Guerra/Zelensky pede mais apoio internacional para vencer guerra e defender democracia
Bissau, 30 Mar 23 (ANG) – O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu quarta-feira mais apoio internacional para o que designou como uma “guerra contra a democracia” no seu país.
Numa intervenção em
formato virtual na 2.ª Cimeira das Democracias do mundo, evento patrocinado
pelos Estados Unidos, Zelensky assinalou que “a defesa pela democracia” no seu
país deve contar com “todas as armas” para garantir a vitória sobre a Rússia.
“Quanto mais restrições
forem impostas à defesa, mas baixas e destruição se produzirão”, assegurou.
Zelensky também advertiu
os países participantes na cimeira que a Rússia também está em guerra com esses
Estados e “desde há muito tempo”.
“Luta através da
desinformação, da ingerência nas eleições, da espionagem (…) e de tentar
desencadear uma crise energética”, defendeu o chefe de Estado ucraniano.
A intervenção de
Zelensky surge um dia depois do ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano,
Dmytro Kuleba, ter pedido na mesma cimeira apoio ao plano de paz de Kiev para
pôr termo ao conflito.
O chefe da diplomacia
ucraniana recordou os dez pontos da proposta de Kiev, onde se incluem a
segurança nuclear, a libertação dos presos ucranianos, a retirada das tropas
russas e a restauração da soberania da Ucrânia.
Diversos líderes
políticos participaram nesta iniciativa, a maioria através de discursos pré-gravados
e de diversas áreas políticas, desde a chefe do Governo italiano, Giorgia
Meloni, ao Presidente da Colômbia, Gustavo Petro.
O primeiro-ministro
português, António Costa, o Presidente francês, Emmanuel Macron, o chanceler
alemão, Olaf Scholz, e os chefes dos Governos britânico e israelita, Rishi
Sunak e Benjamin Netanyahu, respetivamente, também participaram no evento.
A cimeira termina na
sexta-feira com a intervenção do secretário de Estado norte-americano, Antony
Blinken, do secretário de Segurança nacional, Alejandro Mayorkas, e de outros
funcionários norte-americanos.
Além dos Estados Unidos,
os outros anfitriões desta segunda edição da cimeira são a Costa Rica, a Coreia
do Sul, a Zâmbia e os Países Baixos.
A guerra na Ucrânia é um
dos principais temas da cimeira, juntamente com debates sobre economia,
corrupção e luta contra o autoritarismo, entre outros.
A ofensiva militar russa
no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a
Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a
Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa –
justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de
“desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi
condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com
envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e
económicas. ANG/Lusa
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