Sociedade/ Presidente da APDI defende inclusão de politicas de proteção de pessaos de terceira idade em programas políticos
Bissau, 31 Mar 23 (ANG) – O Presidente da Associação de Proteção e Defesa dos Idosos(APDI) exortou aos partidos políticos a incluir nos seus programas eleitorais a política de proteção das pessoas de terceira idade no país.
O pedido foi tornado
público hoje em conferência de imprensa pelo Presidente desta organização,
Nelson Oliveira Intchama, que chamou a atenção aos partidos concorrentes às eleições
legislativas de 4 de Junho a terem em conta a situação dos idosos.
Segundo ele, são
vitimas de violências física junto das comunidades onde vivem.
“Estamos aqui para
pedir aos líderes dos partidos políticos concorrentes às legislativas,
sobretudo o PAIGC, PRS, MADEM-G15, APU-PDGB e PTG para terem em conta a situação dos idosos ou seja, incluir nos seus programas eleitorais
politicas públicas que visam defender e proteger pessoas de terceira idade ou
idosos, porque ao longo dos anos têm vindo a ser vítimas de acusação de
feitiçaria”, disse.
Nelson Intchama acrescenta que essa proteção passa
pela elaboração de uma lei que defende os idosos, por forma a pôr fim as sistemáticas
acusações que este grupo da população tem vindo a ser alvo.
Citando dados do recenseamento geral de população de
2009, disse que a população idosa nacional é de mais 67 mil, correspondente a quatro
por cento da população total.
Disse que a sociedade guineense está cada vez mais
velha, por causa de má governação, que tem refletido na vida dos cidadãos, tendo em conta as
dificuldades económicas com que as pessoas se confrontam diariamente.
“Mais de 80 por cento
de idosos não sabem ler nem escrever, e 39 por cento dos quais são homens e 64
por cento são mulheres. Para acabar com esta situação deve ser criada uma
politica exequível para o setor de educação”, salientou.
O Presidente da
Associação dos Idosos pede celeridades da justiça nos processos relacionados
com os idosos para pôr fim a violência contra pessoas de terceira idade.
Nelson Intchama disse
que nenhum dos mais de cinco processos
registados pela organização e que deram entrada nos tribunais foi julgado.
À título de exemplo, Nelson
Oliveira Intchama citou o caso de um idoso na tabanca de Quiset, sector de
Prabis, região de Biombo, que em 2018, foi
vitima de espancamento por um grupo de pessoas, que o acusaram de prática de feitiçaria.
Acrescentou que um
outro caso de espancamento de um homem com perturbações mentais, na tabanca de
Maquê, região de Oio e no sector de São Domingos onde uma idosa foi expulsa da
sua aldeia e que agora vive em Ziguinchor, na República do Senegal, entre
outros, cujos processos se encontram no Tribunal Regional de Bissau, mas que até ao momento nada foi feito.
A Associação da
Proteção de Defesa de pessoas da terceira Idade foi criada no dia 21 de Setembro
de 2021, e conta atualmente com cerca 40 associados só no Setor Autónomo de Bissau.ANG/LPG/ÂC//SG
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