Florestas/Associação das Indústrias Madeireiras denuncia concessão de licenças de exploração à “operadores ilegais”
Bissau,24 Mar 23(ANG) – O secretário-geral da Associação das Indústrias Madeireiras da Guiné-Bissau denunciou esta sexta-feira, em conferência de imprensa que estão a ser concedidas licenças de exploração da madeira aos que diz serem “operadores ilegais”.
Segundo suas denúncias, Caló Sanó referia-se a
concessão de licenças de exploração de madeiras aos membros do governo
nomeadamente ao Primeiro-ministro, Nuno Gomes Nabiam, ao ministro da
Agricultura e Desenvolvimento Rural, Botche Candé, ao ministro da Defesa e dos
Combatentes da Liberdade da Pátria, Marciano Silva Barbeiro e ao atual
Conselheiro do Presidente da República para a Defesa, o Tenente-General, Sandji
Fati , entre outros.
Sanó
disse que o novo mapa de exploração florestal está a prejudicar as tradicionais
indústrias madeireiras(serrações), que dispõe de alvarás e cumprem com as
obrigações fiscais.
“Existem
no país 12 industrias madeireiras(serrações) que dão emprego e apoiam as
populações locais, participam no
melhoramento de estradas, na reparação de pontes, construção de mesquitas,
escolas e fazem a reflorestação”, disse
Caló Sano.
O
Secretário-geral da Associação das Indústrias Madeireiras disse que sucessivos
governos têm incentivado invasões das florestas do país por “madeireiros
ilegais” contribuindo para o encerramento das indústrias madeireiras nacionais que
operam no sector, há mais de 50 anos, levando para o desemprego mais de 1000
trabalhadores com agregado familiar.
“Somos
12 unidades industriais legalmente instituídas e que há mais de cinco décadas se
dedicam ao trabalho de exploração madeireira e que agora fomos obrigados a fechar
as portas em detrimento de operadores clandestinos”, frisou.
Segundo
Sano, as autoridades ligadas ao sector florestal lançaram recentemente um
concurso para concessão de licenças de
exploração madeireira, com solicitação de depósito de 50 milhões de francos cfa à empresas
vencedoras .
Disse
que esse concurso não foi transparente e questiona se os membros do governo
agora implicados na exploração da madeira pagaram os 50 milhões de fcfa
solicitados.
Caló
Sanó disse que houve “supostos vencedores” mas que a sua maioria era estrangeiros.
As empresas legalmente instituídas e membros da Associação das Indústrias Madeireiras, são Madi Trop Serração(Contuboel), Maudo Sanô e Filhos(Serração de Bafatá), Benício Silva e Filhos(Serração de Gabú), Manuel Brandão(Serração de Bambadinca), Socotram Mamadú Dajbi e Filhos, Cetram(Serração de Mansaba), Cooperativa CUP(Serração de Bissorâ) entre outros. ANG/ÂC//SG
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