CEDEAO
coloca forças da Ecomib para proteger sede do PAIGC
Bissau,01 Fev 18(ANG) - A
Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) prometeu colocar forças
da sua missão militar no país denominada “ECOMIB” na sede do Partido da
Independência da Guiné e Cabo-Verde (PAIGC), para permitir a realização do seu
congresso, revelou quarta-feira o
Presidente dos libertadores.
“Recebi a indicação da
CEDEAO de que irá colocar as forças da ECOMIB para assegurar a sede do nosso
partido para que o congresso tenha lugar
e para garantir a integridade das pessoas”, declarou Domingos Simões Pereira.
Segundo Simões Pereira, a organização
sub-regional confirmou a sua disponibilidade de garantir a integridade não só
do espaço, mas também dos delegados e os dirigentes do partido.
A Polícia de Intervenção
Rápida (PIR) bloqueou a sede do partido desde segunda-feira (29.01) à noite, alegando
que está a cumprir as decisões e solicitações de três tribunais regionais da
Guiné-Bissau, que terão ordenado a suspensão do IX Congresso.
Perante a situação, Domingos
Simões Pereira, diz que o partido espera que o Ministério do Interior retire
ainda esta noite os policiais das imediações da sede para permitir o
partido realizar o congresso.
Pereira falava quarta-feira
à imprensa à saída de um encontro com uma delegação da CEDEAO,decorrido no
Gabinete Integrado das Nações Unidas para a Consolidação da Paz no país
(UNIOGBIS), que durou quase duas horas, no qual se analisou
o cumprimento do Acordo de Conacri.
Na ocasião, o líder do
PAIGC, revelou que a CEDEAO prometeu aplicar sanções à pessoas ou organizações
que estejam a impedir a resolução da crise na Guiné-Bissau.
No comunicado final,
divulgado esta terça-feira (30.01) à imprensa, sobre a reunião extraordinária
de chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, que decorreu no sábado (27.01), na
Etiópia, é referido que as sanções serão aplicadas caso o Presidente da
República, José Mário Vaz, não nomeie até quarta-feira (31.01) um
primeiro-ministro de consenso.
A Conferência convidou Mário
Vaz a proceder à nomeação de um primeiro-ministro de consenso e às partes
signatárias a formar um Governo em conformidade com o Acordo de Conacri, o mais
tardar até 31 de Janeiro de 2018, caso contrário serão aplicadas sanções
coletivas e individuais, a começar a 01 de Fevereiro de 2018, à todas as
pessoas ou organizações que obstaculizem o processo de saída da crise na
Guiné-Bissau.
O Chefe de Estado
nomeou terça-feira Artur Silva, novo Primeiro-ministro.
José Mário Vaz justificou que
a decisão se enquadra nos esforços que vêm sendo desenvolvidos com vista à
obtenção de uma solução definitiva para a crise político e institucional que a
Guiné-Bissau vive há mais de dois anos.
ANG/Rádio
Jovem
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