Justiça/"É imperativa a
criação de um instrumento jurídico para fortalecer a credibilidade e prevenir a
delinquência financeira”, diz Paulo Mendes Júnior
Bissau, 15 Mar 23
(ANG) – O Secretário-geral do Ministério da Justiça e Direitos Humanos defendeu
hoje que é imperativa a criação de um instrumento
jurídico para fortalecer a credibilidade, previnir a delinquência financeira e
reprimir os infratores, se for necessário, num contexto de aumento das ofertas
de investimento para a população.
Paulo Mendes Júnior
falava, em representação da ministra da Justiça e Direitos Humanos, no ato de
abertura de ateliê de Sensibilização Financeira Sobre a Lei Uniforme Relativa
as Infrações da Bolsa sobre o Mercado Financeiro, destinado aos profissionais
da justiça.
"A escolha de
Bissau pelas autoridades do mercado financeiro da UEMOA para acolher uma das
etapas da campanha de sensibilização nos honra, e testemunha o nosso compromisso em fortalecer a credibilidade do
nosso mercado dotando-lhe de instrumentos
jurídicos apropriados”, realçou Mendes Júnior.
Saudou a iniciativa
tomada pelas autoridades de mercado financeiro para adotar o mercado financeiro
regional de uma lei uniforme sobre as infrações de bolsa, a fim de regulamentar
as suas atividades no plano penal.
Paulo Júnior apontou,
à titulo de exemplos, os casos agrobusiness
na Costa Marfim, caso ICC de Benim assim
como as “anarquias em grande escala” em Burkina Faso e noutros paises da UEMOA, ocorridos nos últimos anos e que envolvem milhões de francos cfa, e diz que interpelam e
exigem a monitorização da delinquência financeira.
Acrescenta que as recentes crises financeiras exigem aos
reguladores a tomada de medidas efetivas para sancionar legalmente todo o ato
contrário aos interesses do bom funcionamento dos mercados financeiros e das
economias.
Segundo este
responsável , o texto comunitário vai colmatar o vazio jurídico no que concerne
a definição da pena relativa as infrações da bolsa em oito Estados membros da
União Económica e Monetária Oeste Africana, e permitir a prevenção de crises sociais resultantes de investimentos de
risco.
Mendes disse que, com
a adpção duma lei penal específica, permitindo sancionar infrações de bolsa, está
convicto de que o mercado financeiro manterá os padrões internacionais no seu
funcionamento para atrair cada vez mais capitais nacionais assim como
estrangeiros, para o financiamento de
projetos de desenvolvimento dos países membros.
o ateliê aberto representa para o responsável ocasião
para os profissionais de direito, autores de mercado, membros de governo e
poder judicial conhecerem melhor a lei uniforme e serem embaixadores com vista a
promover o surgimento de um direito penal do mercado de bolsa para o mercado
financeiro.
O Secretário-geral do
Ministério da Justiça e Direitos Humanos garantiu que os serviços competentes
da Guiné-Bissau acompanharão este
exercício, e que tomarão as medidas que se impõe para assegurar, com brevidade
possível, a incorporação da lei uniforme no ordenamento jurídico da Guiné-Bissau ,
visando a sua aplicação efetiva. ANG/MI/ÂC//SG
Sem comentários:
Enviar um comentário