Sociedade/LGDH se congratula
com decisão das autoridades nacionais de pôr fim a mendicidade de crianças talibés
Bissau, 29 Mar (ANG)
- A Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) diz congratular com a decisão
das autoridades nacionais de pôr fim a “mendicidade forçada e casamento
infantil e forçado”, em cumprimento das suas obrigações internacionais.
O chefe de Estado
guineense Umaro Sissoco Embaló ordenou recentemente
na região de Gabu, que mestres corânicos
e pais das crianças talibés que circulam nas ruas pedindo esmolas sejam detidos caso essa prática prosseguir no país.
Em comunicado à imprensa à que ANG
teve acesso hoje, o organismo que defende os direitos humanos disse que a mendicidade forçada
e casamento infantil e forçado constituem práticas tradicionais frequentes no
país, e que consubstanciam uma afronta à
dignidade das crianças e mulheres, por isso considera de corajosa a decisão das autoridades.
No documento, a LGDH
disse que, no âmbito da sua missão de
promoção e proteção dos direitos humanos, tem denunciado, sistematicamente, a
prevalência destas práticas na Guiné-Bissau, tendo, sucessivamente, exortado às
autoridades nacionais no sentido de adoptarem mecanismos adequados com vista a
erradicação dessas práticas no país.
Para a LGDH, a
mendicidade forçada não passa de um crime público de exploração de mão de obra
infantil para assegurar as mordomias e o sustento de alguns adultos que fazem
desta prática um meio de sobrevivência.
“Com efeito, as
medidas anunciadas devem ser enquadradas numa estratégia global duradoura e
sustentável de proteção das crianças, que inclui a aprovação de uma legislação
incriminadora da mendicidade forçada e casamento infantil”, defende a LGDH na
nota.
A ordem do Presidente
da República está a ser cumprida pelas autoridades religiosas e policiais.ANG/LPG/ÂC//SG
Sem comentários:
Enviar um comentário