China/ Pequim volta a negar intenção de fornecer armas à Rússia
Bissau, 20 Mar 23(ANG) – A China voltou hoje a negar que tencione fornecer armamento à Rússia, depois de a imprensa norte-americana ter indicado que Pequim está a considerar enviar artilharia e munições para Moscovo.
O porta-voz do
ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Wenbin, afirmou que “não é a
China” que fornece armas, mas sim os Estados Unidos, e aconselhou Washington a
“parar de colocar lenha na fogueira e apontar o dedo a outros países e
coagi-los”.
As declarações do
porta-voz surgem no mesmo dia em que o presidente chinês, Xi Jinping, chega a
Moscovo para uma visita de três dias. Xi vai reunir-se com o homólogo russo,
Vladimir Putin.
A cadeia de televisão
norte-americana CNN avançou que soldados ucranianos encontraram no seu
território os restos do que aparentemente é um drone de uso civil fabricado por
uma empresa chinesa.
A publicação POLITICO
alegou que empresas chinesas, incluindo uma “ligada ao governo de Pequim”,
enviaram 1.000 fuzis de assalto e outros equipamentos que podem ser usados para
fins militares.
Outros órgãos de
comunicação norte-americanos, incluindo o The Wall Street Journal e a NBC News,
garantiram que, de acordo com fontes do governo dos EUA, as autoridades
chinesas estão a considerar fornecer assistência militar à Rússia.
As fontes citadas
indicaram que ainda não ocorreram embarques.
“Os Estados Unidos devem
desempenhar um papel construtivo para encontrar uma solução política para o
conflito na Ucrânia”, disse Wang, acrescentando que a “China sempre manteve uma
posição objetiva e imparcial sobre a ‘questão’ ucraniana: exortar à paz e ao
diálogo”.
Pequim acusou os EUA de
“alimentar as chamas da guerra” ao “enviar armas letais para a Ucrânia”, depois
de o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, ter assegurado que a
China “não pode apresentar propostas para a paz enquanto alimenta o fogo aceso pela
Rússia”.
Num plano para a paz
proposto no final de fevereiro, Pequim destacou a importância de “respeitar a
soberania de todos os países”, numa referência à Ucrânia, mas apelou também
para o fim da “mentalidade da Guerra Fria”, numa crítica implícita ao
alargamento da NATO. A China pediu ainda o fim das sanções ocidentais impostas
à Rússia. ANG/Inforpress/Lusa
Sem comentários:
Enviar um comentário