Cooperação militar/Rússia vai colocar armas nucleares na Bielorrússia
Bissau,27
Mar 23(ANG) - A Rússia assinou um acordo com a Bielorrússia para a instalação,
no seu território, de armas nucleares tácticas russas. Putin diz que o acordo
respeita o tratado de não proliferação.
O Presidente russo, Vladimir
Putin, afirmou este sábado, 25 de Março, que vai instalar “armas nucleares
tácticas russas” em território bielorrusso, um país aliado de Moscovo, às
portas da União Europeia.
Citado pela agência Tass,
Putin diz que a iniciativa não viola o tratado de não proliferação e que dez
aeronaves, capazes de transportar essas armas nucleares, já foram enviadas para
a Bielorrússia.
Dez aviões estão preparados
para usar este tipo de arma.
Já transferimos para a
Bielorrússia o nosso sistema de mísseis Iskander que é muito conhecido e
eficaz.
A 03 de Abril, vamos começar
a treinar as equipas e a 01 de Julho terminaremos a construção do repositório
especial para armazenar a arma nuclear táctica na Bielorrússia.
Vladimir Putin acrescenta
que esta não é uma operação nem nova, nem inédita, aliás exemplo disso são as
armas nucleares americanas em território europeu.
Aqui não há nada inédito: os
Estados Unidos fazem isso há décadas.
Eles têm as armas nucleares
tácticas posicionadas há muito tempo em território aliado.
Nós decidimos fazer o mesmo.
Em reacção a este anúncio de
Moscovo, o chefe da diplomacia da
União Europeia, Josep Borrell, sublinhou que a colocação de armas
nucleares tácticas da Rússia na Bielorrússia marca "outra escalada do
conflito" na Ucrânia, além de ser "mais um sinal da
colaboração do regime ditatorial da Bielorrússia com a Rússia".
Borrell acrescentou que
perante esta decisão é necessário “manter as sanções, manter a pressão e
manter o apoio à oposição bielorrussa".
Por seu lado, a Ucrânia
afirma que a Rússia tomou a Bielorrússia como um "refém nuclear”.
Na rede social Twitter, o secretário
ucraniano do Conselho de Segurança, Oleksiy Danilov, diz ainda que esta
decisão é mais um "passo para a desestabilização interna do país".ANG/RFI
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