CEDEAO/Comité Ministerial procura consenso sobre questão da “maioria” necessária para estabilidade macroeconómica na sub-eigião
Bissau, 17 Mar 23 (ANG) - A Comissão Ministerial da Comunidade Económica dos Países da África Ocidental (CEDEAO) reuniu-se esta sexta-feira em Bissau à procura de consenso sobre questão da definição da “maioria” necessária para entrar na fase de estabilidade macroeconómica na sub-região.
Na cerimónia de abertura da
reunião do Comité Ministerial sobre o pograma da Moeda Única da CEDEAO, o
ministro das Finanças Ilídio Vieira explicou que, nas duas últimas reuniões do
mesmo comité, não conseguiram avançar na questão da maioria necessária para
entrar na fase de estabilidade macroeconómica.
“Esta reunião deve servir para fazer a prova
de solidariedade e do espírito de fraternidade que sempre guiou a CEDEAO e que
esteve na origem da sua criação em 1975”, desejou o ministro das Finanças da
Guiné-Bissau.
Vieira Té informou que a
mesma reunião visa também a procura de uma definição consensual sobre questão
do conceito de “maioria”, no quadro do Pacto de Convergência e Estabilidade Macroeconómica
entre os Estados membros da CEDEAO.
Acrescentou que, a referida
procura do consenso enquadra-se no cumprimento das instruções dadas na 61ª
sessão da Conferência de Chefes de Estado e de Governo da CEDEAO que decorreu
em Acra no dia três de Julho de 2022.
O governante disse que, cabe
simplesmente o Comité Ministerial analisar com sangue frio, imbuídos do
espírito comunitário e de solidariedade que sempre caraterizaram as diferentes
ações, a fim de chegar uma definição consensual de maioria que será submetida à
próxima Sessão Ordinária da Conferência dos Chefes de Estado e do Governo de
CEDEAO.
“A CEDEAO fez face a vários
desafios e enormes riscos e um dos maiores riscos que sobretudo não devemos
deixar acontecer é o de perda de reputação”, avisou aquele governante
guineense.
Ilídio Vieira Té disse que, os próximos tempos
exigem respostas claras, coordenadas, articuladas e consistentes de modo a
caminhar com a visão 2050 da CEDEAO, com os objetivos de Desenvolvimento
Sustentável e com a Agenda Africana 2063.
“É verdade que muito foi feito no âmbito da
visão 2020 da CEDEAO, que amplamente projetou a nossa região e fê-la ser a
comunidade económica regional mais integrada em África. Mas os efeitos não
devem servir-nos de cortina, antes devem ser elementos impulsionadores para
fazer o melhor com vista a alcançar integração económica e monetária completas
conforme os nossos desejos”, salientou o governante.
Segundo o ministro das
Finanças, consta na agenda do Comité
Ministerial a apreciação do Relatório Financeiro sobre a utilização dos
recursos do Fundo Especial para o financiamento dos programas do Roteiro para a
Moeda Única relativos aos anos 2020 e 2021, bem como o respetivo Relatório de
Autoria.
No evento participaram os ministérios
responsáveis pela área das Finanças, os Comissários da CEDEAO e da União Económica
Monetária da África Ocidental (UEMOA), representantes de Bancos Centrais,
Agências Monetárias da África Ocidental (AMAO) e do Instituto Monetário da
África Ocidental (IMAO). ANG/AALS/ÂC//SG
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