Portugal/Alta Comissária para as Migrações diz haver muitas vezes situação de “exploração de imgrantes”
Bissau,
31 Mar 23(ANG) – A Alta Comissária para as Migrações de Portugal, Sónia
Pereira, diz que a maioria da imigração para poprtugal é com a componente
económica e procura de trabalho mas que muitas das vezes assiste-se a situação
de exploração de imigrantes.
“A
área da empregabilidadeé uma das “áreas críticas”, porque a maioria da
imigração para Portugal é com a componente económica e procura de trabalho, mas
muitas vezes assiste-se a situação de exploração, de desconhecimento, de
vulnerabilidade dos imigrantes na interacção com empregadores e no mercado de trabalho”,
disse Sónia Pereira.
A
declaração foi feita à Inforpress, em Lisboa, à margem da visita de uma semana,
que hoje termina, que a presidente da Alta Autoridade para a Imigração (AAI),
Carmen Barros, e alguns técnicos efectuam aos serviços do ACM, no âmbito de
projecto “Coop4Int – Strengthening Migrant Integration through cooperation
between Portugal and Cabo Verde”.
“O nosso gabinete da área da empregabilidade
está presente em todos os Centro Nacional de Apoio a Integração de Migrantes(CNAIM),
tem vindo a fazer e a reforçar um grande trabalho de contacto com as empresas e
de formação em mecanismo de contratação, em parceria com o Gabinete de Apoio
Jurídico que têm vindo a realizar sessões de formação e informação com as
empresas”, contou.
No
dia 22, conforme Sónia Pereira, o Centro Nacional de Apoio a Integração de
Migrantes (CNAIM) de Lisboa acolheu uma sessão de recrutamento directo, em que
foi proporcionado informação sobre os mecanismos do recrutamento de imigrantes
com empresas e com imigrante.
Em
parceria com Associação Portuguesa de Promoção da Diversidade (APPDI), que
também está direcionada com questões de empregabilidade, da preparação das
empresas para o recrutamento dos imigrantes, aconteceu mais uma sessão esta
quinta-feira, 30, denominada “Contratação e Integração de Pessoas Imigrantes em
Portugal: da teoria à prática”.
“A integração dos imigrantes é um processo e o
nosso trabalho também reflecte um pouco esse processo. Há dificuldades iniciais
que são comuns para muitos imigrantes que chegam ao nosso país, e que se
agravam nas comunidades que não têm tanta a história de imigração para
Portugal, com as redes estabelecidas, como é o caso de imigrantes
cabo-verdianos que contam muito com as suas redes quando chegam”, disse.
Segundo
ela, os que não têm essa rede, precisam muito mais de intervenções dos serviços
públicos, sendo que o ACM tem feito um “grande esforço” em ter mais informação
disponível, em várias línguas, para que a primeira fase da entrada em Portugal
possa ser enquadrada em informação útil, para que saibam que existem serviços
públicos e gratuitos que podem apoiar os imigrantes à chegada a Portugal.
Sónia
Pereira explicou que muitas vezes e “infelizmente” existe actuação de outros
actores que não são nem gratuitos, nem públicos e nem muitas vezes credíveis,
que contribuem para acentuar a exploração e a vulnerabilidade dos imigrantes.
A
Alta Comissária fez também saber que o ACM tem feito um “grande investimento”
para ter resposta em todo o território nacional, porque cada vez mais a
imigração se dispersa por todo o país, ainda que exista concentração nos
grandes centros urbanos, por isso a importância de ter o Centro Local de Apoio
à Integração de Migrantes (CLAIM) por todo o território.
O
CLAIM, conforme Sónia Pereira, é montado através do estabelecimento de
parcerias pelo, tanto com os municípios, como com as entidades da sociedade
civil e instituições do ensino superior, para que possa haver esse
acompanhamento direccionado e específico sem implicar a deslocação às grandes
cidades.
ANG/Inforpress
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