Seul/Pyongyang dispara míssil intercontinental em direcção ao mar sul-coreano – Seul
Bissau, 16 Mar 23(ANG) – A Coreia do Norte disparou hoje um míssil intercontinental em direcção a águas da Coreia do Sul, antes do Presidente sul-coreano chegar ao Japão para uma cimeira com o homólogo nipónico, disseram Seul e Tóquio.
O míssil percorreu cerca
de mil quilómetros, a altitude máxima de seis mil quilómetros, durante 70
minutos, de acordo com avaliações sul-coreanas e japonesas.
Estes pormenores são
idênticos ao do lançamento, efectuado em Fevereiro, de outro míssil balístico
intercontinental, sobre o qual especialistas consideraram ter demonstrado
alcance para atingir o interior dos Estados Unidos.
O míssil caiu nas águas
entre a península coreana e o Japão, depois de ser lançado numa trajectória
íngreme, aparentemente para evitar os países vizinhos.
O Japão disse que o
míssil caiu fora da zona económica exclusiva e não houve relatos de danos a
navios ou aeronaves.
O lançamento ocorreu
quando estão a decorrer manobras militares conjuntas dos Estados Unidos e da
Coreia do Sul, que Pyongyang vê como um ensaio para uma invasão.
Os exercícios começaram
na segunda-feira e prevê-se que decorram até 23 de Março, incluindo simulações
computorizadas e exercícios no terreno com fogo real.
Pyongyang já tinha
efectuado dois testes esta semana, disparando mísseis de cruzeiro de um
submarino e também mísseis balísticos de curto alcance, lançados a partir do
território norte-coreano para um alvo no mar oriental.
Os testes de armamento
eram esperados, uma vez que, na semana passada, o líder norte-coreano, Kim
Jong-un, ordenara aos militares para estarem prontos para repelir aquilo a que
chamou “frenéticos exercícios de preparação para a guerra” dos adversários do
país.
No ano passado,
Pyongyang testou mais de 70 mísseis, incluindo alguns com capacidade nuclear
para atingir a Coreia do Sul, o Japão e a parte continental dos Estados Unidos,
afirmando que muitos desses testes foram avisos, na sequência de anteriores
manobras militares conjuntos norte-americanas e sul-coreanas.
Antes de partir para
Tóquio, o Presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, disse: “Haverá um óbvio preço
a pagar pelas provocações imprudentes da Coreia do Norte”.
A cimeira entre Yoon e o
primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, destina-se a reparar as relações
entre os dois países e a consolidar uma cooperação trilateral em matéria de
segurança com os Estados Unidos, para combater as ameaças norte-coreanas.
Em Dezembro, o Governo
de Kishida adoptou uma nova estratégia de segurança em Dezembro, ao abrigo da
qual pretende adquirir armamento de ataque preventivo e mísseis de cruzeiro
para enfrentar as crescentes ameaças da Coreia do Norte, da China e da Rússia.
ANG/Inforpress/Lusa
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