ANAPROFARM se insurge contra “intenção” de fixação de preço
de medicamento pelo governo
Bissau,16
Fev 18(ANG) – A Associação Nacional dos Proprietários das Farmácias (ANAPROFARM),
insurgiu-se contra as informações que oiçam a circular sobre a suposta intenção
do governo de passar a fixar os preços de venda de medicamentos no país.
Em
declarações à ANG, o secretário executivo e porta voz da ANAPROFARM, Ahmed Akhdar
afirmou que não estão contra a modernização e regularização do sector
farmacêutico nacional mas que isso tem que ser na base criação de estruturas
adequadas e eficientes, de forma a responder aos desafios do sector privado
farmacêutico.
Ahmed
Akhdar, igualmente proprietário da Farmácia Moçambique disse que hoje em dia, o governo não reúne as condições mínimas e
fundamentais para realizar a homologação e fixação de preços de produtos
farmacêuticos porque não dispõe de stock de medicamentos suficientes para
abastecer o mercado interno.
“As
duas entidades legais que o governo indigitou para serem grossistas de
importação de medicamentos não têm capacidades para responder as necessidades
das farmácias e muito menos dos doentes”, afirmou.
A
título de exemplo, o porta voz da ANAPROFARM explicou que no Senegal a Central
de Importação de medicamentos denominada de Laborex tem uma gama de mais de
cinco mil variedades de produtos farmacêuticos enquanto que os da Guiné-Bissau
têm apenas cerca de 450 e na maioria os genéricos.
Aquele
responsável sublinhou que os pedidos de encomendas das farmácias do país são
cumpridos em apenas dez por cento da totalidade, o que acarreta enormes
dificuldades, não apenas para os fármacos como igualmente para os próprios
pacientes.
Akhdar
aconselha as autoridades competentes a, antes de avançar com a medida de fixar
os preços de medicamentos, realizarem um
estudo profundo com todos os actores do sector privado farmacêutico, e os Ministério
das Finanças, Câmara Municipal de Bissau, Ministério da Saúde e do Comércio, Associação
de Consumidores e Bens para, em conjunto, definirem futuras estratégias.
“Isso
passará igualmente pela avaliação geral de todas as despesas internas e
externas invariaveis das farmácias, a fim de
garantir condição indispensável ao funcionamento normal das farmácias,
de forma a não fecharem as suas portas e criar um estrangulamento e problema à
saúde pública”, disse.
ANG/ÂC/SG
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