África
do Sul/ Mais de 550
pessoas detidas em protestos
Julius Malema, o líder do partido de
extrema-esquerda Economic Freedom Fighters, apelou à manifestação para exigir a
demissão do presidente Cyril Ramaphosa, que segundo Malema, é o responsável,
entre outros, pelo desemprego endémico (32,9%), desigualdades sociais e a crise
de electricidade que afecta o dia-a-dia de 60 milhões de sul-africanos com
cortes recorrentes.
Apesar da mobilização ao protesto não ter
sido massiva, apenas cerca de 5.000 pessoas se juntaram em Pretória, capital do
país, centenas de pessoas foram detidas por “violência na via pública,
intimidação, estragos, roubos e tentativa de pilhagem”.
O episódio traz à tona as violências
mortíferas de Julho de 2021, as mais violentas desde o fim do apartheid, que
matou mais de 350 pessoas.
Na semana passada o presidente Ramaphosa prometeu
impedir a "anarquia". Com a polícia em “máxima mobilização" em
todo o país, assistida por mais de 3.500 soldados. As empresas de segurança
privadas, que são numerosas na África do Sul, suportam o executivo e são
vectores de “multiplicação de força no terreno”.
No seguimento dos protestos, em entrevista
à agência Lusa, o presidente da Associação de Pequenos Importadores de
Moçambique, Sudekar Novela, apelou aos seus filiados para evitarem entrar na
África do Sul, alertando para o perigo de “morte imediata” para os
estrangeiros, devido à violência que normalmente caracteriza os protestos no
país e à xenofobia que acompanha este tipo de acções.ANG/RFI
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