Finanças públicas/ FMI classifica de “Bom” o desempenho do governo ao abrigo do programa de Facilidade de Crédito Alargado
Bissau,21
Mar 23(ANG) – A Missão do Corpo Técnico
do Fundo Monetário Internacional(FMI), chegou ao acordo com as autoridades do
país sobre as políticas económicas e financeiras de apoio à aprovação da
primeira avaliação do programa da Facilidade de Crédito Alargado.
A
revelação é do chefe da Missão do FMI, José Gijon, em conferência de imprensa
realizada segunda-feira, em Bissau.
“A
Missão do Corpo Técnico do FMI chegou ao fim esta segunda-feira, com registo de
“Bom desempenho”, do governo ao abrigo do programa estabelecido”, disse Gijon.
Aquele
responsável sublinhou que, com uma única exceção, foram alcançados todos os
critérios quantitativos de desempenho para o final de Janeiro de 2023, e concluídas
todas as medidas estruturais para final de Março do ano em curso.
Gijon
disse que o acordo está sujeito à aprovação do Conselho de Administração do
FMI, provisoriamente agendada para Maio de 2023.
Acrescentou
que, após a aprovação da avaliação pelo
Conselho de Administração do FMI, a Guiné-Bissau terá acesso a 2.37 milhões de
dólares do Direito Especial de Saque(DES), dos cerca de 3.16 milhões de dólares
previstos, perfazendo o total de 4.74 milhões de DES de apoio financeiro já
disponibilizado nesse quadro pelo FMI.
“Perante
uma conjuntura económica complexa, a avaliação concentrou-se no registo dos progressos alcançados na implementação do
programa, atualização do quadro
macroeconómico e o alcance de entendimentos sobre um conjunto de medidas robustas que assegurem
a continuidade da sustentabilidade orçamental”, salientou Gijon.
Segundo
José Gijon, estima-se que o crescimento macroeconómico
da Guiné-Bissau terá abrandado para 3,5 por cento, em 2022, em consequência do
nível mais baixo de exportação de castanha de caju registado nesse ano.
Disse
que a inflação aumentou para 7,9 por cento em 2022, devido, em parte, a
escalada dos preços das matérias-primas, associada a guerra na Ucrânia.
Gijon
disse que o défice orçamental geral de 2022 situou-se nos 5,8 por cento do
Produto Interno Bruto(PIB), e que a
dívida pública permaneceu elevada em
quase 80 por cento do PIB.
Espera-se,
diz Gijon, que o crescimento recupere para 4,5 por cento em 2023, e a inflação
média mantenha em 5,5 por cento.
A
Missão do FMI esteve em Bissau entre os passados dias 14 e 20 de Março. ANG//ÂC//SG
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