Senegal/ Macky Sall diz que quer “preservar a ordem pública”, intelectuais pedem direitos e justiça
Bissau, 23 Mar 23 (ANG) – O Senegal vive, desde o dia 16 de Março, episódios de contestação e violência e os incidentes começaram no dia previsto para o início do julgamento por difamação contra o opositor Ousmane Sonko.
O Presidente do
país pede ao Governo medidas para “preservar a ordem pública”. Por seu lado, um
conjunto de intelectuais senegaleses apontam o dedo ao chefe de Estado por
"violação de direitos” e "instrumentalização da justiça”.
De acordo com um comunicado oficial, Macky
Sall "apelou ao Governo para adoptar todas as medidas necessárias para
preservar a segurança absoluta de bens e pessoas ". O chefe de Estado
acrescenta que é "imperativo preservar os avanços democráticos adquiridos
e a ordem pública no Senegal", país que tem a reputação de estável numa
região convulsa.
No Sul, em Casamança, um homem acabou por
morrer nos confrontos entres os apoiantes de Ousmane Sonko e as forças
policiais.
Ousmane Sonko é acusado de difamação pelo
ministro do Turismo Mame Mbaye Niang. O início do processo estava previsto para
16 de Março, mas foi adiado para 30 de Março.
Entretanto, mais de uma centena de
intelectuais senegaleses assinou uma carta aberta ao Presidente Macky Sall.
Garantem que “para além das divergências e diferenças ideológicas, políticas ou
culturais”, condenam “as restrições à liberdade de movimentos dos
cidadãos" e a "contínua instrumentalização da Justiça”.
Para os signatários “uma ameaça real pesa sobre a estabilidade e a paz social do país” e lançam um “apelo à razão" ao Presidente Macky Sall. ANG/RFI
Sem comentários:
Enviar um comentário