quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

Economia/Preços das moedas para quarta-feira, 28 de fevereiro de 2024

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  Fonte:BCEAO

Bélgica/Von der Leyen quer usar "activos russos" para dar ajuda militar à Ucrânia

Bissau, 28 Fev 24 (ANG) – A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen propôs esta quarta-feira a possibilidade de utilização dos lucros russos congelados para comprar material militar para as forças armadas da Ucrânia.


"É altura de iniciar uma conversa sobre a utilização dos lucros inesperados dos activos russos congelados para a compra conjunta de equipamento militar para a Ucrânia", afirmou Von der Leyen, citada pela agência Reuters, num discurso no Parlamento Europeu, em Estrasburgo.

"Não poderia haver um símbolo mais forte e uma melhor utilização desse dinheiro do que fazer da Ucrânia e de toda a Europa um lugar mais seguro para viver", acrescentou a líder europeia, dando conta que a ameaça de guerra para a União Europeia (UE) "pode não ser iminente, mas não é impossível".

Von der Leyen destacou, durante a sua intervenção, que "os riscos de guerra não devem ser exagerados", contudo, "devem ser preparados", começando com "a necessidade urgente de reconstruir, reabastecer e modernizar as forças armadas dos Estados-Membros".

No seu discurso, Von der Leyen anteviu ainda a nova Estratégia Europeia de Defesa Industrial, cujo um dos seus principais objetivos será dar prioridade às aquisições conjuntas.

"A Europa deve esforçar-se por desenvolver e fabricar a próxima geração de capacidades operacionais de combate. Isto significa aumentar a nossa capacidade industrial de defesa nos próximos cinco anos. De facto, uma Europa mais soberana, em particular no que se refere à defesa, é vital para o reforço da NATO", salientou Von der Leyen.

De recordar que a guerra na Ucrânia já provocou dezenas de milhares de mortos de ambos os lados, mas não conheceu avanços significativos no teatro de operações nos últimos meses, mantendo-se os dois beligerantes irredutíveis nas suas posições territoriais e sem abertura para cedências negociais.

A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais. Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra sectores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia. ANG/Angop

 

Nigéria/Nomeada troika Benim-Togo-Serra Leoa, para cuidar do caso Bazoum

Bissau, 28 Fev 24 (ANG) – A CEDEAO nomeou uma troika composta pelo Benim, o Togo e a Serra Leoa, cujo objetivo será o de cuidar especificamente do caso do ex-presidente nigerino, Mohamed Bazoum.


A nomeação foi feita na sequência da  última cimeira extraordinária da organização regional, ocorrida no sábado 24 de Fevereiro, em Abuja, na Nigéria.

Durante a cimeira, dois gestos terão provavelmente sido vistos com bons olhos pela atual junta no poder em Niamei:

Os partidários do antigo presidente Mohamed Bazoum não foram desta vez autorizados a ocupar o lugar oficial do Níger na cimeira e,

as resoluções finais tomadas não associaram o levantamento das sanções contra o Níger, à libertação do presidente deposto

O que delimitou, deste modo, o terreno para a troika, composta por representantes do Benin, do Togo e da Serra Leoa.

Fontes da RFI indicam ser bastante provável que haja uma próxima visita desses emissários da CEDEAO, à capital nigerina, que poderá ser precedida pela de um grupo de senadores do norte da Nigéria, região fronteiriça do Níger e, cuja influência permitiu evitar que houvesse uma intervenção militar contra o país vizinho. Influência essa que poderá igualmente preparar o terreno para os emissários da CEDEAO.

Quanto ao Togo, país a liderar a referida troika, trouxe um contributo decisivo ao caso, ao viabilizar, graças à sua intervenção, a libertação por parte da junta nigerina, do filho do presidente Bazoum que, vive por enquanto em Lomé, onde impera por sinal um grande optimismo quanto às futuras negociações com vista a uma possível libertação do antigo presidente, retido desde o golpe de Estado que o depôs em Julho de 2023. ANG/RFI


Moçambique/EI reivindica 27 ataques que provocaram 70 mortos em Moçambique

Bissau, 28 Fev 24 (ANG) - O grupo terrorista Estado Islâmico (EI) reivindicou a autoria de 27 ataques em vilas "cristãs" no distrito de Chiùre, Cabo Delgado, norte de Moçambique, em que afirma terem morrido 70 pessoas nos últimos dias.

Através dos canais de propaganda do grupo, que documenta estes ataques com fotografias, é referida ainda a destruição de 500 igrejas, casas, e edifícios públicos naquele distrito do sul da província de Cabo Delgado, conforme declarações a que a Lusa teve hoje acesso.

As autoridades moçambicanas não comentam a situação operacional, mas a Lusa ouviu nos últimos dias, na vila de Chiùre, relatos de deslocados que chegam à localidade sobre ataques, destruição de hospitais, escolas e casas, além de mortos, provocados em diferentes aldeias do distrito pelos insurgentes.

O governador de Cabo Delgado, Valige Tauabo, afirmou na segunda-feira à Lusa que os atos "macabros" que assolam há duas semanas o sul daquela província moçambicana são protagonizados por "grupinhos" de "extremistas violentos", mas que ainda acredita na reconciliação.

Em causa estão os vários ataques em diferentes aldeias de distritos no sul de Cabo Delgado, sobretudo em Chiùre, depois de nos últimos anos, desde 2017, as ações dos insurgentes se terem concentrado no centro e norte da província.

"Está havendo um grupinho fazendo assustar as pessoas nas comunidades e as pessoas só de ouvirem que são eles, que são os extremistas que estão aí a vir, cria pânico nas aldeias", reconheceu à Lusa, em Pemba, capital da província, o governador Valige Tauabo.

Trata-se de "ações macabras que estão a ser protagonizados pelos extremistas violentos e que desaguam mesmo no terrorismo", apontou.

"No sul da província não era comum as ações que eram realizadas no norte e centro", afirmou Tauabo, reconhecendo que estes ataques têm provocado o "pânico nas comunidades", sobretudo de Chiùre.

"Ficaram agitadas, todas. E não é para menos", lamentou.

Só para a vila de Chiùre, o último refúgio relativamente seguro naquele distrito, a autarquia local estima que já fugiram mais de 13.000 pessoas nos últimos dias, num fluxo permanente de novos deslocados, que chegam após vários dias de caminhada.

Os ataques insurgentes em Cabo Delgado começaram em 2017, mas o governador recorda que a partir de Novembro de 2022 a população que se tinha deslocado do norte e centro para os distritos no sul, "procurando segurança" -- estima-se que mais de um milhão de pessoas --, começaram a regressar às aldeias de origem.

"Em 2023 já se fazia sentir um bem-estar, porque aquela população toda que tinha saído já se encontrava nas suas aldeias (...) Já no fim de 2023 começaram bolsinhas a aparecer, alguns nichos, com intervenções nas aldeias, mas com uma abordagem um pouco diferente da que se viveu no passado", detalhou Valige Tauabo.

O Presidente da República, Filipe Nyusi, tem reiterado publicamente nos últimos meses o apelo ao regresso às suas comunidades dos jovens moçambicanos alegadamente recrutados por estes grupos, garantindo que serão bem recebidos nas comunidades.

Uma reconciliação que o governador entende ser necessária, para permitir o regresso dos "muitos" moçambicanos que foram "forçados a juntar-se" aos grupos insurgentes.

"É muito forte, sobretudo quando sai do chefe de Estado. Também notamos que houve a entrega de muitos e foi naquele período em que não houve nada", aponta, acreditando que no terreno ainda está um "último grupo de jovens" que não aceita essa reconciliação.

A província de Cabo Delgado enfrenta há mais de seis anos uma insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico, que levou a uma resposta militar desde Julho de 2021, com apoio do Ruanda e da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), libertando distritos junto aos projetos de gás.

O conflito já fez um milhão de deslocados, de acordo com dados das agências das Nações Unidas, e cerca de 4.000 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED.ANG/Angop

 

EUA/Agências da ONU alertam para "níveis catastróficos" de insegurança alimentar em Gaza

Bissau, 28 Fev 24 (ANG) - Três agência das Nações Unidas (ONU) alertaram hoje no Conselho de Segurança para os "níveis catastróficos" de insegurança alimentar e "elevado risco de fome" que o povo de Gaza enfrenta e que "aumenta de dia para dia".

A reunião de hoje do Conselho de Segurança foi convocada pela Guiana e pela Suíça, com o apoio da Argélia e da Eslovénia, e contou com 'briefings' da Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO), do Programa Alimentar Mundial (PAM) e do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), que descreveram o grave cenário que se vive no enclave, induzido pelo conflito.

"Gaza está a assistir ao pior nível de desnutrição infantil em todo o mundo", afirmou o diretor executivo adjunto do PAM, Carl Skau.

ANG/Inforpress/Lusa

 

    Mali/Acidente de autocarro que caiu de uma ponte  provoca 31 mortos

Bissau, 28 Fev 24 (ANG) - Trinta e uma pessoas morreram e outras dez ficaram feridas, algumas com gravidade, quando seguiam num autocarro que caiu de uma ponte no sudeste do Mali, informou o Ministério dos Transportes.

"Um autocarro (...) que transportava malianos e nacionais da sub-região, que partiu de Kéniéba para o Burkina Faso, caiu da ponte. A causa provável é que o condutor não tenha conseguido controlar o veículo", refere o governo num comunicado de imprensa citado pela agência de notícias francesa Agence France-Presse (AFP).

O acidente ocorreu por volta das 17h00 (GMT) na ponte que atravessa o rio Bagoé, acrescentou o ministério.

Os acidentes rodoviários são frequentes no Mali e devem-se geralmente ao mau estado das estradas e dos veículos e a erros humanos: Há oito dias, um outro acidente matou quinze pessoas e feriu outras 46, quando um autocarro e um camião colidiram no centro da cidade. ANG/Angop

 

Religião/Presidente da República diz que foi designado   por Deus para liderar o destino da Guiné-Bissau

Bissau, 28 Fev 24 (ANG) - O Presidente da República disse , terça-feira, que o seu cargo de Chefe de Estado depende exclusivamente da vontade divina e que não foram homens que lhe colocaram a frente do destino da Guiné-Bissau.

Umaro Sissoco Embaló falava no setor de   Mansoa, região de Oio, norte do país, na Jornada Corânca feita com a finalidade de preparar o Zeara anual que decorre naquela localidade e que vai se realizar este ano, nos dias 02  e 03 de Março próximo.

“Deus é que escolhe um Presidente da República, por isso, as pessoas não devem insultar uma pessoa que o Ser Supremo colocou no topo. Somente  Deus é que me pode tirar o poder, porque, ao sair do ventre da minha mãe ele decretou que veria para este  mundo para governar então estou a governar”, disse o chefe de Estado.

Acrescentou  que muitos dizem que  conseguiu ser Presidente da República graças aos  apoios que recebeu de terceiros, e diz que essa ideia não corresponde a verdade, porque segundo suas convicções    Deus é capaz de escolher um líder, uma vez que a maioria das pessoas não dispensam a oportunidade de liderar um país.

Embaló salientou que a religião é a coisa mais linda que existe quando a pessoa a conhece, e defende  que um líder ungido por Deus deve merecer o respeito de todos.

“Na nossa religião existe respeito pela autoridade. Por exemplo, um Imane tem o poder de conduzir uma reza. Mas no caso da presensa de um Presidente da República ou os chefes ou autoridades governamentais, normalmente costuma-se perguntar se é possível iniciar o ato da reza”, contou Sissoco Embaló.

O Chefe de Estado guineense referiu que, na cidade santa de Meca todos tiram os sapatos para entrar nos locais sagrados, com excepção dos polícias, militares e seguranças porque são as primeiras  profissões que existiram.

“Ser Imame, Padre, Pastor ou Bispo é sinónimo de ter respeito e  quem desconhece a importância da religião, acaba por insultar essas figuras com facilidade e frequência”, disse.  ANG/AALS/ÂC//SG

terça-feira, 27 de fevereiro de 2024

              
            Obituário/Francisca  Lucas Pereira foi a interrar esta manhã

Bissau, 27 Fev 24(ANG) -  Os restos mortais de   Francisca Lucas Pereira, combatente da Liberdade da Pátria e dirigente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde(PAIGC) foram  a enterrar esta terça-feira no Cemitério Municipal de Bissau.

Na cerimónia fúnebre, o Vice-Presidente do PAIGC disse que vão lembrar esta combatente e grande mulher pelos  feitos que deixou como legado, pois foi uma das primeiras deplomatas do partido ao lado de  Amílcar Cabral, Victor Saúde Maria, para além de ser  uma das fundadoras do Panafricanismo da mulher e a primeira mulher a dirigir a Câmara Municipal na Guiné-Bissau.

Califa Seide destacou que Francisca Pereira lutou muito para a  emancipação da mulher guineense tendo fundado  várias organizações de defesa da mulher, nomeadamente a Rede Nacional de Luta Contra a Violência no Gênero(RENLUV),  Associação Guineense para Bem Estar Familiar (AGUIBEF) e outras.

Seide ainda destacou que o maior  legado deixado por Francisca(Tchica) Pereira , em 1972, ainda na luta armada, foi a criação de condições para  que as mulheres votassem e para que  participassem como candidatas a deputado e conselheira regional , antes da criação da  Assembleia Nacional Popular composta por 120 deputados dos quais 40 eram  mulheres.

Francisca Pereira foi ainda homenageada no cemitério  com apresentação de poemas na voz de Francisco Muniro Conté, responsável do PAIGC pela Informação e comunicações ,em que   a malograda  recebera várias distinções: Camarada Francisca Pereira, Mana Francisca, Mamã Francisca, Avó Francisca ou Mãe Benemérita.

“Mesmo nas curvas da idade, na ternura dos enta, soubeste  manter fiel a ideologia de Cabral, incorporando a trincheira da nova fase da luta que os detratores da democracia  impuseram ao PAIGC, nesta ultima década de dissabores e amargura do nosso Estado atípico,” destacou Conté.

Em nome da família, o filho Abel Pereira Gomes agradeceu à todos, e referiu que a sede do PAIGC é a casa onde sua mãe vivieu durante 65 anos, e diz que a sua morte será meramente uma ausência física, pois que permanecerá  entre eles, eternamente.

Francisca Pereira, faleceu na  passada quarta-feira, dia 21 do corrente mês, aos 84 anos de idade, deixou cinco filhos: três filhas e dois filhos, 11 netos e 1 bisneto.ANG/JD//SG

 

 

Caju/ Associação de Intermediários de Negócios da Guiné-Bissau perspetiva “boa campanha” para presente ano

Bissau, 27 Fev 24 (ANG) – O Presidente da Associação Nacional de Intermediários de Negócios da Guiné-Bissau(ANINGB) Lassana Sambú admitiu hoje  à ANG que a campanha de comercialização da castanha de caju do presente ano possa ser um sucesso.

“Assistimos a prontidão do Estado na limpeza de todos os remasnecentes de caju que muitas vezes contribuem, drasticamente, na redução do preço ao produtor, ao ser  misturado com as castanhas novas, e, por outro lado, pedimos a isenção das taxas alfandegárias e o Governo já autorizou, e os restos das castanhas já estão a ser exportadas”, disse  Lassana Sambú, em enntrevista exclusiva à Agência de Notícias da Guiné (ANG).

Relativamente a fixação de preço de compra de castanha de caju ao produtor fixado pelo Governo no valor de 300 francos CFA por quilo, aquele responsável disse  que os países com maior produção de castanha de caju fixaram um preço menor no valor de 275 fcfa. Disse que isso  demonstra que o preço fixado pelo Governo é bom para o produtor.

Questionado sobre quais são os constrangimentos que afetam a campanha de caju, Lassana Sambú respondeu que o maior constrangimento que abala o processo de campanha de caju na Guiné-Bissau tem a ver com as barreiras não tarifárias.

“São os pequenos permenores não estipulados pelo Estado na estrutura de custo.Os fraudulentos se aproveitam da situação para especular cobranças ilegais e para atribuição de multas falsas aos produtores e comerciantes”, diz o Presidente de ANINGB.

Sambú disse que  Governo e a Associação que dirige vão trabalhar no sentido de combater tais  práticas,  para o bem da campanha do presente ano, que oficialmente arranca no dia 15 de Março.ANG/LLA/ÂC//SG             

 


Aviação Civil
/”A certificação dos Serviços Mensies Aviation Bissau vai permitir ao Aeroporto Osvaldo Vieira receber voos de qualquer companhia aérea”, diz Aliu Soares Cassamá

Bissau,27 Fev 24(ANG) – O Diretor-geral da empresa Mensies Aviation, disse que a atribuição à este serviço  do Certificação denominada “Isago”, pela Associação Internacional de Transportes Aéreos(IATA), vai permitir ao Aeroporto Internacional “Osvaldo Vieira” receber voos de qualquer companhia aérea.

Aliu Soares Cassamá, em entrevista exclusiva concedida hoje à ANG, informou que a Certificação “Isago”, é um selo de qualidade atribuído às empresas de assistência aeroportuária que o merecem ,em todo o mundo.

Aquele responsável salientou que tinham se comprometido com o Governo guineense, em 2021, de que iriamos certificar o Aeroporto de Bissau no componente de assistência aeroportuária.

“Não é todo o Aeroporto que é certificado, mas sim, os nossos serviços, volvidos dois anos de muito sacrifício, de trabalho, de perseverança, para que possamos realmente conseguir esta certificação, que vai facilitar  ao Governo guineense em termos de atração de mais companhias aéreas para virem operar no país”, frisou.

O Diretor-geral da Mensies Aviation sublinhou que tudo começou em Setembro de 2023, altura em que os Serviços de Mensies Aviation foram submetidos a uma auditoria internacional da parte da IATA.

Adiantou que nessa auditoria houve uma perfeição à 100  por cento, razão pela qual foram certificados  para poder realmente exercer as suas atividades na componente de assistência aeroportuária e sem nenhuma restrição.

Aliu Soares Cassamá disse a auditoria abrangeu várias  componentes, entre as quais  a segurança das aeronaves, formação do pessoal, serviços operacionais  ao nível do chek in, carregamento e descarregamento do avião entre outras.

Afirmou que é a primeira vez que uma empresa que  operar no Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira dispõe desta certificação, frisando que é uma mais valia para o país tendo em conta que vai beneficiar de muitos privilégios.

“Se a Mensies Aviation Bissau dispor desse certificado, significa que já dispõe de todas as condições técnicas e de competências do pessoal, e por isso as companhias aéreas não vão hesitar  em vir operar no país”, diz Aliu Soares Cassamá.

A atribuição do certificado Isago pela IATA à empresa Mensies Aviation Bissau ocorreu na semana passada. ANG/ÂC//SG

Economia/Preços das moedas para terça-feira, 27 de Fevereiro de 2024

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Dirham dos Emirados Árabes Unidos

163.000

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Fonte: BCEAO


Egíto/Diretora-geral da OMC alerta que mundo está numa situação "mais difícil"

Bissau, 27 Fev 24 (ANG) – A diretora da OMC alertou segunda-feira na abertura da 13.ª conferência ministerial da organização, em Abu Dhabi, que o mundo está numa situação “mais difícil” e apelou à reforma e à revitalização da organização internacional.

“Se pensávamos que o mundo parecia estranho em meados de Maio de 2022, quando emergíamos lentamente da pandemia e quando a guerra na Ucrânia tinha abalado a segurança alimentar e energética, hoje encontramo-nos numa situação ainda mais difícil”, disse Ngozi Okonjo-Iweala, durante o seu discurso na sessão de abertura da cimeira Organização Mundial do Comércio, que decorre até 29 de Fevereiro, nos Emirados Árabes Unidos.

Nesta reunião, a diretora deu ainda as boas-vindas a Timor-Leste e às Comores como novos membros da organização, os primeiros em oito anos. Com estas novas adições, a organização totaliza 166 Estados-membros.

"Olhando à nossa volta, a incerteza e a instabilidade estão em toda a parte. As tensões políticas pioraram. Os conflitos espalharam-se, como vemos aqui no Médio Oriente e, longe das manchetes, em partes de África e do mundo árabe. Não devemos esquecer o conflito em Sudão, que deslocou cerca de oito milhões de pessoas internamente e através das fronteiras", afirmou a responsável da OMC.

A responsável afirmou que o aumento dos preços dos alimentos, da energia, dos fertilizantes e de outros produtos essenciais continua a "sobrecarregar o poder de compra da população", bem como as "perturbações no transporte marítimo em vias navegáveis vitais, como o Mar Vermelho e o Canal do Panamá.

Esta "nova fonte de atrasos e pressões inflacionárias" oferece um "lembrete em tempo real dos riscos que os problemas de segurança e a crise climática representam para o comércio e a produção globais", observou.

Okonjo-Iweala sublinhou ainda que a OMC precisa de permanecer "forte”, acrescentando que a organização deve “continuar a reformar e revitalizar a OMC para que possa produzir resultados para o comércio nos próximos anos, aproveitando todo o potencial dos serviços e do comércio digital", acelerando o comércio para a transição ecológica e promovendo a inclusão socioeconómica.

A diretora-geral da OMC também quis destacar o clima positivo que vê na capital dos Emirados Árabes Unidos (EAU) após as sessões anteriores em Genebra, sede da OMC.

"O sucesso está a mudar o tom da OMC, tanto dentro como fora desta. Sim, teremos sempre detratores, mas não há dúvida de que os membros demonstraram que podemos alcançar o que nos propusemos quando subimos as mangas ou reunimos a vontade política necessária (…). Os ministros terão de ‘arregaçar as mangas’ mais uma vez para concluir os trabalhos pendentes em Genebra", afirmou.

Durante o seu discurso, insistiu que esta melhoria do ambiente deve ser convertida em "resultados concretos" para demonstrar ao mundo que a OMC "não só apoia mais de três quartos do comércio mundial de mercadorias, mas é também um fórum no qual os membros trazem novos benefícios para as pessoas através do comércio”.

Por isso, Okonjo-Iweala afirmou que “sem cooperação” no comércio, avançar-se-á para uma economia mundial “cada vez mais fragmentada”, tornando estas prioridades “mais difíceis e mais dispendiosas e, em alguns casos, impossíveis de alcançar”.

A cimeira comercial surge num clima de pessimismo, uma vez que muitos acreditam que a situação atual, com grandes conflitos bélicos, tensões crescentes entre os Estados Unidos, a Rússia e a China, ou incertezas económicas no Ocidente não criam o melhor ambiente para se chegar a acordos.

O principal ponto da agenda é continuar a negociar o desbloqueio do mecanismo de resolução de litígios da própria OMC, paralisado desde 2019 devido à recusa dos Estados Unidos em nomear novos juízes, e aos pedidos deste e de outros países para a realização de uma grande reforma estrutural do sistema de contenciosos. ANG/Inforpress/Lusa

 

China/ Autoridades dizem esperar que NATO adopte "conceito de segurança comum"

Bissau, 27 Fev 24 (ANG) - A China disse hoje esperar que "todas as partes adiram a um conceito comum de segurança europeia" para "alcançar uma paz e estabilidade duradouras" no continente, depois de a Hungria ter ratificado a adesão da Suécia à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO).


 

A porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Mao Ning, sublinhou em conferência de imprensa que a China espera que "todas as partes adoptem uma visão comum, abrangente, cooperativa e sustentável da segurança na Europa" e "respeitem os legítimos interesses e preocupações de segurança de cada um".

"Esperamos que, com base no respeito mútuo, a Suécia possa construir um quadro de segurança equilibrado, eficaz e sustentável com as outras partes através do diálogo e da consulta", afirmou Mao.

Referiu ainda que o seu país "valoriza o desenvolvimento" da sua cooperação com a Suécia em vários domínios, uma posição que Beijing tem mantido "consistentemente", acrescentou.

A intervenção militar da Rússia na Ucrânia, em Fevereiro de 2022, levou a Finlândia e a Suécia a pôr fim a dois séculos de não-alinhamento militar e a solicitar a adesão à aliança atlântica.

A Turquia e a Hungria deram finalmente luz verde à adesão finlandesa na primavera passada, mas adiaram a adesão sueca devido à alegada permissividade da Suécia em relação ao terrorismo curdo, no caso de Ancara, e às críticas de Estocolmo às reformas legais do governo do Presidente húngaro, Viktor Orbán.

A China mantém uma posição ambígua desde o início da guerra, pedindo respeito pela "integridade territorial de todos os países", inclusive a Ucrânia, e atenção às "preocupações legítimas de todos os países com a segurança", referindo-se à Rússia. ANG/Angop

 

Senegal/PR anuncia amnistia geral a manifestantes detidos desde protestos de 2021

Bissau, 27 Fev 24(ANG) – O Presidente do Senegal, Macky Sall, anunciou hoje que vai propor ao parlamento uma lei de amnistia geral que abrange os fortes protestos ocorridos desde 2021 no país, para impulsionar a reconciliação nacional.

"Num espírito de reconciliação nacional, vou apresentar esta quarta-feira à Assembleia Nacional e em Conselho de Ministros um projeto de lei de amnistia geral sobre os factos relacionados com as manifestações políticas ocorridas entre 2021 e 2024", disse Sall.

O Presidente senegalês discursava na abertura do diálogo nacional que começou hoje no Centro Internacional de Conferências Abdou Diouf, na cidade de Diamniadio, a pouco mais de trinta quilómetros de Dacar.

Com este diálogo - boicotado pela maioria da oposição - o Presidente afirma querer pôr termo à profunda crise desencadeada no país na sequência do adiamento das eleições presidenciais inicialmente previstas para o passado domingo e fixar uma nova data para o ato eleitoral.

"O nosso país está perante uma encruzilhada importante (...) O meu desejo é que possamos avançar para eleições pacíficas, inclusivas e transparentes", afirmou perante dezenas de representantes de diferentes setores da sociedade.

"Só tenho um objetivo: chegar a um consenso sobre a data das próximas eleições presidenciais", acrescentou, reiterando que tenciona abandonar o poder quando o seu mandato terminar, em 02 de abril, como confirmou na semana passada numa entrevista televisiva.

O diálogo nacional foi, no entanto, boicotado pela grande maioria dos candidatos presidenciais cuja candidatura foi aprovada.

De facto, apenas dois deles aceitaram reunir-se hoje com Sall, antes do início do evento: Amadou Ba, atual primeiro-ministro e candidato da coligação no poder Benno Bokk Yaakaar (Unidos pela Esperança, na língua Wolof), e Mahammed Dionne, antigo primeiro-ministro também sob a presidência de Sall.

Na passada sexta-feira, a plataforma da oposição FC25, que agrupa 16 dos 19 candidatos, rejeitou o diálogo nacional, acusando o Presidente de violar a Constituição.

"O seu principal objetivo é tentar excluir os candidatos selecionados pelo Conselho Constitucional e, eventualmente, com o seu diálogo, avançar para um (novo) mandato, o que rejeitamos sistematicamente", declarou o representante do grupo, Cheikh Tidiane Youm, numa conferência de imprensa na capital senegalesa.

A rejeição da oposição à oferta de Sall surge num momento de grande tensão política devido ao adiamento das eleições decretado em 03 de fevereiro pelo Presidente e declarado ilegal pelo Conselho Constitucional.

O Conselho Constitucional considerou "contrária à Constituição" a votação parlamentar que, sob os auspícios de Sall, adiou as eleições de 25 deste mês para 15 de dezembro.

A alteração da data das eleições desencadeou violentos protestos de rua, muitas vezes dispersos com dureza pela polícia, nos quais foram mortas pelo menos quatro pessoas.

A oposição exigiu que Sall marcasse uma data antes do final do seu mandato.

O chefe de Estado defendeu a moratória eleitoral devido "à polémica sobre um candidato cuja dupla nacionalidade (francesa e senegalesa) foi revelada após a publicação da lista definitiva", algo que a Constituição senegalesa não permite aos candidatos presidenciais.

Para o Presidente, esta descoberta revelou um "alegado caso de corrupção de juízes" que punha em causa o processo de seleção dos candidatos.

No entanto, a grande maioria da oposição rejeitou o adiamento das eleições como um "golpe de Estado constitucional". ANG/Inforpress/Lusa