Bissau,06 Fev 18 (ANG)
- O líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) apelou
segunda-feira ao Chefe de Estado para acabar com a crise política “insuportável”,
porque “o povo guineense não merece continuar a ser martirizado”.
Domingos Simões Pereira
que discursava na cerimônia de encerramento do IX Congresso do PAIGC disse não compreender o porquê de, apesar de todos
os apelos de todos quadrantes, o Presidente da República continuar no caminho
de uma política insustentável e perigosa, que perpetua a crise.
“Todos sabem qual é
saída para actual crise, ou seja a aplicação do Acordo de Conacri, mas José
Mário Vaz não quer dar este povo a estabilidade, porque está refém de um grupo
de pessoas que usurparam o poder e estão disposto a tudo para minar os
fundamentos do Estado do Direito e a unidade nacional, para lá se manterem, sem
legitimidade” afirmou.
Manifestou-se satisfeito
com o espirito de civismo e de patriotismo demostrados pelos militantes durante
a resistência contra aqueles que, apesar de todas as evidências, não perceberam
que os ventos da história são outros. “Isso ficará registado na história do
partido”, disse.
“Graças a essa
determinação foi possível realizar o congresso e mostrar ao país e ao mundo que
ninguém, mas ninguém pode travar a firmeza de um povo quando a sua liberdade e
justiça estão em causa”, sublinhou.
Domingos Simões Pereira
agradeceu aos combatentes pelos conselhos sobre o caminho a seguir para a construção
da paz e do progresso e todos aqueles que se solidarizaram com o PAIGC ao longo
dos “dias difíceis”, em que a democracia e o Estado de Direito estiveram em
perigo.
O líder reeleito do
PAIGC enalteceu igualmente a presença do Colectivo dos Partidos Políticos Democráticos
e renovou os votos para que continuem a lutar juntos para cimentarem uma “frente
republicana” contra a “deriva autocrática” deste regime e restabelecer o Estado
de direito democrático na Guiné-Bissau.
ANG/LPG/JAM/SG
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