Moçambique/Deputados da oposição abandonam
Parlamento em protesto
Bissau, 29 Mar 23 (ANG) - O Parlamento moçambicano aprovou hoje com votos apenas da Frelimo a nova Lei Eleitoral que reduz de 18 para 15 meses o prazo da marcação da data das eleições.
O projecto de
lei pontual que estabelece o quadro jurídico para a eleição do Presidente da
República e dos deputados da Assembleia da República foi viabilizada pelo voto
majoritário da Frelimo já que tanto a Renamo como o MDM abandonaram a
sala.
Gerou-se o caos hoje no Parlamento
moçambicano. O porta-voz da bancada parlamentar da Renamo, Arnaldo Chalaua,
explica o que motivou o boicote da oposição durante a votação das leis que
dizem respeito às eleições no país.
"Nós estamos aqui para mostrar a defesa da
democracia e estamos aqui para defendermos a nao revisão da Constituição e nao
assunção de poderes extraordinários para a revisão da Constituição",
declarou o deputado.
O Movimento Democrático de Moçambique
também abandonou a sessão. Para o porta-voz da bancada do MDM, Fernando
Bismarques, a posição é clara.
"Ter uma maioria nao pode significar o rasgar
da Constituição, o rasgar das leis, o rasgar das boas maneiras da convivência
entre as bancadas parlamentares", indicou o parlamentar.
E foi na ausência da oposição que o
Parlamento com votos maioritários da Frelimo aprovou o projecto de lei pontual
que estabelece o quadro jurídico para a eleição do Presidente da República e
dos deputados da Assembleia da República, numa altura em que o debate sobre as
eleições distritais previstas para o próximo ano divide opiniões.
"Nós como bancada parlamentar da Frelimo vamos
cumprir com aquilo que é a vontade da maioria e se tivermos que rever a
Constituição para o adiamento destas eleições naturalmente que nos iremos
prosseguir", disse Feliz Silvia, deputado da Frelimo.
A Lei Eleitoral prevê ainda a redução de
18 para 15 meses o prazo da marcação da data das eleições. ANG/RFI
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