França/Senado aprova reforma do sistema de pensões
Bissau,16 Mar 23 (ANG) - O Senado francês aprovou hoje de manhã a reforma do sistema de pensões com 193 votos a favor e 114 contra, restando agora o voto na Assembleia Nacional para saber o destino desta lei que tem causada polémica em França nos últimos anos.
Antes do voto
desta tarde na Assembleia, o Governo pode decidir fazer aprovar esta reforma
sem recurso aos desputados, utilizando artigo 49.3 da Constituição.
A maioria de direita garantiu a aprovação
da reforma do sistema de pensões no Senado francês esta manhã, sendo esta uma
das últimas etapas para a aprovação definitiva desta lei que desde a
eleição de Emmanuel Macron em 2017 tem vindo a gerar polémica no seio
da população francesa, com o aumento da idade da reforma de 62 para 64 anos.
Esta lei contou no senado com o apoio de
193 votos a favor e 114 contra, numa sessão que durou cerca de 45 minutos. Com
uma maioria sólida da direita, Os Repúblicanos, e os senadores que apoiam o
Governo, este voto favorável não foi uma surpresa, havendo, no entanto,
senadores de direita e centristas que se abstiveram e mesmo que votaram contra.
O Senado acabou por ter um papel
importante na elaboração desta lei, já que devido ao número de alterações
apresentadas,a Assembleia Nacional não conseguiu acabar de votar todos os
artigos que a compõem, tendo depois o texto sido terminado pelos senadores.
No entanto, a aprovação final
desta reforma não está assegurada, já que sem maioria absoluta na Assembleia
Nacional, o Governo procura ainda ter todos os votos necessários, 287, para
fazer passar esta lei, algo que ainda é incerto. De forma a coordenar os seus
apoios, Emmanuel Macron marcou para as 12:00 uma reunião no Palácio
do Eliseu.
Apesar de o Presidente querer uma votação
na Assembleia, Macron pode decidir utilizar a ferramenta do artigo
49.3 da Constituição que lhe permitiria uma aprovação sem voto no hemiciclo,
mas que teria uma grande oposição social e política e que poderia levar a uma
moção de censura.
No caso se um voto contra na Assembleia
Nacional, Emmanuel Macron já fez saber aos meios de comunicação que
há a possibilidade da dissolução da Assembleia, um dos poderes mais importante
do Presidente da República em França. ANG/RFI
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