné-Bissau com um salão de conferências, uma bibliotéca, entre outras dependências.

O porta-voz, disse que durante a estada da delegação no país, a mesma terá encontro com as autoridades nacionais, nomeadamente com ministro da Cultura, Juventude, de Agricultura, dos Negócios Estrangeiros, com o Primeiro-ministro, Presidente de Assembleia Nacional Popular e finalmente com o Presidente da República.

Segundo Queba Coma, em princípio a delegação de OCI  deve efetuar uma visita ao interior do país, concretamente à Aldeia de Bidjini pertencente à região de Bafatá, local  em que  situa a mesquita mais antiga da Guiné-Bissau.

Coma contou que a delegação de OCI vai visitar igualmente Mesquita Central da cidade de Bafatá na qual será doado também arroz e açucar e que visitará  ainda o Centro Internato das Crianças Talibés, local onde  as crianças estão a apreender ler e intrepretar o Alcorão, o livro sagrado da religião muçulmana.

“Não queremos que as crianças talibés estejam nas ruas, por isso, teremos que criar os meios alternativos para que as crianças continuem a apreender ler e interpretar o Alcorão fora das mendigações nas ruas”, disse Queba Coma .

Recentemente o Presidente de República deu ultimato às mendigações das crianças talibés nas ruas a pedir esmolas. Na base da decisão de Umaro Sissoco Embaló, os imames nacionais e o governo reuniram e  chegaram ao consenso de que todos devem colaborar para pôr fim a prática  e preparar  um futuro melhor para essas crianças.

 A delegação da Juventude da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI) vindo da Turquia,organização de que a Guiné-Bissau é membro, estará no país entre 07 e 10 de Abril. ANG/AALS/ÂC//SG

Sociedade/LGDH se congratula com decisão das autoridades nacionais de pôr fim  a mendicidade  de crianças talibés

Bissau, 29 Mar (ANG) - A Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) diz congratular com a decisão das autoridades nacionais de pôr fim a “mendicidade forçada e casamento infantil e forçado”, em cumprimento das suas obrigações internacionais.

O chefe de Estado guineense Umaro Sissoco Embaló ordenou   recentemente na região de Gabu, que  mestres corânicos e pais das crianças talibés que circulam nas ruas pedindo esmolas sejam  detidos caso essa prática prosseguir no país.

Em comunicado à imprensa à que  ANG teve acesso hoje, o organismo que defende os direitos humanos disse que a mendicidade forçada e casamento infantil e forçado constituem práticas tradicionais frequentes no país, e que  consubstanciam uma afronta à dignidade das crianças e mulheres, por isso considera de  corajosa a decisão das autoridades.

No documento, a LGDH disse que, no  âmbito da sua missão de promoção e proteção dos direitos humanos, tem denunciado, sistematicamente, a prevalência destas práticas na Guiné-Bissau, tendo, sucessivamente, exortado às autoridades nacionais no sentido de adoptarem mecanismos adequados com vista a erradicação dessas práticas no país.  

Para a LGDH, a mendicidade forçada não passa de um crime público de exploração de mão de obra infantil para assegurar as mordomias e o sustento de alguns adultos que fazem desta prática um meio de sobrevivência.

“Com efeito, as medidas anunciadas devem ser enquadradas numa estratégia global duradoura e sustentável de proteção das crianças, que inclui a aprovação de uma legislação incriminadora da mendicidade forçada e casamento infantil”, defende a LGDH na nota. 

A ordem do Presidente da República está a ser cumprida pelas autoridades religiosas e policiais.ANG/LPG/ÂC//SG

          CPLP/Guiné-Bissau acolhe exercício militar dos países lusófonos

Bissau, 29 Mar 23 (ANG) - A Guiné-Bissau acolhe, pela primeira vez, o exercício Felino que consiste em juntar militares dos países da comunidade lusófona para alguns dias de treino e ações simuladas de intervenções em missões de apoio à paz e de ajuda humanitária.

Neste exercício conjunto, vai testar-se a capacidade operacional e táctica dos militares em situações extremas de missões, por exemplo, sob a égide das Nações Unidas. Neste encontro de Bissau, que decorre durante três dias, estão reunidos cerca de 60 militares, na sua maioria guineenses.

O general Samuel Fernandes, porta-voz do Estado-Maior das Forças Armadas da Guiné-Bissau detalhou do que se trata o exercício Felino.

"Os exercícios militares foram conceptualizados pelas autoridades militares da CPLP em cumprimento das orientações emanadas pelos respectivos ministros da Defesa com a finalidade de gerar e aperfeiçoar as capacidades tácticas dos Estados-membros, promovendo a normalização de doutrinas tácticas tecnicas e procedimentos de forma  a formar uma força de tarefa conjunta de apoio à paz e humanitária sob a égide das Nações Unidas", declarou o militar.

Angola, São Tomé e Príncipe, Guiné Equatorial e Moçambique não vão participar no exercício que decorre em Bissau. Não foi explicado o motivo destas ausências. ANG/RFI

 

   Moscovo/  Suécia e Finlândia ameaçadas em caso de adesão à NATO

Bissau, 29 Mar 23 (ANG) - O embaixador da Rússia na Suécia disse que tanto a Suécia como a Finlândia se tornariam "alvos legítimos" de "represálias" devido ao processo de adesão destes dois países à NATO.

A Suécia vai convocar o embaixador russo após estas ameaças.

Viktor Tatarintsev, embaixador da Rússia na Suécia, disse que ao quererem aderir à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), os dois países se vão tornar "alvos legítimos" de "represálias" russas, inclusive "de natureza militar". A Suécia não gostou destas ameaças e resolveu chamar o embaixador russo por "tentativa evidente de influência" na polítíca do país. À AFP, Tobias Billström, ministro dos Negócios Estrangeiros da Suécia, disse mesmo que só a Suécia decide sobre a sua política de Defesa Nacional.

Estes dois países tinham escolhido até agora a neutralidade face à Rússia, mas perante a invasão da Ucrânia, tanto a Suécia como a Finlândia decidiram optar pela adesão à NATO devido à proximidade geográfica a Moscovo.

A Finlândia, que tem fronteira com a Rússia, aguarda apenas a ratificação da Turquia prometida pelo Presidente deste país, Recep Tayyip Erdogan, para entrar na NATO. Já a Suécia enfrenta o veto da Turquia e um adiamento da ratificação por parte da Hungria. 

Após o voto adiado sobre a adesão da Suécia em Budapeste, o Governo húngaro pediu hoje a este país que mude de tom e que pare "a politíca de difamação" face ao executivo de Viktor Orban. Não há ainda data para o Parlamento húngaro aprovar a adesão da Suécia. Estocolmo espera efectivar a sua entrada na NATO antes da próxima reunião desta organização, prevista para Julho, na Lituânia. ANG/RFI

 

  Moçambique/Deputados da oposição abandonam Parlamento  em protesto

Bissau, 29 Mar 23 (ANG) - O Parlamento moçambicano aprovou hoje com votos apenas da Frelimo a nova Lei Eleitoral que reduz de 18 para 15 meses o prazo da marcação da data das eleições. 

O projecto de lei pontual que estabelece o quadro jurídico para a eleição do Presidente da República e dos deputados da Assembleia da República foi viabilizada pelo voto majoritário da Frelimo já que tanto a Renamo como o MDM abandonaram a sala. 

Gerou-se o caos hoje no Parlamento moçambicano. O porta-voz da bancada parlamentar da Renamo, Arnaldo Chalaua, explica o que motivou o boicote da oposição durante a votação das leis que dizem respeito às eleições no país.

"Nós estamos aqui para mostrar a defesa da democracia e estamos aqui para defendermos a nao revisão da Constituição e nao assunção de poderes extraordinários para a revisão da Constituição", declarou o deputado.

O Movimento Democrático de Moçambique também abandonou a sessão. Para o porta-voz da bancada do MDM, Fernando Bismarques, a posição é clara.

"Ter uma maioria nao pode significar o rasgar da Constituição, o rasgar das leis, o rasgar das boas maneiras da convivência entre as bancadas parlamentares", indicou o parlamentar.

E foi na ausência da oposição que o Parlamento com votos maioritários da Frelimo aprovou o projecto de lei pontual que estabelece o quadro jurídico para a eleição do Presidente da República e dos deputados da Assembleia da República, numa altura em que o debate sobre as eleições distritais previstas para o próximo ano divide opiniões.

"Nós como bancada parlamentar da Frelimo vamos cumprir com aquilo que é a vontade da maioria e se tivermos que rever a Constituição para o adiamento destas eleições naturalmente que nos iremos prosseguir", disse Feliz Silvia, deputado da Frelimo.

A Lei Eleitoral prevê ainda a redução de 18 para 15 meses o prazo da marcação da data das eleições. ANG/RFI

 

Direitos Humanos/AI denuncia "dois pesos e duas medidas" perante violações

Bissau, 29 Mar 23 (ANG) - A Amnistia Internacional divulgou terça-feira, um relatório anual  alusivo aos acontecimentos de 2022 e nomeadamente à invasão da Ucrânia pela Rússia.

Ao saudar a reacção firme dos países ocidentais, esta organização de defesa dos Direitos Humanos não deixa de denunciar o que qualifica de "dois pesos e duas medidas" desses mesmos países relativamente à situação vivida noutros pontos do globo, conforme disse à RFI Pedro Neto, secretário executivo da Amnistia Internacional em Portugal.

"Vimos uma dualidade de critérios na resposta às crises e nas questões de Direitos Humanos. Vimos e muito bem, é preciso sublinhá-lo, uma condenação em larga escala à agressão russa em relação à Ucrânia. Vimos também disponibilidade do ocidente, da Europa, dos Estados Unidos em acolher refugiados ucranianos, mas depois, noutras situações, vimos que isso já não acontece. Perante situações semelhantes, a resposta é diferente. Não precisamos até de sair do conflito da Ucrânia onde refugiados ou pessoas que viviam na Ucrânia mas que eram nacionais de países terceiros e de países africanos, estas pessoas tiveram dificuldades em sair da Ucrânia para irem para novos países de refúgio. Isso foi logo aí um problema de discriminação", lamenta o defensor dos Direitos Humanos.

"Depois há outros conflitos esquecidos no mundo. Por exemplo, no Iémen onde a Arábia Saudita está e não há condenação à actuação da Arábia Saudita. Não há condenação à actuação da Arábia Saudita na violação no seu próprio país; o próprio Egipto, a própria guerra que vai acontecendo na Etiópia. Não há a mesma solidariedade, não há a mesma condenação. O próprio Israel que impõe um regime de Apartheid aos palestinianos e da comunidade internacional não há qualquer condenação, não há qualquer pressão para que este estado de coisas termine. Portanto, os estados vão agindo com maior ou menor impunidade, a comunidade internacional vai posicionando-se e utilizando a questão dos Direitos Humanos, não porque são o centro dos seus valores (...), mas quando dá jeito e quando interessa em termos geopolíticos e em termos de interesses económicos e financeiros", denuncia Pedro Neto.

Com efeito, no seu relatório anual, a Amnistia Internacional, denuncia um "silêncio ensurdecedor sobre o balanço da Arábia Saudita em matéria de direitos fundamentais", uma "passividade a propósito do Egipto", uma atitude de negação perante o que qualifica de "sistema de apartheid criado por Israel contra os palestinianos", a atitude da China que tudo faz para "travar qualquer acção internacional sobre os crimes contra a Humanidade que cometeu", bem como a incapacidade das instituições mundiais e regionais em dar algum tipo de resposta aos conflitos vigentes no Mianmar, no Iémen e na Etiópia.

Esta organização deu por outro lado conta de uma série de abusos de poder, referindo que 77 países procederam a detenções arbitrárias, 94 foram responsáveis por maus tratos e actos de tortura e 34 recorreram a desaparecimentos forçados, sendo que "na Austrália, Índia, Indonésia e Reino Unido, as autoridades aprovaram novas leis que impõem restrições às manifestações, enquanto no Sri Lanka utilizaram poderes de excepção para reprimir o movimento de protesto maciço contra a crise económica crescente.". Noutro aspecto, "as autoridades iranianas responderam à revolta sem precedentes contra décadas de opressão por uma força ilegal, disparando balas reais, projécteis de metal e gás lacrimogéneo, e espancando os manifestantes. Várias centenas de pessoas, incluindo dezenas de crianças, foram mortas.(...) A repressão afectou igualmente jornalistas, defensores dos direitos humanos e opositores políticos, por exemplo em Moçambique e no Zimbabué", menciona  ainda o relatório da Amnistia Internacional.

De facto, a repressão de manifestações, os entraves à liberdade de expressão foram o prato forte em vários países, nomeadamente em África. Nos países de África lusófona, Pedro Neto fala em "ano difícil""Em Angola, tivemos eleições, não se verificaram na altura incidentes por maiores de violência. No entanto, durante a campanha eleitoral, houve muitos sinais de violência, de repressão à liberdade de expressão e problemas antigos continuaram em vigor em Angola. Depois, claro, também na contagem dos votos, as contagens não foram claras, não foram conclusivos os relatórios dos observadores e, portanto, há aqui problemas também na questão das eleições. 

A liberdade de expressão e de reunião também foi afectada em Angola, muito com activistas também a serem perseguidos e detidos momentaneamente e também, muitas vezes, quando havia notícias de manifestações, os activistas que as organizavam eram detidos previamente pelos serviços do SIC (Serviço de Investigação Criminal). Depois temos também Cabinda que vive em estado de sítio permanente, com uma repressão absoluta à liberdade de expressão. 

Também em Angola, destaca-se a questão da seca, do acesso à água, do acesso à alimentação, muito no sul de Angola, também agravado pelos problemas das grandes fazendas que muitas vezes são geridas e são atribuídas a fazendeiros que têm ligações com o governo, quer os governos locais, quer o governo central, e isto pôs em causa a sobrevivência de muitas comunidades pastoris que vivem da criação de gado. Também em Angola, vimos ainda desalojamentos forçados a ocorreram principalmente em grandes centros urbanos", refere o activista.

Focando a sua atenção sobre Moçambique, o responsável evoca a instabilidade de Cabo Delgado, no extremo norte do país, como sendo um factor para a violação dos Direitos Humanos."Em Moçambique, muitas das violações dos Direitos Humanos estiveram ligadas à pressão de Cabo Delgado, isto provocou muito deslocados internos. As Nações Unidas estimam em cerca de um milhão e meio de deslocados. Também a destacar em Moçambique, a liberdade de expressão, não só para defensores dos Direitos Humanos e activistas, mas também para jornalistas que continuaram a ver o seu trabalho reprimido com intimidações, com ameaças sempre que criticaram as forças do governo", indica Pedro Neto.

Apesar de países como a Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe não serem citados no relatório que não cobre a totalidade do globo, Pedro Neto não deixa de referir que a Amnistia Internacional está atenta à situação desses países, citando nomeadamente o ataque de que foi vítima em Fevereiro de 2022 a rádio Capital em Bissau ou o assalto ocorrido em Novembro contra o quartel militar de São Tomé. "O pior inimigo destas questões e destes abusos contra os Direitos Humanos é o esquecimento" considera o activista ao lançar um apelo para que "a comunidade internacional não seja alheia a estas coisas e exija também ela própria que a justiça possa acontecer perante o mal que já foi feito".

Neste aspecto, o relatório considera nomeadamente que "é indispensável que as instituições e os sistemas internacionais destinados a proteger os nossos direitos sejam reforçados e não enfraquecidos. O primeiro passo consiste em financiar plenamente os mecanismos de defesa dos direitos humanos das Nações Unidas, a fim de permitir a realização de investigações, garantir a responsabilização e fazer justiça. A Amnistia Internacional pede também uma reforma do principal órgão de tomada de decisões da ONU, o Conselho de Segurança, a fim de fazer ouvir a voz dos países e das situações tradicionalmente ignoradas, em particular no hemisfério sul." ANG/RFI

    Ucrânia/Quase 20 mil crianças  deportadas ilegalmente pela Rússia

Bissau, 29 Mar 23 (ANG) - O Ministério da Reintegração da Ucrânia informou, na terça-feira, que um total de 19.514 crianças ucranianas foram deportadas ilegalmente pela Rússia, enquanto 4.390 encontram-se nos territórios ocupados.


"Os dados recolhidos serão usados por investigadores ucranianos e internacionais para processar os responsáveis pela deportação ilegal de crianças ucranianas", escreveu o ministério na rede social Telegram.

Na semana passada, a Ucrânia afirmou que Moscovo tem bloqueado "de forma repetida" o retorno de menores ucranianos, depois de terem sido deportados para território russo, isto apesar de admitir ter recebido sinais de que a Rússia poderia começar a devolver as crianças, segundo relatou a agência ucraniana Ukrinform.

A Rússia garantiu que 56 crianças ucranianas, internadas em centros para menores na Crimeia e em Krasnodar, estão preparadas para regressar para junto das famílias.

Os dados foram divulgados poucos dias depois de o Tribunal Penal Internacional ter emitido um mandado de prisão contra o Presidente russo, Vladimir Putin, e a comissária presidencial para os direitos da criança da Rússia, Maria Alekseievna Lvova-Belovapor, por supostos crimes de guerra relacionados com a deportação forçada de menores ucranianos. ANG/Lusa

 

terça-feira, 28 de março de 2023

Desporto-futebol/Guiné-Bissau perde liderança do grupo “A” apos derrota por 1-0 com as Águias da Nigéria

Bissau, 28 Mar 23 (ANG) – A Selecção Nacional de futebol da Guiné-Bissau, perdeu a liderança do grupo A após derrota por 1-0, com a sua congénere da Nigéria.

Em conferência de imprensa, apesar da derrota da seleção da Guiné-Bissau, o técnico nacional Baciro Candé continua confiante na qualificação dos “Djurtus” para a fase final do  Campeonato Africano das Nações (CAN-2024), que decorrerá na Costa de Marfim.

Baciro Candé defendeu que  a  sua equipa deu tudo para garantir o apuramento em casa, mas que,por falta de sorte, acabou perdendo por 1-0.

“Estamos a falar de uma seleção com uma dimensão superior a da Guiné-Bissau. Penso que os guineenses deviam orgulhar-se da dupla exibição que os rapazes fizeram contra essa seleção gigante e com jogadores de outro nível”, sustentou  Candé.

Disse  ser normal perder,  e que o futebol é feito de tudo. “Vencemos  na Nigéria e perdemos em casa, estatisticamente ocupamos a 2ª posição do grupo. Não vejo a razão de tantas críticas porque, matematicamente, a Guiné-Bissau já está no CAN”, disse Baciro Candé.

Faltam  dois jogos no grupo para se confirmar a  qualificação.

Para o técnico nigeriano, o português José Peseiro, o resultado se deve ao fato de sua equipa ter jogado  melhor que a Guiné-Bissau nas duas partidas realizadas,  e por  ter melhores  jogadores. “Isso é uma verdade que os guineenses devem admitir”, disse.

“Perdemos em casa na primeira mão com a Guiné-Bissau por falta de sorte, perdemos muitos golos que podiam garantir a nossa vitoria logo no primeiro encontro, e o mesmo aconteceu no encontro de hoje, mas, filizmente, conseguimos provocar um erro a barra defensiva guineense, e beneficiar de um penalte que resultou no golo que garantiu a nossa vitória”, disse Peseiro.

José Peseiro disse entretanto desejar que a seleção da Guiné-Bissau se qualifique para o próximo CAN-2024, a disputar na Costa do Marfim.

De salientar que a única alteração no mesmo onze inicial que venceu a Nigéria, foi do estremo esquerdo Jeverson Nkada, por motivo da lesão, e como alternativa, o técnico Baciro Candé fez Nanu regressar à titularidade.

A Guiné-Bissau perdeu em casa com a Nigéria e perdeu a líderança do grupo, e ocupa agora a segunda posição  restando-lhe dois jogos, contra  São Tomé e Príncipe e  Sera-Leoa.ANG/LLA//SG

 

Política/Partido Luz da Guiné-Bissau realiza 1° Congresso no  próximo dia 2 de Abril

Bissau, 28 Mar 23 (ANG) - O Partido Luz marcou para o próximo dia 2 de Abril, o seu 1º congresso, no espaço Lenox, em Bissau, e vai juntar 2000 delegados que virão de todas as regiões do país e da diáspora.


A revelação foi feita esta, terça-feira, em Bissau, numa conferência de imprensa, pelo Presidente da Comissão Organizadora do Congresso, Badilé Domingos Sami.

Acrescentou que este 1º congresso vai, para além de legitimar os órgãos do partido, servir para se debater sobre as  estratégias que vão ser usadas para dar respostas aos desafios que o próprio partido enfrenta.

“Quando dissemos os desafios que o partido enfrenta pode ser de curto, médio ou longo prazo”, frisou, acrescentando que esse congresso vai permitir aos participantes discutirem, de forma substancial, o que pode ser solução para o país, as linhas e os planos diretores para os próximos desafios que o partido vai enfrentar.

Badilé Domingos Sami disse que o seu partido é novo mas que não é pequeno.

“Vamos provar as pessoas que o nosso nível de mobilização é brutalmente forte”, disse, considerando as próximas eleições legislativas de 4 de junho como embate à curto prazo do seu partido.

Domingos Sami disse acreditar que os  jovens vão  votar no seu partido porque “ali se sentem identificados”, e declarou que o partido vai concorrer em todos os círculos eleitorais.

Segundo Badilé Sami, até o momento o partido tem só um candidato para a sua liderança no congresso marcado para Abril, na pessoa de Lesmes Mutna Monteiro.

Acredita  que o congresso vai lhes permitir organizar melhor, ir ao embate eleitoral, eleger e ter bancada parlamentar.

 Ao falar da atual situação política do país, disse que os guineenses estão a assistir, de forma lamentável, os modos de operar de certas pessoas que têm  responsabilidade na gestão pública, e que usam  recursos de Estado  a tentar manipular ou comprar a consciência do Povo para proveito próprio.

Disse  que o combate à corrupção que em várias  ocasiões foi referida   pelo Presidente da República  “deve sair de palavras para factos”.  ANG/DMG/ÂC//SG

Telecomunicações/Inaugurado sistema de Cabo Submarino da Guiné-Bissau

Bissau,28 Mar 23(ANG) – O vice-primeiro-ministro e ministro de Estado do Interior felicitou hoje o Ministério dos Transportes e Comunicações pelo empenho na condução e seguimento do processo que lança as bases para a realização da maior obra de infraestruturas de telecomunicações no país.


Soares Sambú falava hoje no ato da inauguração das infraestruturas de cabo submarino da Guiné-Bissau através da fibra óptica que dista de  Suru, sector de Prábis, região de Biombo  à Antula, em Bissau.

Em representação do Presidente da República, o vice-primeiro-ministro disse que, em consequência da inauguração da referida infraestrutura, a Guiné-Bissau vai entrar na era da modernização das tecnologias de informação e comunicação.

Sambú destacou o elevado nível de qualidade de parceria entre o Governo guineense e o Banco Mundial, tendo afirmando que augura o reforço desta colaboração institucional.

“Continuamos a acreditar na nossa capacidade nacional de promover realizações concretas e de grande envergadura, que permitem o desenvolvimento de competências e a inclusão de jovens e mulheres no processo de desenvolvimento socioeconómico do país”, enalteceu.

O  ministro dos Transportes e Comunicações, Aristides Ocante da Silva sublinhou , na ocasião, que a ligação, por  Cabo Submarino de fibra óptica, da África à Europa é uma das maiores infraestruturas e a mais inovadora no domínio das telecomunicações e das tecnologias de informação e comunicação jamais realizadas no país.

Esta considerada maior projeto de infraestruturas de telecomunicações do país se realiza no âmbito do Programa Regional Oeste Africano de Infraestruturas de Comunicações(Warcip), financiado pelo Banco Mundial, no valor de 35 milhões de dólares, visando conexão com a rede de fibra óptica proveniente da França.

Trata-se de um projeto iniciado em Maio de 2017, pelo então Governo chefiado pelo atual Presidente da República Umaro Sissoco Embaló.

Ocante da Silva sublinhou que vai melhorar a conectividade nacional e internacional, através de acesso concorrencial a banda larga internacional, e o aumento da cobertura geográfica das redes de telecomunicações, prevendo-se que, em consequência, os custos  de comunicações se diminuam.

“Esta infraestrutura hoje inaugurada constitui um impulso decisivo para a promoção da economia digital e o próprio desenvolvimento socioeconómico do nosso país”, disse.

Aristides Ocante da Silva salientou que, para assegurar a implantação de novas infraestruturas digitais e partilhar o custo de investimentos, o Governo criou em parceria público/privado,  a Sociedade  “Cabos da Guiné-Bissau”.

Em declarações à imprensa, à margem da cerimónia, um dos Administradores da Sociedade  Cabos da Guiné-Bissau, Yatanin Davis disse que o passo seguinte será a conexão  por parte dos operadores de telecomunicações para que os clientes possam começar a usar os serviços em novas condições de comunicações.

A Sociedade Cabos da Guiné-Bissau, é uma empresa que integra três acionistas: o Estado guineense com 49 por cento, Orange Bissau com 25,5  por cento e MTN igualmente com 25,5 por cento.

Perguntado se, com a entrada em funções da referida infraestruturas, que tipo de internet o país vai ter, Yatanin Davis disse que será muito melhor que o atual.

“A oferta de base que temos é de 40 GB e pode ser expandida até mais de 800 GB. Portanto, é muito mais do que o país precisa atualmente”, salientou. ANG/ÂC//SG